quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Aos peixes

AspirinaO Val, base activa do Aspirina, tem em comum com este vosso barbeiro os ensinamentos da escola jesuíta.

Tal como nos idos em que os Távoras quase desapareceram no churrasco e em que a Companhia de Jesus foi persona non grata aos olhos de Carvalho e Melo, personagem que mais tarde veio a merecer o castigo de ficar perpetuamente associada a um leão no mamarracho que lhe erigiram entre o falo do vinte e cinco do quatro e o espaço das "barracas dos tirinhos", que o menino guerreiro e o eng.º que o intercalou meterem em bolandas e negociatas, a escola de João de Brito continua a ser alvo de ódios dos dominicanos e dos burgueses dominantes que nunca conseguiram entender a diferença entre nobreza e fidalguia.

O Valupi é muito mais elaborado que este vosso esteticista. É, digamos, mais culto, uma vez que fala de livros e faz transcrições e é, digamos também, mais hábil, porque faz de conta que mal por mal, antes assim do que assado. Deve ser mais recente nos ensinamentos de Inácio de Loyola.

Talvez por isso o Val escreva que: "Chavéz vem aí e eis o que pode acontecer: compra-nos o segundo submarino e paga-o com petróleo". Com isto segue o ensinamento da Companhia: "A humildade não tem mérito quando é contrária à obediência".

Se fosse um rebelde da contra-reforma, como pretende ser este que aqui escreve, acrescentaria à oração sobre Chavéz, a seguir a "o segundo submarino", – "...capitaneado pela muita tralha que anda por aí e equipado com tecnologia magalhãenica".

Ao não o fazer ficamos como no quartel de Abrantes - tudo como dantes.
LNT
[0.365/2010]

2 comentários:

C.C. disse...

Senhor Barbeiro, ou esteticista como agora com muito chic se auto promoveu Ando sem palavras para lhe comentar estes textos tão metaforicamente elaborados.A veia inspiradora é deliciosa,,,continue para nosso deleite.

Luís Novaes Tito disse...

É da vida, cara CC.
O estimável e estimado Valupi sabe que é.
Agradecido pelo seu sempre oportuno comentário.
Que não me falte a veia.