terça-feira, 28 de junho de 2011

Nostalgia

MarEsta coisa de estar uns dias de papo para o ar à espera que o Sol se ponha na praia e a rezar para que as melgas não nos comam vivos quando o lusco-fusco avança tem o encanto que a vida de todos os dias não tem até porque, nessa altura e por muito que se reze, as melgas estão sempre presentes e mordem sem se importarem com a hora a que o fazem.

Sei que estou em férias, mesmo curtas, quando olho para o pulso e não vejo as horas, quando olho para a tv e os noticiários já foram, quando olho para um teclado e só lá vejo o gelo a temperar a vodka e a lima.

Cansa-me esta rotina dos minutos contados, da correria para que nenhum deles escape ao alinhamento de forma a evitar que a agenda se transforme num monte de simultaneidades e num exercício de omnipresenças impossível.

Pronto. Ponto marcado, tarefas anotadas, presenças garantidas. Lufa-lufa, que os Senhores Secretários de Estado já tomaram posse e a coisa vai começar a doer.

O que mais me custa é a saudade do mar, mesmo do de levante.
LNT
[0.239/2011]

2 comentários:

anamar disse...

Levante... cheira-me a Algarve...mas olhe que tem aqui praias boas na linha, Sr. Luís...
O Guincho ... está de guinchos.
Bom início...
:))

George Sand disse...

As melgas não são boas mas esse lusco-fusco é a melhor hora para nos encantarmos a olhar o mar