sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Oh pá, Zé Niza, lá te foste, caraças!

José NizaChateia-me esta coisa de ter de estar sempre a dizer coisas sobre aqueles com quem te foste encontrar e até já pensei deixar uma frase para os que me forem visitar quando tiver quatro velas acesas à volta.

Será qualquer coisa do género:
"Obrigado a todos vós que aqui vieram hoje visitar-me por me terem poupado ao desgosto de vos ver partir"

Mas é assim mesmo, desgostos, mais um nesta cadeia interminável. Não que fossemos grandes amigos dos copos e das conversas mas pelo respeito e consideração que não mais se poderão concretizar naquele abraço que sempre dávamos.
LNT
[0.395/2011]

3 comentários:

Maria disse...

Fiquei triste aqui, com a notícia da morte do Zé Niza.
Também não fui para os copos com ele mas, admiro-o.
Tristeza, amigo Luís, é o que sinto.
Um abraço da
Maria

Marco da Raquel disse...

Foram 73 anos de cultura, da poesia à musica, da medicina à politica de forma convicta e ao socialismo democrático, numa fraca figura fisica que em nada representava o seu grande humanismo.
Tenho a honra de ser seu camarada, pois não será a morte que alterará esse facto, e que nem sempre anuí com as suas intervenções públicas, por vezes mesmo antagónicas ao meu crer, mas que incessantemente respeitei, na apologia da pluralidade democrática que subscrevo e no respeito pela grandiosidade deste ser.
Portugal e a Portugueses, ficaram mais sombrios, mais áridos, mais tristes.
Muito haveria para falar de uma vida tão preenchida.

folha seca disse...

Caro Luis
Mesmo quando andava por outras bandas apreciava aqueles que deram o seu contributo para que um dia vivessemos em liberdade. Nunca estive pessoalmente com o José Niza, mas conhecia uma pequena (infima) parte do seu trabalho na área musical. Estamos a deixar partir muitas das nossas referências e o chato é que de certeza não partem satisfeitos.
Abraço