quinta-feira, 20 de outubro de 2011

António José,

Ana VidigalSabemos que os compromissos são para cumprir e que as pessoas de bem levam a palavra dada até ao fim. Temos um papel assinado com os nossos credores e, mesmo sabendo que o tivemos de assinar porque uma coligação de direita e de extrema-esquerda não nos deu outra opção ao rejeitar a solução que outros credores nossos parceiros e amigos tinham apresentado, queremos honrar as assinaturas que lá estão.

No entanto, os que connosco avançaram para assumir a representação da maior maioria de portugueses que desde sempre se reuniu para conseguir soluções que adiassem a morte anunciada, uma vez chegados ao poder, não têm feito mais do que iniquidades, que agora até já são publicamente reprovadas pelo seu mestre sala, iniquidades impossíveis de assentimento por nós, que somos gente de bem.

Por isso meu caro António José, ou esses iníquos reflectem na sua iniquidade e alteram o mal que é ódio puro a parte da sociedade portuguesa, ou teremos de lhes retirar toda a confiança, deixando-os sozinhos a afrontar o nosso povo.

Somos Socialistas, lembras-te? Socialistas da Internacional Socialista, do grupo social-democrata europeu. Não esmagamos o povo, não fomentamos o ódio e não viramos portugueses contra portugueses.

Se for preciso teremos de dar o sinal radical que contrarie a radicalidade destes mancebos que não fazem a mínima ideia do que é uma Nação.
LNT
[0.466/2011]

2 comentários:

folha seca disse...

Caro Luis
Excelente recado, mas não estou seguro que vá ser ouvido. É que há o efeito de contágio. Uma votação que junte todos os votos de esquerda no parlamento?
Mas claro que faço votos para que seja ouvido.
Abraço

Luís Novaes Tito disse...

Meu caro, se têm medo de contágio que usem máscaras antisépticas :)

Ainda há a discussão na especialidade e tempo para alguma correcção.

De qualquer forma, como sabe, em termos práticos é indiferente porque o poder actual tem maioria absoluta na AR o que viabilizará sempre aquilo que eles entenderem.

O sinal político é que é diferente e se for dado, a responsabilidade transitará para quem tem de promulgar aquilo que for imposto pela maioria.