sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Não virar as costas às bengaladas em Portugal

BotaSabe-se que há Partidos do poder e há os outros, os que fazem política só para se entreterem. Os Partidos do poder podem ser responsáveis, como é o Partido Socialista ao aceitar que as propostas do Governo dêem entrada na Assembleia da República para serem discutidas em especialidade, ou podem não o ser, como num passado muito recente o foi o PSD e o CDS ao recusaram o menos mau para poderem impor o pior.

Os Partidos que não são do poder podem ser irresponsáveis porque nunca assumem a responsabilidade, fogem dela como o Diabo da Cruz.

Os do poder, ao serem irresponsáveis, criam a quem neles confia (e aos outros que neles não confiam mas que os terão de aturar) o maior prejuízo. Se para além de serem irresponsáveis ainda forem aldrabões, impreparados e amorais podem deixar um País à beira do esgotamento. Se para além de irresponsáveis, aldrabões, impreparados e amorais ainda forem injustos e ressabiados deixarão certamente uma porção muito curta da população desse País a pagar tudo aquilo que resulta da má gestão nacional feita pelos Partidos do poder.

Os recuos deste Governo em relação a todas as selváticas medidas que estão a tomar à excepção daquelas que foram aplicadas à Administração Pública e ao Estado Social (SNS, Educação, etc.), a par das nacionalizações a tostão (o BPN foi o primeiro exemplo), só pode ser adjectivada com todos os adjectivos anteriores e ainda com um enorme nojo civilizacional e de cidadania.

Leio que afinal há mais recuos (agora no lóbi autárquico do PSD) e lembro-me sempre de Eça "... era um dever de moralidade pública dar bengaladas ... ".
LNT
[0.494/2011]

5 comentários:

folha seca disse...

Caro Luis
Admito que não sou um seu leitor há muito pouco tempo. Encontreio-o por outras andanças e outros sonhos, mas logo que tivemos que adiar alguns dos sonhos (não deixar de sonhar, no que me diz respeito) passei a ler com muita atenção o que por aqui vai escrevendo. Admito que tenha apanhado um pêlo encravado ao "escanhoar" de forma segura uma carinha (aparentemente) lisa. Mas deu-lhe uma volta assim pró "indecifrável" digo eu que sou um bocado complicado, nisto das metáforas. Sou mais pão, pão! Queijo, queijo! Percebe-se agora que aquela ideia de criar o tal partido que fazia falta, nos faz uma grande falta. Cá por mim sinto-me orfão. Como a reeincarnação não me convence, imagine como me sinto.
Abraço
Rodrigo

Luís Novaes Tito disse...

Caro Rodrigo
Muitas vezes o que nos vai na alma não se consegue transpor para a razão e ainda menos para o papel. Mas ainda assim resta-nos o “nunca desistir e resistir sempre”.

Aqui só queria deixar duas razões:

- A iniquidade desta gente que é miserável;

- A preferência pelo mal menor, até que ele se transforme um mal maior e aí, veremos…
Entendo que a abstenção do PS foi só em relação à votação geral para que em Comissão se possam fazer propostas de alteração. Espero que seja possível corrigir algumas coisas. Se os PSD/CDS não cederem em aspectos importantes então gostaria que o PS votasse contra quando o OE subir a Plenário para votação final.

Quanto ao resto, meu caro, sou um mero barbeiro… Tento fazer a barba da melhor forma que sei.
Abr.

Anónimo disse...

Caro Luis
As notícias que li dizem-me que a decisão foi a de que a abstenção é para todas as hipóteses. Na especialidade e na votação final.
"resta-nos o “nunca desistir e resistir sempre”.
Abraço
Rodrigo (folha seca)

luis reis disse...

Confirma-se sim senhor.O homem está chocado,mas,fica-se pelo nim...qual global,qual carapuça.
Caladinho e educadinho,e,não esqueçer:coladinho!Recordar Catroga.O espectaculo de humilhação com o telemovel,etc.Cuidado com certos "patriotismos",é que em nome deles,muita merda aconteceu,e a historia daqui por uns meses,será outra,ou há duvidas?Depois,resistir com que partido?Com aqueles "responsaveis",que em duas reuniões,com o senhor dos Passos,dão um espectaculo de um partido de tótós?
Tenham dó...

Luís Novaes Tito disse...

Assim parece.
Estão em causa as duas fases de decisão. Já escrevi o que entendo sobre o assunto.