quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Vai-se andando

AzulejosÉ antológico.
À questão – como é que vai? a resposta portuguesa:
Vai-se andando – acrescentando os crentes: com a graça de Deus.

Vamos andando, com a graça de Deus, (e junta-se-lhe ainda, no caso dos marianos):
e a de Nossa Senhora.

Podia continuar, porque na terra onde os cadáveres são evocados como salvação: O que isto precisa é de um Salazar! e onde a esperança reside num fantasioso passado que faz de um puto burro e inconsequente, perdido num campo de batalha para as bandas de Ksar-El-Kebir às mãos do sarraceno Abd Al-Malik, a bruma que nos envolve, há que invocar o divino, o mesmo que soprou nas velas de Cristóvão e o levou, ao engano, às índias pele-vermelhas quando procurava outras mais dengosas, picantes e cheirosas, untadas com canela, pimenta e açafrão.

Cá vamos, com a graça de Deus e de Nossa Senhora, ou como Deus quer, ou como o fado nos destina, dia após dia, andando.
LNT
[0.513/2011]

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