sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

à Pressa

AtentosEm primeiro lugar há que distinguir “à pressa” de "há pressa". Essa distinção é essencial para entender o que está em causa porque, não havendo pressa e fazendo à pressa, só se obtêm maus resultados.

Ouvem-se alguns apressadinhos cheios de pressa e com saudades de um tempo, quase recente, em que punham e dispunham a seu belo prazer, a apressarem-se para matar essas saudades agora que os seus magníficos narizes pressentem o retorno dos odores do poder.

Pode ser que tanta pressa os leve à ejaculação precoce, coisa vulgar em quem antecipa o prazer à mecânica para o obter e assim, sem praticar o acto, consegue chegar aos gemidos egoisticamente inconsequentes.

Há-de haver sempre gente desta, apressadinha e disposta a fazer tudo, mesmo à pressa e mesmo que isso só sirva a sua pressa.

O mais estranho de tudo é que essa gente nunca é capaz de entender que os outros olham para eles com a expressão de quem já os topou há muito e já sem disposição nem pachorra para aturar os seus ruídos umbiguistas.
LNT
[0.008/2013]

2 comentários:

Janita disse...

Ora nem mais Senhor Barbeiro, é por estas e outras que gosto da sua Barbearia.
Aqui, as conversas têm uma subtileza e um sabor diferente, sem haver necessidade de recorrer aos adjectivos pejorativos nem insultuosos.

Não há pressa, mas agora chegou a pressa aos saudosos do gostinho e do cheirinho a poder, então, toca de fazer tudo à pressa para não perder tempo em alcançar a meta.
Só ainda não topou isso quem teima em olhar sempre na mesma direcção, com palas, que os impedem de ter uma visão mais abrangente, sabe como é? Pois é!

:)

Anónimo disse...

"o pior cego é o q não quer ver".