segunda-feira, 27 de maio de 2013

Da realidade

cintoAcabadas as distrações depois do Benfica ter perdido tudo o que tinha para ganhar e caído no esquecimento o magno problema de saber se é crime chamar palhaço a alguém que não tem graça alguma, esbarramos com a realidade de termos de satisfazer a ideologia de alguns, poucos, com o sacrifício abnegado de quase todos.

As últimas medidas de austeridade decretadas por Coelho e Portas estão em condições de subirem a plenário escudadas na falsa imposição dos nossos credores e suportadas por uma coligação que não existe e por um Chefe de Estado eleito pela abstenção.

O orçamento rectificativo que vai ser apresentado para contornar a ilegalidade comprovada contida no OE de 2013, e reforçado com a penalização revanchista sobre os cidadãos-contribuintes por terem ousado levantar a questão da ilegalidade, irá ser aprovado por uma maioria que joga na brincadeira do gato e do rato com o intuito de enganar uma vez mais todos aqueles que insistem em pensar que "eles são todos iguais" e que a alternativa à política de empobrecimento não passa de uma mudança de protagonistas para que se continue a empobrecer.

Vamos a isto, não é Gaspar? Vamos mostrar a estas gentes que é da vida que uns sejam sempre mais iguais do que a maioria dos outros.

Não quisemos um justo e alegre Portugal, ficámos com aquilo que a indiferença de uns e a mentira de outros promoveu.
LNT
[0.133/2013]

1 comentário:

Janita disse...

Agora que se acabaram as emoções futebolísticas que acalentaram as esperanças de tantos portugueses, é que temos de enfrentar a realidade? Se calhar era por isso que se dizia, noutros tempos, que futebol e fado só serviam para alienar o povo da opressão em que viviamos. Não, estou a exagerar. Muita coisa mudou...ou estaremos a recuar, no tempo e na história?
Dizem que ela é cíclica.
Hummm, de novo a precisarmos de um cinto. Não sei, mas eu preferia que ele servisse para aplicar aqueles antigos e eficientes correctivos aos meninos que se portavam mal. Mas como agora isso caiu em desuso, o que fazemos? Incentivamos o Gaspar a continuar?

É caso para dizer: Isto é que vai uma crise!
Apertar o cinto é diferente de apertar do cinto. :-)