sábado, 31 de maio de 2014

O que faz falta

VotarTambém eu que não apoiei a proposta de Assis, na altura em que foi necessário pegar nos destroços do PS esmagado pela maioria absoluta da coligação no poder, entendo que, perante os sinais dados pelos cidadãos que se abstiveram, votaram branco ou anularam os seus votos nas Europeias, é necessário equacionar formas de melhorar a qualidade da democracia representativa em Portugal com soluções mais participativas.

Vai ser um trabalho hercúleo porque exigirá muita imaginação e esforço.

É este o essencial que os cidadãos esperam porque já se aperceberam que a seu alheamento da política não está dependente de aparições salvíficas e milagreiras.

Como é evidente, sempre que um incidente é criado, há que encontrar uma solução urgente que evite a sua transformação em problema. No caso do Partido Socialista, o incidente milagreiro está criado e há que resolvê-lo com celeridade para o mitigar e voltar às questões sérias relacionadas com o estado da democracia e, principalmente, com o bem-estar dos portugueses.

Espero que, até ao fim da Comissão Nacional de hoje, seja também aberto o caminho para encerrar celeremente a questão que está a inviabilizar a concentração da atenção política naquilo que diz respeito aos cidadãos.
LNT
[0.194/2014]

8 comentários:

ibmartins disse...

Francamente.
Espero que deixe publicar o meu comentário porque não penso escrever outor aqui.
Ao longo do tempo tenho achado intrigante (e por isso aqui me tenho manifestado algumas vezes) sobre o que um autor de escritos que gosto tem a ver com seguro.
Hoje entendi. Porque são iguais, entenden-se.
Não é sério:
- andar a pedir eleições no país e recusá-las no ps
- fugir ao confronto atrás de muralhass burocráticas criadas pelos próprios
- recusar discutir propostas em tempo útil e atrirá-las para a arena quando precisa de cortinas de fumo. E companhar com propostas populistas porque acham que com isso ganham a simpatia do povo
- não é sério usar a moral para atacar adversários políticos
- não é sério dizer que defendem os interesses dos portugueses ao mesmo tempo que se reunem à porta fechada para recusar uma discussão pública sobre propostas e projectos de alternativa que são tão necessários e ansiados.

OBRIGADA ANTÓNIO COSTA, PELA CORAGEM. ESPERO QUE VENÇAS PARA PODER VOLTAR A VOTAR PS

Janita disse...

Assim a modos que sem grande explanação acerca do tema, resumo dizendo que o que fazia falta é que a malta não fugisse ao seu direito/dever de ir às urnas dizer de sua justiça. Para tal precisávamos ser um povo mais participativo da vida política e ter noção do conceito de cidadania. Se for para ir ao futebol, vão todos a correr. Ó malta que só sabe reivindicar direitos e borrifa-se para as obrigações.
A malta está avisada...depois não se queixem!

Um aparte, pensei que o Luís apoiasse o António Costa! Seguro? Valha-nos Deus!! Aquele é dos que nem lá vai nem faz minga!

Um abraço :)

Luís Novaes Tito disse...

ibmartins
-Não é sério comparar o que não é comparável. As eleições pedem-se no País porque em 2 eleições seguidas o País já disse que este poder não serve, o que é o contrário do PS que saiu vencedor.
Quanto ao resto deixo-lhe muitos dos meus escritos, começando por aquele em que digo que "Detesto personalismo e abomino o seguidismo."

Luís Novaes Tito disse...

Janita,
Votei em Seguro para Secretário-Geral dentro do Partido Socialista e ainda não vi razão para lhe retirar o meu voto que aliás foi confirmado pelos portugueses com duas vitórias que atribuiram ao PS.
Penso que teria sido muito mais útil para os portugueses que, na sequência das últimas eleições e mediante o estado a que o poder instituido os está a conduzir, o PS tivesse avançado com a reunião de inteligências para definir medidas urgentes para o País em vez de andar a discutir se o Costa é mais bonito que o Seguro.

ibmartins disse...

Agradeço-lhe ter-me respondido e não resisto a fazer-lhe um pedido.
Teria uma série de argumentos a contrapor à sua resposta ao meu primeiro ponto, mas prefiro concordar em discordar (em absoluto).
Assim peço-lhe, se faz favor, que me responda da mesma forma concreta a cada um dos meus outros argumentos. Sem generalidades ou sem me remeter para outros escritos

Janita disse...

Luís,
O que está a dividir a vontade de reunir inteligências e acabar com as divergências dentro do PS, não é, obviamente, a beleza de Seguro ( que por sinal até é mais giro)
ou do Costa. Talvez a questão passe pela dúvida relativamente à competência. Digo eu! Certamente que o Luís tem uma opinião bastante mais abalizada sobre o assunto, já que é uma pessoa que se movimenta, há longos anos, dentro dos meios políticos.
Tenha uma noite serena!

Joaquim Moura disse...

Senhor Luís Tito,
Será que ouviu o que Seguro afirmou durante a entrevista, de hoje, à Judite de Sousa, acerca de Mário Soares e José Sócrates?
E justificou ter tirado agora da cartola as eleições abertas aos eleitores do PS, quando já as rejeitou por duas vezes - há 3 anos e no último congresso. E não vale o argumento de que agora fazem sentido pelo sentimento anti-sistema partidário revelado nestas eleições. Esse sentimento e divorcio dos eleitores para com a partidocracia que vivemos foi evidente e bem manifesto, já em anteriores eleições, com abstenção muito elevada. Não passa de um coelho tirado da cartola para evitar convocar já as eleições para a liderança do partido. O homem está desesperado e capaz de tudo para manter-se no poder e vai fazer o PS em cacos.

luis reis disse...

180 deputados? A sério' Ui, aí está, uma proposta nada demagógica!Não é?Sim senhor.
Ai aquelas escolinhas das jotas...