segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

No nosso querido Portugal


Anda por aí uma fona da cascar no líder de claque de uma agremiação verde porque o homem fez um discurso consentâneo com a sua condição rufia.

À primeira vista até poderia dar razão para a atrabílis, por esperar que num País democrático os votos devessem servir para eleger cidadãos responsáveis e decentes que representem os seus eleitos mas, e não fazendo a injustiça de ter a citada agremiação como coisa pequena – o que não é, prefiro considerar que as pessoas decentes que nele votaram o fizeram minimizando as alarvidades -até porque não condicionam as suas vidas aos sons que o homem emite (e vozes de burro não chegam ao Céu) - preferindo ressaltar o que o líder tem feito (dizem que bem) no decurso do seu mandato.

O ataque cerrado que proferiu aos órgãos de comunicação social igualmente parece pouco digno num regime que consagra a liberdade de expressão individual e da comunicação social como um dos seus pilares fundamentais mas, depois da primeira indignação criada pelo discurso inconsequente que proferiu e após a resposta dada pelo Sindicato dos jornalistas, continuamos a verificar que a comunicação social portuguesa pouco faz para ser respeitada.

Ainda hoje, dia em que o português mais universal de todos nós foi homenageado pela escola que lhe deu formação com a distinção Honoris Causa, só um canal televisivo se deu ao trabalho de fazer a cobertura integral da sua prelecção e do discurso proferido nesse evento pelo Presidente da República, embora todos tenham feito, no passado sábado, a cobertura integral do discurso irrelevante do dirigente agremiativo que tanto azedume lhes provocou.

No fundo a coisa resume-se ao pensamento do líder político que este fim-de-semana foi de arrastão no fraco caudal de um Rio que alavancou o seu leito pedregoso do Porto para a capital.

Bem podem rosnar. Só terão o que merecem.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.004/2018]

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