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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Pecadilhos

JunkersDa última vez que o meu Junkers se arrependeu de me ter dado cabo da dignidade acabei num banho gelado.

Não me restou outra solução senão mandar instalar um Vulcano e, como a entidade certificadora não estava para brincadeiras e era dada a negociatas, teve de ser um esquentador “smart”, com exaustão forçada e controlo de evacuação de gases de combustão.

Uma merda, isto de só haver arrependimento quando o banho já foi despejado com a criança dentro ou com a contracção do órgão pelo frio.
LNT
[0.105/2015]

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Dignidade

Angela Merkel
Juro que vou dedicar os meus esforços ao bem do povo alemão, aumentar os seus benefícios, protegê-lo de danos, respeitar e defender a Constituição e as leis da Federação, cumprir conscientemente os meus deveres, e fazer justiça a todos.
Juro-o, assim Deus me ajude".
Ontem vi Merkel na televisão a jurar que iria “respeitar e defender a Constituição e as leis da Federação”. Que pena tenho que os governos em Portugal não façam semelhante juramento embora saiba que, observando o desempenho de topo nos últimos anos em Portugal, não andamos muito longe de dar razão à frase repetida na infância: “de que quem mais jura, mais mente”.

Quase blasfemicamente diria que lamento não ter Merkel como chefe do meu governo porque tenho de reconhecer a sua honra, ao contrário do que se passa por aqui.

Como democrata, respeito quem se dá ao respeito, isto é, quem independentemente das ideias que defende – mesmo sendo diferentes daquelas que defendo – revela honestidade e brio no cumprimento dos juramentos que faz.

Ao ouvi-la em tal juramento dei por mim a imaginar o desprezo que ela deverá ter por gente inqualificável que ocupa altos cargos nacionais e declara publicamente ser contra a Constituição designando o seu País como “protectorado” em violação logo ao primeiro princípio fundamental - “Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária.

Depois de ontem ter visto a dignidade da posse de Merkel compreendi melhor o desdém com que ela trata a rapaziada da Gomes Teixeira, infelizmente metendo-nos a todos no mesmo saco de gatos por admitirmos docilmente sermos governados no desrespeito da Constituição da República Portuguesa dando aso a que todo o tipo de burocratas europeus e de “mercados” internacionais se permitam tentar condicionar o nosso Tribunal Constitucional.
LNT
[0.503/2013]

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Nascer duas (ou mais) vezes

DesfocadoNão vale a pena continuar a bater mais no ceguinho, neste caso concreto, não vale a pena bater mais no cavaquinho, e já que nunca iremos conseguir, por mais esforços que queiramos fazer, que o homem acabe o seu mandato com dignidade uma vez que dignidade implica, entre outras coisas, ter palavra e cumprir os juramentos feitos perante a Nação, mais vale começar a preparar a papelada para entregar no Constitucional, única instância com poderes bastantes para nos proteger da indignidade.

Quando era miúdo dizia-se que: "quem mais jura, mais mente." mas nunca pensei que este dito se pudesse aplicar a quem deveria estar a desempenhar o papel de mais alto magistrado de Nação.

Tudo se resume na contradição entre:

"Juro por minha honra desempenhar fielmente as funções em que fico investido e defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa”.

e:

"Faço uma avaliação cuidadosa, recolhendo o máximo de informação sobre os custos de um orçamento não entrar em vigor no dia 01 de Janeiro e os custos que resultam de eventualmente uma certa norma ser considerada inconstitucional já depois de o orçamento estar em vigor".

Todos terão de nascer pelo menos duas vezes para conseguirem chegar a este estado.
LNT
[0.394/2013]

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

O caldo vai acabar por entornar

Escudo de PortugalIsto é tudo muito fácil de entender. Um País que não se dá ao respeito, não é respeitado e já não é primeira vez que não nos damos ao respeito. Foi assim com os Filipes, foi assim quando a família real meteu o rabo entre as pernas e fugiu para o Brasil e ainda foi assim mais umas quantas (poucas) vezes nesta Nação milenar cujo povo sempre soube voltar a dar-se ao respeito.

Não somos um protectorado. Somos uma Pátria assaltada, é verdade, mas um País soberano. Precisamos de apoio mas não vendemos a nossa dignidade para o conseguir na mesma lógica que não aceitamos prostituir-nos quando precisamos de financiamento e recorremos a uma instituição financeira.

Vivemos tempos de infâmia e, ou alguém investido do poder põe cobro a esta maldita submissão, ou isto vai acabar mal como sempre acabou para quem nos tentou subjugar e para os detentores do poder que colaboraram com a submissão.
LNT
[0.378/2013]

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Labreguices

Burro1. Passos Coelho referiu, em tempos, que num almoço (ou jantar) "comicieiro" na Madeira um finlandês o terá abordado para lhe dizer que: "esperava que a conta daquele almoço não tivesse de vir a ser paga pelos seus impostos na Finlândia". Passos Coelho, que pretende ser Primeiro-Ministro de Portugal, não informou o que terá respondido mas entende-se que não lhe deu a única resposta possível perante a arrogância e que seria a de que os finlandeses, o FMI e outros, não estão a fazer caridade mas sim um negócio, um dos mais prósperos e antigos negócios que consiste em emprestar dinheiro em troca de mais dinheiro (o dinheiro + os juros). Ficou patente a labreguice de quem nos pretende representar como dirigente do executivo da República.

2. A estória de fazer de Basílio Horta o cabeça de uma das listas distritais do Partido Socialista é uma habilidade política, mais uma, que só serve para manter o rumo do desprestígio da política nacional. Não porque Basílio Horta não seja um excelente cidadão que mereça todo o respeito, mas pelo desrespeito que representa entregar a representação programática de um Partido na mão de um cidadão que nela não se revê. A labreguice não se dirige a Basílio Horta mas sim a quem o escolheu.

3. Fernando Nobre continua na senda da asneira. Depois de ter dado o dito por não dito atrelado à "supremacia dos independentes" e ao desconhecimento das regras constitucionais, o que é grave para quem pretendeu ser Presidente da República, declara agora (noticiários da manhã) que depois das eleições saberá se há condições ou não para ser "nomeado" Presidente da Assembleia da República. Notem bem, "nomeado" quando o cargo é de eleição entre os seus pares. Não há limites para a labreguice em que estamos mergulhados.

Depois admiram-se que lá fora nos percepcionem como labregos, não no sentido de aldeões, mas no de rudes e de grosseiros.
LNT
[0.132/2011]