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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Falemos de coisas importantes

Rolls RoyceDeixemos de lado os fait-divers para vender livros, aumentar share em canais de notícias e promover os ajustes de contas velhas.

Deixemos de lado, até porque há mais vida para além do orçamento, o dito cujo.

Deixemos de lado as festividades comemorativas do centésimo dia da implantação do diálogo e da convergência das rectas paralelas.

Deixemos de lado esse pormenor urgente de construir um comboio foguete interplanetário que tem de mudar de eixos quando chega aos Pirenéus.

Deixemos de lado todas essas manigâncias como são, por exemplo, os exercícios para cálculo da taxa de desemprego e as projecções que advém da possível devolução dos desempregados portugueses que estão no estrangeiro e que são adicionados às estatísticas desses países e subtraídos às nossas.

Deixemos de lado todas essas minudências, essas idiossincrasias, como diria o Paulo Ferreira, e concentremo-nos nas razões que me levam a não poder comprar o Rolls Royce que tem lugar marcado na minha garagem e nunca mais lá entra. Isso sim é motivo sério, sério porque não me reformei aos 50 anos, tenho emprego, trabalho e pago impostos, pago-os para todos e todos me exigem que pague mais, que trabalhe mais, que ganhe menos (agora chamam-lhe congelamento) e não consigo amealhar para o tal bólide que nunca irei ter porque... pago impostos, trabalho, tenho emprego e não me reformei aos 50 anos.
LNT
[0.057/2010]