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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

E de repente

LisboaE de repente regresso ao bulício da capital cheia de mortos-vivos e de restos de gente que nos diz governar. É como se nunca daqui tivesse saído, não fosse a cor que o Sol deixou na pele preste a desbotar.

A baixa está um inferno de calor e faz lembrar a Palestina onde nem falta a vergonha de um muro que impede quem venha do Chiado de atravessar a Rua Aurea.

Mau, muito mau, embora as notícias (do tempo em que elas faltam) dissessem que o arco do triunfo lisboeta passou a miradouro de dois euros e meio com vista garantida para a rua fronteira esventrada e para o cavalo do Dom José a marchar sobre as serpentes desbotadas.

Se querem sombra vão ter de a pagar neste imenso caldeirão incandescente a que chamam terreiro do paço. Se querem sossego vão ter voltar aos areais algarvios cheios de alfacinhas e de fedelhos aos berros.

E assim, de repente, aqui estou de novo estafado e poluído como se daqui nunca tivesse saído.
LNT
[0.250/2013]

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Na ressaca

Caveira/lataAinda na ressaca das férias, tento recolocar-me no Mundo – Portugal incluído embora seja um mundo à parte – e fico com a sensação de que vivemos uma daquelas telenovelas em que, por muitos capítulos que se percam, nada evoluiu desde o último episódio visto.

Desde ciclones que, apesar dos alardes alarves da comunicação social, foram só tempestades tropicais iguais a muitas outras já vistas sem espalhafato em New York, ao senhor FMI que passou de eventualmente condenado na justiça para efectivamente condenado pela opinião publicada, passando pela famosa crise que alegadamente não deixaria que os políticos que andavam a banhos no Algarve tivessem férias, e pelo senhor Kadaffi – grande amigo dos seus aliados a quem há meia dúzia de meses distribuía chazinhos de tenda e agora os tem como carrascos – que deve estar a preparar um “fim-de-festa” digno do terrorista que nunca deixou de ser, nada mais houve a acrescentar à miserável crise que cada vez mais é para quem trabalha ou trabalhou e que deixa sempre de fora para enricar quem já é rico, ou aí anda perto.

Tirando o IVA que os teóricos julgam ser chapa ganha quando se lhe aumenta a taxa e fazem ouvidos-moucos às teses que defendem que esse tipo de saque resulta fracote porque quando as pessoas já não têm muito por onde cortar, cortam ainda mais nos consumos deixando de cara à banda os que lhes querem tudo sacar, aguardamos com calma (e veremos se com sossego) a grande "coragem" que se prepara com o anúncio de medidas e mais medidas para nos esticar a pele numa cura de emagrecimento que, de tão radical, começa a revelar-se anoréctica-suicida.

Como primeiro texto pós-férias até eu próprio estranho o pessimismo. Pode ser que esteja enganado e que a informação que me chega aos bochechos neste primeiro dia de reactivação passe a ser diferente ao arrear da bandeira e que amanhã consiga ver a luz que ilumina a estrelinha que os guia.
LNT
[0.330/2011]

sábado, 27 de agosto de 2011

Já tenho saudades do mar

Moldura vaziaE ainda agora cheguei, voltei.
Consegui não ler Blogs, não ler o Expresso, não ouvir mais do que dois noticiários.
Vi muitos políticos que, segundo diziam não iam ter férias, a molhar os pés.
Pelo que já ouvi hoje, depois do regresso, o povo é quem mais ordena.
Veremos!
Para já, já tenho saudades do mar.
LNT
[0.328/2011]

sábado, 4 de setembro de 2010