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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Especificidades portuguesas

Pudim(ou a particularidade de um país onde há Primeiros Ministros e Secretários-gerais de centrais sindicais que fazem greve, uns da governação e os outros dos trabalhadores)

Um secretário-geral de uma central sindical, a quem só se conhece o trabalho de Secretário-geral de uma central sindical, pode fazer greve?

Não terá de cumprir um plano de contingência e de serviços mínimos?
LNT
[0.550/2012]

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Greve Geral 2011

Nota da Barbearia sobre a Greve Geral


O barbeiro e as suas colaboradoras não aderiram à Greve Geral de 2011 estando os amanhos a decorrer com a maior normalidade.

O barbeiro declara a seu apoio a todos os trabalhadores que usam a greve como meio legítimo de protesto e de defesa das conquistas que conseguiram, a pulso, desde que existe democracia em Portugal.

O barbeiro e as suas colaboradoras aderiram à Greve Geral de 2010 e a todas as anteriores em que o poder era da sua cor, como protesto e pressão sobre a forma como as políticas estavam a ser conduzidas, assumindo o seu desacordo e responsabilidades.

O barbeiro declara que não contribuiu minimamente para que o actual poder seja exercido desta forma tendo tido oportunidade de se pronunciar nas urnas eleitorais, onde deixou expresso que sabia ao que esta gente vinha.

O barbeiro, mesmo sabendo que o actual poder mentiu descaradamente na campanha eleitoral, nunca se deixou enganar e por isso não está desiludido nem com o actual Governo nem com o actual Presidente da República, uma vez que nunca se deixou iludir por eles.

Para terminar, o barbeiro e as suas colaboradores expressam a sua solidariedade com o Povo português que tem sido miseravelmente tratado e que, ou por ignorância ou desleixo, se alheia da vida política convencido que estas coisas não lhe dizem respeito.

Lisboa, Barbearia do Sr. Luís, 2011.11.24
LNT
[0.536/2011]

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Estatísticas e consumos

AzulejoCom a habitual estorieta da contagem de cabeças, os sindicatos a falarem de três milhões de envolvidos (nunca os ouvi dizer em greve) e os Ministérios a falarem nuns milhares de grevistas (logo a comparar coisas diferentes) a única coisa que me interessa saber é que nesta Barbearia a adesão à greve geral foi de cem por cento.

Até o patrão aderiu e, embora as luzes da montra e das salas de tosquia tenham ficado ligadas, garanto que ninguém trabalhou.

Ponham lá isso nas estatísticas de que tanto gostam e anotem que os custos da electricidade são um desperdício a meu cargo que sobrevivo sem subsídios e sem subvenções.
LNT
[0.428/2010]

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Fechado, closed, fermé, chiuso, cerrado, geschlossen, oemottaglig

Greve Geral

Informa-se toda a estimada clientela que este estabelecimento está hoje encerrado devido à adesão total dos seus trabalhadores à Greve Geral.

Informa-se igualmente que os serviços mínimos só serão assegurados em caso de emergência. Para o efeito existe um piquete de prevenção.
LNT
[0.426/2010]

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Nós não temos medo

Não pode impunemente mentir-se ao povo português
Mário Soares–Comício da Fonte Luminosa-Lisboa 1975

Greve Geral


Tanto o título como a primeira frase deste texto foram proferidos por Mário Soares quando, todos nós com ele, com Salgado Zenha, com Tito de Morais, com Mário Sottomayor Cardia, com Marcelo Curto, com Lopes Cardoso, com Luís Filipe Madeira, com Manuel Alegre e com muitos outros, em 1975, precisámos de ir à rua dizer que não cedíamos perante as ameaças e perante os medos com que nos queriam fazer mansos.

Voltamos a tempos em que o pairar de ameaças permanentes nos tenta condicionar.

Voltamos a afirmar, tão alto como outrora, que nós não temos medo.

Temos a nossa ideia, temos a nossa paixão pela liberdade e pela democracia, não achamos que sacrificar e submeter seja bem-governar e consideramos que um Governo eleito é corajoso quando cria bem-estar social e não quando esmifra.

Como não nos ouvem em recinto fechado, chegou a altura de o dizer na rua. Se não conseguirem entender o que faz com que as duas centrais sindicais portuguesas conjuguem as vozes, percebam pelo menos que uma greve geral não é a tagarelice dos círculos fechados e dos gabinetes e compreendam, não só os poderes eleitos mas também os senhores da finança e os especuladores que, tal como em 1975, nós continuamos a não ter medo.

Amanhã em greve, com a greve geral, obviamente.
LNT
[0.425/2010]

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Alltuga - Eventos e promoções,EP

PortugalDeixando de parte a cor dos parafusos dos Patriots, matéria da qual o Nuno Rogeiro tem profundo conhecimento e sobre a qual poderá dissertar horas a fio, diria que as cimeiras de Lisboa correram muito bem.

Portugal é um excepcional organizador de eventos, sejam eles a feira do sexo, da NATO, ou as outras onde se ouvem os "Porreiros, pá!".

Para além disso é um excelente anfitrião. A comprová-lo ficam as palavras de agradecimento de Obama e os almoços e jantares grátis com vista panorâmica de Monsanto que tivemos o prazer de servir aos palhaços do circo internacional da desobediência civil.

Agora que está na hora de desmontar a tenda e de aguardar um pouco mais os tais meios de segurança que foram adquiridos à pala do evento para dotar as nossas polícias com meios suficientes para enquadrarem as desobediências civis portuguesas que poderão estar aí a rebentar com a entrada do ano de 2011, é tempo de balanço das nossas interioridades, que é como quem diz, do orçamento de estado rosa-alaranjado e das suas melhorias consubstanciadas na devolução do leitinho achocolatado à lista mais baratinha do IVA.

A um mês e pouco da crise que se inicia para os contribuintes com a entrada em vigor do amargo OE, é tempo de avisar os eleitos e os que, não o sendo, têm a mania que são, de que a nossa paciência está no limite e que se é verdade que o FMI vai ter de entrar pela nossa vida dentro, então mais vale que entre já do que mais tarde porque, com o aperto anunciado, já deixámos de o temer.

Ah, e deixem lá o Amado ir descansar, que ele bem merece, agora que já lhe fizeram o elogio fúnebre. Para que não se sinta só na viagem libertadora, soltem também o financeiro dos Santos antes que tenha de se desdizer mais uma vez.

Boa semana e na quarta-feira lá nos encontraremos na Greve Geral, tá?
LNT
[0.423/2010]

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Greve geral -SIM

Greve Geral


Quando João Proença disse, aqui há uns dias, que a UGT iria estar em sintonia com a CGTP para concretizarem a greve-geral de 24 de Novembro, acrescentou que também entendia ser inevitável aprovar o OE que tinha sido entregue na AR.

De imediato ouviram-se críticas que apontavam contradição nas posições assumidas e ouviram-se as gargalhadas provindas dos fazedores de espuma.

No entanto não há qualquer contradição. Tal como Proença, também compreendi desde o início a necessidade de ver aprovado este Orçamento, mas não prescindo de aderir à greve-geral.

São duas questões a serem tratadas em separado:
Uma (a questão de aprovação do OE) destina-se a tentar evitar o mal maior;
A outra (a da greve-geral) destina-se a dar o sinal de que foi atingido o limite da tolerância e que deixou de haver margem para continuar o rega-bofe.

É importante que os políticos que nos governam e os especuladores nacionais e internacionais que nos estrangulam entendam que chegou o momento em que a nossa compreensão para as actuais medidas não é um sinal de aceitação dos erros continuados que nos conduziram até aqui. É inevitável fazê-los entender que não estamos na disposição de continuar a admitir novos pedidos de austeridade para tapar os buracos de uns e os roubos de outros.

Isto serve para todos os que têm responsabilidades começando pelo Governo, passando pela Assembleia da República e pela oposição e terminando no Presidente da República.

Quanto aos especuladores há que dar o sinal de que também eles estão no limite.

Impingem condições e chantageiam-nos com ameaças de corte de crédito fazendo-nos crer que o crédito que nos atribuem é uma dádiva e não o negócio de agiotagem que justifica a sua existência.
LNT
[0.391/2010]