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sexta-feira, 8 de maio de 2009

E depois da crise, e depois de nós?

Fatos Falamos da crise como se estivéssemos a falar de uma coisa surgida do nada e que irá desaparecer num estalar de dedos, sem deixar rasto. As hordas de desempregados, a que se juntam mais uns tantos todos os dias, são produto dessa crise que alguns entendem necessária e purificadora, fundamental para o saneamento do mundo do trabalho e imprescindível para a reengenharia do mundo empresarial. Depuração das empresas débeis, repositório de mão-de-obra disponível e barata e imputação da responsabilidade social e dos prejuízos às Instituições.

A crise é isto mesmo. Realiza valias, retira liquidez, adquire em baixa o que sabe ir valorizar e entrega os lixos ao Estado – leia-se, aos mesmos que sempre tudo pagam – para suportar os prejuízos enquanto descarta, por processos ilegais, os indesejáveis.

Com o capital a sacudir a água do capote fazendo constar que não pretende imputar aos custos de produção a sustentabilidade da segurança social, surge o desplante da tentativa de reciclagem dos mais velhos, remetendo-os para um limbo até à reforma, enquanto o Estado prolonga o tempo de actividade sem garantir, até por não ter meios para o fazer, esquemas sociais de apoio ou o exercício da justiça. Resta, dada a impossibilidade de congelação das pessoas, a lei da sobrevivência ou da morte a quem descontou anos-a-fio e fica agora suspenso entre o fim do subsídio de desemprego e o início da reforma.

É isto a crise, a crise onde o capital deixou de ter obrigações sociais e o Estado não exerce a soberania. A crise da ética e dos direitos humanos. O reino onde imperam os porcos, feios e maus que não guardam sequer memória do charco em que nos meteram.
LNT
[0.369/2009]

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Botão Barbearia[0.134/2009]
A procissão no adroChavéz Ahmadinejad

O cara-de-pauísmo dos "analistas da moda" chega ao ponto de defenderem a entrada do Estado no capital das empresas (por estarmos em tempo de excepção) e proclamarem que quem deposita nos bancos tem de se sujeitar às taxas de juro por eles impostas porque são essas as regras do mercado. É o fartar vilanagem.

Somos estalinistas na desgraça e liberais no lucro.

Com a vitória do Sim de Chavéz deu-se o click. Não estaremos ainda no fim-dos-tempos mas não faltará muito para lá chegarmos e se isso não for visível a olho nu é bom que se apure a visão. O sucesso de Chavéz é muito mais do que aquilo que os raciocínios simplicistas pretendem inculcar de populismo e demagogia.

Sucede-se ao emergir dos picos que compõem o iceberg mundial da pouca-vergonha consolidado pela inoperância irresponsável das entidades que têm obrigação de zelar pelo bem comum e monitorizar as actividades, mas que se mantêm anestesiadas com os perfumes da auto-regulação "liberal".

Ainda são só os vértices restando por apurar o tamanho da massa submersa. São sinais da decadência enquanto continua o empanturramento de quem a fez acontecer.
LNT

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Botão Barbearia[0.738/2008]
Estaremos à beira do pesadelo liberal?Nyon

Há muito que se sabia: O livre funcionamento do mercado é uma teoria interessante para quem dele quer sacar tudo para si e deixar para os Orçamentos de Estado a reposição do saque.

Penso que até Blair o sabia quando inventou aquela coisa mais suave que punha os olhos em alvo dos socialistas e sociais-democratas modernaços. Depois dos Estados Unidos chegou a vez da Inglaterra e da Europa central injectarem o dinheiro de quem tudo paga nos bolsos de quem tudo recebe. Uns chamam-lhes nacionalizações (os mais liberais), os outros chamam-lhes intervenções para salvaguarda do interesse público (os mais 3ª via).

Esta estorieta faz-me lembrar aquela outra dos defensores de menos funcionários públicos para que os empregados das empresas privadas possam ser pagos (e melhor pagos) em outsourcing pelo Estado.

Mas o pior pesadelo neo-liberal (odeio esta designação para capitalismo selvagem) pode estar próximo. Se o saque se mantiver, mesmo depois dos muitos mil milhões que os contribuintes estão a injectar para manter esse mesmo saque, o Estado pode falir e lá se vai a mão invísível que não é mais do que a almofada tranquilizante do sonho liberal.
LNT

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Botão Barbearia[0.709/2008]
A essência do liberalismo capitalista
e o funcionamento do mercado
Bicho

Quando as teorias liberais falham, aplicam-se as práticas do plano B, isto é, os contribuintes em geral pagam para salvar os liberais em particular.

Quando as teorias liberais funcionam dividem-se os lucros pelos accionistas.

Por exemplo:

O Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, anunciou um
empréstimo de US$ 85 mil milhões para tentar evitar a falência da seguradora AIG

LNT
Rastos:
USB Link
-> O Globo on line - Entenda a operação de resgate da seguradora AIG