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sábado, 7 de novembro de 2020

Presidenciais (portuguesas para variar)



Sou proponente de Ana Gomes
Não por ser um mal menor, não por falta de alternativa, mas por convicção. 

Propus Ana Gomes, espero que ela passe de pré-candidata a candidata assim que consiga as proposituras necessárias e o Tribunal Constitucional a admita como tal e serei seu eleitor caso esteja vivo e de boa saúde. 

Acredito que Ana Gomes dará uso à sua vasta experiência diplomática para, a partir de Belém, colocar Portugal num patamar internacional relevante. 

Acredito que Ana Gomes acrescentará valor à Presidência portuguesa da Conselho Europeu usando toda a influência e prestígio granjeado com os seus corajosos mandatos de deputada europeia. 

Acredito que Ana Gomes, passando do seu actual estatuto de comentadora para o de Presidente de todos os portugueses, será uma referência na consolidação da nossa democracia e no progresso do desenvolvimento social com base nos princípios constitucionais que salvaguardam os direitos dos cidadãos. 

Estou convicto que Ana Gomes será um obstáculo à corrupção que se esconde na democracia para dissimular a cleptocracia que tem desviado parte da contribuição de todos para usufruto de alguns. 

Ana Gomes saberá articular com a Justiça as formas de travar este mal respeitando, evidentemente, o que a Constituição da República Portuguesa determina sobre a separação de poderes. 

Na boa tradição do Partido Socialista seguida desde o início da democracia até às últimas eleições presidenciais o PS não apresentará um candidato, o que é correcto. 
Mas estranho que, tal como inovou nas últimas presidenciais, não apoie oficialmente numa primeira volta um candidato da sua família política. Uma inovação que me desgosta e com a qual não tenho qualquer afinidade. 

Tenho como certo que Ana Gomes terá nesta disputa adversários com garra, uns resultantes de ideologia diferente, outros de estilo diverso, outros de programa ou agenda diferente, mas só terá como inimigos os que se vierem a apresentar a votos na democracia com a finalidade de a exterminar. 

Acredito que a haver uma segunda volta tudo ficará em aberto para podermos eleger a primeira mulher portuguesa como Presidente da República.
LNT
#BarbeariaSrLuis #ANAGOMES2021 #ANAGOMES #AnaGomes
[0.007/2020]

terça-feira, 8 de março de 2016

Uma palavra de gratidão

Cavaco Silva Luís Novaes Tito Carolina Tito de MoraisGrato por ter conseguido passar dez anos em Portugal sem um Presidente que me representasse desejo ao cidadão Aníbal Cavaco Silva longa vida e salutar aposentadoria.

Cá estaremos, com todo o gosto, disponíveis para a pagar (a aposentadoria e outras benesses), na certeza de que agora todos ficaremos melhor.

Palavra de gratidão dita e escrita passemos ao que interessa.

Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente que daqui a será empossado, não foi eleito com o meu voto mas isso não lhe retira um milímetro da representação que lhe reconheço, aliás na sequência do seu discurso inclusivo proferido no dia das eleições.

Desejo-lhe os maiores sucessos políticos e pessoais no mandato que agora inicia.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.014/2016]

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Quando a não-notícia é o não-candidato

Santana Lopes
Oh pá, Pedro, então não vais concorrer a Belém?

Não me digas que se acabaram os fait-divers sobre os candidatos de esquerda e agora o I, o Observador, o CM e tal precisaram de fazer circular uma “não-notícia” da direita para distrair o pessoal.

Por este andar ainda acabamos a ter de discutir as legislativas.
LNT
[0.253/2015]

terça-feira, 7 de abril de 2015

Quo vadis PS?

Pavilhão PresidencialMarcelo é conhecido de meio mundo.

É normal, dado os anos em que anda nisto, dado que as televisões não o largam e que não prescindem de o contratar, dado o seu agrado por Deus e pelo Diabo.

Santana Lopes, com aquele seu jeitinho de menino guerreiro, idem.

O primeiro, espantosamente conhecido, nunca conseguiu mais do que derrotas. O segundo, ainda mais espantosamente, alcançou a cadeira de São Bento, na sequência da fuga de Barroso, num acto de tira-teimas que Sampaio quis deixar claro antes de o arrumar a um canto.

Os dois quiseram lançar a estratégia de atrasar os anúncios de candidatura presidencial por se sentiram suficientemente conhecidos dos eleitores e não quererem deixar perceber que o seu concurso à presidência mais não é do que vaidade.

A comunicação social e grande parte das elites falantes e escrevinhadoras deram-lhes razão e não tardou a mensagem de que as intenções de candidatura presidenciais só seriam bem-vindas após as legislativas.

Enquanto isto, Marcelo aproveita o seu espaço televisivo semanal para se manter visível e notável.

Enquanto isto, Pedro aproveita toda a simpatia da comunicação social para se fazer ver, ouvir e ler.

Enquanto isto, os que não andam a dormir na forma ignoraram os ditames de Marcelo e fizeram-se à vida.

Enquanto tudo isto, ilustres do PS, dedicam-se a destruir bons pretendentes ao cargo, deixando Marcelo e Pedro em rédea solta.
LNT
[0.183/2015]

segunda-feira, 6 de abril de 2015

O Pátio dos Bichos

Leonora CarringtonSobre as bocas facebookianas de Sérgio Sousa Pinto relativamente a Sampaio da Nóvoa diz o actual Secretário-Geral do PS (em exercício permanente a seguir às seis da tarde de hoje) que os militantes do PS são livres de expressarem o que bem entendem e que isso não representa o PS, coisa estranha quando retira competência a componentes do Secretariado Nacional do PS.

Não comentarei a facebocarra de SSP porque António Costa já fez o que lhe competia, ao reduzir à ínfima espécie aquilo que o seu secretário nacional escreve, mas preocupa-me que seja exactamente esta gente que ameaçou a candidatura de Costa à Presidência da República com o sebastianíssimo Guterres - estratégia socratiana para levar Costa a assaltar o poder democraticamente eleito no Partido Socialista - que agora espingarda contra todos os que se apresentam como eventuais candidatos a Belém. (Já antes Santos Silva, Lellos & compª. se tinham referido a H. Neto de forma inadmissível)

O que será que os apoiantes socretistas de Costa têm na manga? A lebre de Guterres já lhes serviu para o derrube de Seguro e assim que conseguiram este intento logo deixaram o recado de que Guterres não lhes serviria por ter sido contra o aborto.

Agora, com a inviabilização de verem Sócrates na Presidência, mantêm uma estratégia ainda difusa que tardam em revelar mesmo que ela passe por guindar Marcelo, ou outro do género, à Presidência como fizeram quando preferiram Cavaco a Alegre com o absurdo da terceira candidatura de Soares.
LNT
[0.180/2015]

sábado, 17 de janeiro de 2015

De novo a eterna dona Constança

Pavilhão PRDiz-se que não há festa nem festança onde não surja dona Constança. Deve ter sido isso que fez com que o Expresso de hoje, que anda numa festança, pediu sondagens presidenciais que incluíssem à esquerda um candidato lebre, outro de elite e outro de festa.

Qualquer um deles venceria os candidatos de direita. Tanto o candidato dominical, como o misericordioso ou o outro de igual festança, seriam esmagados pela baixa direita deixada em Belém pelo presidente que cessa.

Enquanto a água passa debaixo das pontes continuamos neste fado entre o cavaquinho e o rabecão.
LNT
[0.030/2015]

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

4 abordagens presidenciais

Escadas rolantesPosta a questão sobre as causas que levaram ao sobressalto da Aula Magna:

António Costa: "em condições normais, Mário Soares não teria de se tirar dos seus cuidados para estar na liderança e na mobilização de uma iniciativa deste tipo. O facto de ter de fazer também representa um grande vazio de iniciativa política, onde porventura devia existir, designadamente por parte do PS"

Marcelo Rebelo de Sousa: "este tipo de iniciativas, como a que aconteceu na Aula Magna promovida por Soares ou a homenagem de amanhã a Ramalho Eanes só acontecem porque em Portugal, atualmente, não há referenciais de estabilidade.
O Governo é uma nulidade política e o Presidente da República faz o que pode".

José Sócrates – Devido ao cargo de direcção que ocupou no Partido Socialista abstém-se, por sistema, de comentar a vida interna do PS (mesmo sendo um comentador residente no canal do Estado).

António Guterres – Devido às funções que desempenha não comenta a vida política portuguesa.

Sobre a terceira e a quarta opinião ficamos conversados:
Guterres não está na peleja, como já afirmou repetidas vezes sempre que o quiseram usar para jogadas políticas (como por exemplo dizendo que há três nomes para dois cargos – leia-se: a intrigalhada palaciana de fazer crer que Seguro não está seguro porque Costa não concorrerá a Presidente da República caso Guterres avance, ou como, p.e., quando o anunciaram como candidato presidencial para subirem as escadas do Rato, mesmo sabendo que ele não seria concorrente a Belém).
Sócrates não está, pelo menos para já, na senda do Largo do Rato. O caminho faz-se caminhando e ainda é tempo de caminhar.

Sobre a segunda opinião já estamos conversados há muito tempo.
Marcelo não reconhece referências de estabilidade nos poderes instituídos. Nem no Governo, porque este é uma nulidade política, nem no Presidente da República porque não a consegue atingir. Só ele, Marcelo, é o desejado. Não regressará de al-qasr al-kebir porque para lá nunca partiu, mas ambiciona a escadaria do Cais das Colunas nadando contra a corrente do Tejo.

Sobre a primeira opinião nunca consigo acertar a conversa.
A eleição de Costa como Presidente da República será o regresso de um Presidente à magistratura da Nação. É importante que assim seja para que o Tribunal Constitucional volte a ser um órgão de desempate e deixe de exercer a função de mais alto magistrado da Nação.
Mas é igualmente importante que António Costa não se deixe cair na tentação de continuar com um pé dentro e outro fora da sala de música do Palácio da Praia.

Costa vale por si, não precisa de fazer demagogia para se manter na crista da onda. Ele sabe muito bem que uma iniciativa como a do sobressalto da Aula Magna nunca poderia ter o PS como promotor porque “as esquerdas” (e “outra(o)s”) nunca se reuniriam na mesma sala sob a batuta de uma delas.

Adelante!
LNT
[0.459/2013]

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Sigamos, pois, o cherne

CherneSabemos, pela boca de Durão Barroso, que já estão aprovadas na União as alternativas à ignorância da TSU. Não sabemos quais, (e porque teríamos de saber se o Governo português mais não é do que um gabinete de apoio à Troika?) nem percebemos porque teria de haver medidas alternativas para uma medida que se destinava a fazer só acrescentar uma verba remanescente à Segurança Social (a não ser que nesta alternativa se insista em tirar parte dos salários dos trabalhadores para a entregar à entidade patronal).

Confirma-se que Marcelo Rebelo de Sousa é, cada vez mais, uma carta fora do baralho nas próximas presidenciais portuguesas, é o que é.
Sigamos, pois, o cherne, antes que venha,
Já morto, boiar ao lume de água,
Nos olhos rasos de água,
Quando, mentido o cherne a vida inteira,
Não somos mais que solidão e mágoa…
Alexandre O'Neill
LNT
[0.465/2012]

terça-feira, 3 de abril de 2012

O Tino de Sousa

MagritteTenho para mim que Marcelo vai tropeçar nesta sua corrida para Belém quando (e se) Leonor lhe saltar ao caminho. O namoro que resolveu fazer a António, tentando conquistar simpatias entre os que gostariam de ver António como líder do PS mesmo sabendo que ele fugiu à responsabilidade de suceder a José como o Diabo foge da Cruz (perdoem-me a blasfémia em Semana Santa), poderá ser mais um mergulho no Tejo, desta feita mais perigoso porque o Professor começa a dar sinais de flacidez. O tempo não perdoa e se Leonor se fizer à fonte não haverá milagre das rosas que salve o sacristão de Domingo.

José Manuel já tinha sentido as orelhas a arder quando o conselheiro de Aníbal lhe fez lembrar, na anterior homilia, tratar-se de um mero anfitrião de chapéu na mão. Através do ataque mesquinho e intriguista, tal como tem sido constante na sua vida política desde que Paulo deixou os jornais para se dedicar à política dos dentes branqueados, o mais que conhecido Cascalense quis, com esta golpaça, sentar António no Largo do Rato para que ele não lhe fizesse sombra na correria à Afonso de Albuquerque uma vez que o Secretário-Geral de um Partido nunca conseguirá pular directamente desse galho para o poleiro do Pátio dos Bichos.

Marcelo, Professor de primeiro nome, está cada vez mais igual a si próprio. Nem os seus esgares fazem esquecer que sempre que foi a votos trouxe de lá um saco cheio de nada.

Marcelo Nuno sabe que daqui a catorze anos terá 78 primaveras. É-lhe fatal. Faz-lhe perder o tino.
LNT
[0.191/2012]

segunda-feira, 12 de março de 2012

Corridas

ElmoPara quem não consegue encontrar uma definição correcta para a palavra “serpentear”, e Marcelo ontem parecia ter a serpente no corpo, é recuperar o improviso estudado da TVI e observar as contorções que o professor comentadeiro articulou quando foi levantada a questão da Casa de Bragança e o mergulho no Tejo, frente aos pasteis e nas barbas de Afonso de Albuquerque.

Barroso, que anda a tocar piano e a falar francês pela corte europeia antes que se lhe acabe o pagamento pelo serviço de café prestado nas Lajes, deve ficar roído quando Marcelo demonstra já ter as vacinas em dia. O homem não está pelos ajustes nem na disposição de esperar mais catorze anos. Até já se vale do louvor a Passos Coelho na esperança de reconhecimento quando o conclave laranja tiver de decidir a sucessão de Cavaco.

Não sei se no espólio de Dom Manuel II existe alguma coroa real que caiba na cabeça de Rebelo de Sousa, mas não lhe faltará um ceptro com que ele vá treinando o poder
LNT
[0.165/2012]

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Canja

Canja de patas de galinhaVivemos tempos complicados. Marcelo já lança farpas ao seu rival directo à Presidência da Republica e a comunicação social faz de conta que a sua homilia dominical foi uma sessão iniciática de banalidade, por exemplo, sobre a precipitação nas albufeiras ou sobre a esperança contida no novo discurso do Primeiro-Ministro para esconder o "ir mais além, custe-o-que-custar".

Se, relativamente ao tempo de chuva, qualquer pessoa minimamente atenta verificou que Marcelo tinha a cábula escrita com uns apontamentos que lhe tinham passado para o "directo combinado", na treta da mensagem da esperança já quis esconder a estratégia pirómana do actual poder que consiste em deixar a ideia de que já tudo ardia antes e que ele (o actual poder) é o bombeiro nesta estepe de terra queimada, não vá qualquer grão de trigo persistir em rebentar e alguém diga que se tratou de semente antiga.

Marcelo é um homem inteligente e um mestre da manipulação. Sabe mais a dormir que a maior parte dos "espertos" que por aí andam convencidos que têm a mente desperta. Tem o instinto da serpente e, como se sabe, as serpentes não conseguem reter os seus instintos de morte por muito tempo. O recado para as fontes anónimas cavaquistas alojadas nas saias de presidência da comissão europeia parecia mais a celebração de um ritual de macumba do que de magia branca. O sacrifício das galinhas pretas não se fará esperar.

Qual vichyssoise, qual canja, qual o quê. Vai ser uma cabidela dos diabos.
LNT
[0.126/2012]

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Touché

EsgrimaNunca a corrida para Belém tinha começado com tanta antecedência.

Marcelo Rebelo de Sousa já se posiciona pela direita agora que Durão Barroso é visto da mesma forma que o comandante do Costa Concordia.

Manuel Carvalho da Silva inicia hoje o processo de pré-candidatura pela esquerda.

Vai ser uma batalha interessante principalmente porque vivemos uma fase de catarpillagem das arrumações antigas e em que até o sonho de Sá Carneiro – um presidente, uma maioria, um governo – foi ultrapassado por – um Presidente da Comissão Europeia, um Presidente da República, uma maioria e um governo – e ex-candidatos da direita já foram ministros de governos PS e outros são agora seus deputados.
LNT
[0.065/2012]

terça-feira, 22 de março de 2011

Sócrelho versus Coelhócrates

Cavaco aos figosCavaco, a quem tudo se permite e para quem a comunicação social nunca olha com a mesma intensidade com que olha para outros actores políticos, possivelmente pela sua cassete de político apolítico, atirou para a praça, em tempo de venda de sonhos, que a sua não eleição à primeira volta implicaria a subida de juros nos "mercados". Foi eleito à primeira e os juros ainda não pararam de subir, coisa nunca mais referida. Adelante!

Cavaco anunciou, no tempo da venda de sonhos, que a sua magistratura se basearia na negociação de soluções e que, decorrente da sua formação nas áreas da economia, Portugal iria estar melhor preparado para o que aí vinha. Da negociação de soluções foi o que se viu. O discurso limão da vitória e o discurso toranja da posse foram marcas registadas da negociação que pretendia fazer. Da sua vantagem de ser economista, os resultados estão à vista e não precisam de comentários.

Resta a capacidade de gestão política para termos um quadro completo do que representa Cavaco neste seu segundo mandato.

Pelo que se apercebe dos bombardeamentos mais ou menos dramáticos que nos vão entrando em casa todos os dias, a solução Sócrates ou Passos Coelho é a mesma, ou seja, aquela que foi enunciada na semana passada na UE e que amanhã vai a votos em São Bento. Resta saber se a gestão será Sócrelho ou Coelhócrates. Para tal, Cavaco deixa "correr o marfim" e dá indicações para que se comece a limpar o pó das urnas onde iremos depositar o voto e possivelmente enterrar a esperança.

Se o que aí vem for gestão Coelhócrates, Cavaco ainda vai ter alguma coisa para se agarrar mas, se for uma gestão Sócrelho, foi tudo em vão. A inabilidade do Presidente da República fica patente, pela desnecessidade, pela ruína e pelo mal que resultará de tudo isto para todos nós, incluindo os da facção com quem ele não está a ajustar contas.

Sei que se diz que cada povo tem aquilo que merece mas, ainda assim, merecíamos mais e melhor do que isto.
LNT
[0.098/2011]

quarta-feira, 9 de março de 2011

Cinco contra um

Miguel Telles da GamaO Presidente dos dois milhões e tal de portugueses toma hoje posse do cargo de supremo magistrado da nação. Com o seu conhecido lema do "Presidente dos cinco contra um", conforme fez questão de afirmar na noite eleitoral ao proferir o azedo discurso de vitória, podia hoje evitar os gastos que vai fazer na pompa e circunstância paga com o dinheiro emprestado pelos "mercados" e rapado do sustento de todos, incluindo o dos portugueses que ele insultou e ameaçou.

Cinco contra um, pensamento solitário insatisfatório mas aliviante, um programa completo para o seu mandato como reformado.

Cavaco volta hoje, quarta-feira de cinzas, a nascer. Fraco, mas confirmando que para se ser honesto e ficar livre da acusação do pecado é preciso fazê-lo duas vezes.

Todos nós, incluindo os que o elegeram por omissão, temos o que merecemos.
LNT
[0.082/2011]

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Chapéus há muitos

Chapéu

O mapa oficial dos resultados das eleições presidenciais de 23 de Janeiro, publicado hoje em Diário da República, refere um total de 4.431.849 votantes, menos 60.448 do que o inicialmente anunciado,4.492.297.
O documento foi aprovado pela Comissão Nacional de Eleições, com dois votos a favor, dois votos contra e duas abstenções, tendo o presidente, Fernando Costa Soares, exercido o voto de qualidade, sendo apontadas nas declarações de voto da reunião "incorrecções" e "erros" no apuramento geral da eleição.
(...)

Também o número de votantes eleitores inscritos é diferente, 9.543.550 contra os 9.656.797 anunciados no portal http://www.presidenciais.mj.pt na noite eleitoral, o que faz com que os seis candidatos registem todos um menor número de votos.
Assim, Cavaco Silva, reeleito para um segundo mandato como Presidente da República, perde 22.376 votos em relação aos resultados divulgados na noite eleitoral, Manuel Alegre 14.657, Fernando Nobre 10.486, Francisco Lopes 7.778, José Manuel Coelho 1.255 e Defensor Moura 337.

Isto somado aos casos de eleitores que não puderam votar é um caso de se lhe tirar o chapéu. Ou uma bela chapelada, como queiram. Tratem de ter respeitinho, estar caladinhos e não fazer ondas sff.

Nota para um comentário que caiu neste Blog:

Um alerta para todos os apoiantes do Manuel Alegre.
Na freguesia de Cacilhas-Almada Manuel Alegre teve 751 votos, segundo edital colocado na porta da junta.
Pasmem... Se forem ao site da CNE ver os resultados oficiais, Manuel Alegre em Cacilhas só tem 113 votos. Onde foram parar os restantes votos dos cidadãos de Cacilhas que votaram Alegre?
E será só em Cacilhas que há este erro?
Em primeiro lugar, há que exigir que a CNE corrija os números de Cacilhas.
Em segundo lugar, deveria de haver uma fiscalização rigorosa, para se ter a certeza, se os votos expressos em Alegre em cada Junta de Freguesia, correspondem na realidade aos números que a CNE tem divulgado.
Compete aos apoiantes de Alegre fazerem rapidamente esse trabalho, pois os editais na porta das juntas são tirados ao fim de uma semana, e depois será mais difícil dar com os gatos.
26 de Janeiro de 2011 22:34

Há silêncios tão silenciosos que nos dão cabo da moleirinha. Porque será que tudo isto não tem outro tratamento na comunicação social?
LNT
[0.053/2011]

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Juros ao custo de um cavaco

Homem atadoNós percebemos.

Ele convenceu-se que a frase: "do que Portugal precisa é de um novo Salazar" é para levar a sério.

Convenceu-se que se lhe vestisse a pele, mandando as mulheres para o recato do lar dar função ao seu estatuto de dependentes do "chefe de família" e reaprenderem os lavores femininos, dizendo-nos que temos de estar caladinhos, fazendo-se providencial e sábio sem mácula e sem pecado, informando que sem ele será o dilúvio, montando-se na sobranceria ridícula e balofa do dia da raça, injectando o medo, ameaçando com dificuldades e aliciando aqueles a que chama "servidores do Estado", que os portugueses o levariam a sério e projectavam nele aquilo que Portugal precisa. Ele convenceu-se de que é possível andar para trás e que os portugueses estão dispostos a calçar as botas cardadas, para que ele e os seus amigos fiquem com as auto-estradas livres para poderem passear.

Nós percebemos. Ele julga que encarnando a figura de um novo Salazar os portugueses, esquecidos do que eram ao tempo, vão agradecer e dizer-lhe que é disso que Portugal precisa. Ele nunca entendeu que o medo só funciona se meter medo, como o Botas metia com a repressão sobre os insubmissos e incutindo a ideia de que todos são medíocres.

Nós percebemos a ideia e até acreditamos que muitos gostariam de ter um novo Salazar, mas esses muitos nunca voltarão a ser tantos que permitam que a ideia passe.
LNT
[0.013/2011]

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Da ganga

Quadro barbeiroNão está fácil a vida para um barbeiro que se mete em andamentos musicais.

Mesmo de ganga não abandono as colaboradoras à sua sorte.
Chegue o tempo de despir a ganga e voltarei à função.

Até já!
LNT
[0.008/2011]

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Reincarnações

Ana FragaSoa-me estranho quando alguém em política chama desonesto, desonesto consciente, a outro alguém político que mais não fez do que, perante determinados factos comprovadamente verdadeiros, pedir explicações mais concretas.

Soa-me estranho que alguém que já teve todos os cargos que a política pode proporcionar, menos o de autarca, possa falar da "classe política" tentando alijar-se da sua própria condição de político. Soa-me estranho e desonesto, porque é enganador.

Soa-me estranho que um político com responsabilidades de topo goste de considerar "bons alunos" aqueles que dirige. Estranho e paternalista porque os cidadãos não se querem alunos bem comportados, mas cidadãos de pleno direito.

E se é preciso nascer duas vezes para que este estranho deixe de soar estranho, prefiro não reincarnar.
LNT
[0.004/2011]