sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Simbologia no Partido Socialista

Bandeira do Partido SocialistaEste texto resulta de alguma pesquisa que realizei com a ajuda do José Neves, fundador do Partido Socialista e enciclopédia viva da História do PS, antes e depois do 25 de Abril.

Resolvi dar-lhe forma devido a alguns comentários feitos no Post nº 355/2011 e, não pretendendo ser exaustivo, serve de registo para futuro como homenagem ao XVIII Congresso Nacional que se inicia hoje em Braga.

O símbolo do Partido Socialista continua a ser o que foi registado por Tito de Morais, depois da liberdade, quando se procedeu à organização do Partido. O art.º 2 dos Estatutos em vigor, assim o determina. O documento de registo pode ser consultado na fotobiografia de Manuel Tito de Morais que foi publicada em 2010, aquando das Comemorações do Centenário do seu nascimento.

A evolução:

Quando se formou o Partido Socialista na clandestinidade, Manuel Tito de Morais apresentou o primeiro símbolo do Partido Socialista que consistia num punho fechado atravessado, na base, por um punhal. Foi uma criação feita em Itália, onde Tito de Morais estava exilado e de onde dirigia, publicava e distribuía o Portugal Socialista.

Símbolo original do PS

Regressado a Portugal com Ramos da Costa e Mário Soares depois da Revolução, Tito de Morais ficou encarregue da organização do Partido. Manuel Serra coordenava o Grupo de Trabalho para a Propaganda quando se levantaram diversas vozes no sentido de retirar o punhal dado considerarem que esse grafismo tornava o símbolo demasiadamente radical. Os cartazes e restante propaganda que se produziram apresentavam o punho (com músculo e veias, como se dizia na altura) mas sem o punhal.

Cartaz PS 1974Cartaz PS 1975

Foi esse símbolo que foi registado oficialmente por Tito de Morais e que passou a constar dos Estatutos do PS e a fazer parte da bandeira oficial.

Símbolo do Partido Socialista
Com a liderança de António Guterres o PS passou a contratar serviços de imagem a profissionais. Edite Estrela * fazia parte do Secretariado Nacional e detinha o pelouro da Comunicação e Imagem (razão porque se lhe atribui a responsabilidade pelo grafismo/logótipo com a rosa). Antes tinha-se estilizado o Punho, arredondando-lhe as formas, amputando-o do braço e retirando-lhe o músculo e as veias.
Mão do Partido Socialista
Depois, e no decurso de uma Convenção Nacional realizada em Junho de 1992 onde se debateu a "Nova simbologia do PS" e onde foram apresentadas diversas propostas, entre as quais se contavam as de Daniel Adrião, Adriano Rangel, Lima Pedro, Graça Dias, Leonel Moura, Pedro Portugal e Rui Perdigão, surgiu a rosa como logótipo (e não como símbolo porque esse continua a ser o que consta dos Estatutos) e, para além da designação "Partido Socialista", passou a constar também a abreviatura "PS".
Rosa do Partido Socialista
Nas campanhas seguintes o logótipo reuniu os dois elementos (o Punho estilizado e a Rosa).


Símbolo do Partido Socialista

Há mais a falar sobre este tipo de assuntos, p.e., sobre o uso de músicas diversas e o quase abandono do hino oficial do Partido que, como se sabe, é a Internacional com letra de Manuel Alegre. Anteriormente era elemento obrigatório no encerramento dos actos oficiais do PS, a par com o Hino Nacional. A última vez que o ouvi foi no encerramento das comemorações do Centenário de Tito de Morais, na sessão que se realizou no Largo do Rato e que, para espanto de muitos, foi entoado pela maior parte dos presentes que o sabiam de cor.

* Ficou por esclarecer se o Punho foi estilizado ainda com Jorge Sampaio e se Edite Estrela já era nessa altura responsável pelo pelouro da Imagem. Assim que se proporcionar, hei-de falar com Edite Estrela.
LNT
[0.360/2011]

Já fui feliz aqui [ CMLX ]

Casa Malta
Malta - Durrães - Minho - Portugal
LNT
[0.359/2011]

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

PluralMag

Professor Pardal


Paulo Querido é um inventor de coisas electrónicas, uma espécie de Professor Pardal dos vapores da rede.

Já perdi a conta às vezes em que ele apresentou e implementou soluções inovadoras de impacto. Como há (felizmente, digo eu) sempre gente capaz de surpreender, não lhe bastava ser jornalista.

Agora construiu um clipping de Blogs com o nome PluralMag que publicou em http://pluralmag.com/.

Uma ferramenta interessante a merecer visita, divulgação e incentivo para que o Paulo se dedique a explorar a ideia que materializou e que tem pernas musculadas para andar.
LNT
[0.358/2011]

A pílula é de esquerda?

PreservativoSe pensavam que a direita no poder era uma continuação da esquerda democrática já podem começar a reformular esse conceito.

A ideia de estarmos agarrados ao acordo da Trindade serve para disfarçar as diferenças, mas é preciso olhar com atenção. A esquerda democrática no poder proporcionou que, entre outras coisas maiores, a educação sexual, o planeamento familiar e a interrupção voluntária da gravidez fossem direitos assegurados. Para que esses direitos não fossem só de alguns, criou mecanismos de os exercer independentemente da condição social e económica dos cidadãos.

A direita sempre se opôs a estas coisas beatamente apelidadas de "pouca-vergonha" ou em alternativa de "crise dos padrões morais e dos bons costumes" e à conta das troikisses (ao menos podiam assumir com frontalidade as suas opções) vai fazendo o seu caminho de destruição.

Enquanto o Ministro da Saúde não ganha coragem para mandar celebrar Missas de Acções de Graças para os utentes e funcionários do Serviço Nacional de Saúde, como em tempos fez com os do Fisco, faz valer de forma sub-reptícia a imposição das normas de conduta que reconduzam os desencaminhados ao trilho da sua moral.

Começou pela pílula. A seguir veremos mais. "Camisinhas" e outros nojos pecaminosos estarão na mira. A retirada dos serviços de saúde em relação à IVG não deve esperar pela demora.

A Natália Correia é que os topava à distância.
LNT
[0.357/2011]

Já fui feliz aqui [ CMLIX ]

Casa Pereira
Chiado - Lisboa - Portugal
LNT
[0.356/2011]

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O caminho de Belém

Maria de Belém RooseiraMaria de Belém será a Presidente do Partido do punho e a rosa que Edite inventou, há uns anos, para logotipo do Partido Socialista passará finalmente a fazer algum sentido.

Não se podia ter escolhido melhor.

Maria de Belém Roseira é uma mulher de armas e é de armas fortes que o Partido Socialista tem de se munir para defender os portugueses da pilhagem que o Governo Passos-Portas ainda não deixou de fazer desde que chegou ao poder.

António José Seguro reconfirma a razão que levou os militantes socialistas a escolherem-no para Secretário-Geral.
LNT
[0.355/2011]

Assombrações e delírios

MorteCom o medo que assola os nacionais cada vez que se anuncia uma intervenção do Ministro dos Impostos na comunicação social, fiz mal em me ter repimpado na poltrona para ouvir a converseta do Vítor Gaspar.

Fiz mal, por duas razões, a saber:

1ª – Porque não resisti a adormecer com o palavreado ritmado, codificado em economicês; e
2ª – Porque antes de adormecer fiquei incomodado com a ideia de que ele está mesmo convencido que é esfolando os portugueses até ao osso, ou à maneira do Forte Apache – arrancando-lhes o escalpe - que vai conter os gastos de importação e a concessão de créditos ao consumo.

O Ministro dos Impostos recusa-se a ser um Ministro das Finanças.

O Ministro dos Impostos, mesmo com o humor que se lhe conhece, é implacável na sua linguagem de trapos e esperto suficiente para falar com um sotaque que deixa aqueles que espolia, espoliados também das suas razões. O Ministro dos Impostos já aprendeu com Pedro, o Incendiário, a dizer uma coisa de manhã e outra à noite. O Ministro dos Impostos usa a técnica do soporífero para nos deixar em estado de contemplação e anestesia. O Ministro dos Impostos devia formar uma seita religiosa daquelas que põem os crentes a puxar pelos cabelos antes de terem desmaios para que lhes possam ir ao bolso enquanto deliram com as mãos ocupadas.

O diz que disse:
Traduz uma necessidade de prudência, dada a inexistência de margem de fracasso.
(Conferência de Imprensa 2011.07.14)
Seria inaceitável estar a pedir sacrifícios aos portugueses por razões de prudência.
(Entrevista à SIC de 2011.09.06)
LNT
[0.354/2011]

Já fui feliz aqui [ CMLVIII ]


Arraiolos
Arraiolos - Alentejo - Portugal
LNT
[0.353/2011]

terça-feira, 6 de setembro de 2011

O colossal desvio [ II ]

Direcção BoliqueimeNão sou daqueles que passam a vida a exigir que todos os eleitos cumpram as suas promessas eleitorais. Só o faço em relação àqueles que escolhi, caso falhem nos seus compromissos.
Quanto aos outros, quem os elegeu que exija.

Por isso mesmo, bem pouco me importa se Cavaco, Coelho, Portas, Louçã ou Jerónimo satisfazem as suas promessas sendo que de Louçã e de Jerónimo nada espero por saber que o seu compromisso é com a exclusão das soluções.

Considero que o mais colossal desvio que já aconteceu no Portugal democrático, por duas vezes, foi o caminho das pedras em que se desbaratou o apoio com que a Comunidade Europeia nos quis elevar ao seu nível e o de agora em que se pretende o regresso ao tempo feudal com os colectores de impostos a encherem os alforges das bestas com a dízima popular.

Sei ainda ser cedo, mas é desde já urgente começar a preparar a saída deste desvio que, por ser colossal, vai obrigar a um esforço redobrado no sentido de se retomar a qualidade da cidadania e a felicidade dos portugueses.
LNT
[0.352/2011]

XVIII Congresso Nacional do PS

Cartaz do 30 anos do PS



Estranho, verdadeiramente estranho, é estar agendado o Congresso Nacional do Partido Socialista para o próximo fim-de-semana e não lhe haver uma referência de destaque na nossa comunicação social.

Parece que afinal a tal asfixia que há um ano se anunciava era só uma amostra daquilo que existe agora. Os habituais lacrimejantes caçadores de crocodilos que até agora choravam por uma oposição em pleno, remeteram-se ao silêncio e sobre a sucessão de Sócrates (feliz aniversário, Camarada) e da sua equipa, nem querem ouvir falar.

António José Seguro vai finalmente dispor da sua própria equipa para liderar o maior e mais português Partido e sair deste impasse que tem deixado Portugal ao deus-dará, na mão de gente insensível que destrói colossalmente o bem-estar de um povo que, por falta de direcção de uma oposição forte, parece ter desistido de lutar pelos seus direitos e alhear-se da construção do seu futuro.

O próximo Congresso Nacional do Partido Socialista terá início daqui a três dias, em Braga, e só por razões maiores não conseguirei nele participar. Vão-se lá discutir, para além das questões internas e da eleição dos novos corpos dirigentes, assuntos da maior importância, a saber: Emprego, Europa e Combate à Corrupção.

Desejo a todos os meus Camaradas inspiração, criatividade, saber e bom trabalho. O Partido Socialista tem de assumir o seu papel líder e de se afirmar como alternativa de poder para voltar ao combate que sempre dele fez a fonte de inspiração de um povo que se quer feliz.

PS. Deixem-se de listas conjuntas. É no combate das ideias que nascem as soluções. Os órgãos nacionais do PS têm de representar todos os socialistas, mas têm de o fazer respeitando o peso que cada ideia tem. Façam-se votar.
LNT
[0.351/2011]

Pedro, o incendiário

Fogo laranjaPedro devia saber que em política (como aliás em todo o resto) não se anunciam ameaças. Quando é necessário fazer, faz-se!

Ao anunciar ao País que o Governo não permitirá agitação na sequência das medidas cegas que está a tomar, sem ter qualquer razão para fazer o anúncio e sem que se conheçam indícios de estarem em preparação acções violentas, Pedro e sus muchachos estão a fomentar a revolta, a desafiar quem está no limite e a espicaçar apetites de gente que anda mortinha por uma brincadeira de sangue.

Sabe-se que as democracias se regem por regras que enquadram o civismo e que fazem a defesa dos bens humanos e materiais. Não é necessário andá-lo a apregoar e muito menos é necessário acirrar um povo que está a sofrer na pele os efeitos de uma crise que, na maior parte dos casos, não lhe pode ser imputada.

Faltava-nos um Primeiro-Ministro incendiário, para mais com uma polícia cada vez mais fraca, a largar fulminantes no meio deste restolho.
LNT
[0.350/2011]

Ugh! Uhg!

Forte ApacheConta a história que o Forte Apache foi um reduto branco destinado a chacinar os indígenas norte-americanos. Em resposta, as diversas tribos esqueceram os seus antagonismos e formaram a Nação Apache.

Dessa vez não correu bem aos invasores. Só muito mais tarde os colonos atingiram os seus objectivos, confinando os poucos índios que escaparam ao genocídio a uma espécie de Jardim Zoológico. Chamaram-lhe "reservas" e os americanos de gema passaram a vender “souvenirs”.

Agora repete-se a saga na blogos lusitana. Rostos-pálidos e batedores-pisteiros índios entrincheiraram-se em novo Forte Apache.

Destaco três sentinelas: Pedro Correia, José Adelino Maltez e Vasco Campilho.

Os indígenas já acenderam as fogueiras e iniciaram as pinturas de guerra.
LNT
[0.349/2011]

Já fui feliz aqui [ CMLVII ]


Noélia
Noélia e Jerónimo - Cabanas - Algarve
LNT
[0.348/2011]

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O colossal desvio [ I ]

Direcção BoliqueimeTudo começou quando, há uma catrefada de anos, os allgarvios inventaram Boliqueime.

Não sei se há registos que confirmem ter sido coisa de sarracenos, mas tem ar disso, dado tratar-se de uma historieta de virgens que, cansadas de irem ao poço e partirem a asa à bilha, transformaram o poço na fonte onde lavam as mãos, à maneira de Pilatos.

"O colossal desvio", à direita de quem de Espanha segue na Via do Infante portajada, será mais uma rubrica deste estabelecimento, dê-se inspiração para isso, não me espiem as secretas e mantenha-se o GPS no rumo da falésia de despenho, à Ponta de Sagres.
LNT
[0.347/2011]

Minas e armadilhas

Facas laranjaNa sua homilia dominical, o pregador de serviço desancou o Primeiro-Ministro. De caixeiro-viajante a medroso, sugeriu de tudo e, tivesse saído um livro sobre os ensinamentos de como não se deve exercer a política, tê-lo-ia igualmente publicitado.

Se o actual provedor da Santa Casa da Misericórdia tivesse voz de anjo-da-guarda, andaria por estes dias a soprar ao ouvido de Passos Coelho para que revisse os amortecedores do berço e comprasse um colete à prova de facas nas costas.

No entanto Marcelo tem razão, embora lhe fique mal tê-la. Passos Coelho anda em acção comercial a anunciar ao Mundo que tem umas empresas para vender a preço de saldo e que, quais "eurobonds" qual quê, as entregará por tuta-e-meia a quem se apresentar à pechincha. Leva na mala o MNE que lhe vai passando o know-how, adquirido nas feiras e mercados, sobre como comercializar K7 piratas e uns churros e farturas fugidos ao controlo da ASAE. Marcelo também tem razão quando diz, embora lhe devesse dizer pelo telefone, que o PM não deve andar sempre a falar da revolta popular, embora a sua consciência o faça temer pelo incessante esticar da corda puxada pelo Ministro dos Impostos.

Isto está tudo ligado, como dizia o outro, alinhado e ritmado pela corda do cavaquinho.
LNT
[0.346/2011]

Quantos dentes são necessários para uma boa mentira?

Boneco laranjaUm belo dia veio um Senhor Ministro, ou coisa que o valha, dizer ao pagode que tinha sido descoberta uma sala fechada no Instituto do Desporto e que, quando a abriram, estava pejada de facturas por pagar, coisa de regabofe.

O tal Ministro, ou coisa que o valha, fez publicar a brincadeira na comunicação social dando-lhe aquele ar de "coisa colossal" que esta gente gosta de dar quando inventa e depois, quando se tratou de desmentir o embuste, ficou-se nas suas tamancas labregas, tal como também já tinha sido feito com o colossal desvio que nunca explicaram.

A insinuação ficou para durar e a falsidade perdurará, mesmo que venha a haver um desmentido, uma vez que a mensagem fez o seu percurso.

São tácticas velhas como o Mundo, mas ainda funcionam. Todos sabem que nesta barbearia não havia grande amor pelo ex-chefe, mas todos sabem que aqui não me cansei de defender Sócrates sempre que, estes mesmos senhores, usaram técnicas semelhantes para passarem a mentira e a difamação.

Confirma-se que isto é gente sem escrúpulos e sem ética, a quem servem todos os métodos, por mais escabrosos que sejam.
LNT
[0.345/2011]

Já fui feliz aqui [ CMLVI ]

Lego
Lego
LNT
[0.344/2011]

domingo, 4 de setembro de 2011

O regresso das colaboradoras


E porque hoje é Domingo e dia de gospel fiquem com os anjos.
(ainda alguém acredita que ele(a)s não têm sexo?)

LNT
[0.343/2011]

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A terra onde o Sol já não nasce

Sol Arrábida
Chove.
Em Portugal chove e, a cada dia que passa, chove sempre mais.
Quando não é água que cai, são as medidas.
Do Sol não há notícia.
LNT
[0.342/2011]

Abril em Setembro

Marcelo CaetanoPassos Coelho gosta de dizer coisas. Não sei se é por isso que o seu MNE, que também sempre gostou de dizer coisas, anda desaparecido atrás dele, uma vez que as coisas que Passos e o seu Ministro dos Impostos dizem, não se coadunam com o que Portas sempre disse e repetiu por todas as feiras e praças onde comprou bonés à Alberto João.

Adelante!

A última de Passos é a de que o processo líbio é uma espécie de nosso vinte-e-cinco-do-quatro. Perdoe-se-lhe a inverdade. Abril já foi há muitos anos, julgo que o nosso PM andaria então de calções a jogar à bola na rua, pelo que lhe passaram algumas coisas ao lado e, como depois disso teve de se dedicar à sua caminhada do poder, não teve tempo para se informar sobre a História contemporânea portuguesa. Também não será por aí que virá o mal ao Mundo, até porque para ele, a maldade já cá está há muito, umas vezes disfarçada de mafarrico-beirão e outras de socialista.

Sabendo que alguns assessores, consultores, conselheiros, especialistas, adjuntos, ou lá o que são, do nosso PM passam pelas cadeiras desta espelunca, peço-lhes encarecidamente que lhe desenhem um boneco explicativo da coisa que em Abril de 74 se passou por cá demonstrando-lhe, por exemplo, que Marcelo Caetano, não tendo sido propriamente um democrata, também não foi um terrorista e que a revolução portuguesa foi feita por militares nacionais fartos de embarcarem para as colónias e não por grupos de civis que só conseguiram a vitória por lhes ter sido imposta uma força internacional que bombardeou, durante meses, o quartel do Carmo.

Sabemos, é verdade, que Portas e Kadaffi partilham o mesmo amor pelo Forte de São Julião, mas até o montar da tenda foi diferente.
LNT
[0.341/2011]

Como posso enriquecer se só sei trabalhar?

Rolo de dinheiroÉ mesmo como diz Medeiros Ferreira:
«... a campanha para fazer tributar «os ricos» acabou às mãos do governo para ser aproveitada para aumentar os impostos dos que já mais pagam, normalmente quadros superiores cujas declarações de rendimentos já constam nas repartições das Finanças
Mais do mesmo, acrescento e melhoro substituindo "Repartições de Finanças" por "Serviços de Finanças" que é a designação correcta da coisa.

A questão não é, ao contrário do que ouvimos permanentemente, um acerto de redistribuição pelos que têm declarações de rendimentos mais altas, porque esses contribuintes já pagam bem e até prescindem frequentemente de receber o retorno do que pagam, usando minimamente o SNS, a escola pública e a Segurança Social.

Os mandantes julgam que «os ricos» são os que têm mais rendimentos do trabalho. Não param para pensar e não querem saber se esses contribuintes têm mais rendimentos por trabalharem mais e melhor. Preferem pensar que só o conseguem porque são privilegiados. Enquanto isso, não fazem o mínimo esforço para apanharem na malha todos os «ricos», que o sendo, se apresentam ao fisco como sendo pobres.

O problema é dos que nada declaram, dos que estão fora do circuito da contribuição, dos que tudo usufruem sem nada contribuírem. É sobre esses que é necessário agir, mas isso dá trabalho, exige esforço, inteligência e criatividade e então é mais fácil fingir que eles não existem e acreditar nos fracos rendimentos que sujeitam a registo para fazer do esforço social mais uma regalia a seu favor. É a esses que estão fora do sistema que todos nós, cumpridores espoliados, pagamos a saúde, a educação dos filhos e possivelmente alguma pensão de sobrevivência, enquanto sobrevivemos com dificuldade e ainda temos de aguentar os dislates com que se vangloriam da sua "esperteza saloia".
LNT
[0.340/2011]

Já fui feliz aqui [ CMLV ]

DinkyToysCorgiToys
DinkyToys e CorgiToys
LNT
[0.339/2011]

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Oh Pê, e se comprássemos uns camarões?

CamarãoÀ boa maneira nova-rica e dos mais-olhos-que-barriga, Tavira também já tem um mega Centro Comercial. No Verão é óptimo para quem se quer refugiar do calor e usufruir de wireless sem custos. No Inverno nem para isso servirá. Para mim, a sua sobrevivência é mais um mistério allgarvio, mas isso são contas para outros rosários.

Vem isto a propósito do supermercado, única loja com uma percentagem razoável de clientes, mercearia explorada pelo nortenho com a arte que Deus lhe deu. Encontra-se lá de tudo, desde a cebola doce espanhola a clientes recentemente ilustres que, a banhos na Manta Rota, preferem o peixe amanhado pelo Belmiro ao do amanho popular no mercado municipal, sustento dos indígenas.

A peixaria avia, junto com as sardas e as chaputas, camarão cozido barato e pronto a comer, um regalo laranja de bigodes farfalhudos. Coisa nada e criada em viveiro e, não fosse um pseudo-sinal exterior de riqueza acabaria no cesto de rodas da clientela do poder para ser lançado no cartão cliente e acumular 50% a descontar nas prendinhas de Natal.

Como o "parece mal" é marca de estilo e a segunda-classe e os chanatos estão na moda, mais sobrou.

Pê, se quiseres umas gambas passa lá por casa, tá?
Nº 3, 2º Esq. Uma casa às tuas ordens.
Podes levar a mulher e as crianças.
LNT
[0.338/2011]

Os ricos nunca pagam as crises

DecomposiçãoPelos resumos que pude observar ontem da apresentação do documento de Estratégia Orçamental 2011/2015 (em conformidade com o Acordo Ortográfico) feita pelo Ministro das Finanças, continuamos no caminho habitual de fazer recair sobre os que produzem toda a carga de esforços até que nada mais lhes sobre para que, com os rendimentos da sua produção, continuem a sustentar a fraca economia do País.

Chama-se a isto caminhar para o precipício.

Mais impostos para os do costume, igualdade de tratamento fiscal para os de maiores e menores rendimentos, mais desemprego somando-lhe agora uma multidão de trabalhadores da Administração Pública a quem já se tinham reduzido o vencimento e congelado todas as perspectivas de progressão de carreira e remuneração, corte das prestações sociais e manutenção do estado de favor da obesidade nos gastos públicos.

Nada de novo, a não ser o reconhecimento actual de que a crise europeia e mundial são factores de insucesso da recuperação portuguesa.

Dado que o impossível só existe enquanto não se descobrir a possibilidade e que a criatividade para a atingir anda longe destes senhores que nunca vão além das useiras e vezeiras receitas, não será desta que nos afastaremos do caminho do mal e o sistema em que estamos mergulhados continuará a impedir que sejam os ricos (os únicos que beneficiam) a pagar a crise.
LNT
[0.337/2011]

Já fui feliz aqui [ CMLV ]

Meccano
Meccano
LNT
[0.336/2011]