quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Silly season

No noticeGostaria de actualizar o blog mas tudo quanto se ouve e lê está tão desactualizado que mantenho a bloga no marasmo.

Cavaco continua nas termas, Coelho e Portas continuam a esgravatar no pote, o homem do Banco de Portugal continua em funções, os PS continuam a esperar que da destruição se faça luz, a economia continua à espera e os Conselhos de Ministros Extraordinários continuaram a ser Reuniões de Ministros.

Até o gato que não tenho continua a ter a mania que existe e o Verão que não houve continua a simular que agora é que vai ser.
LNT
[0.308/2014]

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Retornado

Toldo FechadoRegresso de férias, férias, para ficar de férias permanentes. Só agora começo a ter a percepção de que estou aposentado, isto é, que deixei de ter obrigação de aturar o que aturava e de ter de me levantar todos os dias para fazer aquilo que a “sociedade civil“, que é diferente da “sociedade militar” porque essa também tem o mesmo estatuto que eu próprio tinha, ou por outras palavras, o de uma cambada de esbanjadores que nada mais fazem do que esfolar preguiçosamente o povo, entendia ser uma função de servido e não de servidor.

Volto aqui, de onde nunca saí mas que me “desapeteceu” actualizar porque nada tinha para actualizar, para confirmar que volto na mesma.

Aliás, volto mais, porque volto como candidato a delegado suplente – como exigi (ser suplente) – ao Congresso Federativo do PS de Lisboa em apoio a António Galamba, em coerência com o meu posterior voto em António José Seguro, confirmando assim a confiança que nele depositei no ano passado e que não vejo qualquer razão para ser anulada.

De tudo o que ouvi e de todas as conversas que tive neste mês retiro que continuo no caminho correcto.

Adelante!
LNT
[0.306/2014]

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Sim partis antes

Falar por falarEu sei que devia estar muito satisfeito pela qualidade da democracia que o Partido Socialista quer atingir, mas confesso que me custa um sapo ser posto em pé de igualdade na eleição do candidato do PS a PM com pessoas que há um mês atrás apelavam ao voto noutras forças políticas. Sei que isto pode significar que esses cidadãos venham a votar no PS nas próximas legislativas mas não acredito que o façam porque, ao contrário de mim que estou no PS por convicção política, se não conseguirem eleger quem agora vão apoiar irão voltar a votar contra o PS.

No fundo, o que se está a promover é só o personalismo e isso é realmente um sapo inchado que me engasga.

Como é que o voto de alguém que há tão pouco tempo se recusou a contribuir para eleger uma lista socialista para o Parlamento Europeu, para mais uma lista de consenso dentro do PS com elevada qualidade reconhecida nacional e internacionalmente, tendo com isso ajudado a inviabilizar a mudança necessária em Bruxelas, pode agora ter o mesmo valor do que o meu, militante do PS, na escolha de quem irá governar Portugal tendo, em contraponto, contribuído para que na Europa se mantivessem forças adversas à política que o PS pretende para Portugal?

Como é que o meu voto pode ter igual valor, na escolha de quem seja presente ao Presidente da República quando ele perguntar ao PS quem é que indica para Primeiro-ministro, ao de um outro cidadão que há tão pouco tempo empunhava bandeirolas e estampava nas redes sociais símbolos adversários do meu Partido de sempre?

E ainda vejo por aí quem apele à inscrição massiva de “simpatizantes” no Partido Socialista e não consiga entender que as regras do Partido Socialista são as que foram aprovadas pelos socialistas e que devem ser respeitadas por quem se diz simpatizante.

A primeira coisa que deveria fazer, a seguir a tomar conhecimento da Declaração de Princípios do PS, seria a de se inteirar dos Estatutos para perceber que o Secretário-geral é eleito fora dos Congressos, em sufrágio universal, directo e secreto e que os Congressos (ordinários e extraordinários) são os plenários soberanos do Partido, de que se diz simpatizante, onde se discute e aprova política, orientações, estratégias e se elegem os restantes órgãos directivos do Partido.

Os Congressos são a essência do PS e não eventos menores onde se joga à macaca. Como se pode admitir a uma eleição interna do PS quem nem isto consegue entender?
LNT
[0.303/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDXLVII ]

Cuisses de Grenouille
Cuisses de Grenouille - Paris - França
LNT
[0.302/2014]

terça-feira, 15 de julho de 2014

Sem título e sem vergonha


Oh pá, Salgado,
Quanto do teu sal irão ser mais lágrimas de Portugal?

LNT
[0.301/2014]

Da vida

MagritteNão lhes passe pela cabeça que desisti do que quer que seja. Estou um pouco cansado, é certo, desta guerra argumentativa em que alguns pretendem submeter todos os outros deixando correr impunes os desmandos que nos são impostos, mas nunca me canso da inteligência.

Não desisti do que quer que seja e não temo nem as ameaças veladas que vou recebendo, nem me rendo perante os argumentos sonoros de quem tem direito de antena.

Quando temos razão, a nossa, não se cede.

Acontece que há pausas necessárias, mesmo em tempo de guerra, e mesmo nesse tempo julgo que se devem limpar armas, ao contrário do que vulgarmente se diz. As munições estão pelo preço da morte e devem ser usadas com parcimónia preferindo a sua eficácia no tiro-a-tiro ao desperdício das rajadas.

Lixo

Entretanto parto para outros destinos. Encho caixotes de lixo com papéis que me levaram muita sabedoria e esforço de anos. Limpo milhares de ficheiros de trabalho e pesquisa. Preparo-me para mudar de vida e para me concentrar no que importa da vida restante que irei iniciar quando voltar de férias.

Sem desistir do que quer que seja, principalmente sem abdicar de mim e dos meus princípios.
LNT
[0.300/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDXLVI ]

Escargots de Bourgogne
Escargots de Bourgogne - Paris - França
LNT
[0.299/2014]

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Sete

Sete
Sete indica o processo de passagem do conhecido para o desconhecido. O Sete é uma combinação do três com o quatro; O três, representado por um triângulo, é o espírito; o quatro, representado por um quadrado, é a matéria.
O que pode um barbeiro estabelecido há sete anos dizer no dia em que a sua barbearia comemora o aniversário?

Pouco, porque pouco mais há a dizer do que obrigado aos 770 mil visitantes que já por aqui passaram para concordar, discordar ou nem pouco mais ou menos.

Isto somado aos anos de escrita anterior noutros blogs atira com o Luís da barbearia para o paleolítico dos Blogs, num tempo em que muitos dinossáurios pastavam e engordavam para depois ganharem notoriedade no poder, nas artes e na comunicação social.

Aqui vou resistindo e deixo um grande abraço agradecido pela paciência de quem entra.
LNT
[0.298/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDXLV ]

Picanha
Picanha - Por aí - Argentina
LNT
[0.297/2014]

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Roleta russa

ArmaEmbora haja formas de viciar os resultados, a roleta russa é um jogo que tem a característica de matar quem acerta com a câmara onde a bala está alojada.

Não sou muito de sondagens, não propriamente por desconhecer o seu método, mas por saber que são um instrumento muito fácil de manipular. Para tal, mesmo mantendo o(s) método(s) para cálculo correcto, basta que a definição dos parâmetros da consulta ou os universos sejam mal padronizados para se obterem os resultados que mais interessam a quem encomenda a sondagem.

Por exemplo aquela sondagem para saber se as pessoas preferiram Seguro, Costa ou Coelho que foram amplamente divulgadas pelos interessados em Costa por lhe darem um avanço (o edil tinha 67% sobre o PM, uma maioria que provoca gargalhadas aos mais sisudos), era destituída de interesse porque não informava (pelo menos não foi dado relevo) quantos daqueles inquiridos tinham intenção de votar no PS.

Bem, para o caso pouco interessa porque coisa mais séria é aquela que é revelada numa sondagem hoje anunciada onde é informado que se houvesse eleições legislativas o PS perderia 1,6% para a direita unida.

Partindo dos resultados eleitorais das Europeias realizadas há bem pouco tempo, em que parte do PS quis dar a entender aos eleitores que os seus votos são pouco mais valiosos do que eram as vitórias de Pirro, os eleitores respondem-lhes, possivelmente por pirraça, que não estão para se maçar com quem não respeita o seu voto e deslocam 5,3% das intenções para quem melhor os trata.

Agora o PS passa de uma vantagem de 3,7% (que muitos continuam a querer apresentar só com 3%) sobre toda a direita unida, para uma desvantagem de 1,6%
.


Porreiro, pá!
LNT
[0.296/2014]

Limpem-se à saída

MolduraNão dá qualquer gozo até porque já sabemos quais os bolsos onde hão-de ir meter as mãos, mas ainda será preciso mais (já nem falo do magnífico sucesso da dívida em % ao PIB) para entenderem quão errados andaram todos estes anos em que viveram acima das possibilidades que nos deram?

É espantoso, ainda mais, se nos lembrarmos de que o factor mais relevante para a eleição do actual Presidente da República foi o de ele ser um ilustre economista.

A roda livre desta gente e o marasmo de uma oposição que devia estar concentrada no que interessa mas que foi atirada para um canto devido a outros cantos de sereia, vai sair-nos caríssima.
Summary
Exports of goods decreased by 3.3% and imports of goods decreased by 0.8% in the quarter ended in May 2014, when compared with the quarter ended in May 2013 (-0.9% and +0.1%, respectively, in the period February to April 2014). Trade balance deficit increased by EUR 288.8 million and the coverage rate decreased by 2.1 percentage points (p.p.) to 83.8%.In May 2014, in terms of year-on-year change rates, exports of goods decreased by 3.6% and imports of goods increased by 1.9% (in April 2014 those figures were -4.8% and -6.1%, respectively).
LNT
[0.295/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDXLIV ]

Vinagrete
Vinagrete - Por aí - Portugal
LNT
[0.294/2014]

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Passagem de testemunho

BardoFaltam meia-dúzia de dias para deixar de ser um chuleco dum funcionário público para passar a ser um chuleco dum aposentado.

O trabalho que desenvolvi para o Estado em Sistemas de Informação e muitos outros de alta tecnicidade tanto em análise como em implementação foram uma "brincadeira" preguiçosa que contribuiu decididamente para a inovação e para a comodidade no relacionamento dos cidadãos com o Fisco.

Os descontos que realizei durante 42 anos para a minha aposentação (há uma diferença entre aposentação, reforma e pensão - as coisas que nestas alturas se ficam a saber) foram uma porcaria que me vai fazer viver, a partir de Agosto, "à custa das novas gerações" (aquelas a quem demos tudo aquilo que têm e que nada têm a aprender connosco porque já nasceram conhecedoras).

Tenho, por isso, que vos estar muito agradecido, e estou. Foi um prazer dedicar a minha vida ao bem comum e aos cidadãos deste País.

Na próxima reencarnação vou tentar ser um banqueiro ou coisa semelhante. Um trabalhador, em suma, um privado daqueles que se fartam de trabalhar para sustentar os imprestáveis e desqualificados funcionários do Estado.
(Com um abraço muito especial para todos com quem tive o prazer de colaborar e foram muitos. Na Força Aérea Portuguesa, no Ministério do Trabalho, na Secretaria de Estado do Emprego (e da População e Emprego), na Presidência do Conselho de Ministros, no Gabinete de Gestão do Fundo de Desemprego, na Direcção-Geral da Promoção do Emprego, na Presidência da Assembleia da República, na DGCI, na fundação dos Serviços do IVA (no núcleo duro da criação do ORDIVA), no Ministério da Qualidade de Vida, na Secretaria de Estado do Ambiente, no Ministério para a Igualdade, no Alto-Comissário para a Imigração e Minorias Étnicas, no Ministério da Administração Pública e da Reforma do Estado, na DGITA (I*Net, Gabinete do Director-Geral e Sistema de Gestão da Qualidade (e auditoria)) e finalmente na AT.
Também nas organizações internacionais ONU e OIM.)
LNT
[0.293/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDXLIII ]

Azeite
Azeite - Por aí - Portugal
LNT
[0.292/2014]

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Democracia

MagritteHá coisas em que temos de nos colocar de igual para igual para serem entendidas. Por isso tive de me pôr no mesmo plano, naquele plano onde um cidadão se consciencializa de que só tem um voto e que só é dono do seu voto e que para conduzir um processo tem de se disponibilizar com o intuito de agregar vontades.

Anda por aí muito boa gente que pensa ser dona dos votos dos outros e que, por isso, tem um estatuto especial, gente que se julga acima dos seus iguais.

O que nos dois últimos dias apresentei nas redes sociais (e que nunca concretizei porque nunca comuniquei aos orgãos do meu Partido a minha disponibilidade de candidatura) não foi uma brincadeira.

Foi uma chamada de atenção séria para a compreensão de que, em democracia, ninguém se pode arrogar dono das vontades alheias e que deve respeitar a vontade dos cidadãos (sejam ou não militantes do seu Partido).

Agora que já demonstrei o que queria demonstrar (que o "eles" e o "nós" não existe) e, dado que a reunião de ontem da CPN do PS indica que se vai iniciar a preparação do processo de inscrição de simpatizantes e de recolha de assinaturas para as eleições primárias, dou por finda a minha disponibilidade para concorrer.

Não por não ter todas as condições e direito para avançar, mas porque entendo que António José Seguro, que é o nosso actual candidato a PM desde que foi esmagadoramente eleito pelos militantes do PS no Congresso de há um ano, tem muito melhores condições para reunir à sua volta o conjunto de cidadãos que levarão o PS ao poder nas próximas legislativas.

A todos (e foram muitos) que se disponibilizaram para assinar a minha propositura deixo um agradecimento reconhecido.
LNT
[0.291/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDXLII ]

Arroz de pato à portuguesa
Arroz de pato à portuguesa - Por aí - Portugal
LNT
[0.290/2014]

terça-feira, 8 de julho de 2014

Razões - Respeitar

Candidatura a candidato

Segunda razão - RESPEITAR A DEMOCRACIA

A segunda razão da minha candidatura a candidato e possivelmente a mais importante é a vontade de querer manter a democracia. Já que parece não ser, para já, possível dar mais corpo a essa democracia, pelo menos vincando o valor do voto e obrigando a respeitá-lo.

É imprescindível que militantes socialistas que têm obrigações especiais por terem acesso privilegiado à comunicação não desvalorizem os votos propagando pérolas como as de chamar "distraídos" ou "complacentes" a mais de 90% dos delegados eleitos para representar todos os militantes, ou propaguem chavões que apelidam de blindagem as alterações produzidas nos Estatutos do Partido Socialista pelos representantes de todos os seus inscritos.

É imprescindível que os eleitores sejam respeitados quando elegem os seus representantes por um tempo determinado, principalmente quando os seus representantes cumprem aquilo a que se comprometerem quando se apresentaram a votos e quando conseguiram no País resultados eleitorais que os confirmam perante os cidadãos.

É imprescindível que os regulamentos, estatutos e a declaração de princípios do Partido Socialista sejam respeitados pelos seus militantes e que as minorias, mantendo o estatuto de minoria e todos os direitos de livre expressão, sejam respeitadoras dos órgãos eleitos. E isso é tão imprescindível como, como cidadãos, estarem obrigados ao respeito pela Constituição da República Portuguesa, ao cumprimento das Leis e ao acatamento das penalizações por transgressão.

É imprescindível que o Grupo Parlamentar seja a guarda avançada do Partido Socialista na Casa da Democracia e que os deputados, nossos eleitos, respeitem quem os elegeu. É imprescindível que compreendam que não estão lá por direito próprio mas só porque nós os escolhemos e que não lhes perdoamos se usarem o poder emprestado para minarem a direcção do Partido que representam.

É imprescindível que se respeitem as nossas regras, os nossos votos, a nossa vontade, a nossa delegação de competências, a nossa procuração, porque só assim farão com que os cidadãos continuem a reconhecer no voto uma arma útil a ser usada.

Esta é, como já disse, a segunda razão da minha disponibilização. Foi feita para que se entenda que todos nos podemos disponibilizar e que não aceitamos ser objectos nem propriedade de outros que julgam estar acima de nós. Mesmo que não venha a concretizar a minha candidatura por entender que o nosso candidato a Primeiro-ministro já foi eleito há um ano e que respeito os meus camaradas que, tal como eu votaram nesse sentido, ela serve para, em pé de igualdade, que não se esqueçam.
LNT
[0.289/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDXLI ]

Carapaus alimados
Carapaus alimados - Por aí - Portugal
LNT
[0.288/2014]

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Razões - Agregar

Candidatura a candidato

Primeira razão - UNIR

A primeira razão da minha candidatura a candidato é unir a família socialista que está profundamente desunida como o comprova a última eleição do seu Secretário-geral por 96,39%. Sabe-se agora que essa eleição, os documentos, propostas e resoluções aprovados por percentagens igualmente divisionistas, se deveu a militantes "complacentes" ou "distraídos" (1.702 delegados ao Congresso Nacional) o que faz com que os seus votos tenham um valor de Pirro e sem valor em termos temporais de mandato atribuído.

Olhando para este panorama de profunda desunião que anunciava uma efectiva impossibilidade de atingir uma solução de governo forte e capaz de garantir a mudança, senti o dever patriótico de me apresentar como alternativa.

Com duas palavras, Unir Esfrangalhando, ou com três, Estava Escrito nas Estrelas, eu sinto ser aquilo que os socialistas e muitos cidadãos que não sendo socialistas acham que eu posso e tenho o dever de dar.

Por isso, para satisfazer o que eu sinto ser, para garantir a mudança e para atingir uma solução de governo forte, disponibilizo-me.

Conto com a vossa igual disponibilidade para subscreverem a minha intenção de propositura.
LNT
[0.287/2014]

Omnipotência e omnipresença

Espírito SantoSem pretensões a dissertar sobre a terceira prosopon do catolicismo e menos ainda a blasfemar sobre os mistérios da fé, vejo com todas as reservas a entrada de uma Trindade Cavaquista, por mui douta que seja, no CEO do Espírito Santo. Tenho razões, as mesmas tidas por todos os contribuintes deste País que não tiveram a capacidade de ressuscitar ou renascer, para estar incomodado.

Ao contrário de muitos outros, pouco me importa que o Estado avance pela banca privada uma vez que, se o Estado é o seu grande financiador em alturas de aperto, tem o direito de se sentar na sua administração quando a coisa dá para o torto.

Acontece que é politicamente inaceitável que a intervenção estatal se faça com uma trindade abençoada por quem representa o Estado, mas não o é.

E como gato escaldado, de água fria tem medo, espero que tão venerável trindade se abstenha de disponibilizar, no futuro, participações celestiais reservadas, e fora do mercado terreno, a correctores de clientes sem pecado.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
LNT
[0.286/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDXL ]

Polvo na brasa
Polvo na brasa - Por aí (cada vez mais por aí) - Portugal
LNT
[0.285/2014]

domingo, 6 de julho de 2014

Protesto

Candidatura a candidato

PROTESTO

Tendo tantas assinaturas como o outro candidato a candidato e tendo todas as condições para participar nesta disputa, apresento um veemente protesto pela Comissão Nacional do PS não me ter chamado a contribuir para o Regulamento das Primárias.

O facto da minha candidatura não dispor de verba suficiente para alugar o Tivoli não deveria ser razão para que me negassem direitos iguais.
Espero que o Regulamento também preveja a atribuição de um lugar de observador à minha candidatura a candidato.

Oportunamente lavrarei o protesto oficial a entregar no Rato.
LNT
[0.284/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDXXXIX ]

Campo Grande
Campo Grande - Lisboa - Portugal
LNT
[0.283/2014]

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Janelas de oportunidade

Militante disponível procura 1.000 / 1.500 assinaturas para se fazer candidato a candidato nos termos da resolução contida neste link.

Primárias - LNT candidato a Primeiro-ministro

Bom homem, embora sem acesso aos tradicionais meios de comunicação, sem nunca ter sido membro da Juventude (quando entrou – logo no início - já era um homenzinho), sem nunca ter sido ministro, deputado, nem presidente de câmara, mas com sólidos conhecimentos de militância de base e quotas em dia, com vasto curricula de trabalho, pagamento de impostos e descontos para a Caixa Geral de Aposentações, sem dívidas ao fisco e sem nunca ter recebido apoios do FSE, FEDER, FC, FEADER, FEAMP ou quaisquer outros apoios comunitários, extra ou intra-comunitários, procura um lugar ao Sol que, como se sabe, quando nasce é para todos.

Assunto sério e garantia de sigilo absoluto.
Respostas para o apartado do costume.
LNT
[0.282/2014]

O barbeiro [ XVI ]

O BarbeiroDe novo sexta-feira, dia da semana programado para higiene e balanço de caixa na barbearia.

As receitas continuam diminutas, embora a troika já tenha desligado o relógio do(as) Caldas. A clientela que felizmente continua a não faltar e que cada vez mais se diversifica aparecendo de precedências nunca vistas, mantém o hábito de pedir, no fim de cada função, que acrescente o valor do corte ao rol dos calotes.

- Isto continua sem saldo e, do pouco que recebo, um quarto vai directo para a almofada do Coelho - desabafa o Sr. Luís frustrado por não conseguir pecúlio bastante capaz de reempregar uma ou outra colaboradora que anime a malta e a descontraia enquanto lhes cerceia os topetes.

Perdido na limpeza das navalhas e no afiar dos outros instrumentos de corte, o barbeiro alertado por um seu concorrente, procurou a tesoura usada no último corte e confirmou que estava romba, o que poderá ter provocado alguma dor durante o aparo e penenticia-se:

- Talvez devesse ter usado outra tesoura, alguma mais afiada mas de menores dimensões, mas foi aquela que estava mais à mão. Tenho de ter mais atenção até porque há clientes que não merecem sacudiduras por mau estado das ferramentas. Quando o homem cá voltar hei-de dar-lhe uma palavrinha. Com isto foi buscar o rebolo e amolou a tesoura deficiente.

Entretanto na rádio cantava o Carvalho do depois do adeus. O Sr. Luís, que a sabia de cor, trauteou-a com saudade e sentimento:

- E depois do adeus e depois de nós, lá, lá, rá, lá, lá. – e voltando ao pensamento anterior - Mas, chiça, o tipo com aquelas coisas dos costistas irritou-me porque parecia não perceber que isso não existe (para além dos do Castelo, freguesias adjacentes e mais uns quantos “complacentes” ou “distraídos”, como dizia o outro), assim como não haviam assististas, conforme o próprio percebeu logo que perdeu o concurso de há três anos. O que há são outros “istas” à procura de testas de ferro. Quando o cliente retornar hei-de desbastar com mais precisão evitando o repelão - Concluiu, arrumando.
LNT
[0.281/2014]
Imagem: http://www.gutenberg.org/

Já fui feliz aqui [ MCDXXXVIII ]

Comes
Gambas, Pleurotus e Paio - Por aí - Portugal
LNT
[0.280/2014]