terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Excelentíssimos

Ricardo Salgado na Comissão da AR

Pois, a presunção da inocência é o maior bem do estado de direito.

Já se sabe e também por aqui se acredita no chavão mesmo quando não passa disso e se faz tudo para que os “presumíveis” inocentes subam ao pelourinho na praça pública para serem imolados, sem dó nem piedade, numa qualquer fogueira inquisidora.

Mas essa presunção com os presumidos devido ao seu estatuto de nem todos serem iguais, porque um milhão não é o mesmo que um tostão, ser levada à reverência das “boas-maneiras” na prática queirosiana do chapelinho na mão reverendíssima a “vossas excelências” feita no local que julga sem juízes perante a populaça que ainda se interessa pelo que lhe vai sair do bolso é bem o reflexo dos políticos genuflectidos àquilo que hoje se chamam mercados, finança e quejandos.

Acho graça quando usam a expressão "antigo dono disto tudo" como se ele o tivesse deixado de ser. Basta ver os salamaleques que os nossos ilustres representantes na AR lhe fazem.

Não o ter recebido com a guarda a cavalo em sentido e o estandarte flectido...
LNT
[0.332/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDLXI ]

Praia Zavial
Zavial - Sagres - Portugal
LNT
[0.331/2014]

domingo, 7 de dezembro de 2014

Parabéns Pai Fundador

Mário Soares

Dizer, como se ouve por aí a muitos que só o podem dizer porque Soares se bateu para permitir que hoje o digam, que se peça a Mário Soares para se deixar reservado e se abster de comunicar o que pensa, a bem da sua imagem histórica futura, é uma imensa insanidade.

Pedir para que Soares cale é renegar a sua longa vida de luta para que ninguém possa ser calado.

É por essa vida em luta pela liberdade, que os seus 90 anos me calam fundo.

Muitos parabéns Mário Soares. (e obrigado)
LNT
[0.330/2014]

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Prender para: investigar, humilhar, vergar, extorquir, limitar, despersonalizar, calar

Detenção de Sócrates
Prende-se para melhor se investigar. Prende-se para humilhar, para vergar. Prende-se para extorquir, sabe-se lá que informação. Prende-se para limitar a defesa: sim, porque esta pode "perturbar o inquérito". Mas prende-se, principalmente, para despersonalizar. Não, já não és um cidadão face às instituições; és um "recluso" que enfrenta as "autoridades": a tua palavra já não vale o mesmo que a nossa. Mais que tudo - prende-se para calar. E - suprema perfídia - invoca-se, para assim proceder, as regras do Direito, a legitimidade da democracia. "As instituições estão a funcionar."
O que me leva a borrifar para a carta de Sócrates não são as dezenas de verbos que ele usa para dar razão ao que escreve mas sim as centenas de vezes que as razões dele não foram consideradas durante os seis anos em que foi Primeiro-Ministro e nada fez para que essas razões deixassem de o ser.

O 44 de Évora tem razão. É inacreditável que a nossa justiça aja desta forma, mas só é hoje possível que o faça porque houve um PM que durante o tempo em que o foi (quatro dos quais com maioria absoluta) nunca fez o que quer que fosse para ser de forma diferente.

E, se adianta que seja verdade ser necessário sentir na pele o mal que acontece aos outros, não deixa de ser verdade que, quem é eleito para que os outros tenham os seus direitos protegidos, merece sentir na pele os efeitos das suas inconsequências.

É isto que distingue a pungência dos órfãos, da pungência dos eleitores que resulta da incapacidade dos lideres políticos que elegemos.
LNT
[0.328/2014]

sábado, 29 de novembro de 2014

Todos preocupados [ II ]

MagritteAli, pelo FaceBook, levantam-se dúvidas sobre o que eu queria dizer no Post abaixo.

Fazem-me lembrar o pessoal da comunicação social que temos e dos comentadores que essa CS contrata para constatar que os delegados ao XX Congresso Nacional estão “frios como nunca se viu” e atribuem isso à “mágoa” e à pungência do que se passa com Sócrates, mágoa e pungência que eles gostariam de testemunhar na máxima reunião política socialista.

Nunca colocam a questão em termos políticos, isto é, se os delegados ao XX Congresso estão magoados e pungentes com aquilo que se passou no PS após a última vitória do PS num acto eleitoral nacional.

Gosta a CS, os seus comentadores convidados e alguns iluminados falantes de fazer crer que o que se está a passar com o anterior PM é questão de mágoa quando ela mais não é de que uma questão de justiça que só compete ao poder judicial e ao acusado.

Não quer a CS, nem os seus comentadores convidados, fazer entender que se há mal-estar entre os militantes do PS as causas são políticas, pois é de políticas que se fazem os Congressos.
LNT
[0.326/2014]

Todos preocupados [ I ]

MagritteNão foi o grande discurso de Costa que fez esquecer os últimos meses no Partido Socialista. Que Costa sabe fazer e dizer discursos já eu sabia. Há décadas que o sei.

Só que há actos, para além das palavras, da simpatia e da amizade, que deixam marcas indeléveis.

Sente-se que a lebre Guterres já cumpriu a sua função. Sente-se que a corrida para a Presidência da República está já em curso com outras presidências hoje empossadas. Sente-se que muitos lugares que corriam risco há seis meses, se sentem hoje descansados. Sentem-se sentimentos mistos e alguns sentem-se mais. Nem todos, ao contrário do discurso oficial, estamos particularmente tristes, ou alegres.

Todos estamos preocupados, nada mais.
LNT
[0.325/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDLVII ]

Marco zero
Recife - Pernambuco - Brasil
LNT
[0.324/2014]

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Entre Vistas

Passos CoelhoLá bons dentes (parece) ele ter.

Bons e muitos o que lhe dá aquela capacidade de cumprir a expressão popular de mentir com todos eles. (os dentes)

Penso que já nem sequer se trata de ser um mentiroso compulsivo. É mesmo só um alucinado compulsivo, alheio, desligado e cínico.

Mostrar os dentes para serem contados e para se poder saber com quantos quer enganar é só uma técnica, como qualquer outra, para fazer crer o incredível.
LNT
[0.323/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDLVI ]

Ana Maria Bobone - Hino da luta contra a leucemia - Portugal
LNT
[0.321/2014]

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Pelourinhos

Pelourinho

Cada vez mais se vai ouvindo que nós não temos de saber quais os fundamentos que levaram às medidas de coacção, porque os arguidos (únicos interessados) sabem quais são.

Entretanto fazem públicas essas mesmas medidas de coacção abstendo-se de divulgar os fundamentos enquanto ao mesmo tempo se fazem saber os mais diversos rumores que levam à sentença pública ditada por quem não consegue, sequer, perceber que aquilo que é permanente divulgado não é mais do que palha para acender as fogueiras no pelourinho.

Acrescenta-se que tudo isto é lei e que assim se comprova o regular funcionamento das instituições.

Assim será até que este funcionamento toque a cada um de nós.

Aí será um "aqui d'el rei!"

LNT
[0.322/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDLV ]

Cante alentejano - Património Cultural e Imaterial da Humanidade - Adiafa - Alentejo - Portugal
LNT
[0.321/2014]

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Tugagate

Carro Polícia
Agora que o rali do marquês já terminou e vamos ter descanso dos pirilampos azuis e do cheiro a borracha queimada, poderemos voltar a falar de coisas sérias?

Do OE 2015, p.e., que foi aprovado na AR com 4 votos contra do PPD e uma abstenção do CDS.
LNT
[0.320/2014]

Livre

25/11
Com mãos se faz a paz se faz a guerra
Com mãos tudo se faz e se desfaz
Com mãos se faz o poema ─ e são de terra.
Com mãos se faz a guerra ─ e são a paz.


Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedra estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.

E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.

De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.

Manuel Alegre
LNT
[0.319/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDLIV ]

Ilha Pessegueiro
Ilha do Pessegueiro - Alentejo - Portugal
LNT
[0.318/2014]

domingo, 23 de novembro de 2014

Direito à idoneidade

IdoneidadeJá alguém ouviu, viu, leu, algum dos muitos órgãos de comunicação social que anunciaram a detenção de Joaquim Lalanda de Castro, representante da multinacional farmacêutica Octapharma, pedir desculpas ao visado ou à sua empresa por terem divulgado, incessantemente, essa falsidade durante um dia?

Porque será que estas questões nunca são referidas nem na comunicação social, nem pelos comentadores deste pobre Portugal?

A idoneidade deixou de ser um bem absoluto?
LNT
[0.317/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDLIII ]

Ocaporã
Ocaporã - Porto de Galinhas - Brasil
LNT
[0.316/2014]

sábado, 22 de novembro de 2014

La boutique de barbier de M. Luís

BarbeiroE se este Blog fosse reactivado sendo rebaptizado para "La boutique de barbier de M. Luís"?

Absolutamente inédito em democracia é o facto de, pela primeira vez na minha vida, não ter exercido o meu direito/dever de voto no interior do Partido em que milito.

Deixei de respeitar esse direito/dever a partir do momento em que dentro do PS se deixou de respeitar o sentido (temporal) do meu voto.
LNT
[0.315/2014]

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

o Barbeiro Subvencionado

Barbeiro


E se este Blog fosse reactivado sendo rebaptizado para "o Barbeiro Subvencionado"?

LNT
[0.314/2014]

domingo, 16 de novembro de 2014

Golden Barber

BarbeiroE se este Blog fosse reactivado sendo rebaptizado para "Golden Barber"?

E se os sócios se tivessem convencido de que a sua recente inactividade podia ser encarada como extinção (até mesmo por aqueles que, sendo homens da Lei, assim se tivessem convencido)?

E se ... (não vivêssemos num País de trafulhas feitos gente séria?)

- Tudo questões a colocar ao barbeiro antes de reabrir a loja - aceitam-se sugestões.
LNT
[0.313/2014]

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Janelas

MagritteTentaram, massacraram, encheram as televisões e jornais de espantalhos com papéis na mão a dizer que ele não defendia os que partiam e que não protegia os deserdados acantonados nas tribunas e que, a partir daí, minavam, massacravam e intrigavam com o objectivo de se manter no poder.

Acusaram que era ele que estava agarrado ao poder – a que tinha chegado por direito democrático.

Xingaram, moeram, roeram e tentaram, atirando para a frente quem se prontificasse a defender-lhes o lugar quando o tempo acabasse.

Correu-lhes mal uma vez. Fugiu-lhes a oportunidade à segunda e, sabendo que não haveria terceira e que agora teria de valer tudo, engendraram o medo.

Ofenderam, como nunca se tinha visto ofensa. Como não encontraram rabos-de-palha atiraram-se sem dó à competência – que ao contrário da sua incompetência não puderam provar, atiraram-se ao carácter – que ao contrário do deles se revelou firme e seguro, encostaram-se à propaganda que nunca os salvou – nem nos salvou – do estado em que nos deixaram.

E continuam a insultar - dizendo que são os outros que insultam e continuam no nada – dizendo-se iluminados pelo tudo e protegidos por uma mão escondida que já mostra as falangetas.

Não sabiam que do lado de cá não havia carneiros como se habituaram a pensar que havia.

Está quase. Cada voto conta e só depois de os contar, sondagens e manipulações à parte, haverá vencedores. Depois tudo se há-de compor.

Muita fumaça. O povo sereno
LNT
[0.310/2014]