quinta-feira, 28 de maio de 2015

Mantê-los pobres

CãoEles detestam ter de pensar que, em vez de ser necessário cortar 600 milhões, é preferível conseguir mais 600 milhões. Detestam porque:

1º - Pensar é difícil;
2º - Reduzir as suas mordomias e as das suas clientelas para o conseguirem é impensável;
3º - Cortar é mais precioso ao entendimento da submissão do que conseguir.

Não se percebe o que está a escapar aos leitores.

Será que nunca mais entendem que um reformado com o dinheiro é uma ameaça para o desemprego que se quer alto para rechear a bolsa dos disponíveis baratos?

Sendo verdade que somos aquilo que comemos, a coligação só anda a comer porcaria.
LNT
[0.234/2015]

sábado, 23 de maio de 2015

Enunciado

Física
O Povo largou o actual Governo da varanda do seu quarto, situada a cinco metros do solo. A partir de aí, e sabendo que o actual Governo tem uma massa disforme levezinha, indique a intensidade da força aplicada ao governo durante a queda e o valor da velocidade com que este se escarrapachou no solo tendo em consideração que Boliqueime está ao nível do mar.
LNT
[0.233/2015]

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Da Senhora Dona Amélia

Coroa Real Portuguesa
O novo Museu dos Coches é inaugurado hoje.

Já sabemos, pelas notícias, quem lá estará para puxar por eles. Ficou por saber quem transportarão.
LNT
[0.232/2015]

segunda-feira, 11 de maio de 2015

É a democracia que não se entranha

Pista aterragemO País escandalizou-se com a afirmação feita pelo porta-voz do SPAC quando considerou uma vitória o prejuízo de 30 milhões que a greve provocou na TAP.

A democracia primeiro estranha-se mas parece que, em Portugal, mesmo ao fim de 40 e tal anos, não se entranha.

A ideia de qualquer greve é causar prejuízos à entidade patronal. Se assim não acontecer para nada serve uma vez que a entidade patronal não sentirá necessidade de satisfazer as reivindicações dos seus trabalhadores.

Note-se que este texto não é uma forma de mostrar a minha concordância com a greve dos pilotos, porque só em parte (muito pequena parte) concordo, mas causa-me enorme surpresa verificar que as elites, politicas e comentadeiras, continuem a passar uma imagem tão miserável em relação aos direitos dos trabalhadores e um tão miserável entendimento sobre o que é uma greve e para o que serve.
LNT
[0.228/2015]

sábado, 9 de maio de 2015

Também não somos o Labour

LabourÉ doloroso ler que, se o Reino Unido decidir sair da União Europeia pelo referendo que lá se realizará em 2017 (o referendo foi uma das promessas eleitorais que mais fortemente contribuiu para a estrondosa vitória dos Conservadores), a Inglaterra perderá o seu peso na Europa e no Mundo.

É principalmente doloroso porque, uma vez mais, são atirados os papões do caminho único e da inevitabilidade de pertença a uma União Europeia que há muito o deixou de ser quando optou por se transformar num directório germânico/nórdico destinado a exercer o controlo que não conseguiu há 70 anos.

Andamos nisto. Nisto de chamar Europa à União Europeia e de comemorar décadas da queda de um poder de armas que agora se afirmou pelo poder da moeda. Como se o valor maior não fosse a vontade dos povos dessa Europa, como se o valor maior conseguido pelo derrube das armas não tivesse sido transformar o voto na arma desses povos.
LNT
[0.227/2015]

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Se o Mundo não for de sondagem

Manuel AmadoAcordei com a sensação de que os ingleses deitaram fora, de vez, os Blair deste Mundo fazendo saber que entre um tory disfarçado de labour e um tory tal e qual, preferem o segundo.

Eles, possivelmente, preferem encarar a possibilidade de ter de referendar a sua permanência na Europa e equacionar o seu “I want my money back” a ficar nas meias tintas de pertencerem a uma Europa (onde nunca estiveram com os dois pés) só porque há quem queira continuar a fazer crer que estar na Europa é uma inevitabilidade.

E não me venham com a conversa de que o sistema eleitoral britânico, por ser anacrónico, permite estas surpresas porque ele é o mesmo que já permitiu surpresas semelhantes de sinal contrário.

Quando o que é dado a escolher aos eleitores é um ou outro modelo de austeridade (ainda que mais doce) fica provado que os eleitores poderão, apesar das sondagens, optar pelo modelo da austeridade que já conhecem.

Fica a nota aos grandes estrategas académicos que se dedicam às teorias das décadas em vez de se centrarem no que interessa alterar imediatamente na próxima legislatura.

It´s democracy, stupid!
LNT
[0.226/2015]

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Com a verdade “minganas”

Na resposta, Passos Coelho mostrou-se desagradado com a “intriga política” suscitada, assegurando que “nunca na vida” enxovalhou "o líder do principal partido da oposição". Uma gafe que provocou alguns risos, já que se referia à polémica da demissão de Paulo Portas, no verão de 2013.
O trapalhão que temos como Primeiro-ministro até ao próximo mês de Outubro deixou os ferros curtos relatados por terceiros na sua pseudo-biografia (autorizada) para passar aos compridos, ao estribo, desferrados no cachaço do seu parceiro de coligação.

Aquilo do SMS era coisa menor segundo fizeram saber os do Caldas e então, em pleno Parlamento e ainda visivelmente emocionado e enxofrado com as desfeitas que estavam a fazer ao seu parceiro e mentor Dias Loureiro – que ele considera ser um empresário de sucesso que merece ser apontado como exemplo do melhor empreendedorismo nacional - , atirou a Portas o imputo de “líder do principal partido da oposição”.

Sabemos que ele queria dizer – líder do pior (do mais perigoso) partido da contraposição – mas as habituais trapalhices que se lhe conhecem fizeram-no sair-se assim.

Lá para Outubro, na terceira pseudo-biografia de despedida onde comprovará que somos o que queremos que os outros julguem que somos, haveremos de perceber que este lapso foi um MMS intencional.
LNT
[0.225/2015]

terça-feira, 5 de maio de 2015

Parem de o viajar

Cavaco


Em apenas dois meses, Cavaco, reviu em baixa o PIB português.

Há dois meses, em Paris, previa 2% para 2015 e agora, em Oslo, prevê 1,7%.

Se o continuarem a mandar mais para norte (para a Sibéria, p.e.) estamos tramados.

Sabemos que o frio retrai e quanto mais perto do Ártico for a arenga, maior é a contracção do PIB luso do nosso economista azul.
LNT
[0.224/2015]

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Esperanças de vida

bye, bye Coelho (se for a 2015.10.11)


bye, bye Cavaco (se for a 2016.01.24)


Havemos de ver-nos livres deles.

Baseado em palpites, aqui ficam os contadores à laia do CDS/PP.
(que ficam também permanentemente activos na coluna da direita)
LNT
[0.223/2015]

sábado, 2 de maio de 2015

Notícias da Coelha


Se nós queremos vencer… temos de seguir o exemplo de Dias Loureiro.

Palavras para quê? É um autêntico artista português.
LNT
[0.222/2015]

domingo, 26 de abril de 2015

O mar é só ondas

Águia

Já estou como o Filipe Nunes Vicente.
Tudo o que gosto transformo em brincadeira

E é por ser tão brincalhão que gostaria que o Porto fosse o primeiro a marcar. Nada me daria mais gozo do que este Benfica/Porto fosse iniciado com um autogolo.
LNT
[0.220/2015]

Bámos a isto, carago

ÁguiaÁguia









Desta biez. cum a chuba, nem bai ser necessário ligar os aspersuares.
LNT
[0.219/2015]

Já fui feliz aqui [ MDXL ]

Palácio Praia
Palácio Praia - Lisboa (Lg. Rato) - Portugal
LNT
[0.218/2015]

sábado, 25 de abril de 2015

Irrevogavelmente revogaram-se

CDS/PSDEscolheram o dia da Liberdade para dizerem ao País, tentando abafar os sons da Revolução com o seu fait-divers, que não se deixarão avaliar em separado.

Revogaram, irrevogavelmente, o valor de cada uma das forças para se apresentarem, muleta e espada, num único apresto para matar.

Nunca saberemos o que vale cada um e tanto lhes poderá sair uma volta em ombros (sem sabermos quem alomba com quem) como uma colhida fatal em duas virilhas.

Assim fizeram, declararam, assinaram e trocaram galhardetes.

Olé! Viva o novo vinte e cinco do quatro!
LNT
[0.217/2015]

Pela última vez

Aos figosUma vez mais foi ele mesmo, sem chama, sem noção do cargo que ocupa, sem considerar que, antes de tudo e como todos os estudos de opinião revelam, os portugueses não se revêm em si.

Uma vez mais, partidário e chefe de facção, a apostar em deixar para a História a sua pequena estória, a sua neura, a sua incapacidade de assumir a voz da Nação, de se fazer povo, aquele povo que cometeu o erro de o eleger, ao longo dos últimos trinta e tal anos, para desempenhar os mais elevados cargos do Estado.

Foi o seu último esgar num dia da Liberdade.

Não deixa saudades.
LNT
[0.216/2015]

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Já fui feliz aqui [ MDXL ]

Abril
Abril - Portugal
LNT
[0.215/2015]

Visto prévio?

Lápis AzulPesquiso na Assembleia da República e não encontro a entrada do tal projecto de Lei (PSD/CDS/PS) que prevê um visto prévio dos planos de cobertura pela comunicação social dos actos de campanha (e pré-campanha) eleitoral.

A ser verdade, a comunicação social não fará a cobertura da campanha o que certamente irá contribuir decisivamente para o empobrecimento da democracia e ajudará nas intenções de abstenção.

Isto, nas vésperas da comemoração da data da restauração da Liberdade, é um indicador do estado a que a nossa liberdade chegou.

Os Partidos do chamado arco do poder, com tanta regra, tanta proibição, tanta vontade de tudo controlar têm medo de quem, ou de quê?
LNT
[0.214/2015]

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Amortização ou sumaúma?

AlmofadasFinalmente alguém percebeu que é mais importante amortizar do que encher a fronha da dívida.

Fico satisfeito por saber que hoje abatemos mais de quinhentos e trinta milhões à nossa dívida.

Espero que seja considerado uma espécie de amortização e não um pouco mais de sumaúma para a almofada eleitoral.
LNT
[0.213/2015]

O retorno do sucessório de má memória

Euro parteDepois do Partido Socialista ter evoluído para a extinção do Imposto Sucessório (de má memória) eis que a teoria do “chapa ganha, chapa gasta” ou da golpada de “chico esperto” volta à ribalta.

Trata-se de penalizar os que entendem que o aforro, ou o investimento, são boas práticas que possibilitam, aos que lhes sucedem, multiplicar e desenvolver.

É o retrocesso ao viver das aparências, aos BMW, Mercedes e Porches comprados a crédito para mostrar aos amigos, ou ao investimento imobiliário feito, à partida, em nome de terceiros para não morrer num património que, em vez de reverter para os seus, reverterá para um Estado que não sabe controlar a voracidade dos seus gastos.

É a penalização segundo a teoria de “pé rapado invejoso” que nunca fez o esforço de gastar menos para amealhar o seguro futuro.

Afinal Maria Luiz tem razão. Mais vale um cofre cheio de dinheiro dos outros (de dívidas) do que amortizar as dívidas antigas e criar lastro com poupança. Quem vier a seguir que se lixe.

LNT
[0.212/2015]

Já fui feliz aqui [ MDXXXIX ]

CRV 1978
H CRV 1978 - (saudades de circular livremente em) Lisboa - Portugal
LNT
[0.211/2015]

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Do entendimento de cada um

MagritteNunca consegui entender porque é que os Partidos Políticos concorrem, em democracia, a eleições para 4 anos de mandato e apresentam programas para uma década e mais.

E não me venham dizer que:
"Nunca consegui entender porque é que as pessoas usam a expressão "nunca consegui entender" para passarem a ideia de que os outros é que têm a culpa de elas não conseguirem entender."
porque o início do dito desdiz todo o resto da sentença.

Quando dei formação tive sempre a ideia de que se os formandos poderiam não estar a perceber porque eventualmente não me estava a fazer entender e isso obrigava-me a expor de forma diferente.

Mas voltando ao princípio, para ver se me explico melhor:

A nossa democracia determina o prazo das legislaturas. Lógico seria que os Partidos políticos apresentassem os seus projectos para a legislatura a que estão a concorrer.

Sei que o argumento é o “longo prazo”, mas também sei que o longo prazo, em política, acaba por ser sempre o caixote do lixo dos vencedores da legislatura seguinte.

Os eleitores nada ganham com isso (e não entendem, se me faço perceber).
LNT
[0.210/2015]