terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Quase um ano de Marcelo

Marcelo Banho Janeiro 2017O que encanta em Marcelo é que, sem qualquer demagogia, se pode apresentar sem sapatos sem se transformar num pé descalço.

E é isso que irrita muitos dos 1% que dizem não gostar dele.

Não fui seu eleitor, mas desde o discurso de vitória que proferiu na Cidade Universitária, sou um dos milhões de portugueses que vêm nele o seu Presidente.

Não tenho hoje qualquer dúvida que só Marcelo poderia desempenhar o papel de espanador que Belém e Portugal precisavam há dez anos.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.006/2017]

Já fui feliz aqui [ MDXLVII ]

BA7 Dias Liberato Jorge Tito Almeida

BA7 - São Jacinto - Portugal
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.005/2017]

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Pescadinhas de rabo na boca [ I ]

Pescadinha Rabo Boca
Imaginem um Sindicato (STI) que tem um seguro de “complemento de comparticipação” firmado com uma companhia de seguros (MEDIS).

Imaginem que o “complemento de comparticipação” é um seguro que se destina, aos filiados no Sindicato que aderiram (e pagam por isso), a cobrir parte daquilo que a ADSE não comparticipa, incluindo actos médicos não cobertos pela comparticipação da ADSE.

Imaginem que a Companhia de Seguros (Médis) e o Sindicato (STI) acordaram que, para que a seguradora comparticipe, é necessário uma declaração de complemento de comparticipação (que informa qual a parcela do acto médico que a ADSE não comparticipa) e igualmente estabelece que o original do recibo do acto médico lhe seja enviado.

Imaginem que, por sua vez, a ADSE (que é um organismo tutelado pelo Ministério da Saúde e como tal com idoneidade suficiente) exige que para passar a tal declaração que lhe sejam enviados os originais dos recibos/factura que não devolverá aos seus beneficiários (mesmo no caso de não comparticipar, dado que passa a tal declaração que a Medis exige).

Imaginem uma pescadinha de rabo na boca.

Imaginem mais uma daquelas situações em que as companhias de seguros estão sempre prontas para receber mas evitam sempre pagar.

Imaginem Portugal em 2017 a ser, como sempre, o centro do Mundo dos “espertalhões”.

Imaginem a irritação e o prejuízo que tudo isto causa num filiado(a) do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos e num(a) cliente da Médis que é bombardeado com exigências impossíveis de cumprir pela seguradora, num jogo do empurra que se destina a não ter de pagar por aquilo que cobra.

Imaginem tudo isto e espantem-se porque é verdade.
ET. Ver Post nº 13/2017
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.004/2017]

Já fui feliz aqui [ MDXLVI ]

Guterres

António Guterres - ONU - USA
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.003/2017]

2 notas prévias:

1ª - Um dos meus “wishful thinking” para este ano foi reavivar a Barbearia que, em 2016, andou pelos serviços mínimos. Veremos se foi só isso mesmo, ou se terei vontade de o cumprir;

2ª – Há quem se queixe de lhe aparecer uma mensagem quando acede a este Blog informando que o mesmo não é seguro (ou coisa que o valha). A Barbearia não só é um Blog seguro como também é, e principalmente, um sítio recomendável.

Penso que a advertência vem do facto das imagens da Barbearia estarem alojadas num servidor seguríssimo que, no entanto, não as disponibiliza com o "https" de que o Blogger gosta.

Não tenham medo. Não será por entrarem na Barbearia que correrão perigo.

Preocupem-se mais com as “seguranças” (oficiais e não oficiais) que por aí abundam e que mais não são do que o espiolhar detalhado das vossas vidas privadas.

Tenham um bom 2017 e preparem-se para o corte a eito mesmo que for sem jeito.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.002/2017]

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Falácia de pinguim

Como dizia alguém no FB (já não me lembro quem) a mudança de ano é só uma mudança de minuto.

A passagem de ano é uma falácia.

Haviam de dizer isso a quem anuncia para o dia 1 de Janeiro os aumentos na electricidade, nos transportes, nas portagens, etc.

Entretanto tenham uma boa falácia com, no mínimo, o dobro daquilo que me desejarem.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.054/2016]

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Assim, a modos que coiso

Corte de cabelo

A Barbearia não fechou mas tem estado em remanso para descanso do pessoal. Não por cansaço de escrita, mas por ânsias de mais ler do que escrever.

Coisas da vida” - como desabafou, antes de o ser, o melhor Secretário-geral que a ONU conheceu até hoje.

Farei como ele.

Quer gostem quer não, no início do ano da graça de 2017, dando por findo o bissexto de má memória que tarda em se finar, voltarei às lides bloguistas.

Entretanto varre-se o chão.

Tenham um Natal feliz e, como era da praxe dizer-se nas “mensagens de Natal”, um ano novo cheio de propriedades.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.053/2016]

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

A Veneza que se vai afundando enquanto vivemos

Enquanto Veneza se Afundava

B. fez-me chegar pelo carteiro um envelope almofadado com um monte de crónicas encadernadas da autoria de Ana Cristina, ao que sei publicadas no Expresso, jornal que já não leio desde o tempo em que preferi os almanaques do Tio Patinhas porque jornalices sobre ricos e remediados dá-me mais gozo considerar as de patos animados do que as de patos trombudos que raramente se enganam e se julgam donos de isto tudo.

Claro que esta opção fez-me perder coisas interessantes como as crónicas de Ana Cristina, mas como sempre tive esperança que, mais dia, menos dia, elas haviam de aparecer isoladas do jornalismo que as embrulhavam, a espera concretizou-se graças à autora que, em boa hora, as confiou a B. por ela as saber embrulhar como ninguém. Já cá cantam para as ler e saborear decifrando com sorrisos as dificuldades de quem não se roga com vocábulos banais e os saboreia na catadupa com que são impressos.

Com o embrulho vieram dois bónus. Um curto, em caligrafia de palavras amáveis a anunciar um romance de Ana Cristina e um caderno marmoreado de dez páginas dactilografadas com o tal vocabulário de acepipe que, como na nouvelle cuisine, mistura crocantes acres com aveludados doces que se desfazem na boca para que o palato distinga as especiarias de que são feitos.

Ora vejam lá: “A carroça que manobra junto ao cadáver esmaga-lhe o peito num solavanco brusco. O condutor sente o embate, salta com destreza do alto do assento e encara o morto. Sacode os fiapos de neve do capote com as costas da mão, pragueja e pontapeia-lhe as botas que oscilam como um pêndulo. Fica a mirá-las por segundos, baixa-se, puxa-as com um golpe e lança-as para dentro da carriola. Sem apartar os animais, começa a descarregar o frete”.

A coisa promete. A última vez que tinha ouvido a expressão “apartar” foi no Lourenço & Santos, vão umas décadas, quando o mestre-alfaiate que me tirava as medidas das virilhas do fato de casamento me perguntou, com o ar mais efeminado que tinha, se eu os apartava para a direita ou para a esquerda. Já lá vão anos.

Voltando ao que interessa. Agradecimento à feiticeira dos conteúdos já consumidos em meio volume e mais agradecimentos à Beatriz que não descansou enquanto não os valorizou com o seu sempre inigualável esforço e bom gosto.

Fico à espera de saber o que o condutor fez com as botifarras, assim me considerem na vossa lista de sortudos leitores. Um autógrafo das duas só me orgulhará.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.052/2016]

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Guterres é bom para a ONU

António Guterres

É um orgulho e uma honra ter um Homem bom, um português, um amigo e um camarada, exactamente por esta ordem, como Secretário-geral das Nações Unidas.

Bem pode o esganiçado Paulo Rangel, e quejandos, fazerem a comparação disto com o cargo de Presidente da Comissão da União Europeia, que não colhem.

Em primeiro lugar, porque Durão Barroso foi nomeado sem concorrentes por Merkel (com o apoio do bando das Lajes) porque se pretendia um pau-mandado no lugar e António Guterres foi eleito em concorrência com muitos outros candidatos sendo que uma delas resultava de uma golpada inaceitável de Merkel e da diplomacia alemã que tiveram uma derrota em toda a linha ao não conseguir ter uma mandatária sua na direcção das Nações Unidas;

Em segundo porque a adjectivação acima feita, tirando a segunda, não se aplica a Durão Barroso;

Em terceiro e último lugar porque, e só porque não me apetece continuar a marcar as diferenças entre uma coisa e a outra, ao contrário de Barroso, Guterres não atropelou qualquer outro português que estivesse na disputa do lugar, nem abandonou vergonhosamente um cargo para que tinha sido, pouco antes, eleito pelos portugueses.

Interessa pouco a defesa disto, sei, mas Paulo Rangel e quejandos, incluindo um seu companheiro de Partido, têm muito pouco espaço para se pôr em bicos dos pés e sacar quaisquer vantagens com uma vitória clara da diplomacia portuguesa e, sobretudo, com a vitória pessoal do homem bom e capaz que António Guterres é.

A ONU está de parabéns (digo isto apesar de muitas críticas que já anteriormente lhe fiz) por não se ter deixado manobrar pelo golpismo de quem quis anular a nova forma transparente que a Organização estabeleceu para eleger o seu dirigente máximo.

Diga-se de passagem que o maior beneficiado desta eleição é a própria ONU (e por isso todos os humanos) pois não é todos os dias que uma Organização consegue um dirigente com as características e capacidades que Guterres já comprovou nos seus desempenhos.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.051/2016]

sábado, 1 de outubro de 2016

Quarteirões pobres mas orgulhosamente honrados

Prédios degradados Lisboa

Quem é de Lisboa sabe que a Baixa esteve décadas em acentuado processo de desertificação e que os proprietários dos prédios alfacinhas do centro se viram obrigados a deixar os imóveis ao abandono por impossibilidade financeira de lhes fazerem obras de manutenção.

Conheço bem quem tenha despachado, por tuta e meia, prédios na zona do Cais do Sodré dado não ter forma de satisfazer sentenças de obras coercivas impostas pela CML apesar de serem os senhorios que já substituíam o Estado no apoio social que prestavam aos seus inquilinos com rendas miseráveis, insuficientes para pagar ligeiros rebocos ou reparações nas canalizações.

Pasmo agora ao ouvir e a ler de quem se desabituou a ver vida no centro da cidade, principalmente à noite dada a ausência de residentes, críticas fortes contra o “turismo” que invadiu Lisboa e sobre os alugueres locais de casas recuperadas, “hostels” e outras formas de recuperar, rentabilizar e reanimar o centro até aqui entaipado e/ou em ruínas.

Dizem que a cidade se desvirtuou, se descaracterizou, mas prefiro aquilo que agora vejo à miséria e abandono em que a Capital tinha mergulhado.

Não nos conseguimos livrar do chavão salazarista dos “pobrezinhos mas honrados”, coisa que sempre foi dito por quem tinha a barriga cheia e que nunca se apoquentou com a desgraça alheia.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.050/2016]

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Toots Thielemans


Nunca alguém (nem Bob Dylan) retirou duma harmónica o som que Toots Thielemans tirou.

Se houver algum lugar depois da vida ele terá lá a viver, a partir de hoje, um dos meus músicos instrumentais de elite.

Quando morrer também quero ir para esse lugar.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.049/2016]

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Coisas sérias

LimãoAgora falando de coisas sérias. Coisas sérias, percebem, não de umas insignificâncias como pôr 19 gandulos à manjedoura da Caixa Geral de Depósitos, ou dos quatro mil milhões que a CGD precisa para recuperar dos gandulos que de lá saíram, ou de outras irrelevâncias como a de admitir que os não eleitos burocratas europeus se metam neste assunto e mandem estudar os candidatos ao acesso ao pote, ou do espiolhar das contas bancárias de quem ainda faz a asneira de depositar dinheiro nos bancos portugueses, ou do rasgar da Concordata sem negociar primeiro novo acordo com a Santa Sé, como fez Salgado Zenha com o divórcio num tempo em que ainda havia políticos com vergonha na cara.

Falando de coisas sérias, como dizia no início deste borrão, é falar de descanso depois das férias num tempo em que as férias são os únicos dias de missão do ano inteiro, com horas para tudo desde o levantar para ir à praia até à correria dos banhos depois da praia para poder ir para a fila de um qualquer restaurante esperar vaga para jantar. E falar de coisas sérias é também falar do ar sério com que na Noélia de Cabanas um jovem empertigado atrás do balcão se acha mais importante do que os clientes que se apresentam para fazer a marcação de um jantar, ou do senhor Zé da travessia da ria que retira, ao fim da tarde, dois dos seus três barcos porque já tem o dinheiro no bolso e pouco lhe interessa que no pontão do lado da praia os clientes esperem uma eternidade para regressarem. E isto para já não falar do restaurante que só está activo nos meses de Verão e anuncia na porta que estará encerrado em Agosto para descanso do pessoal, ou daquela coisa séria que foi ver o empregado de um café sacar do telemóvel para fotografar uma cadeira da esplanada onde um cliente tinha deixado areia, que ele não sacudiu, e dizer que estava a fazer um registo para memória futura do Verão de 2016 e das coisas sérias que o tinham incomodado.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.048/2016]

domingo, 7 de agosto de 2016

Manel

Manuel Seabra PereiraFoi preciso que o dia 25 de Julho já tivesse distância suficiente para te deixar publicamente estas palavras.

Foi preciso que me recordasse de ti mais vezes por dia do que recordava anteriormente para deixar umas linhas sobre a impossibilidade de registar uma vida de amizade fraterna que desde jovens sempre partilhámos, antes e depois do teu casamento com a minha irmã João que tive o grato prazer de apadrinhar.

Foi preciso percorrer a memória para lembrar momentos de grande cumplicidade e confiança que me fizeram ser padrinho, e à Luísa madrinha, da tua filha Filipa. Recordar os momentos em que, contigo e com a João, conheci o Tiago pequenino em Londres e depois, muito depois, a Teresa em Lisboa.

Manuel Frederico Oom de Seabra Pereira, meu cunhado irmão de sempre, a quem testemunhei a excelência académica e profissional desde a licenciatura em engenharia mecânica no Técnico, ao doutoramento em Londres, à agregação no IST, à cátedra, à vida de professor/investigador feita em Tucson e por esse mundo fora, à eleição como Vice-reitor da Universidade Técnica de Lisboa, à passagem como consultor da REFER e finalmente na eleição, já doente, como Chairman do Conselho da EURNEX – The European Rail Research Network of Excellence.

Meu querido Manel confesso-me saudoso das nossas partilhas e confidências, dos esporádicos almoços no Martinho da Arcada, das idas ao Minho, das férias no Carvoeiro e em Moledo, da tua sempre presença nos momentos difíceis e principalmente nos de grande felicidade como o meu casamento, nos momentos marcantes da vida das minhas filhas Catarina e Margarida desde a maternidade até às suas licenciaturas, do nascimento das minhas netas, nos jantares de família, de Natal e dos 29 de Dezembro, nas festas no Gaio e na das flores do aniversário 40 do teu casamento.

Sinto-me saudoso e carente da tua afabilidade simples, que só os homens cultos expressam, quando agradeceste, há uns poucos meses, o livro que te dei com a dedicatória da sua autora, Ana Cristina e o registo da editora B.

Só algumas passagens, Manel. Só consigo citar breves passagens.

Guardo para sempre o teu sorriso crente daquele dia sem memória, porque só um crente aceitaria partir assim, sorrindo sem um ai.

E sei, mesmo não partilhando das tuas certezas, que aquilo em que acreditavas te era tão real como a ciência exacta que nunca deixaste de investigar e que por isso hás-de estar onde sempre pensaste que estarias depois de partir.

Olha por todos nós que ainda por cá andamos.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.047/2016]

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Tem de haver limites

Esquadra 501

A notícia do dia consterna-nos a todos. Sei isso e sou parte dos que se solidarizam com as vítimas de mais este acto de loucura cobarde.

Mas assistir na SICn ao levantar de questões ao Presidente da República sobre o atentado de Nice, num cenário de carros fúnebres que aguardam à porta dos Jerónimos os corpos de três militares portugueses mortos em serviço, sem que uma só palavra fosse dada sobre o que ali se estava a passar, atinge o auge da falta de senso da nossa comunicação social.

Esse auge foi ainda ultrapassado porque Marcelo, neste cenário e claramente impacientando os militares que atrás dele aguardavam que terminasse os comentários para se dirigirem para as exéquias que estavam em curso, acedeu em responder às questões que lhe colocaram sobre Nice.

Há limites.

Esses limites foram ultrapassados pela falta de vergonha e desrespeito tanto por quem colocou as questões como, principalmente, por quem acedeu a responder.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.046/2016]

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Nove anos de Barbearia

Faz hoje nove anos (e tudo somadinho vão 13 como autor em Blogs) que escrevi o primeiro Post nesta Barbearia.

Dizia o seguinte:
É entrar, senhoras e cavalheiros, é entrar!

"O salão ainda está em construção mas o livro de reservas já está aberto.

Nesta loja alternativa tratar-se-à:
- da barba e do cabelo;
- massagens parciais e integrais;
- pedi e manicura;
- e tudo o mais que sirva para modelar os corpos e bronzear as almas.

Sintam-se à-vontade e sejam bem-vindos!
O mestre barbeiro está a chegar.”
E uns dias mais tarde:
Barbearia Chaplin
Primeiros clientes

"Clientes especiais, tratamento especial.

Neste estabelecimento primamos por não sermos neutros, nem imparciais.

Os nossos clientes sabem que a personalização implica pequenas atenções dirigidas, assim como saberão que as gorjetas e outros carinhos são bem acolhida(o)s.”
Hoje, com escrita reduzida por motivos pouco óbvios e outros ainda menos óbvios relacionados com as redes sociais, deixo o abraço amigo e afectuoso (como soi dizer-se nos tempos que correm) a toda a ilustre clientela que por aqui passou e àquela que continuará a passar.
LNT

Facebook pessoal de Luís Novaes Tito
Twitter de Luís Novaes Tito
Facebook da Barbearia do Sr. Luís
#BarbeariaSrLuis
[0.045/2016]

domingo, 10 de julho de 2016

Lusitânia paixão

Piriquitos e malaguetas

Acho alguma graça ao futebol, mas não sou adepto. Mesmo quando faço alguns comentários e lanço a passarada é mais numa perspectiva de picanço do que qualquer outra coisa.

Hoje torço claramente pela selecção da Federação Portuguesa de Futebol e, se tivesse um cachecol, até era capaz de o pôr ao pescoço quando me sentar frente ao plasma (há que tempos que não dizia/escrevia esta palavra. Não sei se ainda é usual fazê-lo).

E mais não digo, senão teria de repetir o Cristiano e sou pouco de usar a expressão “ca-sa-fouada”.

Vamos a isto que os franciús estão a precisar de reduzir o seu habitual chauvinismo a níveis de assertiva razoabilidade.

Quando acordarmos amanhã, independentemente do resultado que se venha a apurar, teremos de novo oportunidade de fazer por Portugal o que se espera que os onze marmanjos em cuecas façam, hoje, por todos nós.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.044/2016]

quinta-feira, 7 de julho de 2016

"Sanções" e Dalilas

Pin Bandeira Portuguesa

Fiz um esforço para acompanhar a conferência de imprensa da Comissão Europeia e, logo de seguida, acompanhar o debate do estado da Nação.

Percebi que havia na Assembleia da República mais gente favorável à aplicação de sanções a Portugal do que em Bruxelas.

Nem os apupos, nem as agressões ao mobiliário de São Bento, nem sequer a bandeirinha do Primeiro exilado conseguiram abafar esse triste e lamentável desejo.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.043/2016]

Falácias

Camisola Euro 2016

Com ilustração para que se entenda melhor.

A falácia reside na intencionalidade da confusão entre a República Portuguesa e a Federação Portuguesa de Futebol.

Eles (da FPF) bem tentam explicar isso vestindo os jogadores de verde cueca em vez das cores nacionais, mas há quem insista em misturar tudo para puxar pelo melhor do nacionalismo bacoco que continua a arrebatar as multidões.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.042/2016]

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Juno - Júpiter

Juno

Juno na órbita de Júpiter e nós com a cabeça na bola e nas sanções.

LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.041/2016]

domingo, 3 de julho de 2016

Com F de fada

Fada Maria Luís

A fada Maria Luís de vez em quando acorda do seu sonho da Arrow, esfrega-se na bola de cristal que sempre a guiou e pergunta-lhe:

Bola minha, minha bola,
diz-me: se eu ainda fosse Ministra
o que estaria a acontecer com esta artola?

Ao que o cristal lhe responde invariavelmente:

Maria Luís, minha boa fada, nada de novo aconteceria.
SE” ainda fosses a fada dos portugueses eles nunca teriam sanções dos credores porque seriam permanentemente sancionados por ti.

Aí ela descansa e volta para a Arrow que isto do merdoso ordenado de deputada não é compatível com tal fada.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.040/2016]

sábado, 2 de julho de 2016

Reparação histórica

Salgueiro Maia Ordem Infante D Henrique
"Pode demorar tempo. Pode haver quem, por distracção, pode considerar que é mais importante o que não é, não preste a homenagem devida no tempo devido. Mas há sempre a hipótese de reparar. Essa reparação histórica, esse reconhecimento histórico está feito"
Marcelo Rebelo de Sousa
Presidente da República
2016.06.30
Tardou e foi necessário que Marcelo Rebelo de Sousa fosse eleito Presidente da República para que Salgueiro Maia fosse condecorado (a título póstumo) com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.

Foram necessárias quatro décadas para finalmente se atribuir, ao então Capitão que primeiro fez sair para a rua as forças que restauraram a democracia, a distinção que ele sempre mereceu por ter “prestado serviços relevantes a Portugal, no País e no estrangeiro, assim como serviços na expansão da cultura portuguesa ou para conhecimento de Portugal, da sua História e dos seus valores”.

O Tenente Coronel Fernando José Salgueiro Maia já tinha sido anteriormente condecorado por dois Presidentes da República:

- em 1983.09.24 por Ramalho Eanes, com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade (que se destina a distinguir serviços relevantes prestados em defesa dos valores da Civilização, em prol da dignificação da Pessoa Humana e à causa da Liberdade); e

- em 1992.06.28 por Mário Soares, como Grande Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito (que se destina a galardoar méritos excepcionalmente distintos no exercício das funções dos cargos supremos dos órgãos de soberania ou no comando de tropas em campanha. Da mesma forma, premeia feitos excepcionais de heroísmo militar ou cívico e actos ou serviços excepcionais de abnegação e sacrifício pela Pátria e pela Humanidade).
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.039/2016]

terça-feira, 28 de junho de 2016

Do bom senso na habitação própria e permanente

Carlos MartinsA polémica do dia é, num dia em que mais nenhum País abandonou a coisa europeia, nem o Ronaldo jogou à bola, o caso do Secretário de Estado que se abicha (parece que já deixou de se abichar) com uns trocos por ter declarado que tem residência oficial na casa de férias algarvias.

Independentemente de não ser só esse pecúlio com que se possa estar, alegadamente, a abichar, porque isto da habitação própria e permanente coincidente com o domicílio fiscal implica também outros abichamentos (por exemplo no IMI - artº 112 nº 13), parece estar-se perante um caso típico de quem entende que o que ganha nas funções públicas que desempenha não chega sequer para pagar os charutos ou, no caso do outro pacóvio, de ter optado por uma reforma de que se queixava mal chegar para as muitas despesas que tinha.

E que tal alguns membros do Poder não contribuírem com estas acçõesinhas manhosas para a especulação e descredibilização do todo em que aceitaram participar?
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.038/2016]

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Obviamente, oiçam e percebam

In/OutE os "mercados" (desculpem), as sondagens, bem puxaram pelo In, enquanto a "democracia" (desculpem), os votos, decidiam pelo Out.

Os adoradores das democracias musculadas estão em pânico. Esses e os outros adoradores de protagonismo (e dinheiro) que se têm feito gente à custa de uma ideia que já não existe mas que os catapulta para a ribalta mundial.

Não percebem?

Perguntem aos Durões Barroso, aos Junkers, aos Draghis, aos Constâncios, aos tontos Dijsselbloems, etc.

Perguntem aos donos da Europa em que os europeus nunca votaram. Perguntem às Merkels, aos Schäubles, aos Hollandes, etc.

Perguntem-lhes, mas não se esqueçam também de perguntar aos povos europeus que andam aqui a reboque de toda essa cambada e deixem de chorar lágrimas de crocodilo.

A Europa poderá deixar de ser União Europeia mas nunca deixará de ser Europa, enquanto que os povos que compõem a União Europeia poderão perder, se a UE não voltar ao espírito que a criou, a sua identidade cultural e democrática açaimados pela burocracia de Bruxelas que não respeita nem o querer, nem o sentir, nem o doer que lhes tem sido infligido.

Há que mudar. É tempo de mudar.

Como escreveu Pessoa:
Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas
Que já têm a forma do nosso corpo
E esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares.

É o tempo da travessia
E se não ousarmos fazê-la
Teremos ficado, para sempre
À margem de nós mesmos.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.037/2016]

domingo, 12 de junho de 2016

A poção mágica

PÁF PUF

Vejo (leio) gente de direita, esquerda e assim-assim muito incomodada com os amores afectuosos do Presidente da Direita – que anda pela esquerda – e do Primeiro da Esquerda – que anda pela direita.

Vejo-os (leio-os) de carantonhas sérias apelando ao vómito que foi aquilo em que Cavaco transformou o cargo – chamam-lhe agora institucionalização – e apelando ao respeito (a dar-se ao…) como se Cavaco merecesse ou tivesse tido respeito do povo português.

Por aqui, pela praia em tempos de cuidado com os raios matreiros do Sol, vejo (e oiço) nos intervalos a paródia dos dois por terras gauleses e sinto-me quase tão divertido como quando lia a última edição de um Astérix acabado de publicar.

Tomaram a poção mágica e o povo gosta de os ver radiantes, julgando-se invencíveis.

Ainda bem, serve de alívio e, se para nada mais servir, serve também para garantir que mais vale umas larachas de gajos porreiros enquanto nos metem a mão no bolso do que lá sentirmos a mão de uns trombudos que nunca entenderão que o poder político é efémero.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.036/2016]

domingo, 5 de junho de 2016

No tempo em que as vacas voavam

Vaca tornadoAcabou o XXI Congresso Nacional do primeiro Partido que forjou formar um governo, em regime democrático, após ter perdido as eleições. E isto acentuado por não ter sido conseguido com uma derrota de Pirro.

Acabou com um discurso improvisado, estudado e decorado com tempo, por um mestre cuja mestria já vem dos tempos em que subia ao palanque como líder da juventude e conseguia agitar o Partido dos adultos, embora tenha de memória que nessa altura mastigava menos as palavras e falava numa língua portuguesa que melhor distinguia o género dos pronomes e os articulava correctamente com os substantivos.

António Costa fez, nesse improviso detalhadamente estruturado com preparo, aquilo que melhor sabe fazer:
- Política, pura e dura;
- articulação de respostas sem parecer que respondia; e
- argumentação linear não susceptível de segundas interpretações.

Claro que a comunicação social, desempenhando eficazmente o seu papel de defesa das minorias menores, fez de uma manifestação espontânea organizada ruidosamente com todo o cuidado mediático por umas dezenas de pessoas, o centro principal do que se passou na FIL de Lisboa durante três dias, mas isso é a arte em voga e serve para desvalorizar o facto das vacas terem ganho as asas que as fazem voar na sequência do balanço que transformou uma geringonça numa estrutura aerodinâmica.

E note-se que esta neo-fábula não é um acto de rendição ao pensamento admitido sem apupos, mas só a constatação de que está a haver um tempo em que a esperança sorri de novo a quem a viu vedada por determinismos que tudo subjugavam a lógicas de miserabilismo e abnegação.

Resta aguardar que as vacas voadoras usem fraldas para não atingirem quem continua a ter os pés assentes no chão.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.035/2016]

terça-feira, 31 de maio de 2016

E em cera se fará

Marcelo mede cabeça

Desengane-se quem possa pensar que a foto acima retrata o momento em que o nosso Presidente tirou as medidas para um chapéu que lhe permita entrar no novo filme português “A Canção de Lisboa”.

Desengane-se porque o que Marcelo prepara é a sua eternização, desta vez em cera no museu de Madrid, caso o calor que está a despontar não o venha a derreter reciclavelmente como os círios que se queimam em Fátima.

A foto é do Observador que ainda não tinha conseguido obter hoje uma qualquer outra forma de dar imagem ao mais mediático Presidente da República de sempre.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.034/2016]

terça-feira, 24 de maio de 2016

Cães na fila

Marcelo e Asa


Aqui há uns meses ofereceram um cachorro ao Presidente Marcelo e ficámos a saber que o bicho seria alimentado, tratado e ensinado pela GNR (ou coisa assim) dado que no Palácio de Belém não havia condições para instalar o animal.

Por sua vez, o dono híper ocupado, haveria de manter algum contacto com o cachorro. Feita a foto da praxe e os minutos habituais de televisão, nunca mais alguém ouviu falar o novo amigo do Presidente e ficámos a espera de saber se já lhe foram ministradas as vacinas, não venha o pastor alemão a ser mordido por algum rafeiro alentejano.

Moído pela catadupa de relevâncias em que Marcelo se tem envolvido ligeiramente irritado com o optimismo do nosso Primeiro Costa, o PR faz lembrar aquela malta que manda os velhotes para o lar e nunca mais lá põe os pés ou, neste caso concreto, aquela outra que prefere pagar uma creche particular onde deposita as crianças de Sol a Sol enquanto anda nas festas de caridade em busca de promoção pelas revistas do social. E aproveitando, se essas escolas privadas forem pagas com o nosso dinheiro ainda melhor, uma vez que é assim que o animal está a ser sustentado.

Agora que Marcelo vai avisando que lá para as autárquicas irá começar a pensar na sua campanha do segundo mandato, abrindo desde já espaço para que a direita ainda o mantenha em agenda, o Asa poderia ter de novo aparecimento na nossa comunicação social para que os votos do PAN não lhe fujam.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.033/2016]

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Na casca da ostra

A Ilha do FarolLido num repente porque trata de exteriores, tirando os sonhos "Don't let me down" - pause and reverse - e o Peniche kitsche, e porque trata do relato dos caprichos de uma cadela anónima amiga do Levezinho, cheguei ao post script que interessa.

“As pessoas deviam ser deixadas em paz” - e em sossego - acrescento, para que nunca se revele o íntimo afastado de terra por uma torrente maior.

Este objecto único com palavras e imagens a preto e branco que também se poderia chamar, além de Diário, A Ilha, a cadela e o que eu vejo, deixa-nos propositadamente na concha da ostra e na dificuldade de lhe encontrarmos o músculo sabiamente protegido em defesa da paz em que a Ana Cristina quer ser deixada.

Melhor e mais fácil. Deixa-nos a sonhar a nossa ilha com o farol, sem influências.

Gostei muito e só não o recomendo porque quem já o tem, tem sorte de o ter e quem o não tem, tivesse-o.

Nota final: Agradecido à Beatriz pelo mar azul com que forrou todo o resto, cosido a linha de rede. Fica na mesa entre a lareira e os sofás, à mão de quem neles se sentar.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.032/2016]

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Uma outra memória

Uma outra memória
Um livro que é uma longa declaração de amor. À escrita, aos amigos, a Portugal e à língua portuguesa.
(Este livro segue a grafia anterior ao novo acordo ortográfico)
De há muitos anos para cá, deixei para comprar um livro de Manuel Alegre na segunda edição.

Ainda bem que o fiz porque este já trás na capa o selo que o refere como “Prémio Vida Literária”, uma consagração de carreira que a SPA lhe entendeu atribuir e que o Presidente da República, neste último aniversário da Liberdade de Abril, fez questão de ser portador numa sessão plena de afectos - a que assisti a convite do laureado - como hoje soi dizer-se.

Sei ser suspeito e por isso não me atreverei a uma crítica, até por insignificante, mas não quero deixar de fazer o registo da boa leitura deste alinhavo de memória e de sentimento, na língua em que aprendi a pensar anteriormente à obrigatoriedade de se cogitar sem consoantes mudas, e de vos sugerir que leiam o mais traduzido de todos os escritores portugueses vivos o que, parecendo uma contradição ao autor que mais defende a língua de Camões como o elo fundamental da nossa grandeza, o faz uma referência de Portugal no Mundo.
Creio que o primeiro médico foi um poeta. E que a primeira receita deve ter sido um poema. Os povos primitivos não sabiam interpretar os fenómenos da natureza e tinham uma concepção mágica da vida.
É lê-lo, para saber o que mais teve para nos dizer.

Sempre agradecido a Alegre por me deixar compartilhar, com ele na sua amizade, o meu Portugal desde a inspiração do Canto e as Armas.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.031/2016]