[0.079/2007]
Implosões
Manuel Maria Carrilho escreve sobre a implosão e, sabendo-se aqui o jeito que ele tem para fazer implodir, nada estranha.
Carrilho é inteligente, é uma raposa, mas tem o problema de andar sempre às uvas verdes. Por isso MMC é gostável ou desgostável conforme o grau de maturação e as grainhas, coisa que é interessante, mas pouco mais.
Gosto de Carrilho, confesso. Já o disse anteriormente e reafirmo que teria sido certamente um bom Presidente da Câmara de Lisboa, pelo menos bem melhor que Carmona.
Mas Carrilho é daqueles que em eleições perde sempre. Talvez por ser incompreendido, ou fora de tempo, talvez por ser desarrumado, por misturar o mosto com o vinho, o que se sabe, deita toda a colheita a perder.
LNT
5 comentários:
1. Errado. Carrilho perde sempre porque quem vota é o povo não é Wittgenstein. E o povo está-se nas tintas para elucubrações racionalistas. O povo vota segundo percepções e aí topa-se à distância que o o homem é postiço. A política é um assunto das vísceras, meu caro, para a partir delas passar pelo cérebro e chegar ao bem-estar que, por sua vez, é também coisa das vísceras.
2. A Implosão começou pelo Tugir? Tenho pena, mas mesmo com trabalho em dobro, vou continuar a ler os dois.
Abraço
WR
Eu gosto do Carrilho, a sério.
Só que ninguém é perfeito e ele por ser um pouco "desarrumado", acaba por ser imcompreendido. E já não há volta a dar, é minha convicção.
Abraço
Carrilho poderia ter êxito no séc. XIX, mas atrasou-se...
Para não ser como o outro "nunca li e não gosto", é claro que li.
E tal como a Carminda e o Luís também gosto do Carrilho e tenho pena que ele não consiga gerar empatia. Mas será defeito dele ou "nosso"?
Parece-me que o defeito é dele e também é nosso.
Dele, porque não passa bem a mesagem.
Nosso, porque não a entendemos.
E viva La Palisse :)
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