quinta-feira, 24 de julho de 2008

Botão Barbearia[0.612/2008]
Política externa – Parceiros estratégicos
Sócrates Santos Kaddafi Chávez

A real politik pode justificar que um País com quase 900 anos tenha como parceiros estratégicos gente tão pouco aconselhável?

Três cavadelas, três minhocas.
LNT

10 comentários:

Anónimo disse...

Pode, quando a crise interna é o que se sabe e atendendo ao ponto em comum entre as três minhocas: petróleo.

WR

J. P. disse...

a questão não deve ser colocada a contrario?

Aqueduto Livre disse...

Caríssimo Luís,

Então o meu amigo quer, como o outro, sol na eira e chuva no nabal?!

Numa campanha que animou, proficiente, zurzia na GALP, clamava ao boicote e "exigia" o abaixamento dos combustíveis...JÁ!

Pois ele há um "pormaior": Portugal não tem, nem petróleo, nem gaz natural.

Como fazer?
Comprar aos produtiores.
A quem e como comprar?
Nos negócios, quais são os critérios? Parece-me (salvo quando impende sobre os vendedores sanções internacionais ou promovidas pelos nossos aliados...)que são os que estão associados à eficiência do próprio negócio (mais barato, em melhores condições, com contrapartidas, com segurança negocial e mais uma mão cheia de coisas...).

Então, porque exibe, o nosso amigo barbeiro, os 900 anos de Portugal e os confronta com os figurões que prantou no seu albúm de fortografias?

O meu amigo troca o José Eduardo dos Santos, o Kadafhi, o Chavez...por que outro lídere de outro país produtor de petróleo? Pelo do Irão? Pelo da Guiné Equatorial? Pelo da Arábia Saudita? Pelo do Casaquistão?

Qual o alto critério a utilizar nos negócios? O moral? Também. Mas neste caso, ou nestes casos, não me parece.

Não se trata de "realpolitik" (e mesmo que se tratasse...), mas sim de politica "tout court".

É obrigação de qualquer primeiro-ministro procurar assegurar a sobrevivência do seu povo e do seu país. E então se ele, como diz, tem 9000 anos...por mor força de razâo.

Abraço,

Zé Albergaria

PS - Já me esquecia ao que venho sempre: barba e cabelo...e algum humor ardente.

CPrice disse...

há tempos largos escrevi sobre isso .. sobre a minha legítima preocupação enquanto cidadã de Portugal. Sem o conhecimento que outros terão da situação e que os fez, na altura atropelar-me o texto, continuo preocupada. Mais agora que vejo juntar-se a um outros que tais e iguais.

aviador disse...

Que remédio!
Isso dos 900 anos é só para dramatizar, não é?
Isso é que é demagogia,Luis!
Temos 900 anos mas somos um país com poucos recursos, no meio de gigantes.
E se até os gigantes...
Temos muito por onde pegar no governo.
Não brinquemos com coisa sérias.
Esta barbearia ainda não é o Portugal dos Pequeninos.
Acho eu!

contradicoes disse...

Não concordo com o meu amigo Luís porquanto trata-se dum relacionamento estratégico que até pode muito bem não resultar. Mas a tentativa é boa para resolver os nossos problemas energéticos. Eles mandam-nos petróleo e nós em troca mandam-mos-lhes vinhos tintos de reserva, queijos da Serra de Estrela e tudo quanto de original produzimos no nosso País.

Anónimo disse...

Dos quatro da foto apenas o português alinhou em invasões e ocupações de países estrangeiros. Os 3 estrangeiros, não.

Luís Novaes Tito disse...

Poderia começar a resposta aos meus ilustres clientes que acham que é este o caminho que deve seguir o País com a evocação do artigo 7 da Constituição Portuguesa, mas como se sabe que a Constituição não trata da real politik fico-me por aqui. Pelos raciocínios de interesse apresentados talvez tivéssemos devido ter sido aliados de Hitler, parceiros de Saddam ou amigos de Pinochet. Todos eles nos teriam igualmente beneficiado mas não adianta ir por aí.

Prefiro centrar-me só em duas frases do meu estimado cliente José Albergaria e em referências menores de outros dois comentadores.

José Albergaria continua sem querer entender que a GALP é um monopólio que transitou do Estado para o privado. Não se trata de livre de concorrência mas da entrega ao privado de um monopólio integral deixando os lucros que deveriam reverter para o Estado e por ele serem controlados para defesa dos consumidores e da economia nacional na mão de privados sem qualquer cuidado social que não sejam os seus próprios interesses.

Sobre o assunto já fiz todas as argumentações que tinha a fazer e não adianta repetir-me pelo que sigo agora para a ligação à segunda frase. Se a questão se prende com as receitas de um monopólio privado que não se coíbe de explorar, a seu belo prazer, os consumidores afectando gravemente a economia nacional e potenciando, na gula do lucro privado, o descalabro da carestia e da miséria, então que os donos do monopólio negoceiem com quem entendam as matérias primas com que continuarão a produzir, em proveito próprio, os lucros que acumulam.

Confundir negócios estrangeiros e interesse nacional com os negócios privados e interesses privados de uma empresa (ainda por cima em regime de monopólio) pode ser estranho, mas se ainda por cima essa confusão acarretar para o Governo beijos e abraços a terroristas internacionais que mandaram, entre outras coisas, assassinar os passageiros do Pan Am Flight 103, ou o reconhecimento público através do discurso oficial onde se caracteriza como trabalho notável de um Governo a inexistência de eleições, um PIB per Capita de 6500 $US, um índice de desenvolvimento humano ao nível do Burkina Faso, uma expectativa de vida de 41,7 anos, etc., não me parece coisa recomendável.

Como o caro Aviador diz no seu comentário, esta barbearia não é o Portugal dos Pequenitos.

Quanto ao último comentador é preciso elucidar que não me lembro de Sócrates ter alinhado em qualquer invasão ou ocupação de países estrangeiros e não me parece sequer justo tentar pô-lo ao nível de um ditador ou de um terrorista.

jpt disse...

só para concordar com isso dos "900 anos". não têm muito a ver com o assunto - poderiam ser 9 ou 90.
quanto ao sumo ... diplomacia económica: a gente não vai aos JOs? o resto é conversa

Anónimo disse...

Pelo andar dos comentários anteriores aindo vou ouvir que as putas têm razão na sua vida.

O que está a dar é vender o cu por dez tostões.