Aqueles que já viveram mais tempo lembram-se deles, dos pulhas, que estabeleciam laços de proximidade para explorarem a linguagem descontraída e muitas vezes excessiva que é usada em privado, entre gente próxima e em processo comum. Esses que já viveram o tempo suficiente para terem conhecido os pulhas sabiam, na altura, que tinham de desconfiar de quem se aproximava e não dar largas ao discurso descontraído e despreocupado porque uma palavra excessiva ou uma imagem ou ideia mais acutilante, poderia vir a ser usada, muitas vezes com descontextualização e adulteração, para atirar com quem a proferisse para uma sala de 2x2 e para o interrogatório e sevícia dos esbirros da intolerância e da censura.
Esses, que já viveram esse tempo, às vezes esquecem-se que há sempre, mesmo em liberdade e em tempos de confiança, algum pulha que renasce do esgoto dos autos de fé, das fogueiras públicas, para fazer o jogo da pulhice, transformando meias-verdades em verdades absolutas e a reserva do privado no combustível para a pira.
Estranho é que continue a haver sempre, até entre gente reconhecida como de bem, quem se ofereça para fornecer ao pulha o lume para a fogueira. Esses, de uma coisa podem ter a certeza: Vai haver um dia em que, ao lhe passarem o indutor, vão dizer uma palavra mais descuidada que os fará arder em fogueira futura.
LNT
[0.199/2010]
Esses, que já viveram esse tempo, às vezes esquecem-se que há sempre, mesmo em liberdade e em tempos de confiança, algum pulha que renasce do esgoto dos autos de fé, das fogueiras públicas, para fazer o jogo da pulhice, transformando meias-verdades em verdades absolutas e a reserva do privado no combustível para a pira.
Estranho é que continue a haver sempre, até entre gente reconhecida como de bem, quem se ofereça para fornecer ao pulha o lume para a fogueira. Esses, de uma coisa podem ter a certeza: Vai haver um dia em que, ao lhe passarem o indutor, vão dizer uma palavra mais descuidada que os fará arder em fogueira futura.
LNT
[0.199/2010]
10 comentários:
Muito bom. Aplaudo de pé.
É-me impossível reconhecer como gente de bem, todos, mas todos (e enfatizo, porque alguns fazem-no pela calada) os que fornecem ao pulha o lume para a fogueira.
Só uma pergunta: os bois têm nome?Ou isto já vai como no tempo do velhinhO/saudoso RÉPUBLICA,em que se tinha de ler nas entrelinhas?Qual o problema? L.Nascimento
Faço minhas todas as palavras da Maloud. E repito o que já disse noutros comentários: neste momento acho que são iguaizinhos todos os que, de um modo ou de outro, activa ou passivamente, por acção ou omissão, lhe dão o mínimo de trela (passe a expressão que é para ser lida à letra).
Um grande abraço sr. Barbeiro.
:)))
Obviamente também faço meu o aplauso da Tereza.
:))
L. Nascimento
Os bois hão-de se reconhecer no cite.
Se quiserem continuar a marrar cá estaremos para a cernelha.
Que saudades do bom jornalismo do República em que as entrelinhas tinham mais letras do que as palavras.
A perfídia,a calúnia,a efabulação, a fraude e a bajulação em forma de professor universitário andam por aí a espargir veneno.
A dignidade e o sentido de ética desta resposta é o melhor antídoto.
Jogo de sombras
Não podendo governar sem os votos (estamos numa democracia ), não sendo seguro ainda que as sondagens sejam favoráveis, a manipulação continua. Chamam a isto combate político, vale tudo, mas na base do raciocínio está um enorme desprezo pelos que votam partindo sempre do principio que são manipuláveis á exaustão. Talvez não sejam
olha, Luís, mais vale assim sem nomes. não vá a publicidade deslumbrá-lo. abraço
Olá
Parabéns , muitos , pelas ideias que expões . Na verdade , o ser HUMANO é complexo e a pulhice anda por aí , os trostquistas /stalinistas , quando nascem não morrem , andam por aí a minar com vontade de escorraçarem qq um de nós se possível para a frigida Sibéria .
1 abraço
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