quinta-feira, 5 de maio de 2011

Vamos às compras

Carrinho de supermercadoDesde ontem que ando pelo FaceBook a tentar angariar sócios que queiram ir comigo às compras no mercado.

Fiquei a saber que uma das medidas do “acordo” é a venda breve do BPN sem estabelecimento de base mínima de licitação. Estou a pensar avançar com o valor de um Euro e dou boas condições a quem me quiser acompanhar nesta aventura, sendo que a primeira consiste em fazer uma emissão com direito de reserva a mim próprio que depois tratarei de despachar pelos amigos, ao preço de custo, com a promessa de mais tarde (pouco mais tarde) lhas voltar a adquirir por valor melhorzito (digamos assim).

Isto vai permitir capitalizar no início, uma espécie daquele truque de entrar para uma empresa com o capital que se retira imediatamente após a escritura, engenharia financeira, percebem?

Aceitam-se igualmente entradas com uns terrenos urbanizáveis junto à praia. Manterei assim a tradição do BPN embora esteja a pensar mudar-lhe imediatamente o nome para BRF – Banco Rega-bofe.

Respostas com propostas para o apartado deste estabelecimento. Sigilo garantido (pelo menos até ao momento em que evocarei o perigo sistémico e entregarei os prejuízos ao povo que adora nacionalizar bancos)
LNT
[0.156/2011]

Já fui feliz aqui [ DCCCXCIV ]

Matraquilhos
Matrecos - Lisboa - Portugal
LNT
[0.155/2011]

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Toma lá, que é para aprenderes

Teixeira dos SantosO meu relacionamento emocional com Sócrates é parecido com a cara que Teixeira dos Santos tinha ontem no anúncio das medidas que não vão ser tomadas. Qualquer coisa que tem a ver com a lealdade e com o bom senso. Qualquer coisa que tem a ver com a lucidez em contraponto com a esperteza. Qualquer coisa que não passa pelo bacoco, nem pelo sabujo.

Acredito que a consistência de Teixeira dos Santos não tenha permitido a Sócrates, no fim da alocução, mandar-lhe o mesmo "porreiro, pá!" que em tempos levou às lágrimas outros mais gelatinosos.

Teixeira dos Santos é um dos nossos melhores Ministros das Finanças de sempre. Tem funcionado para Sócrates como Sousa Franco funcionou para Guterres. É um travão ao disparate, é matemático nas contas e realista no cálculo. O recurso ao FMI comprova-o por ter conseguido ir buscar o financiamento que precisávamos pagando menos por ele do que se tivesse ficado sujeito à oferta dos intocáveis (segundo Cavaco) "mercados".

Teixeira dos Santos ficou fora das listas de deputados. Possivelmente foi uma coisa boa que lhe aconteceu. Pode ser que agora se possa dedicar mais ao ensino e menos à politiquice. Tem muito para ensinar. Os seus alunos irão ser amanhã um valor acrescido a esta Nação que tanto precisa de gente de carne e osso como ele.
LNT
[0.154/2011]

Já fui feliz aqui [ DCCCXCIII ]

Golfo do México
Delta do Mississipi - Luisiana - EUA
LNT
[0.153/2011]

terça-feira, 3 de maio de 2011

Pensões de Subserviência

Bacanal TizianoA menos de uma hora de sabermos o que nos espera deixo-vos uma questão que já tinha desenvolvido á hora do almoço mas que primeiro esqueci de publicar e depois, quando me lembrei, já cá não estava.

Nada de muito importante em tempos de comemorações da cinderela de Londres, da execução do barbudo e agora, recente, da possibilidade da charmosa de França estar prenha do seu presidente.

Qualquer coisa relacionada com uma das medidas que se diz fazer parte do pacote da troika e que tem a ver com uma machadada nas reformas de quem já está à rasca e o escândalo que representam as reformas milionárias dos Catrogas, Cavacos e Constâncios deste Mundo. Para que o vómito não aconteça irei abster-me de comentar as reformas de quem consegue obtê-las com meia dúzia de anos de descontos feitos de lustro nos cadeirões do poder, não por medo que me chamem demagogo e populista, que é o que esses Pensionistas de Subserviência costumam chamar a quem desconta uma vida inteira para lhas pagar, mas porque não tenho à mão nenhum "compensan".

Quando hoje se soube que Catroga, na sua fúria das cartas, escreveu agora à Caixa Geral de Aposentações para acertar a sua Pensão de Subserviência no módico valor de 9.600 Euros, resultante de descontos que nunca a poderão pagar, fica-se nervoso, revoltado, enfurecido, por ele ainda estar solto (e não preso tal como sugeriu que devia acontecer aos membros do Governo). Saber que é este homem que está a negociar o que se vai aplicar aos seus concidadãos que têm pensões de 600 Euros é um apelo à insubordinação.

É quase tão mau como se saber que o actual Presidente da República, obrigado a optar entre as suas Reformas de Subserviência e o vencimento do cargo que exerce, optou pelas reformas uma vez que são mais valiosas que o seu vencimento ou de que Constâncio, lá nas Europas, estará provavelmente a receber as suas reformas douradas em cúmulo com o vencimento, sendo ele um dos mandantes do aperto do cinto.

Cansa, farta, enoja. Um dia destes, convençam-se, isto vai acabar realmente mal.
LNT
[0.152/2011]

Já fui feliz aqui [ DCCCXCII ]

Novaes
Balugães - Minho - Portugal
LNT
[0.151/2011]

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Florins e espadachins

EsgrimaA dois dias da sentença de morte ser conhecida é altura para lembrar a estalada que Dom Afonso deu na mãezinha. Sei que é maldade, ainda por cima no dia seguinte àquele em que tantos filhos foram aos lares celebrar as suas Mães, puxar destas conversas antigas de quase novecentos anos.

Mas a vida é dura e os tecno-buro-neo-sei-lá-mais-o-quê técnicos estrangeiros da finança, que têm o cheque pronto para abichanarem o nosso naco de soberania perdida devido à incapacidade de gerir a coisa pública, já nos ditaram a sentença com a mesma limpeza com que os gringos mandaram Saddam para a forca, limparam o sebo a Bin e trataram da descendência de Muammar Abu.

Claro que isto não é desespero porque afinal não se passa nada. Enquanto a lâmina se prepara para nos acertar na nuca, o que interessa é o manejo dos florins e a concretização das estucadas dos players que disputam a cadeira do poder para darem execução às penas sentenciadas.

Não é um mundo de filhos-da-puta mas para lá caminha, com a salvaguarda evidente da honra e do bom-nome das mães de tais filhos.
LNT
[0.150/2011]

Mataram o Bin, pá!

Bin LadenRadical no princípio absoluto de ser contra a pena de morte, reconheço não sentir pena nem piedade.

Tento arranjar justificação para a minha incoerência pretendendo manter intacto o repúdio contra a pena de morte:


1.- Sem saber pormenores, quero pensar que foi morto em legítima defesa;

2.– Sabendo que não foi morto em acto de guerra porque os aliados não estão em guerra com o Paquistão, quero imaginar que alguém do comando de ataque terá dado cumprimento ao célebre Miranda Warning - You have the right to remain silent. Anything you say can and will be used against you in a court of law. You have the right to speak to an attorney, and to have an attorney present during any questioning. If you cannot afford a lawyer, one will be provided for you at government expense;

3.– Sabendo que a morte do terrorista não foi o fim do terrorismo e que só representa um ajuste de contas à maneira do velho western "Wanted, dead or alive" espero que paguem a recompensa ao caçador de cabeças;

4.– Sabendo tudo isto, sem nada saber de concreto, fico na expectativa de explicações que me sosseguem a coerência.

Entretanto, oxalá nenhum tubarão mastigue tão miserável cadáver.
LNT
Também a ler: Paulo Pinto
[0.149/2011]

domingo, 1 de maio de 2011