terça-feira, 10 de abril de 2012

Miserere nobis

candeeiroO Ministro das Finanças, como aqui foi dito na altura, deixou bem claro que cortar os 13º e 14º mês não era a medida estrutural. Na altura, o aperto do jornalista levou-o a quantificar a medida e essa significava 100.000 trabalhadores.
A justificação também foi dada: - A falta de dinheiro para indemnizações fazia com que se adiasse aquilo que se pretende inevitável.
O plano estava traçado, faltando só arrumar o ponto que ficava em suspenso. As indemnizações não se poderiam misturar com as aposentações.
É disso que se está agora a tratar.

Para despachar 100.000 trabalhadores é necessário cortar-lhes, durante dois anos (agora três ou mais), 2/14 dos vencimentos anuais. Com esse dinheiro indemnizam-se os despedimentos.

Fazendo as contas de forma simpática e dando vantagem às rescisões voluntárias, para melhor exemplificar, basta supor que falamos de um mês de ordenado por cada ano de trabalho, 35 anos de contribuições e 60 anos de idade, logo, 35 meses de indemnização.

Havendo a possibilidade da aposentação antecipada, bastava gerir a indemnização com cuidado para que o valor recebido compensasse a penalização da aposentação. Agora, sem a possibilidade de se aposentar antecipadamente e faltando cinco anos para o fazer, sem perspectivas de trabalho (o trabalhador tem 60 anos) e sem subsídio de desemprego, ficam a sobrar dois anos de miséria (5 anos -35 meses) a que se seguirão muitos outros de aposentação penalizada.

Lá vamos, cantando e rindo, já não para o empobrecimento mas sim para a miséria. Tenham piedade de nós.
LNT
[0.198/2012]

Já fui feliz aqui [ MXCIX ]

Cerveira

Vila Nova de Cerveira - Minho - Portugal
LNT
[0.197/2012]

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Bom de bola

Águia


Neste meu último dia de férias pascais não apetece ainda falar de política.

Ali, na rua, passa a claque do Benfica a caminho de Alvalade. Gente que reclama para si o título e que se vai debater com quem reclama do 4º lugar.

Fica esta informação útil para quem quer ver a coisa na Net.

Sem qualquer responsabilidade, claro, e por vossa conta e risco.
Limito-me a informar de uma coisa que conheço.

Bom jogo. Viva o Benfas!
LNT
[0.196/2012]

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Esticar até quebrar

passos CoelhoNesta sexta-feira da paixão não deveria estar a publicar texto mas é impossível fingir que gosto da flagelação.

Um Governo que faz passar disfarçadamente mais uma medida de austeridade (mais um ano de corte de 2/14 do vencimento e a pista de que nos anos seguintes o corte se manterá através de fórmula “progressiva”) ao arrepio de tudo aquilo que havia anunciado oficialmente (lembram-se certamente que foi convocada uma conferência de imprensa para anunciar que iria haver um corte de 2/14 só por dois anos) está a chamar estúpidos a todos os seus governados, em risota trocista e cretina, quando diz que se tratou de um lapso.

É verdade que, para provocar aqueles a quem chama lentos, anunciou ir falar devagar para que eles entendessem o que lhes estava a chamar, é verdade que demonstrou, muito devagar, que estava a lidar um bando de carneiros incapazes de lhes fazer frente, é verdade que conta com a moleza de quem deveria ser enérgico na oposição e com a complacência de um Presidente da República totalmente alheado das provocações feitas ao povo governado, entre risos e gargalhadas na Assembleia da República, mas é redondamente falso tratar-se de um lapso.

Nesta sexta-feira da paixão fica a penitência dos penitentes. Sabemos que eles esperam que dêmos a outra face. Pode ser que se enganem.
LNT
[0.195/2012]

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Compulsivos

Governo


Aldrabões, mentirosos.

Uma vez mais: mentirosos, aldrabões, além da Troika, custe o que custar.

Subsídios de férias e de Natal só vão ser repostos a partir de 2015 e de forma gradual
LNT
[0.196/2012]

Em estágio

Águia

LNT
[0.195/2012]

Pontes tolerantes

Ponte
Mesmo sem tolerância de ponto estou de ponte. Pelo menos consegui dormir de manhã quando resolvi ouvir o Ministro Gaspar falar naquela língua-de-trapos que os economistas gostam de falar para fingir que estão a dizer coisas acertadas.

É verdade que deito fora dois dias de férias mas eles também não me iam fazer falta este ano e assim aproveito para mais uma desobediência civil.
Fica o serviço mínimo.

Viva o Benfica e os votos de boa Páscoa, caso não volte aqui antes das aleluias.
LNT
[0.194/2012]

Já fui feliz aqui [ MXCVIII ]

Conceição

Conceição - Tavira - Portugal
LNT
[0.193/2012]

terça-feira, 3 de abril de 2012

Surdinas [ XLII ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)

A definição de besta só pode ser a de um burocrata europeu dizer que o caminho mais eficaz para desenvolvimento é aquele que mata os trabalhadores e os empresários, para logo a seguir dizer que não entende porque é que eles morrem de morte matada.

A definição de nojo é o Governo de um País independente sorrir para um gajo destes sem ser capaz de lhe dizer que um País independente não é um baldio de um Continente.

Não lhes poderemos cortar (à besta e ao Governo que lhe sorri) o subsídio de férias e de Natal para o resto da vida?
LNT
[0.192/2012]

O Tino de Sousa

MagritteTenho para mim que Marcelo vai tropeçar nesta sua corrida para Belém quando (e se) Leonor lhe saltar ao caminho. O namoro que resolveu fazer a António, tentando conquistar simpatias entre os que gostariam de ver António como líder do PS mesmo sabendo que ele fugiu à responsabilidade de suceder a José como o Diabo foge da Cruz (perdoem-me a blasfémia em Semana Santa), poderá ser mais um mergulho no Tejo, desta feita mais perigoso porque o Professor começa a dar sinais de flacidez. O tempo não perdoa e se Leonor se fizer à fonte não haverá milagre das rosas que salve o sacristão de Domingo.

José Manuel já tinha sentido as orelhas a arder quando o conselheiro de Aníbal lhe fez lembrar, na anterior homilia, tratar-se de um mero anfitrião de chapéu na mão. Através do ataque mesquinho e intriguista, tal como tem sido constante na sua vida política desde que Paulo deixou os jornais para se dedicar à política dos dentes branqueados, o mais que conhecido Cascalense quis, com esta golpaça, sentar António no Largo do Rato para que ele não lhe fizesse sombra na correria à Afonso de Albuquerque uma vez que o Secretário-Geral de um Partido nunca conseguirá pular directamente desse galho para o poleiro do Pátio dos Bichos.

Marcelo, Professor de primeiro nome, está cada vez mais igual a si próprio. Nem os seus esgares fazem esquecer que sempre que foi a votos trouxe de lá um saco cheio de nada.

Marcelo Nuno sabe que daqui a catorze anos terá 78 primaveras. É-lhe fatal. Faz-lhe perder o tino.
LNT
[0.191/2012]

O mundo pula e avança

CanguruHá quem confunda e se confunda com a frase do título deste Post, como por exemplo os anónimos do costume quando os assuntos do costume aqui são levantados. Então se esses assuntos os apanham e lhes tolhem os seus interesses fazem chover comentários não assinados onde atribuem a ira e a saudade a quem nunca deixa de dar a cara pelos seus valores. Não faz mal, é mesmo assim. Haverá sempre os que lutam e os que se escondem debaixo da cama para de lá fingirem que estão a lutar. É o não me agarrem, senão eles batem-me.

Hoje apeteceu-me responder a esse tipo de gatos escondidos para lhes dizer que poucas lições têm para dar sobre o combate ao "imobilismo garantístico", seja lá a calinada que isso for.

Respondo simples porque estamos a falar de simplicidade, com a certeza de que há quem muito salte sem nunca avançar até porque o intuito é só saltar para se fazer ver, que a febre tola dos novos protagonistas é tão vazia como são os pulos que dão. Se há coisa que por aí não falta são velhos com vinte anos de idade cuja única ambição é ocuparem o sítio de onde pularam os seus progenitores, pouco preocupados se os seus pulos significam o avanço do interesse comum.

Para se avançar nunca é necessário pular. Basta que um pé se desloque para a frente do outro. Para se avançar no caminho correcto será sempre necessário fazê-lo ancorado em valores. Não me demovem.
LNT
[0.190/2012]

Já fui feliz aqui [ MXCVII ]

a Secção

a Secção - Lisboa - Portugal
LNT
[0.189/2012]

segunda-feira, 2 de abril de 2012

A golpada de Marcelo

CorrenteAquilo a que Marcelo ontem chamou de golpada no PS é uma aflição que consegue pôr quase todos os poderes instituídos em sobressalto. A grande golpada de Seguro, como disse Marcelo, é atribuir o poder de escolha dos representantes do PS – Assembleia da República e órgãos autárquicos – aos militantes do Partido Socialista.

Seguro vai assim cumprindo o seu caminho sem fraquejar. Comprometeu-se a rever os estatutos do mais democrático de todos os Partidos portugueses, tornando-o ainda mais democrático e transparente, e isso fez-se nos prazos estabelecidos na moção aprovada no último Congresso Nacional. Como retirou a arbitrariedade às cúpulas partidárias e atribuiu a faculdade de concurso e selecção dos candidatos do Partido Político por método eleitoral (universal e secreto) vai por aí um “aqui d’el rei” que só visto e aqueles que hoje ocupam esses lugares sem nunca se terem sujeitado ao sufrágio dos seus pares, muitos deles nem sequer estão no PS há meia dúzia de anos e outros nunca se fizeram votar nas Secções, sentem-se incomodados.

A lição é para toda a cadeia política, seja ela a que se baseia na perpetuação das lideranças, seja a dos comités centrais, ou seja a dos baronatos. O PS dá, uma vez mais, o mote da democracia.

Obrigado António José.
LNT
[0.188/2012]

Já fui feliz aqui [ MXCVI ]

Manuela JardiCasulo

Manuela Jardim - Lisboa - Portugal
LNT
[0.187/2012]