quinta-feira, 31 de maio de 2012

Surdinas [ XLVIII ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)

Miguel Relvas telefonou a Passos Coelho a avisar que, se ele o demitisse, o Governo deixaria de comparecer no Conselho de Ministros e que iriam ser divulgadas umas coisitas interessantes, na Net, sobre as intimidades do PM.
LNT
[0.286/2012]

Azedas

AzedasConsta que andam por aí um senhores a auditar as contas para decidirem se nos vão mandar mais um lote da maçaroca que Christine Madeleine tem imensa pena de não enviar para os miúdos do Níger (ela adora pobrezinhos africanos) e que, entre outras coisas, há-de servir para pagar o calote do pote BPN onde chafurdou meio-mundo para assegurar os seus complementos de reformas.

No entanto, desta vez, ninguém sabe deles ao contrário do que aconteceu anteriormente quando as estagiárias das notícias não os largavam. Nada de grave porque, quando se forem, hão-de deixar novas sobre aquilo que falta espremer ficando o Governo com as costas quentes para sacar mais e mais para além do acordado.

As estagiárias que tratem da vidinha e não se preocupem com as ninharias da Troika. Desta vez a coisa tocou na sua futura classe e nos seus patrões e por isso há que cumprir ordens para não acabarem a atender telefones num HelpDesk.

A bem da Nação continuaremos a percorrer a picada da arriba fóssil que se esboroa.

Não se falando desta erva daninha, fala-se de beldroegas e calracho para perfumar e alimentar a bovinidade e afirma-se a total confiança e seriedade do coiso, fingindo que é tudo natural, e omitindo que para ter atingido tal profundidade de raízes foi necessário adobá-lo (ao calracho) com químicos tóxicos.

São os brandos costumes. Afinal somos gente de casta (de raça) com novecentos anos de História e tradições fortes e já o pensionista da boa moeda (e do bom juro) tinha mantido a confiança no aroma de loureiro.

Cada vez me convenço mais de que tem razão quem acha que isto está tudo ligado.
LNT
[0.285/2012]

Já fui feliz aqui [ MCXXIX ]

Muxama
Muxama de Atum - Algarve - Portugal
LNT
[0.284/2012]

quarta-feira, 30 de maio de 2012

O Mundo às avessas

Doces algarviosEnquanto Frau Angela Dorothea anda a descobrir que vive na Alemanha e não na Rússia do malogrado Николай Александрович, ou na União Soviética do camarada Jossip Vissarianovitch Dhugashvili, por cá não há forma dos presumíveis inocentes se declarem culpados.

Do BPN é o que se sabe. A caça às bruxas anda de vento em popa atrás do Victor, do José e do Fernando, deixando empulseirado o homem que deu de comer a muito boa gente e nos fez herdar um buraco do tamanho do do ozono.

Das Secretas e dos conhecimentos adquiridos através delas, assuntos de estado, como se sabe, uma vez que tratam da vida privada de jornalistas, do Dr. Francisco e demais condóminos da Quinta da Marinha, resta-nos arvorar em órgãos do poder judicial e fazer de conta que tudo é uma cabala até ao dia em que alguém a monte e lhe meta as esporas das comadres zangadas.

Falta-me inspiração para continuar. Estes rodriguinhos (ou os fun-funs e gaitinhas, como costuma dizer uma pessoa que eu cá sei) que nos espremem, os hiperactivos e os molengões de câmara lenta, retiram a inspiração a um santo depois de já lhe terem sugado o sustento.

Ao menos podiam proporcionar-nos tempo estável e parar com as rezas a São Pedro, até porque o Verão está aí e por este andar ainda vamos passar o Natal à praia.
LNT
[0.283/2012]

Já fui feliz aqui [ MCXXVIII ]

Sardinhas
Sardinhas assadas - Lisboa - Portugal
LNT
[0.282/2012]

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Surdinas [ XLVII ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)

Enquanto que na vida real os chefes dos bandos são sempre olhados como os responsáveis e aqueles que importa apanhar, na política portuguesa os cabecilhas são sempre bons rapazes que têm o azar de andar em más companhias.
LNT
[0.281/2012]

Teorias da conspiração

Banco RelvasMais uma vez na nossa História recente fala-se de teoria da conspiração. É sempre assim quando os conspiradores são apanhados nas suas próprias conspirações e, porque são conspiradores estúpidos, quando insistem em mentir tentando fazer de estúpidos todos os outros. São todos presumivelmente inocentes, menos os electricistas de serviço que estão para a presunção de inocência como a classe média está para a crise.

Quem puxa a ponta do cordel numa estorieta destas recebe de troco fugas de informação e de contra-informação que fazem o turbilhão girar rápido na esperança de que aquilo que é para subir à tona se afunde centrando os olhares na espuma que o próprio remoinho produz.

O caso do hiperactivo Relvas é uma excitação sem fim. Um policial que mete espiões à portuguesa, resquícios dos conselheiros Acácios que sobraram depois de extinguir a PIDE mantendo-lhes os tiques e a escola do pior que ela tinha para que o medo continue a ser o cão-pastor do rebanho.

É sempre assim em Portugal. É mais do mesmo, mais do "o chefe até é muito bom rapaz. Que pena andar com más companhias" ou mais da necessidade de se ter de renascer duas ou mais vezes para se ser sério, confundido legalidade, ainda que imoral e sem ética, com seriedade.

Se Relvas tombar, porque esta gente só tomba, nunca cai, há-de continuar a fazer o que sempre fez porque um cargo ministerial não lhe dá mais poder do que aquele que sempre teve. Para a chantagem e manipulação só é necessário ser-se bem informado e mal formado.
LNT
[0.280/2012]

Já fui feliz aqui [ MCXXVII ]

Manjerico
Manjerico - Lisboa - Portugal
LNT
[0.279/2012]

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Potenciais canibais

VampirosTodos os dias ouvimos os gordos dizerem que temos de emagrecer. A escola é a mesma que instituiu o burro do inglês que, depois de emagrecer o animal, acabou a bulir por o asno se ter finado.

Todos os dias os gordos sentam à mesa do saque mais uns quantos obesos para que a corte não se extinga. Todos os dias os gordos anunciam mais um corte na febra dos poucos que ainda a têm, por terem actividade, e adicionam-na ao buffet onde se lambuzam e transformam músculo em banha e excremento.

Os gordos e os falsos magros são insaciáveis.

Primeiro alimentaram-se com os laboriosos vampiros que, por não serem tão broncos como eles, nunca sugavam o sangue até ao extermínio das suas vítimas.

Agora, com os vampiros quase extintos (ou assimilados) pela gula dos golosos, comem a febra e os ossos dos que, em tempos, geravam o sangue.

No final só lhes restará o canibalismo.
LNT
[0.278/2012]