domingo, 7 de abril de 2013

al.i do art.º 133 da CRP (Pieguices)

Será que Passos Coelho vai invocar a al. i) do art.º 133 da Constituição da República Portuguesa? (1)

É que se não o fizer, dado que o Governo já nem de si próprio consegue apoio, deixa sem valor o comunicado de ontem do PR, nomeadamente quando diz que:
O Presidente da República reitera o entendimento de que o Governo dispõe de condições para cumprir o mandato democrático em que foi investido e manifestou o seu empenho em que sejam honrados os compromissos internacionais assumidos e em que sejam alcançados e preservados os consensos necessários à salvaguarda do superior interesse nacional.
(1)  i) Presidir ao Conselho de Ministros, quando o Primeiro-Ministro lho solicitar;
LNT
[0.037/2013]

18:30

Pastel de BelémVivemos um momento de horas marcadas.

Há dois dias o País ficou suspenso para as 20:05. Ontem suspendeu-se para anúncios a meio da tarde e para o início da noite. Hoje suspende-se para as 18:30.

Todos os prazos foram ultrapassados. Todos os horários foram, à boa maneira portuguesa, furados. O País aguardou e continua a aguardar por decisões e soluções. Tirando as que vieram anteontem, que continham decisões mas às quais não competia trazer soluções, reina o vazio, o boato, o recado, os bicos-de-pé e falsas modéstias que se alinham em interesses pessoais e nas habituais jogadas de desresponsabilização com o intuito de proporcionarem novos alinhamentos em futuro próximo.

No meio de tudo isto salva-se Seguro que de forma frontal se disponibiliza para apresentar as soluções em programa eleitoral e através dele para enfrentar o sufrágio que validará as medidas de combate às dificuldades deixadas pela falência das políticas de empobrecimento, além da tróica, resultantes da ala ultraliberal do PSD e apadrinhadas pelo Presidente de todas as Coelhas.

Esperemos pelas 18:30. Esperemos sem stress porque sabemos que o que aí vem é mais irresponsabilidade, impreparação, incompetência, submissão, meias-palavras e ameaças veladas para nos condicionarem.
LNT
[0.036/2013]

sexta-feira, 5 de abril de 2013

20:05

Será cinco minutos depois da hora certa. Nem mais, nem menos.
Não se sujeitaram a pressões. Espera-se que apareçam trajados senão a peça não resultará com todo o esplendor da arte.
LNT
[0.034/2013]

Das forças anímicas

Magritte
Se ainda sei alguma coisa de língua portuguesa – o acordo ortográfico deixa-me sempre neste "se” – a palavra "anímica" refere-se à alma, à psico.

Assim como é difícil invocar a ética de quem a não tem, embora se deva ter em conta que a ética não é confinada a conceitos comuns uma vez que pode ser específica de grupos, bandos e até de quadrilhas, é no mínimo estranho que se invoque a força anímica para justificar estados de alma quando dela (da alma) se faz gato-sapato.

A força anímica é do domínio da alma, da psico, da moral.

Não se deveria confundir com o mau estado do espírito, nem com o espírito em mau estado.
LNT
[0.033/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCXXXIX ]

Offshore
Offshores - ICIJ - USA
LNT
[0.032/2013]

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Let's go

Águia
LNT
[0.031/2013]

Enquanto Relvas vai e vem, ao Coelho folgam-lhe as costas

MarsupilamiConsta que o gajo foi estudar. Perde o País, perde o Contrainformação, perdemos nós que deixámos de ter um bo(m)bo onde malhar e perdem os que até aqui viviam descansados porque sabiam por onde ele andava.

Passos Coelho deve estar nervoso. Quando todos os que andam à sua volta deixarem de andar vai-se perceber que afinal, ao contrário do habitual "ele até nem é mau rapaz, a questão são as más companhias", o problema é ele próprio.

Vítor Gaspar deve estar já a desenhar o próximo gráfico em PowerPoint onde explica que a demissão de Relvas não representa perigo sistémico. O nome, a aparecer diluído numa lista forte de gente, garantirá uma espiral de diversão cujos danos colaterais abafarão as má-feitorias que se estão a preparar.

Já fiz a minha parte. Falei de Relvas numa altura em que todos hão-de falar.
Cumpre-se o ditado popular: "Enquanto Relvas vai e vem, ao Coelho folgam-lhe as costas".
LNT
[0.030/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCXXXVIII ]

Açores
O sorriso das vacas - Açores - Portugal
LNT
[0.029/2013]

quarta-feira, 3 de abril de 2013

O direito a continuar a falhar

Sumo de laranjaAquele rapaz do PSD que aparece nas televisões como o sábio do teorema do disparate veio ontem a público exigir que o Partido Socialista apresente alternativas para que possa levar avante a Moção de Censura entrada na Assembleia da República.

Como é minha reconhecida falha, sou mau para recordar nomes, principalmente nomes de sábios demonstradores de tal teorema e pedi ajuda no FaceBook para que me recordassem a “graça” de tão ilustre orador, ao que a Palmira e a Maloud acederam de imediato informando tratar-se de Moreira da Silva.

Assim sendo, posso dirigir-me a Moreira da Silva recordando-lhe que ele e os seus seguidores e seguidistas apresentaram uma pseudo-moção-de-censura na Assembleia da República, há mais ou menos dois anos, baseada em alternativas do tipo “já basta de impostos e de PEC’s, a Troika ao poder, já!” ou, em versão mais soft, “há limites para os sacrifícios”, coisas de fazer parar o trânsito pela assertividade que tinham e que resultaram no maior saque alguma vez realizado ao povo português através da aplicação de um programa que nunca foi sufragado e que afinal tinha por agenda escondida “ir além da Troika”, “empobrecer a canalha” e “custe o que custar, havemos de lá chegar”.

As alternativas que o mestre de Moreira da Silva apresentou para avançar para eleições e assim chegar ao pote foram as meias verdades de que o PSD nunca cortaria o subsídio de Natal (porque na realidade haveria de cortar o de Natal e o de Férias) e foram as restantes inverdades de que bastaria arredar Sócrates para que os juros diminuíssem, o desemprego parasse e os impostos e os restantes sacrifícios não aumentassem.

As alternativas exigidas por Moreira da Silva são mais do mesmo em relação à arrogância perante os direitos constitucionais e mais uma pressão, desta feita ao próprio povo português, para que cesse a censura a este Governo falhado que insiste em querer falhar mais por dois anos.
LNT
[0.028/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCXXXVII ]

Simplex
Praia da Terra Estreita - Algarve - Portugal
LNT
[0.027/2013]

terça-feira, 2 de abril de 2013

Coisas de cabeça

CaveiraVoltei à actividade normal. Passaram quase dois meses desde que me puseram a dormir com a cabeça aparafusada a uma mesa de operações para entrarem pelas cervicais de forma semelhante ao que se faz no talho com o corte à milanesa.

Foram precisos muitos anos para que alguém me dobrasse a "espinha", embora não tenha sido da forma a que estamos habituados a ver, mas lá o conseguiram fazer. (também não foi bem dobrar, mas sim cortar e colar)

Só que isto de ser urso velho faz também ser-se osso duro de roer. Já cá ando de novo com o crânio no ar, quase pronto para o que der e vier e para torrar a cabeça a muitos daqueles que andam com ela de banda por terem outras má-formações na coluna.
LNT
[0.026/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCXXXVI ]

Simplex
Simplex - Portugal
LNT
[0.025/2013]

sexta-feira, 29 de março de 2013

Kim filho

Coreia Norte
Kim filho passou-se de vez e anda a brincar aos soldadinhos de chumbo.

Vem aí a solução para a crise e desta feita já nem sequer existem "rails" das linhas de ferro da Madeira para serem fundidos nos carros blindados que se vão perfilando.

O Mundo não aprende e haverá sempre um palhaço para animar a malta.
LNT
[0.024/2013]

Torquato da Luz

Torquato da LuzAfastado desta traquitana só hoje soube que Torquato da Luz morreu no passado dia 24.

O apontamento está no Ofício Diário e foi deixado pela sua filha Maria João, que não conheço, mas a quem deixo um grande abraço. É certamente um imenso orgulho ter tido por Pai uma pessoa de sensibilidade tão especial.

Torquato tinha o hábito de me convidar para todas as apresentações dos livros de poesia que escrevia e eu o hábito de nunca ir, como quase sempre faço nessas circunstâncias. Uns dias depois recebia o livro cá em casa, uma amabilidade do autor que sabia que cada palavra e estância seriam de imediato lidas e apreciadas.

No seu Blog a palavra ressaía na companhia das imagens do autor, a sensibilidade à flor da pele e o bom gosto estampado no ecrã, um caminho gratuito que cedia para nossa satisfação.

Vou ter saudades de notícias novas. Espero que o Blog permaneça para todas as revisitações.
Pode ser que, na hora da partida
Para onde eu não sei e tu tão-pouco,
O navio se limite a um silvo rouco
E nenhum lenço acene em despedida.

Pode ser que a memória dividida
Entre o cais de partir e o de chegar
Permita a invenção de algum lugar
Onde nos seja dada uma outra vida.

Pode ser, pode ser, mas ninguém sabe
O que se esconde para além do muro
Que nos impede a vista do futuro.

E, sendo assim as coisas, só nos cabe
Abraçar a sublime rendição
De apenas escutar o coração.
Torquato da Luz, Rendição “Por amor e outros poemas”, Papiro Editora, 2008
LNT
[0.023/2013]