segunda-feira, 6 de maio de 2013

O polícia bom e o polícia mau

Alô-alôO funcionário Paulo Portas que nunca funcionou publicamente embora seja um servidor do Estado desde sempre (ou melhor, um servido do Estado) aparece como o polícia bom neste regime policial-chupista a que estamos entregues.

Passos Coelho anuncia o pior e concede 48 horas ao seu parceiro para anunciar o menos mau, para que se diga que podia ser pior. Parece confuso, mas não é. É a tática do polícia bom e do polícia mau. Ambos concorrem para subjugar os alegados suspeitos só que um bate e o outro finge ficar incomodado com a violência.

Ambos estão convencidos que o mal reside nas pessoas e, em vez de agirem sobre as instituições, reformando-as, agem sobre os cidadãos deixando por fazer o difícil corte nos desperdícios inúteis que sustentam os seus interesses.

Portas foi claro. As medidas foram anunciadas em exagero para que pudessem ser negociadas. Por isso Coelho quis 67 anos para a aposentação e Portas ficou-se pelos 66. Por isso Coelho falou em mais imposto sobre as reformas e Portas disse que já bastava o que aí está, quando todos sabemos que o suficiente de Portas é já manifestamente exagerado. Ficamos com a sensação, e é essa a estratégia, de que aquilo que vai ser podia ser pior.

É a política feita mentira e cinismo.

Entretanto sobre as outras reformas, nada. Nem na Administração Pública, nem na Justiça, nem na Administração Local, nem nas empresas públicas, nem no fisco, nem em coisa alguma.

Cortam-se vencimentos, cortam-se rendimentos de quem já não tem mais para dar, mantém-se os lugares e as mordomias das clientelas, cria-se uma casta de intocáveis que vivem à margem dos sacrifícios.

Também mais não seria de esperar num País onde os negócios mais ricos são as mercearias, os grandes-ricos são merceeiros e onde as privatizações mais não foram do que transitar monopólios de Estado para monopólios privados.

Entretanto os comentadores do regime falam de cisões e arrufos no poder para que nos convençamos que os policiais são diferentes e assim se deixe de percepcionar que tudo é cavaco do mesmo cesto.
LNT
[0.091/2013]

terça-feira, 30 de abril de 2013

1º de Maio

Maios

Como se sabe, convém que no dia de amanhã os homens se levantem cedo (não se lhes vá o Maio entrar), todas e todos traguem, em jejum, um copo de três de aguardente e saiam para os campos para apanhar papoilas saltitantes.

Deixem lá isso da crise, que não interessa nada, e festejem com cantares os idos de Abril e o facto de ainda ser feriado. Com a aprovação do DEO pode ser a última vez que comemorem o 1º de Maio na qualidade de trabalhadores.

Tenham um bom Primeiro de Maio e fiquem com os votos habituais desta festa para que sejam os ricos a pagar a crise.
LNT
[0.088/2013]

… e mal pagos

KatrepillerAgora que transformaram as reuniões do Conselho de Ministros em RGA’s fala-se que Gaspar está de malas aviadas para abandonar lentamente o barco em que nos fez naufragar. Diz-se que hoje de manhã andou a minar o que resta do casco já com o salva-vidas vestido.

Enquanto isso, a RGA de Ministros ultima em segredo o novo PEC, digo, o DEO que entregará em simultâneo na AR e em Bruxelas.

Depois de o fazer vai voltar a falar em consensos (consentimentos) como lhe ordenará o padrinho de Belém.
LNT
[0.087/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLIX ]

Alentejo
Alentejo - Portugal
LNT
[0.086/2013]

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Concertação e consenso

Alfredo CoelhoConsenso e concertação são coisas diferentes.

Consenso é consentimento. Concertação é entendimento decorrente de negociação.

Quando o Presidente apela a consenso, e todos nos recordamos do que foi o seu consenso quando foi Primeiro-Ministro (ruptura de coligações e buzinões) fala de consentimento.

Quando Seguro fala em entendimentos mesmo caso venha a conseguir uma maioria absoluta (quando se contarem votos) fala de concertação, negociação e diálogo, para que a política seja a arte da inclusão e a inclusão seja a solução.

Parecem conceitos claros mas têm determinados pressupostos sendo que o primeiro assenta no valor percentual que cada uma das partes representa. Em política democrática isso fica claro através dos votos, razão que me leva sempre a preferir a composição de listas por métodos proporcionais a listas de consenso e a governos concertados em vez de governos consensualizados.
LNT
[0.085/2013]

Arbustos, mãos e ventríloquos

MãosNisto dos arbustos e das mãos há os que se fazem de arbustos para esconderam as mãos, os que mechem as mãos por detrás dos arbustos e as mãos que traspassam os arbustos.

Além destes considerandos há também outros que consideram que as vozes usadas na necromancia são práticas políticas aceites para o exercício da cidadania e do confronto democrático. Normalmente quem pratica o método desconhece que a ética reprovou esses truques, há muito, o que fez com que essas práticas se transformassem em arte circense, a ventriloquia, onde não se pretende enganar os públicos mas sim entretê-los fingindo que os bonecos têm voz própria.

Adelante que se faz tarde e mais logo vou escrever sobre aquilo que retirei de conclusões do XIX Congresso Nacional do PS e que foi um pouco diferente daquilo outro que a comunicação social e os comentadores oficiosos dos arbustos, das mãos e da arte de "ventriloquar" me quiseram convencer.
LNT
[0.084/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLVIII ]

Azedas
Arbusto de azedas - Costa Vicentina - Portugal
LNT
[0.083/2013]