quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Para evitar que a prosa sirva de pacote de castanhas

Livro 1ª classeNão é costume falar de um livro que ainda não saiu, mas vou fazê-lo porque fiquei muito emocionado ao saber que Maria João Avilez entrevistou Vítor Gaspar e dessa entrevista resolveu fazer um registo que fique para lá do simples papel de jornal, não vá a prosa acabar a embrulhar meia dúzia de castanhas.

Pelo que se lê no Expresso On-line o livrinho é uma espécie de máquina de lavar, onde o detergente que lava mais branco é da marca Coelho e a engrenagem que a mantém em funcionamento é um pingarelho “único” com a patente Albuquerque.

Se mo ofereceram, lê-lo-ei. Comprá-lo não, que o dinheiro está caro e há-de haver obras de ficção bem mais interessantes para gastar as sobras que o entrevistado Gaspar não levou.
LNT
[0.054/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCLXIII ]

Manuel Amado
Manuel Amado - Portugal
LNT
[0.053/2014]

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

G(r)= -GnMr/r^2

SatéliteTodos conhecem o conceito de Outsourcing. Uma organização que pretende concentrar-se no seu core business larga actividades que, embora lhe sejam imprescindíveis, são marginais ao negócio e vai buscar esse “saber” ao exterior.

O que se estranha é quando uma organização faz outsourcing do seu core business ou quando o recurso a outsourcing não reafecta, a nova função, quem desenvolvia a actividade dentro da organização ou não promove a extinção desse posto de trabalho.

Também se estranha que existam cada vez mais organizações de outsourcing-satélite a orbitar organizações de onde saíram alguns dos seus quadros ou são fundadas por gente do círculo gravitacional.

Finalmente estranha-se que, sendo o outsourcing uma técnica destinada a reduzir custos nas organizações, muitas delas (principalmente no Estado) passem a ter custos superiores aos que verificavam antes. Sabe-se que o que interessa neste momento é reduzir custos na rubrica de vencimentos mas esse objectivo poderá justificar o aumento das despesas globais?
LNT
[0.052/2014]

Quotidiano [ III ]

Afia a navalha

Les plaisirs démodés


No meu transporte subterrâneo matinal tive a impressão de estar a viajar no Metro do amor.

Casais enamorados por todos os lados, beijos prolongados e indiscretos, telefonemas móveis provocantes, imagens picantes nos tablet’s e muitas olheiras de dormidas sem dormir.

Só pode ter sido da descoberta que resultou do conselho da protecção civil para que as pessoas se mantivessem ontem em casa e do entretimento que encontraram no apagão que, a meio do serão, calou as televisões e os computadores em Lisboa.
LNT
[0.051/2014]

O País dos não-factos

AntenasHabituados aos não-factos políticos, os comentadores de serviço foram capazes de manter, nos canais informativos das televisões, horas de comentários sobre o não-facto que foi o não-jogo Benfica-Sporting e sobre as não-consequências que lhe sucederam.

Pareciam os outros que costumam comentar as não-reformas em curso e os efeitos não-consequentes dessas não-concretizações.

Depois vieram os não-jornalistas fazer não-reportagens sobre as não-marés-gigantes e sobre os não-efeitos-catastróficos que insistiam em anunciar.

Parece que no meio de tudo isto houve não-mortos e não-feridos o que faz prever que deveremos ter ainda muito que ouvir sobre os não-acontecimentos, embora dos acontecimentos pouco se fale .

Penso ser isto que a segunda figura do estado português chama de inconseguimentos.
LNT
[0.050/2014]

domingo, 9 de fevereiro de 2014

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Conselho de Ministros

Dizia sonsamente o Coelho para o Portas:

Estes tipos das esquerdas (e meia dúzia de idiotas úteis da direita) são uns garganeiros.

Agora até querem sacar os miúdos dos orfanatos das Misericórdias para os entregar a casais do mesmo género. Não conseguem perceber que assim podem acabar com os orfanatos? Não conseguem entender que as Misericórdias também são filhas de Deus?
LNT
[0.048/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCLXI ]

Pôr do Sol Alentejano
Pôr do Sol - Alentejo - Portugal
LNT
[0.047/2014]

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Quotidiano [ II ]

Quotidiano - Afia navalha

Todos os utilizadores têm uma alma de político


Há uma questão a que um informático (que se relacione com os seus utilizadores) sabe obter invariavelmente a mesma resposta. Essa questão relaciona-se com equipamentos ou aplicacionais que funcionavam e que subitamente deixaram de responder.

A resposta correcta evitaria uma enorme perda de tempo e mesmo quando é possível demonstrar, depois de apurada a causa, que foi uma acção humana que produziu o constrangimento, a resposta mantém-se.

A questão simples é: O que é que fez antes de isto deixar de funcionar?
A resposta esperada é: Nada, não fiz nada! (a dupla negativa diz tudo)
LNT
[0.046/2014]

Quem não tem dinheiro não tem vícios

MiróComo se pode esperar que um poder assente numa folha de cálculo (ainda por cima mal concebida e com erros graves nas fórmulas) entenda que o património cultural é um bem sucessório?

Como se pode esperar que um poder que tem por conceito que só os canudos são curriculum (ainda que sejam obtidos por equivalência), que o desemprego é efeito colateral do bom desempenho da governação, que as pessoas são valor estatístico isento de alma e sofrer, que a exportação de cérebros jovens é uma variante à zona de conforto, que todos os fins justificam os meios, mesmo os não referendáveis, que as promessas eleitorais só se destinam a obter legitimidade para mandar e que o património nacionalizado na sequência de desmandos quadrilheiros, corruptos e mafiosos é espólio que minimiza os prejuízos causados aos contribuintes?

Como se pode esperar de alguém que tem por cultura a arte de manipular resultados, um entendimento sobre a perenidade dos bens culturais?

O que se pode esperar de gente que considera a arte como um vício e justifica a delapidação do património cultural com a expressão: "Quem não tem dinheiro, não tem vícios"?
LNT
[0.045/2014]

Quotidiano [ I ]

Quotidiano - Afia navalha

Prelúdio


Abre-se a rubrica "Quotidiano" onde se registarão estórias de uma vida de trabalho (e não só), agora que os vínculos laborais estão a caminho de se quebrarem.

Coisa despretensiosa, como todas as outras relacionadas com a arte do escanhoar, coisa de poucas palavras para se poder ler sem perder muito tempo.

Um entretém, mais um desta casa, destinado a garantir a satisfação da ilustre clientela.
LNT
[0.044/2014]

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Já fui feliz aqui [ MCCCLX ]

Miró
Miró - Lisboa/Barcelona - Portugal/Espanha e leiloeiros de Londres
LNT
[0.043/2014]

Rompem-nos os bolsos

Bolsos VaziosAnda a ser difícil manter a escrita em dia neste Blog. Não por falta de letras no teclado nem por dificuldade de matraquear as teclas, mas por abstenção aos noticiários e aos comentadores oficiais e oficiosos e por quase cegueira aos jornais.

Isto passa, sei, porque há vícios que se conseguem travar durante algum tempo mas que, mesmo latentes, exercem as suas influências. Ainda há pouco, para fugir ao vento, deixei os olhos espreitarem as primeiras páginas enquanto me abastecia de um outro vício que não quero deixar e logo me deu vontade de vir aqui largar mais um punhado de letras contra a gentalha que se gaba, nos ventos de Espanha, de estar a fazer um grande serviço à Nação e aos nacionais.

Mas a escrita em dia fica sem pressa para, talvez, amanhã.

Fica à espera que passe esta maldita sensação de que se a pena é uma arma, é pouco para o combate desigual contra quem combate com as mãos enfiadas nos nossos bolsos.
LNT
[0.042/2014]