Olhar os professores como agentes da mudança e não como ferramentas
Lê-se no Conquilhas que os professores são ferramentas das escolas. É baseado em raciocínios semelhantes que se atingem os actuais graus de conflito que não proporcionam qualquer perspectiva de progresso nas reformas nem de sucesso na sua implementação.
Considerar um professor como ferramenta é negar aquilo que de mais essencial constitui a sua missão e comprometer o projecto de futuro que a sua acção implica na construção da sabedoria das gerações seguintes.
Se entendêssemos os professores como ferramentas, deveríamos substituí-los por tecnologia que nos garantisse mais eficiência e eficácia.
Confesso não me agradar a ideia de entregar a formação dos meus filhos a um robot, a outra tecnologia ou a outra ferramenta de ensino, porque entendo que os professores são uma extensão da sua preparação para a vida que começa em casa e que, na escola fora do ambiente familiar e integrados na sociedade, aperfeiçoam não só as humanidades, ciências e tecnologias mas também a partilha com os outros através das equipas em que se integram e o respeito pela hierarquia, base para virem a ser agentes do progresso e do bem estar social ao longo da sua vida.
Sabemos, estamos cientes e aceitamos que o ensino tem de ser reformado, que as escolas têm de ser respeitadas (e participadas) por professores, alunos e encarregados de educação, que os professores têm de ser monitorizados e avaliados porque daí advém a confiança que depositamos neles como educadores dos nossos filhos. É exactamente por isso lhes não podemos negar o respeito e a autoridade suficiente para que possam desempenhar a sua função, reconhcendo-lhes a importância que têm e que vai muito para além de serem meras ferramentas de ensino.
LNT
Rastos:
-> Hoje há Conquilhas, ámanhã não sabemos - Tomás Vasques
3 comentários:
Meu caro,
O Luis interpreta como quizer o significado de «ferrramenta». Para mim ó único sentido que lhe conferi foi o de que não são os professores os destinatários, o objecto das políticas de educação. E tão só. As pessoas, seja em que profissão for, nunca são «ferramentas» no sentido em que o Luis pretende atribuir.Um abraço.
Caro Tomás,
Anoto com agrado o seu único sentido.
No entanto é claro que quem lê, lê o que está escrito.
Vantagens e desvantagens de não sermos ferramentas de leitura.
Abraço
só vim ver uma visita, para saber se já alguém tinha comentado na barbearia a forma como a PJ anda a tratar o comum dos cidadãos
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