sexta-feira, 20 de junho de 2008

Botão Barbearia[0.540/2008]
O arrear da bandeiraAbelha

Imagine que você, caro cliente, era o nosso Primeiro deste Portugal engraçado. Num instante vê a distracção da esperança do povo verde, vermelho, alucinado e teso sumir-se no incarnar da raça pelos nossos rapazes da bola.

É um escambau.

Como os palhaços deixaram de animar o circo, nem o Sol e o mar do Verão, nem o subsídio de férias vão ser suficientes para animar a malta.
LNT

6 comentários:

  1. Agora o governo terá de encontrar outra coisa. Penso q nos Jogos Olímpicos temos diversas possibilidades, até pq aí, nalgumas coisas - atletismo (o rei dos desportos), triatlo, judo, vela, e o mais que se verá - somos bem melhores que no futebol, modalidade onde nem os mínimos para os JOs alcançámos.

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  2. Melhores que no futebol ? Nem pensar. E não vamos querer comparar a projecção de outros desportos com a do futebol.

    E a nível do atletismo temos 2 ou 3. Se tivéssemos aí o nível do futebol tínhamos uns 15.

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  3. Podemos sempre ir a pé até ao nosso Algarve.

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  4. agora têm que ir brincar a outra coisa, talvez a "pobrezinhos sim, honrados nunca!"

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  5. Portugueses, temos que resolver de uma vez por todas se jogamos para ganhar ou se jogamos para encantar.
    Ontem, contra o futebol "tecnológico" da Alemanha, só por milagre a nossa arte podia vencer. A eles bastou-lhes especializar-se numa única jogada para terem a vitória quase certa: meter meia dúzia de matulões de um metro e noventa dentro da nossa área e despejar bolas sobre a mesma.
    Esta brutal eficácia tem apenas um problema, não dá gozo aos espectadores.
    Por que razão devemos nós, que com as nossa habilidades encantamos o público, tentar competir com os alemães no "terreno deles"?
    Ser Campeão da Europa significa pouco, até a Grécia o conseguiu. Para isso basta meter bolas na baliza como até os alemães sabem fazer, num futebol previsível do tipo Game Box.
    O futebol tem vivido dos clubismos e dos nacionalismos mas, com a globalização mediática, esse já não é o melhor negócio. Das centenas de milhões de espectadores do jogo de ontem só umas escassas dezenas de milhões estavam directamente interessados no resultado do jogo. Os restantes ligaram a televisão para ver jogadas bonitas (os cavalheiros) e jogadores bonitos (as damas).
    Ora nós, com a nossa proverbial distracção, não temos sabido tirar partido disso. Basta comparar as corridas coleantes do Deco ou do Nani com as correrias dos "bulldozers" alemães para perceber do que estou a falar. Nunca como ontem tive a sensação de ver a elegância e a subtileza contra o pernil e o presunto, gazelas contra rinocerontes.
    Lembram-se dos globetrotters, os basquetebolistas americanos que eram pagos para mostrar a beleza do seu jogo ? É para aí que devemos caminhar. There's no business like show business.
    A nossa selecção deve passear-se pelo mundo, a peso de ouro, para dar prazer ao público e proporcionar às outras equipas a oportunidade, e a honra, de a vencer. As coberturas televisivas e o merchandising podem valer fortunas.
    Os nossos estádios, que muitos consideraram em número excessivo, devem ser a base de uma nova indústria do espectáculo; tal como hoje vêm a Portugal para jogar golfe hão-de vir a Portugal, no futuro, para ver e jogar futebol. As "academias" de formação de jogadores devem, com base nos alunos ilustres que formaram, converter-se em "universidades" de reputação mundial e tirar disso os adequados proveitos.
    O prazer de uma bela jogada, uma finta à Ronaldo, as mudanças subtis de velocidade do Deco, os passes magistrais do Quaresma ou do Nani pertencem mais ao circo do que ao primarismo anglo-saxónico dos campeonatos.
    No circo ganha-se alguma coisa ? Não ! é o puro prazer.

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a Barbearia do Senhor Luís existe para satisfação dos seus clientes.

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