terça-feira, 15 de março de 2011

O absurdo

NuclearA humanidade tem de gerar energia suficiente para satisfazer o seu bem-estar. Esta afirmação, que nada tem de especial, inclui o conceito de estar bem mesmo quando, para gerar essa energia, se põe em risco a própria humanidade.

A argumentação é sempre a mesma. Foram tomadas todas as medidas de segurança e ficou comprovado que o colapso é impossível. Já se tinha dito o mesmo quando um simples iceberg tratou de realizar uma impossibilidade, ou a fusão de Chernobyl demonstrou que só é impossível o que ainda não aconteceu.

O Japão martirizado pelo abanão e pela água está a beira de voltar a lembrar gerações de má-formações, desta vez não provocadas pelo delírio bélico mas antes pelo modelo de bem-estar. Oxalá não, que aquele povo não merece tanta provação.

A Alemanha já anunciou que irá encerrar as suas centrais com mais de trinta anos (presume-se que as outras não porque, dizem eles, são seguras). Esperar-se-ia o mesmo em França e em Espanha mas as notícias não chegam.

E por cá, espreita-se a oportunidade .Cavaco já levou um rotundo não há três anos, veremos o que aí vem.
LNT
[0.086/2011]

3 comentários:

  1. Caro Luis
    Desgraçadamente tem que haver destes tristes acontecimentos para que as "consciências" de quem "manda" tomem decisões, embora apenas parciais.
    Arrepia-me pensar que estamos a deixar para as gerações futuras um mundo tão inseguro (em muitos aspectos).
    Mas acho que vale a pena ir alertando (mesmo que pareça que se está a pregar no deserto)
    Abraço

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  2. Só cá venho para fumar um cigarrito!

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  3. Correcção caro Luís: a Alemanah suspendeu a decisão de estender o tempo de vida das centrais com mais de 30 anos (pelo menos até terça-feira, ontem estive fora do planeta no que diz respeito a notícias). Isso cheira-me fortemente a medida para eleitor ver (a CDU estava já em risco de perder votos para os Verdes em certas regiões do país) e que será ignorada assim que o desastre seja substituído na memória colectiva por outra coisa qualquer.

    Se me permite a autopromoção, já no passado (2006) escrevi umas linhas sobre o assunto:
    http://estacaocentral.blogspot.com/2006/02/sobre-o-nuclear.html

    e num outro blogue que mantive por uns tempos:
    http://o-semanal.blogspot.com/2008/08/reinveno-da-realidade.html

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