terça-feira, 28 de maio de 2013

28 de Maio

ColaboradoraHaveria alguma possibilidade de hoje se repetir um golpe de estado que nos levasse a um regime autoritário? Teoricamente não, dado que embora estejam reunidas as condições de descrédito do regime actual que incluem o descrédito dos próprios órgãos de soberania (Tribunais, Governo, Assembleia da República e Presidente da República), não está reunido o consenso nacional para que a solução dos nossos problemas passe pelo fim da liberdade e pela suspensão da democracia.

A nossa integração na Europa e na zona euro (interessante verificar que cada vez mais aparecem vozes a pedir que se repense essa integração), a nossa instrução (interessante verificar que se queira limitar o acesso generalizado à instrução) e a nossa percepção de sermos “gentes do mundo” (interessante verificar que cada vez mais se incentiva a que as “gentes do mundo” abandonem as fronteiras nacionais) dificilmente permitiriam que nos fechássemos no rectângulo de forma albanesa.

Talvez só a questão da independência e do orgulho nacional pudessem servir de mola, mas o orgulho anda pelas ruas da amargura e a independência nacional já não é coisa geográfica.

Não duvido que em breve se irá exigir a alteração de muito.

As instituições terão de voltar a ser credíveis, os tribunais terão de voltar a ser justos (a celeridade e o fim da impunidade são medidas essenciais para essa nova justiça), a política e os políticos terão de voltar a revelar-se fiáveis e o Estado terá de voltar a ser pessoa de bem e de direito. O confisco terá de terminar.

Isto terá de se conseguir pela sociedade até porque já nem existem corpos militares para fazer revoluções, nem tão pouco armamentos capazes de submeter os cidadãos por muito tempo.
LNT
[0.136/2013]

4 comentários:

  1. O Luís ainda queria corpo militar melhor para revolucionar o actual estado do país do que esse exemplar de guerreira, do tipo Star Wars??
    Mais uma quantas desse calibre e punham tudo do jeitinho que refere e Portugal precisa.

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  2. nos últimos jantares os militares na reserva deixaram claro que a dignidade militar não se compadece com os problemas dos políticos

    fui a um almoço parecido na costa da Caparica em 1973 se bem me lembro
    o senhor coronel de engenharia vasco gonçalves comprou-me um pastel de feijão
    eu queria um de laranja mas não havia

    vinham em papel encerado
    sempre pensei que eram feitos no algarve mas se calhar não eram

    golpe de estado?
    acho que não
    desde 1973 já passei por bué deles

    o do sayaad barre foi giro

    já o que deitou abaixo mon ami jean bedel foi o último extertor dos golpes de estado par la legion até ao século xxi chegar craro

    acho que o coronel vasco se afogou na piscina do mano no algarve

    sei lá talvez o fuzeta da ponte possa bombardear o terreiro do paço

    mas tá reformado acho

    alguém virá nã se preocupe

    lá pra 2020 ou antes

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  3. por falar nisso vendemos bué de armas que andavam a ganhar pó no depósito de material de guerra de moscavide...

    só minas anti-pessoal para a guerra irão iraque foram 3 milhões de contos
    eram baratas as minas...

    já os morteiros de 105 que foram vendidos para sucata

    e os saladin e as berliet velhinhas

    agora temos Leopard II para vender e Pandur e F-16 acho quinda voam

    e mísseis exocet como o que afundou o general Belgrano

    acho que um golpe é economicamente viável

    e senhas de 20 e 25 litros de gasolina para uso militar precisam-se

    se bem que agora é mais gasóleo

    de 73 a 77 andávamos todos de Toyota e ford e datsun
    havia um boca-de-sapo no almoço
    era dum tipo do Porto
    chegou só a coronel coitado
    era amigo do Brrigadeiro Passos Morgado mas a força aérea saneou-o em 75.....

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a Barbearia do Senhor Luís existe para satisfação dos seus clientes.

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