Esta nódoa negra que se está a espalhar faz antever um derrame muito mais profundo do que a mancha que se vê.
As organizações políticas são maiores do que a soma das partes que as compõem e só fazem sentido quando essas partes respeitam as regras de funcionamento em vigor e se centram nos princípios comuns que definem os pressupostos, objectivos e as metas a atingir.
Se o carisma dos líderes escolhidos para levar a bom porto os objectivos em conformidade com as metas desenhadas é um dos requisitos exigidos, porque o poder, em democracia, só é exercido por quem a ele acede, a agregação de vontades decorrente da contagem dos votos que atribui esse poder exige que todas as partes contribuam para a afirmação dos escolhidos.
Assim não foi e a hemorragia espalha-se.
O derrame tem de ser estancado antes que seja necessário uma flebotomia. Sabe-se que o sangramento enfraquece e já lá vai o tempo em que se acreditava que era através dele que se fortalecia, renovando o sangue.
Se a vitória não bastava, por curta, havia que acrescentar, nunca diminuir.
E depois de nós, como dizia a senha para a liberdade, o adeus, o ficarmos sós.
LNT
[0.244/2014]
As organizações políticas são maiores do que a soma das partes que as compõem e só fazem sentido quando essas partes respeitam as regras de funcionamento em vigor e se centram nos princípios comuns que definem os pressupostos, objectivos e as metas a atingir.
Se o carisma dos líderes escolhidos para levar a bom porto os objectivos em conformidade com as metas desenhadas é um dos requisitos exigidos, porque o poder, em democracia, só é exercido por quem a ele acede, a agregação de vontades decorrente da contagem dos votos que atribui esse poder exige que todas as partes contribuam para a afirmação dos escolhidos.
Assim não foi e a hemorragia espalha-se.
O derrame tem de ser estancado antes que seja necessário uma flebotomia. Sabe-se que o sangramento enfraquece e já lá vai o tempo em que se acreditava que era através dele que se fortalecia, renovando o sangue.
Se a vitória não bastava, por curta, havia que acrescentar, nunca diminuir.
E depois de nós, como dizia a senha para a liberdade, o adeus, o ficarmos sós.
LNT
[0.244/2014]
O Sr. Barbeiro, que eu há muito sigo e me parece uma pessoa calma, agora anda cá num rodopio a postar!...
ResponderEliminarEu é que não quero ser "má língua" senão diria que o secretário geral lhe deu um comprimidozito daqueles que ele começou a tomar e que agora o leva a falar grosso, esbracejar muito e fazer oposição a "sério". (Não, não é ao governo, é ao Costa!)
Zé Carlos, isto não vai lá com pastilhas, meu caro.
ResponderEliminarÉ verdade que já não tenho idade, nem interesse especial, em andar nestas batalhas, mas nunca fui homem de ver passar as guerras ao meu lado sem ir ao armário buscar o camuflado.
É que quando as causas são de princípios nunca abdico dos meus.
( oh pá, não troques as mãos. o Costa é que anda a fazer oposição ao Seguro, porque o Seguro foi eleito para o cargo e está a exercer o seu lugar cumprindo todos os objectivos a que se propôs)
E só mais uma coisita: Aqui sempre se falou grosso e sem medo que o barbeiro nunca foi eunuco.
Cumprimentos.
Sós já estão, há muito, os portugueses.
ResponderEliminarSós de políticos competentes e honestos.
Sós de justiça.
Sós de sonhos e esperança.
Conseguiram tirar-nos tudo!
Luís Tito, seria bom que nos explicasse o que quer exatamente dizer com essa metáfora. O problema não é falar grosso, é falar claro. O meu caro queixa-se de que é necessário agir depressa e que Setembro nunca mais chega? Mas não foi o seu SG que protelou as coisas até lá? E que vos meteu numa embrulhada estatutária, até já há pelos vistos um militante que contesta as primárias e está disposto a ir a tribunal? Acho muito bem que não abdique dos seus princípios, mesmo que discorde das suas posições, mas não perca a razão perdendo a cabeça. Se transformarem esta luta numa vendetta, então se ganharem o Partido (ou o que sobrar dele) perderão o País... Se perderem, era bom que pudessem sair deste episódio de cabeça erguida e prontos a afirmarem-se como oposição interna, porque as derrotas de hoje são vitórias de amanhã... Se eu não acredito de todo que AJS possa chegar a PM, não é de todo adquirido que Costa possa por sua vez ganhar as legislativas. Se perder, terão que ser vocês a recomeçar...
ResponderEliminarJaime Santos
ResponderEliminarPensei que já fosse claro, mas pelos vistos ede-me que me repita:
Não sou "ista", à excepção de socialista. Ao fazer a defesa do que tenho feito, tento ser coerente comigo próprio. Detesto personalismos e não entro em seguidismos cegos.
Seguro tem sido bom e mau. Quanto a mim, mais de bom do que de mau porque recuperou as vitórias para o PS, porque acompanhou os portugueses na estrondosa derrota da direita.
Sobre a rapidez na resolução desta irresponsabilidade movida contra a direcção releita, há um ano,já escrevi tudo o que tinha para escrever. Se ler os textos publicados neste bolg verá que sempre fui a favor de uma solução imediata. No entanto respeito, mesmo não concordando, a decisão de Setembro. Foi tomada pelos orgãos directivos do PS e só me resta respeitá-la ainda que com ela não concorde.
Diz bem, isto não é um bom serviço prestado ao País. Pode-se agradecer a quem, ao arrepio da tradição do PS, tentou derrubar um Secretário-geral fora do período eleitoral interno. Isto não constitui oposição interna, mas sim uma insurreição. Irá competir aos militantes, uma vez mais, tentar pegar no que daqui sobrar para voltar a ter um Partido forte no centro esquerda em Portugal. Quando lá chegarmos, veremos como a faremos.