Se a Alemanha não tivesse implementado a dose de língua de pau aos seus cidadãos que agora vai passar a exigir aos outros países seus subsidiários, continuavam todos a gesticular e a dizer que o que se está a passar no areal lusitano só decorre da aselhice dos actuais detentores do poder.
É verdade que há por aqui alguma aselhice e principalmente muito ouvido-duro mas, em todo o continente europeu, há principalmente uma vontade sub-reptícia de recuar, a todo o vapor, a um tempo anterior àquele a que nos habituámos a chamar de civilização. A qualidade de vida decorrente das lutas que os europeus travaram durante décadas para obterem vida melhor está em retrocesso, em nome de uma coisa qualquer que ninguém sabe muito bem o que é nem a quem serve.
Esse recuo ao rústico aplicado só à Grécia ou, vá lá, à Grécia, a Espanha, a Portugal e a mais uma ou outra praia do Mediterrâneo podia ser bem elucidativo do respeitinho que a finança exige às colónias de férias mas, com a entrada da Alemanha no jogo dessa mesma finança, aproveita-se para matar o social conquistado em todo o continente.
Caso para perguntar, como no slogan publicitário, se se podia viver num espaço mais federativo e social para que alguém respondesse que sim, que se podia, mas que não era a mesma coisa.
LNT
[0.192/2010]
É verdade que há por aqui alguma aselhice e principalmente muito ouvido-duro mas, em todo o continente europeu, há principalmente uma vontade sub-reptícia de recuar, a todo o vapor, a um tempo anterior àquele a que nos habituámos a chamar de civilização. A qualidade de vida decorrente das lutas que os europeus travaram durante décadas para obterem vida melhor está em retrocesso, em nome de uma coisa qualquer que ninguém sabe muito bem o que é nem a quem serve.
Esse recuo ao rústico aplicado só à Grécia ou, vá lá, à Grécia, a Espanha, a Portugal e a mais uma ou outra praia do Mediterrâneo podia ser bem elucidativo do respeitinho que a finança exige às colónias de férias mas, com a entrada da Alemanha no jogo dessa mesma finança, aproveita-se para matar o social conquistado em todo o continente.
Caso para perguntar, como no slogan publicitário, se se podia viver num espaço mais federativo e social para que alguém respondesse que sim, que se podia, mas que não era a mesma coisa.
LNT
[0.192/2010]
3 comentários:
A BOA RIMA
O mundo está aprendendo à custa de sustos e tropeções, que em Economia não existem soluções milagrosas e que não é à custa de pajelança, que resolveremos os apertos financeiros que estão acometendo principalmente a União Européia.
Que nos perdoem os haitianos, se pajelança fosse remédio para a Economia, o Haiti teria o mais sólido, estável e pujante sistema do mundo e todos estariam nadando em dinheiro.
Voando nas asas da bonança os países da zona do Euro estouraram os limites do déficit público. Para bem entender, gastaram mais do que podiam e endividaram-se mais do que deviam.
A crise do final de 2.008 parece que pegou o mundo desprevenido e o pior não despertou nos países europeus a consciência da gravidade da situação. Continuou-se a gastar o que não se tinha, até que a Grécia acendeu o sinal vermelho, indo pedir socorro ao Fundo Monetário Internacional.
Foi quando descobriu-se que quase todos os países da zona do Euro e mais a Inglaterra, que dele não faz parte, estão atravessando séria crise de liquidez.
A União Européia, capitaneada pela Alemanha, apressou-se então, a anunciar mais medida “mágica” para socorrer os países imersos na crise, um pacote de um trilhão de euros.
Esta monstruosa cifra iria sair em grande parte da captação de recursos no mercado financeiro. Cautelosamente, opomos restrições a tal remédio, principalmente porque, tomar dinheiro emprestado para pagamento de dívida, como é lógico, aumenta o endividamento. A não ser que medidas outras sejam tomadas.
Se foi para injetar ânimo no mercado financeiro mundial, a notícia surtiu efeito.
O mercado reagiu bem à iniciativa.
No entanto, como dizem os franceses “les choses n’ést pas comme paraitre” (meu francês não é lá essas coisas – espero que o leitor compreenda), no início de junho a toda-poderosa Alemanha anuncia um plano de restrições de gastos no valor de nada desprezíveis oitenta bilhões de euros, numa contradição aparente ao reforço de um trilhão de euros.
LEIA O RESTO EM www.abrasadosardinha.wordpress.com
Luiz Bosco Sardinha Machado
Cautelosamente, opomos restrições a tal remédio, principalmente porque, tomar dinheiro emprestado para pagamento de dívida, como é lógico, aumenta o endividamento.
"em nome de uma coisa qualquer que ninguém sabe muito bem o que é nem a quem serve".
Pois cá para mim o Sr Luis,sabe a "quem serve".Não?Veja lá. que os pobres alemães e francius,taditos venderam, assim como não quer a coisa ,uns quantos BILIÕES EM ARMAMENTO À GRÉCIA...ups,atão mas o "coiro", tinha dinheirinho para comprar os brinquedos?Sim? Pois, nessa altura era um PAÍS muiiiito viavel...dass
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