sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Abaixo das possibilidades

PerigoParafraseando um take publicitário, diria que ainda sou do tempo em que pagar impostos significava águas com custos limitados, electricidade com custos limitados, transportes com custos limitados, acesso à saúde, educação e a outras ninharias que agora, em plena época “liberal”, não têm qualquer significado.

Uma das razões dos impostos era exactamente essa: – Custos limitados nos artigos de primeira necessidade e acessos generalizados aos cuidados e educação, vulgo: “viver acima das possibilidades”.

Estranhamente, à medida que vamos vivendo abaixo das nossas possibilidades, isto é, à medida que tudo o que era de acesso liberal passou a ser de acesso privado, os impostos não baixam, antes pelo contrário.
LNT
[0.040/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCLVIII ]

São Filipe
Pousada de São Filipe - Setúbal - Portugal
LNT
[0.039/2014]

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Outras praxes

Guilhermo M VeraAs académicas não debato, já o disse anteriormente. Penso que, tal como se não podem referendar todos os direitos das pessoas, também não se pode admitir que os jovens, só porque iniciam uma vida académica, tenham de ser humilhados e seviciados. Não é para isso que se inscrevem no ensino superior e, mesmo que andem em busca de uma qualquer adrenalina, bebedeira, pedrada, ou sejam adeptos masoquistas de sadismo, deverão procurar a satisfação das suas taras fora do espírito académico.

Sofri praxe violenta na Força Aérea, no curso de piloto aviador. Depois fiz praxe, julgo que menos violenta. Na altura também as praxes militares eram proibidas embora muitas vezes fossem praticadas por oficiais contra soldados e cadetes alunos. Justificavam-se pelo “enrijamento” de quem tinha uma guerra pela frente, pela necessidade do hábito à submissão hierárquica e pela obediência cega à voz de comando.

Coisas de vida e de morte que, por nunca ser, não eram rituais de iniciação à demência imposta a quem só se quer qualificar para a vida.

A demência conseguida é a que os faz partir, depois da academia, sem um ai, submissos e obedientes, e sem perceberem que têm uma guerra pela frente, uma coisa de vida ou de morte.
LNT
[0.038/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCLVII ]

Amoreiras
Amoreiras - Lisboa - Portugal
LNT
[0.037/2014]

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O vómito

LínguasDesculpar-me-ão pela expressão de golfo mas é mesmo de nojo que se anda a tratar.

Tudo isto, a troika, a pós-troika, o relógio do Portas, a desambição do pequenininho Coelho, os swaps da Ministra, a justiça da outra senhora (na justiça), o vendedor de cervejas e refrigerantes, os seguros privados de reforma e de saúde, a perseguição que os chuis fazem aos polícias, o alto reformado da nação, a segunda mais alta reformada da nação, a agricultura feita lavoura do amanho, o estado a que chegou o Estado, e por aí fora, são de vómito, de jorro, de repulsa.

Fingimos que aguentamos, sussurrando aqui e ali sobre o sabor acre que este regurgito nos deixa na boca, mas quanto mais nos contemos mais nos apercebemos ser impossível reter a iminente golfada prestes a jorrar descontroladamente.

Uma javardice sem fim onde todos são esmifrados até ao tutano e os merceeiros com a contabilidade emigrada, para ficar a salvo do esbulho, não só apregoam moral e bons costumes como ainda usufruem das regalias beneficiárias que aos sujeitos a vómito são recusadas.
LNT
[0.036/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCLVI ]

Cow Parade
CowParade® - Lisboa - Portugal
LNT
[0.035/2014]

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Admirações admiráveis

MordilloAdmira-me que alguns comentadores estejam admirados por Cavaco ter mandado para o Constitucional a proposta de referendo aprovada pela Assembleia da República (Co-adopção por casais do mesmo sexo).

Mas esta gente que se dedica aos comentários (públicos, comunicação social, redes sociais e blogs) não tem obrigação de saber que o Presidente da República só tinha por opções ou a recusa do referendo ou o seu envio para fiscalização preventiva da constitucionalidade?

Alguém duvidaria que Cavaco viesse a não vetar a coisa que o seu PSD, o seu Governo e o seu Grupo Parlamentar inventou para se esquivar vergonhosamente das suas responsabilidades numa matéria da Assembleia da República sabendo-se que qualquer referendo "só tem efeito vinculativo quando o número de votantes for superior a metade dos eleitores inscritos no recenseamento"?
LNT
[0.034/2014]

Where Have All the Flowers Gone?

Where have all the graveyards gone, long time passing?
Where have all the graveyards gone, long time ago?
Where have all the graveyards gone?
Gone to flowers, everyone.
Oh, when will they ever learn?
Oh, when will they ever learn?
(Pete Seeger)
LNT
[0.033/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCLV ]

Porto de Galinhas
Lisboa/Recife
LNT
[0.032/2014]

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Praxes

Guilhermo M VeraRecuso-me a entrar neste debate insano sobre as praxes académicas. Preferia que o debate se centrasse na ilegalidade, como penso ler no pensamento de Porfírio, apelando ao poder judicial e às forças policiais para que não permitam impunidade a quem comete crimes, muitos deles praticados na praça pública sob o olhar desleixado de quem tem o dever de proteger.

Se é verdade que é ilegal humilhar e seviciar (e é verdade), há que agir em conformidade.

Ponto final.
LNT
[0.031/2014]

Quem nasceu para coelho nunca chegará a lebre

His master voicePassos, reeleito com uma percentagem coreana entre os mínimos que ainda lhe fazem a corte, veio a público informar que o relógio de Portas só serve para medir o tempo que falta para um novo tempo sem eles.

Coelho nasceu politicamente para nos roer a corda e alapou-se em Portas para garantir a toca de onde, escondido, debita loas sobre as vantagens da não ambição.

Foram bem poucos os militantes que nele votaram. Muitos mais fizeram silêncio perante a propositura única e, dos que ainda se disponibilizaram para fazer das urnas um depósito de vontades, muitos lhe disseram que não.

Quando anunciou, na sua declaração de vitória, que o objectivo continua a ser o da mediocridade e da não ambição de transformar a anterior falsa abundância em abundância consistente, preferindo a pobreza, confirmou o poucochinho para que nasceu.
LNT
[0.030/2014]

Da vida

Pista de aterragemA vida tem coisas muito mais importantes do que as coisas da vidinha. Nela há abanões que nos despertam para pequenas notas tão vulgares que as fazem parecer de pouca relevância mas que, no entanto, são o âmago de tudo.

Reconhecê-lo a tempo serve para reposicionar a agulha e corrigir o rumo da navegação. Já o sabia do tempo em que voava por instrumentos e falhava a pista de aterragem por meio grau.

É isto, mesmo que mal explicado, mesmo que mal explícito.

Adelante!
LNT
[0.029/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCLIV ]

Owen Freeman
Owen Freeman - USA
LNT
[0.028/2014]

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Diferenciar o que é diferente

CérebrosHoje em dia há duas tendências essenciais para a asneira:

A primeira decorre de confundir os conceitos de informação com os de conhecimento, como se uma e outra coisa fossem o mesmo ou como se o conhecimento não obrigasse ao tratamento da informação e a informação, só por si, constituísse conhecimento;

A segunda decorre da quebra da complexidade (a maior parte das vezes decorrente da tal confusão entre informação e conhecimento) reduzindo tudo ao simples e, pior, fazendo do simplismo regra para todos os ditos e escritos.

Da primeira não irei exemplificar, tal a vulgarização confundida de considerar como curriculum (saber fazer) com habilitações literárias (conceitos teóricos).

Da segunda aponto o que se tem escrito recentemente sobre a emigração de Vítor Gaspar, Álvaro Santos Pereira e José Luís Arnaut, metendo-os a todos no mesmo saco.

No entanto as coisas são diferentes:

Gaspar parte para o FMI num retorno normal, uma vez que tinha sido o FMI que o indicado como seu agente no Ministério das Finanças de Portugal;
Santos Pereira parte para a OCDE na sequência de um concurso. Não se trata de uma nomeação mas sim de uma escolha mediante a avaliação de competências para desempenhar o cargo;
Arnaut parte para a Goldman Sachs num acto de agradecimento por serviços prestados.

Um vai porque de lá nunca tinha saído, o outro vai por selecção entre pares e o outro vai porque "tem Mundo" neste cu de mundo.

Não há possibilidade de confundir as coisas e quem o faz só pode estar a fazê-lo por mal (ou porque acha que informação e conhecimento são a mesma coisa).
LNT
[0.027/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCLIII ]

Casa Moinho Vedro
Casa Moinho Vedro - Quinteães - Minho - Portugal
LNT
[0.026/2014]

domingo, 12 de janeiro de 2014

Fico do verbo IR

CDS Fico

Ontem o irrevogável que o deixou de ser porque o que tinha que ser tinha muita força elaborou as patranhas que lhe são habituais e entre os chavões de que gosta atirou com qualquer coisa do género:

Fico, porque sou de ficar e não de abandonar.

Lembrei-me de imediato das ruas de Lisboa, há uns anos, cheias de cartazes em que ele também ficava.

Não ficou. Não ficou nem um dia. Nunca ocupou o lugar para que se candidatou tendo também dessa vez defraudado irrevogavelmente todos os seus eleitores.
LNT
[0.025/2014]

sábado, 11 de janeiro de 2014

Tempos de propaganda

ChoquesPara atrapalhar o CDS e a intenção que anda em terra de leitões para diminuir o ensino obrigatório, Passos Coelho reuniu com o seu povo “trabalhador” e disse que um dos grandes problemas nacionais é a falta de qualificação dos trabalhadores.

A seguir teve a “lata” de afirmar que, no entanto, o mais grave problema de Portugal é a baixa de natalidade. A “lata” é directamente proporcional ao apelo que o seu Governo fez para que os jovens emigrassem, uma espécie de:
reproduzam-se que cá estaremos para vos formar e para vos mandar lá para fora enriquecer os ricos e melhorar-lhes a demografia.

Mas não se ficou por aqui. Disse também que a natalidade está a baixar em toda a Europa, o que não sendo completamente mentira deveria ser enquadrado com o que se sabe sobre os efeitos directos do desemprego.

Deixo-lhe uma pista (Fertility reactions to the ‘Great Recession’ in Europe: Recent evidence from order-specific data - Joshua R. Goldstein; Michaela Kreyenfeld; Aiva Jasilioniene; Deniz Karaman Örsal)

Faça o favor de ver o gráfico da pág.101 e tentar entender.
LNT
[0.024/2014]

Veículos dourados

Sachs

A Sachs de oiro sempre foi um veículo que os fez ascender socialmente muito alto.
LNT
[0.023/2014]

A demagogia e a mentira também têm muita força

Portas RumsfeldPaulo Portas informou o Congresso e todos os portugueses que ainda têm um mínimo de pachorra para assistir pela televisão ao Congresso de um Partido diminuto, que o PP foi sempre chamado ao Governo em alturas de “enormes” dificuldades.

Terá sido assim com Durão Barroso quando Portas foi ministro de Estado e da Defesa Nacional e depois, quando admiravelmente foi nomeado ministro de Estado, da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, com Santana Lopes?

É que me lembro de o ter já ouvido justificar a compra dos submarinos porque os tempos eram outros e as vacas-gordas ainda pastavam com um sorriso nas beiças.
LNT
[0.022/2014]

O que teve de ser teve muita força

Paulo Portas

Foi assim, e só assim, que o irrevogável ego-político português justificou a sua irrevogabilidade revogável.
Parece ter sido simples, e foi.

O que o tinha colocado na situação de irrevogável foi a substituição de Gaspar por Maria Luís e a sua grande vontade de ser mais do que aquilo que ele era.

Quanto à primeira condição, nada.
Quanto à segunda, o aumento do poleiro e a ego-vaidade do palacete, teve toda a força do Mundo.

E o PP que resta do CDS, o que adora o líder e entende que continua a ser útil para Portugal o francesismo "o Estado sou eu" (daí o interesse nacional), aplaudiu.

Confirma-se que todas as missas continuam a terminar com ámen.
LNT
[0.021/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCLII ]

Livros
Ofertas de leitura - Natal 2013 - Lisboa - Portugal
LNT
[0.020/2014]

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

5 - Blogoditos - 5 [ XI ]

Blogs
Depois veio a revolução e a democracia e a alfabetização e a democratização e massificação da educação, e os filhos dos técnicos das indústrias dos Alfredos da Silva, e netos do homem rural, analfabeto e ileterato da 3.ª classe, ficaram doutores e engenheiros e advogados e médicos e o Diabo a quatro, e começaram a ler e a pensar pela sua própria cabeça e a preocupar-se e a ter opinião [heresia!] e há que pôr as coisas no seu devido lugar. "Manda quem pode, obedece quem deve".
José Simões

Milhares de portugueses andaram a pedir facturas com o nome e o número de contribuinte do primeiro ministro. Agora, têm o resultado: vão sortear carros para quem pediu factura.
Tomás Vasques

O país agitou-se no apuramento de onde estava José Sócrates num certo sábado de 1966, em que deveria ter 8 ou 9 anos e decorreu um jogo de futebol importante para a mitologia nacional dos heróis do mar. É revelador de quem somos que um ex-Primeiro Ministro vasculhe a sua memória para relatar com precisão esse longínquo dia, que a imprena se mobilize para o fact-check de tão importante declaração e que o assunto se estenda por vários dias na imprensa e no comentário político, incluindo os mais nobres espaços.
Paulo Pedroso

Portugal, Espanha e Irlanda receberam por estes dias os favores do mercado financeiro como já não acontecia há muito. As taxas de juro que a Espanha conseguiu hoje foram as mais baixas desde a crise bancária. O Tesouro português já se deu por satisfeito por ter descido abaixo dos 5%, e o «mercado secundário» deu o seu aval à compra de dívida dos países recentemente sob suspeita de incumprimento. Até esta hora só falta algum analista de mercados- dos que sabem- explicar a preferência deste dia, e como os compradores se irão ressarcir.
José Medeiros Ferreira

Onde estão os imbecis e chantagistas, incluindo aquele de Bruxelas que cheira a peixe, que tantas vezes disseram que um chumbo do Tribunal Constitucional afastaria Portugal dos mercados? Se fossem gente honesta viriam agora a público para pedir desculpas aos portugueses que tentaram intrujar.
o Jumento
5 - Blogoditos - 5 é uma rubrica de 6ª Feira que transcreve citações interessantes de cinco autores de Blog em cada semana.
LNT
[0.019/2014]

Terrorismo

Confesso ser fã do Der Terrorist. Gosto da forma como José Simões diz as coisas, gosto quase sempre do que ele diz e, principalmente, gosto da boa forma que revela ter em relação ao que de importante se passa por aí.

Confesso que o Der Terrorist me serve muitas vezes de indicador para fazer o meu próprio comentário. Considero esse Blog como um farol.

Fica o agradecimento e sigo para um exemplo:

«A Juventude Popular apresenta ao Congresso do CDS-PP uma moção [...] na qual defende um recuo do ensino obrigatório do 12º ano para o 9º ano»

É verdade que José Simões já disse quase tudo o que havia para dizer sobre o assunto mas gostava de acrescentar que é bom não esquecer que, com a pretensão dos meninos da Juventude do que resta do CDS, fica patente que essa rapaziada já nem sequer tem um resto das características que definem juventude, nem um resto dos princípios da Democracia Cristã Europeia, nem um resto do que resta da decência que levou as Nações Unidas a elaborar a Carta dos Direitos Humanos cuja proclamação transcrevo:
Proclama a presente Declaração Universal dos Direitos do Homem como ideal comum a atingir por todos os povos e todas as nações, a fim de que todos os indivíduos e todos os órgãos da sociedade, tendo-a constantemente no espírito, se esforcem, pelo ensino e pela educação, por desenvolver o respeito desses direitos e liberdades e por promover, por medidas progressivas de ordem nacional e internacional, o seu reconhecimento e a sua aplicação universais e efectivos tanto entre as populações dos próprios Estados membros como entre as dos territórios colocados sob a sua jurisdição.
LNT
[0.018/2014]

Nota técnica: (act)

Recorrentemente, no início de cada ano, a PT falha com o servidor onde estão alojadas as imagens deste Blog, sob a url http://inet.sitepac.pt. A normalização demora mais ou menos, conforme os anos e a boa disposição dos técnicos de serviço e cria sempre as dificuldades que são patentes à hora que escrevo.

É lamentável, mas nada poderei fazer senão pedir desculpa (de uma culpa que não tenho) aos meus muitos leitores.

act: Pelo que vejo a questão técnica está resolvida. Desta vez durou só um dia, milagre!
LNT
[0.017/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCLI ]

Boca Inferno
Boca do Inferno - Cascais - Portugal
LNT
[0.016/2014]

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Fundo do poço

RolhaLeio na primeira página de o Público que Paulo Portas poderá ser um bom candidato à Presidência da República e concluo, tal como o teria feito o venerado Padre Américo, que não há maus candidatos à Presidência da República.

Isto só passou a ser possível por se ter batido no fundo do poço, neste caso, no fundo do poço de Boliqueime.
LNT
[0.015/2014]

Laparoscopias *

HalloweenPoderemos chamar paraplégico a um indivíduo amputado das duas pernas? Substantivamente não, porque se a paraplegia é um estado caracterizado pela paralisia dos dois membros inferiores, só existe caso existam os membros.

Isto é um texto negro, reconheço, mas serve para reflectir sobre o enorme sucesso expresso pela evolução positiva do nosso desemprego que está agora abaixo dos máximos conseguidos desde sempre para nos situarmos nos máximos que anteriormente já tinham sido atingidos em 2013. Um sucesso de pouca-vergonha, como é fácil de entender.

Os desempregados (só os registados nos centros de emprego) passaram a ser menos. Muitos deixaram a sua condição de desempregados para passarem à de emigrantes, reformados, morridos-matados, desistentes de inscrição porque de nada lhes servia a não ser para serem massacrados pela burocracia, etc.

Foram decepados, digamos assim para poder relacionar com o primeiro parágrafo.

Deixam de ser desempregados tal como os paraplégicos o deixam de ser se forem amputados.

* Embora pareça, o título não se refere a noções de observação dos láparos.
LNT
[0.014/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCL ]

CDS
Legislativas de 2009 - CDS - Portugal
LNT
[0.013/2014]

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Somewhere over the rainbow

LeitãoAlgures, entre Sangalhos e Fermentelos, Paulo Portas vai reunir o seu Partido este fim de semana.

Terras famosas pelo leitão e pelo espumante são propícias ao encontro borbulhante onde não faltará o malhar no Constitucional para justificar os fins atingidos por todos os meios, incluindo os que espezinharam as linhas amarelas e rubras da pouca-vergonha trocadas por um punhado de honrarias e um palacete no Jardim Zoológico.

O irrevogável pantomineiro-mor vai ter tribuna para azucrinar a oposição com as habituais tretas do arco da governabilidade e das responsabilidades que cabem a cada um dos raios desse arco. Também em arco há-de colocar as sobrancelhas quando epistolar sobre as "questões estruturais" fazendo crer que foram alguma vez por si definidas.

Portas, em sede de fornos e assados, vai fazer o sarrabulho do costume com o que resta do sangue do ex-CDS, fingindo que apresentou um modelo de reforma e que a gordura que tem no prato vem da pele dos javardos infantis estorricados na zona e não do pote recheado com o confisco que tem feito aos contribuintes a que antes garantia defesa.

Resta saber se culminará mais este ritual com a visita a um lar de idosos ou, à míngua, se os irá contactar nas ruas, nas camas de cartão para onde os empurra desde que lhes surripiou os votos.
LNT
[0.012/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCXLIX ]

Galeirões
Galeirões - Alentejo - Portugal
LNT
[0.011/2014]

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Inconseguida segunda figura

AR em obrasO mal não foi Assunção Esteves ter sido eleita como Presidente da Assembleia da República porque isso aconteceu na sequência da demente ideia de quererem pôr no lugar um senhor comovido com crianças que corriam atrás de galinhas que levavam pão no bico e a senhora, em comparação com tal peça, até parecia boa coisa.

O mal é que Assunção Esteves ainda lá está para dizer coisas em vez de estar a gozar, de perna estendida à sombra da bananeira – aproveitando viver numa república delas, a choruda pensão que beneficia por serviços de relevância nacional.

E não se pode exonera-la?

Já não bastava termos uma troika externa para nos moer, uma outra interna para nos empobrecer e uma primeira figura para nos pôr a ferver?
LNT
[0.010/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCXLVIII ]

Tito de Morais fotobiografia
Fotobiografia de M. Tito de Morais - CCTM - Portugal
LNT
[0.009/2014]

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Respeito pela memória

TumbaSou dos que respeitam a memória dos mortos, principalmente daqueles que, em vida, nos serviram de exemplo.

Sou dos que nunca se deixam de espantar com os que desrespeitam os vivos, abandonando à sua sorte e sugando a sua vida até que a morte os leve, para depois usarem a sua memória como troféu.

Embora seja um desrespeitador da memória de Sebastião José, duma memória que só tenho por ser memória deste País, tenho como lição a frase que lhe é atribuída que mandava enterrar os mortos e cuidar dos vivos.

É em defesa da memória dos mortos que me serviram de exemplo enquanto vivos, que me revolta ver tantos mortos-vivos, de quem não rezará a memória, agarrarem-se às urnas na esperança de partilharem, com os que partem, alguma glória que esses mortos-vivos nunca conseguirão.
LNT
[0.008/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCXLVII ]

Porto Côvo
Porto Côvo - Alentejo - Portugal
LNT
[0.007/2014]

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

E a palavra do ano foi para...

BombeirosBOMBEIRO

Deu-se, assim, preferência a uma boa palavra. Os portugueses preferem palavras com bom sentido, às do sentido dúbio como p.e. IRREVOGÁVEL e às de sentido de roubalheira como p.e. SWAPES (antecedidas ou não de Miss).

Bem escolhido, principalmente num ano em que tantos tombaram heroicamente na defesa das populações e no combate ao fogo que devastou o nosso País.
LNT
[0.005/2014]

Morram, canalha!

CampaO Tribunal Constitucional disse-lhes que aquilo que eles queriam fazer era ilegal. Eles, os tais que não são capazes de ir para além de um borrão sobre a reforma do Estado e a confundem com cortes cegos, ilegais e segregacionistas, deitam a mão que empobrece a quem já pouco pode reivindicar.

A voz de ataque aos reformados do Estado é cada vez mais: "Morram, canalha!"

Se não cortaram de uma forma, espoliam de outra, ainda que para tal transformem um seguro de saúde destinado aos trabalhadores e ex-trabalhadores da Administração Pública (ADSE) num luxo com custos superiores a muitos seguros de saúde privados existentes no mercado.

Acresce a esta acção, mais do que a sustentabilidade do seguro de saúde, a promoção do seu abandono, fazendo crescer drasticamente o recurso ao Serviço Nacional de Saúde, provocando-lhe a eminência de ruptura por penúria e caos.

Note-se que a ADSE, ao contrário do mito urbano que pretende fazer crer tratar-se de uma benesse de um sector com elevados custos para o Estado, funciona sustentada nos descontos dos trabalhadores e pensionistas do estado em acrescento à taxa social única (que eles igualmente pagam como todos os outros trabalhadores).

O abandono da ADSE (a ADSE é voluntária) provocado pelo aumento do seu custo será especialmente sentido nos reformados do Estado uma vez que se soma ao acumular dos cortes que inviabilizam o sustento dos seus beneficiários.

Nunca será demais lembrar que, se há alguém que nunca teve qualquer hipótese de “fugir” aos descontos correctos para a aposentação, são os trabalhadores da Administração Pública e, curiosamente, é nos seus reformados que se concentram os saques, depois de terem sido esbanjados, ao longo dos anos, os fundos da CGA para tapar buracos do Orçamento do Estado, logo, em proveito de todos.

O incentivo ao abandono da ADSE tem por objectivo, de com uma só cajadada, prejudicar o Serviço Nacional de Saúde e exterminar os reformados da Administração, a quem insistem em chamar de pensionistas para os confundir com os beneficiários das pensões sociais.

ET: para ajudar a matar o tal "mito urbano" que fala dos custos para o Orçamento do Estado, favor ler, pág 52 e seguintes, o documento da ADSE onde está referido o seu financiamento.
LNT
[0.004/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCXLVI ]

Castelo Arraiolos
Castelo Arraiolos - Alentejo - Portugal
LNT
[0.003/2014]

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

A fava

Bolo-rei2014 até parecia que tinha começado menos mal, apesar de tudo ter começado pior do que tinha acabado em 2013, e depois entrou aquele senhor eleito com 2.231.956 votos num universo de 9.657.312 pelas nossas casas como que a fazer lembrar que tudo pode ser pior.

É preciso muito estômago e muitos litros de suco gástrico para digerir uma fava durante cinco anos.

Maldito bolo-rei.
LNT
[0.002/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCXLV ]

Mahatma Gandhi
Mahatma Gandhi
LNT
[0.001/2014]