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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

O Poder látex

PerservativosVolto ao tema que considero um dos mais graves atentados à continuação de Portugal. O decréscimo da natalidade.

Quando Passos Coelho anunciou, como bandeira, que iria constituir um grupo de estudo para estudar o estudo que um grupo de estudo já tinha feito sobre "n" estudos anteriores, veio ensaiar mais uma das suas habituais rábulas.

Ele sabe que o seu governo látex funciona como a camisinha que evita os meninos porque, para que eles sejam concebidos, têm de ter condições de viabilidade asseguradas.

Dantes, "no tempo da outra senhora", era mais fácil.

Fazer crianças nessa altura, era encarado como a construção de uma bolsa de mão-de-obra desqualificada barata e para se conseguir atingir o objectivo bastava uma côdea de pão barrada com muito analfabetismo e ignorância.

Isto de ter uma percentagem elevada de população instruída é uma grande chatice, principalmente se essa população ganha a consciência de que fazer crianças implica ter de lhes dar de comer e de vestir e garantir estudos e cuidados de saúde. Implica esperança no País, no trabalho e na qualidade de vida futura.

Ao anular todas estas condições, o governo látex funciona justamente como funcionam os preservativos, distinguindo-se deles por não ter associada a função de inibidor de doenças sexualmente transmissíveis e dificultar o prazer por falta de lubrificação.
LNT
[0.076/2014]

sábado, 11 de janeiro de 2014

Tempos de propaganda

ChoquesPara atrapalhar o CDS e a intenção que anda em terra de leitões para diminuir o ensino obrigatório, Passos Coelho reuniu com o seu povo “trabalhador” e disse que um dos grandes problemas nacionais é a falta de qualificação dos trabalhadores.

A seguir teve a “lata” de afirmar que, no entanto, o mais grave problema de Portugal é a baixa de natalidade. A “lata” é directamente proporcional ao apelo que o seu Governo fez para que os jovens emigrassem, uma espécie de:
reproduzam-se que cá estaremos para vos formar e para vos mandar lá para fora enriquecer os ricos e melhorar-lhes a demografia.

Mas não se ficou por aqui. Disse também que a natalidade está a baixar em toda a Europa, o que não sendo completamente mentira deveria ser enquadrado com o que se sabe sobre os efeitos directos do desemprego.

Deixo-lhe uma pista (Fertility reactions to the ‘Great Recession’ in Europe: Recent evidence from order-specific data - Joshua R. Goldstein; Michaela Kreyenfeld; Aiva Jasilioniene; Deniz Karaman Örsal)

Faça o favor de ver o gráfico da pág.101 e tentar entender.
LNT
[0.024/2014]

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A certeza nas dúvidas

DesdentadoEm Portugal é quase sempre difícil fazer uma análise correcta porque os dados fornecidos nunca comportam o rigor que permite saber a verdadeira extensão das questões.

Vem isto a propósito do tão propalado decréscimo de nascimentos e das gravíssimas consequências que advirão.

Lê-se no Expresso que se chega aos valores conhecidos com base na quantidade de testes do pezinho que têm sido realizados (não poderia haver melhor indicador?) e mistura-se tudo isso com os nascimentos dos descendentes imigrantes que retornam aos seus países e com a emigração que está a levar hordas de casais jovens (sem se pronunciar, p.e., sobre os nascimentos que esses casais promovem no exterior).

O problema é um dos mais graves devido às suas consequências, porque o decréscimo de natalidade vai por em risco todo o equilíbrio que sustém o nosso padrão de vida.

Estes estudos deveriam ser encarados com maior seriedade e deles deveriam resultar propostas para medidas eficazes. Termos o nosso destino na mão de contabilistas que só falam de tostões sem revelarem qualquer visão de futuro vai acabar por nos custar muito caro.
LNT
[0.313/2013]