terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Feliz 2014

Ano 2014

Para 2014 faço votos para que se realizem os votos que abram nova esperança.
Vai-nos competir a construção de um ano melhor.

Luís Novaes Tito
[0.511/2013]

Preparem os foguetes, vem aí 2014

DaliPortas e o CDS de Portas (CDS/PP) abriram a época com um relógio descendente a caminho da explosão ou da implosão, usando o estilo televisivo Marcelista que nunca acerta, mas também não erra.

Preparem o foguetório da propaganda que a defenestração anunciada pelo encolher dos números não passa de simulacro.

Os bigorrilhas continuarão por cá a vender-nos, a tostão e aos pedaços, respaldados no velho do Restelo-baixo e a inaugurar relógios que marcam o tempo inverso ao tempo que querem ganhar.

Se for verdade que 2014 será o ano seguinte a 2013 (adaptação literária de um dito Gasparalhinho) e se o relógio não parar de contar, havemos de chegar ao zero absoluto seguindo a trajectória em que estes zeros nos puseram.

Não é grande teoria para finalizar o ano, sei, mas foi o que se pôde arranjar. Faltam as doze passas. Uma por cada um dos meses que irão passar, de Dezembro a Janeiro.
LNT
[0.510/2013]

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Resumo de 2013

ManequinsPela mão dos sabujos, Portugal transformou-se num saco de pancada e os portugueses perderam o respeito de qualquer gato-pingado solto nesse Mundo.

No Parlamento Inglês chama-se tolo a um português (frisando que se trata de um português para que não fiquem dúvidas) que desempenha funções nas Nações Unidas e, numa terra de ninguém, alguém chama infantil ao Presidente de Portugal.

Oficialmente nada acontece.

É este o resumo dos efeitos da política de subserviência internacional imposta pelos mandantes nacionais e consolidada em 2013 (nem vale a pena relembrar outros incidentes recentes).

Ao País dos "bons alunos" deseja-se um feliz ano novo e a continuação dos "sinais" de sucesso.
LNT
[0.509/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCCXLIV ]

Santo António
Sermão de Santo António aos Peixes - António Vieira - Vos estis sal terrae
LNT
[0.508/2013]

domingo, 22 de dezembro de 2013

Boas-festas


A gerência desta Barbearia deseja Festas boas e felizes a toda a sua selecta clientela (e à restante também)
LNT
[0.507/2013]

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Precaucionatória

CoelhosDizem que não existe tal coisa. Nem antes, nem depois do acordo. Mas existe precaucionar que é relativo a tomar precauções o que, em termos de planeamento, pressupõe acções preservativas.

Sabendo que os láparos se multiplicam como praga caso não encontrem predadores que mantenham a prol em níveis de equilíbrio ambiental, ou caso não sejam vítimas de uma qualquer hemorrágica viral que lhes sirva de controlo, prevê-se que o tal “precaucionatória” seja um termo distrativo para precaucionar a tendência que os coelhos têm para o truka-truka (em latim: troika-troika).

Seja como for, estamos lixados.
LNT
[0.506/2013]

Foram a Belém

Cães Raposa

Eles andam por aí, disfarçados de faz-de-conta, a ver se nos levam no trenó do Pai Natal até ao covil onde guardam, bem guardados, os presentes com que nos querem papar.

Eles, todos os que estiveram (e mais os ausentes) em Belém para saudar o velho-menino que tarda em sair das palhinhas para ressuscitar duas, três vezes, até ficar como aquilo que diz ser, foram levar ouro, mirra e incenso tirados a ferro e fogo aos que nunca escapam e, entre juras de amor e carinho, agradecer as bênçãos do Deus protector prometendo-lhe mais sacrifícios, incluindo de morte e miséria, em troca do apaziguamento na irrevogabilidade mentida.

Eles todos, os que foram e o que lá está, falaram de gente que sofre e morre e vangloriaram-se com fantasias que lhes enchem a boca com sabores do bem e do mal sendo que o bem é sempre deles, todos.

Pois que eles, todos, tenham um Santo Natal. Bom seria que fosse o último em que lhes fosse servido o bacalhau da consoada tirado do prato dos sacrificados.
LNT
[0.505/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCCXLIII ]

Chaparros
Chaparros - Alentejo - Portugal
LNT
[0.504/2013]

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Dignidade

Angela Merkel
Juro que vou dedicar os meus esforços ao bem do povo alemão, aumentar os seus benefícios, protegê-lo de danos, respeitar e defender a Constituição e as leis da Federação, cumprir conscientemente os meus deveres, e fazer justiça a todos.
Juro-o, assim Deus me ajude".
Ontem vi Merkel na televisão a jurar que iria “respeitar e defender a Constituição e as leis da Federação”. Que pena tenho que os governos em Portugal não façam semelhante juramento embora saiba que, observando o desempenho de topo nos últimos anos em Portugal, não andamos muito longe de dar razão à frase repetida na infância: “de que quem mais jura, mais mente”.

Quase blasfemicamente diria que lamento não ter Merkel como chefe do meu governo porque tenho de reconhecer a sua honra, ao contrário do que se passa por aqui.

Como democrata, respeito quem se dá ao respeito, isto é, quem independentemente das ideias que defende – mesmo sendo diferentes daquelas que defendo – revela honestidade e brio no cumprimento dos juramentos que faz.

Ao ouvi-la em tal juramento dei por mim a imaginar o desprezo que ela deverá ter por gente inqualificável que ocupa altos cargos nacionais e declara publicamente ser contra a Constituição designando o seu País como “protectorado” em violação logo ao primeiro princípio fundamental - “Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária.

Depois de ontem ter visto a dignidade da posse de Merkel compreendi melhor o desdém com que ela trata a rapaziada da Gomes Teixeira, infelizmente metendo-nos a todos no mesmo saco de gatos por admitirmos docilmente sermos governados no desrespeito da Constituição da República Portuguesa dando aso a que todo o tipo de burocratas europeus e de “mercados” internacionais se permitam tentar condicionar o nosso Tribunal Constitucional.
LNT
[0.503/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCCXLII ]

Boas-Festas
António José Seguro - Partido Socialista - Portugal
LNT
[0.502/2013]

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Tic-tac

Relógio de bolsoCom o mesmo ar impante com que deu o dito por não dito em troca de títulos e prebendas, Portas, o irrevogável e colossalmente demagogo há mais de trinta anos a salvar Portugal, descerrou um astrolábio digital que aponta para o fim da útil troika que ele e o seu Primeiro-ministro meteram porta dentro com a calçadeira de Belém.

Ainda não há certezas das novas passa-culpas que inventarão para dar continuidade à destruição em curso quando surgir o dígito zero, mas já se ouvem ecos de estar em preparação um cautelar para a machada final antes que se esgote o tempo de gatos-pingados que a democracia lhes deu e que Cavaco garantiu como certo.

É que ainda lhes falta um ano indispensável à beberagem que fermenta de novo no pote do quadro comunitário e há que manter o pagode entretido enquanto que, à falta de aeródromos abandonados, se formem técnicos para operação em ancoradouros submarinos.

O tempo urge!
LNT
[0.501/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCCXLI ]

Cascais
Pântano - Delta Mississipi - USA
LNT
[0.500/2013]

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Do fedor

BuleTinha jurado não abordar o fedor dos gatos porque me chateia fazer publicidade à MEO sem ser pago, mas é irresistível, principalmente depois de ler o que por aí se tem equacionado sobre a inclusão de Rodrigo no bando dos quatro.

Dizer que ele prestou um mau serviço ao jornalismo por confundir a sua profissão com o entretenimento é coisa tão válida como afirmar que um jornalista que entre numa gincana de automóveis passa a ser confundido com um carapau de corrida.

A questão não foi a do papel de humorista que Rodrigo se prestou a fazer (como se não estivéssemos todos habituados a ver jornalistas fazerem esse papel), mas sim a falta de humor que o papel revelou.

E o que entendo como verdadeiramente complicado é viver num País cujo Ministério Público avança com um inquérito a um comentador por ter chamado palhaço ao Presidente de República mas deixa passar em claro uma solução apresentada num canal de televisão (mesmo com a capa de humor) com a sugestão de atentado contra membros de um Governo.
LNT
[0.499/2013]

Sinais

SinaisÉ coisa bíblica.

Esta gente vê sinais que se mostram sem se verem, numa espécie de poesia mítica que nem Camões conseguiu expressar.

Agora foi a vez da anunciação irreversível feita pelo demagogo-mor antes de inaugurar o relógio decrescente que marca a partida daqueles que foram chamados a dar o corpo ao manifesto, como bode-expiatório, das políticas de saque e empobrecimento que estão em curso. Foi um "querer estar preso por vontade, servir a quem vence o vencedor".

Sinais que só eles vêem sem que alguém sinta o efeito na pele.

Sinais sempre antecedidos de um sinal de menos.

Sinais de que Passos Coelho e Portas já estão com o relógio que conta o tempo ao contrário apontado ao dia em que repetirão o foguetório da propaganda pura e dura baseada nas inverdades com que insistem em conduzir-nos por uma via de sentido único a caminho de um beco sem saída.
LNT
[0.498/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCCXL ]

Cascais
Cascais - Portugal
LNT
[0.497/2013]

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

O caso do estranho Primeiro-ministro [ II ]

CoelhoPassos Coelho acha, graças ao estado de graça que os entrevistadores lhe concederam, que tudo está a correr como o esperado embora ele não esperasse encontrar o que encontrou depois de ter jurado que estava preparado para dirigir o País e que conhecia profundamente aquilo que o esperava.

Não perceberam, pois não? Também os entrevistadores não perceberam e por isso deixaram-no a mentirar, as usual.

Mas Coelho disse mais e os entrevistadores também não lhe souberam sacar o que mais ele queria dizer. Disse que isto é para continuar e que ainda falta concretizar muito daquilo que o mandaram fazer, a saber:
Pensões – Exterminar todos os que tenham 65 anos ou mais e no caso de viuvez exterminar as(os) viúvos;

Educação – Exportar os jovens licenciados em idade fecunda para que os seus descendentes sejam educados no exterior sem encargos para o Estado português. No caso dos jovens licenciados serem imberbes ou estéreis encaixá-los nos Gabinetes ministeriais;

Ciência e Tecnologia – Ceder os cientistas e investigadores portugueses aos países evoluídos (e emergentes) para criar boa imagem de Portugal. Fomentar que as suas capacidades e saber voltem a dar, nesta vez no exterior, novos mundos ao Mundo;

Saúde – Utilizar os recursos das rubricas de vacinas em aquisição de estricnina;

Emprego – Substituir o subsídio de desemprego por uma côdea de pão de forma a conseguir uma horda de miseráveis disponíveis para trabalhar intensivamente em qualquer coisa por uma carcaça inteira;

Justiça – Fomentar a bufaria e extinguir os tribunais e as forças de segurança. Fazer de cada filho um delator e de cada colega um traidor;

Serviços públicos – Reduzi-los à colecta acabando com as mordomias de satisfação dos contribuintes. Substituir as facilidades tecnológicas de cumprimento de obrigações fiscais por um corpo avançado de fiscalização punitiva.
Decididamente ficaremos no bom caminho. Assim chegaremos à tal diferença de crescimento positivo que permitirá que os calmos Coelhos e Portas e a casta superior (e exterior) voltem a ver reposto o poder de compra que temporariamente lhes foi retirado.
LNT
[0.496/2013]

5 - Blogoditos - 5 [ X ]

Blogs
afinal, é a própria Martinfer a afirmar que o contrato através do qual adquiriu os Estaleiros de Viana do Castelo se resume a uma mudança de nome dos gestores da empresa - entendendo que o argumento é suficiente para justificar que, dos 600 trabalhadores, apenas garantirá trabalho a cerca de 160!
Ana Paula Fitas

Ignorou o périplo que a dra. Albuquerque e o senhor vice andaram a fazer pelos credores a nível dito político. Só aprecia funcionários deles. No não dito, ficou claro, uma vez mais, que as pessoas são instrumentais e e meramente facultativas. O que importa é que, mesmo que elas não notem e não lhes diga respeito, há algures uma "economia a mexer" na sua cabeça. E, claro, já só lhe ocorre o próximo evento, o "programa cautelar" porque a dívida e a austeridade não perdoam. Quando for grande, quero ter aquela calma de morte. Boa noite e boa sorte.
João Gonçalves

Estou ainda a digerir as notícias de que Paulo Rangel poderá vir a ser o candidato de Pedro Passos Coelho nas eleições europeias. A confirmar-se é a minha linha vermelha e, muito provavelmente, para mim pelo menos, o fim de um ciclo.
Paulo Gorjão

Aparentemente mais fadado para carregar os tacos de Deus Pinheiro do que para administrar um banco central, fontes contactadas pela TSF fazem saber que o governador geriu com os pés um processo que exigia um tratamento com mãos de cirurgião e “temem prejuízos para a credibilidade do Banco de Portugal.”
Miguel Abrantes

Enquanto via a prestação do Coelho no compacto da TVI, não me saía da cabeça o livro de Gilles Lipovetsky “A Era do Vazio”. Na verdade , o homem de mão da troika em Lisboa é um lídimo representante do nihilismo que, como prenunciava Lipovetsky na década de 80, chegaria ao poder no século XXI.
Carlos Barbosa de Oliveira
5 - Blogoditos - 5 é uma rubrica de 6ª Feira que transcreve citações interessantes de cinco autores de Blog em cada semana.
LNT
[0.495/2013]

O caso do estranho Primeiro-ministro [ I ]

Merkel - Coelho

Passos Coelho acha estranho que a DG do FMI diga uma coisa e os amanuenses que se deslocam aos países em rapina façam outra.

Se o nosso PM não fosse igualmente um amanuense trataria dos negócios de Estado ao nível superior e deixaria que as equipas técnicas andassem no terreno a tratar de cumprir as ordens que recebem de cima.

Mas assim não é. O nível desta gente é o dos que se vergam perante os maiores e descarregam sobre os menores.

Por isso ele estranha. Nós não, embora lamentemos.
LNT
[0.494/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCCXXXIX ]

Quinteães
Quinteães - Minho - Portugal
LNT
[0.493/2013]

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Indicadores

Arrefecimento
No auge da excitação nacional apresentam-se os mais diversos indicadores para demonstrar que “a coisa está a mudar para melhor” como se não fosse verdade o ditado popular de que não há mal que sempre dure.

Há três destes indicadores que, nestes casos, são sempre chamados à colação, para além do significativo sinal positivo que representa a diminuição (milimétrica) da taxa de desemprego sem considerar os factores da emigração, do fim do prazo útil de manutenção da inscrição nos Centros de Emprego e a desistência pura e simples de procurar trabalho.

É a toma e a retoma expressa pelo aumento do consumo de energia eléctrica, pela melhoria da procura interna e pela diminuição “moderada” dos índices de exportação.

O primeiro é principalmente importante por indicar o aumento de actividade da indústria. Nos valores absolutos desse acréscimo, mesmo não considerando o aumento do consumo de lenha, há que desvalorizar o facto de este Outono/Inverno estar a ser de frio intenso.

O segundo, que deveria ser atribuído ao bom desempenho do Tribunal Constitucional por ter mandado repor o subsídio de Natal que o Governo queria gastar nos almoços a oferecer aos “mercados”, nada tem a ver com a quadra do homem barbudo e do Menino das palhinhas que incita ao consumo e ao derretimento do crédito de plástico.

O terceiro, que nada tem a ver com o sazonalidade da época baixa, como lhe chama o sector do turismo (um dos sectores considerados na exportação), não significa que a nossa indústria exportadora é radicalizada na prestação de serviços, esquecido o sector dos derivados de petróleo porque a matéria prima é de importação.

Ficamos assim conversados e à espera da conversa que o segundo-ministro vai ter com a dona Judite, esta noite, para anunciar que estamos no bom caminho (do empobrecimento) faltando ainda percorrer o trilho das pedras escavado no túnel sem luz à vista.

Não somos gregos, embora nos vejamos gregos para não explodir de alegria com tanto sucesso.
LNT
[0.492/2013]

Religiosidades

Arte sacra - ÓbidosSó me lembro de ter sido baptizado na idade da infância pelas fotos que existem nos herdados álbuns de família.

Nas idades seguintes, primeiro na dos sacramentos e andanças pelos Jesuítas, fiz o percurso habitual dos católicos e depois, na do armário e na da sequente idade jovem imortal, a busca da santidade arrefeceu.

Agora, quando começo a sentir que cada dia que passa é menos um que falta para atingir a concretização da finitude, dou por mim a repensar no diálogo com o divino e não acabo os dias sem fazer uma prece de agradecimento.

Partilho a minha oração:

Obrigado Senhor por mais este dia com vida e por menos um dia em que terei de aturar Passos e Portas.
Deo gratias pelo dia a menos no mandato de Cavaco.
Ámen!
LNT
[0.491/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCCXXXVIII ]

Casa dos Assentos
Casa dos Assentos - Minho - Portugal
LNT
[0.490/2013]

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Por falar em perdão

Obama

Fraternidade e perdão. Pois sim!

Vejam lá se é esse espírito, que tantos encontraram no bacalhau que Obama deu ao mano Castro, que está estampado na cara de Michelle?

Em tempo:
LNT
[0.489/2013]

Cartas de amor

BoteroNão é muito difícil estar em desacordo com Pedro Nuno Santos, embora não seja preocupante saber se se está, ou não, de acordo com ele.

Aliás presumo que a vossa questão ao ler este enunciado será a de saber quem é Pedro Nuno Santos, o que é uma questão lamentável porque é muito importante conhecer-lhe o pensamento.

Por exemplo é importante saber que Pedro Nuno Santos considera:
"O debate, dentro do Partido Socialista, sobre radicalismo e moderação é um debate estéril e fútil que serve apenas o propósito de alguns – que se auto-intitulam de moderados – de racionalizar e justificar a sua própria incapacidade de discordarem do programa liberal que a direita europeia e portuguesa tem vindo a implementar."
É importante porque é relevante que, tal como o texto que ele escreveu no I e este que vos escrevo aqui, todos saibamos escrever sobre os debates estéreis e fúteis transformando as folhas de papel em branco em folhas de papel com letras, ao que vulgarmente se chama "encher chouriços", e pelo meio aproveitar para dar umas porradas nos camaradas com quem não se está de acordo.

Razão tinha Álvaro de Campos quando escreveu: "Todas as palavras esdrúxulas, como os sentimentos esdrúxulos, são naturalmente ridículas", ao que acrescento - ridículas, estéreis e fúteis
LNT
[0.488/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCCXXXVII ]

Águia
Voar bem e alto mas não chegar ao ninho - SLB/PSG - Portugal
LNT
[0.487/2013]

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Cara-de-pau

Passos Coelho já não surpreende pela “inverdade”. O que surpreende é que cada vez mais se leia e oiça na comunicação social e nas redes sociais (dos seus poucos restantes seguidores) que ele é profundamente “verdadeiro”.

Quando a política de destruição de todos os avanços civilizacionais dos últimos 40 anos estiver concluída em Portugal haveremos de ouvir Passos Coelho afirmar, com a sua habitual cara-de-pau, que passámos a ser muito mais civilizados.
LNT
[0.486/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCCXXXVI ]

Azulejos
Viúva Lamego - Lisboa - Portugal
LNT
[0.485/2013]

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Extra extra

Adega GarrafõesSegundo as últimas notícias:
A RECESSÃO TERMINOU.

Conclusão: Nada que nunca comece poderá alguma vez acabar.

Agora só falta acabar também com o emprego que resta, as pensões dos velhos, a inércia dos jovens que continuam no conforto, a persistência com a educação, a baixa taxa de mortalidade infantil e com a garantia de cuidados de saúde (e já agora com esta gente que nos levou a este maldito estado, a tal situação de recessão que oficialmente terminou).

Ainda deveríamos ter ido mais longe, mandando abater todos os que chegassem à idade da reforma e com o abandono dos esbanjadores portadores de doenças crónicas.

Ainda há muita lama para cavar neste poço de onde renasceremos para a ordem natural das coisas e para as leis que regem a sobrevivência.

Estamos quase bem, tirando que o crescimento positivo continua a ser negativo em relação a igual período do ano anterior que, por sua vez, já tinha sido inferior ao do outro ano antes, mas lá chegaremos.

Da terra queimada há-de brotar erva fresca e, como os animais mais fracos que a comiam sucumbiram também no fogo que a queimou, não faltará verde no pasto dos garanhões que foram preservados.
LNT
[0.484/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCCXXXV ]

Rui Perdigão
Rui Perdigão - Lisboa - Portugal
LNT
[0.483/2013]

domingo, 8 de dezembro de 2013

Renascer para assim ser

BoliqueimeAlguém dos vencedores do Presidente poderia explicar-lhe que, se Mandela perdoou aos que o mantiveram no cativeiro, só o pôde fazer porque o encarceraram por ele defender, com os meios de que dispunha, a humanização do que de mais humilhante se fazia contra a humanidade na África do Sul.

Nós sabemos que quem nunca tem dúvidas e raramente se engana e que quem julga que todos os outros terão de nascer pelo menos duas vezes para serem como ele, também se acha no direito de afirmar que (subentenda-se: ao contrário dele) “Alguns nunca mexeram uma palha para ajudar Mandela

Nós sabemos que devemos ser bons alunos, cordatos e nunca dizer mal dos mercados.

Nós sabemos e lamentamos que, pelo menos nos próximos anos, ainda teremos muito mais disto que é como quem diz, que ninguém nascerá duas vezes nem ninguém quererá fazê-lo para assim ser.

Três leituras aconselhadas:
- Constituição da República Portuguesa;
- Francisco Seixas da Costa;
- Isabel Moreira.
LNT
[0.482/2013]

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

5 - Blogoditos - 5 [ IX ]

Blogs
(...) hoje é dia para recordar que, tal como enviou condolências ontem «em nosso nome», foi também «em nosso nome» que, em 1987, enquanto primeiro-ministro, mandou que Portugal votasse CONTRA esta Resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, que exigia a libertação de Mandela, então condenado a prisão perpétua. Não foram 50, nem 20, nem 10 os países que o fizeram, mas apenas três (como pode ser verificado neste quadro com o resultado da votação): Estados Unidos, Reino Unido... e Portugal. Cavaco, como sempre bem acompanhado, desta vez por Reagan e Thatcher. Já vieram alguns insinuar que o objectivo foi «proteger» a colónia portuguesa da África do Sul – atitude timorata e mesquinha, típica de um governante servil e também mesquinho, ontem como hoje e como será até morrer. E sobretudo, repito, sem vergonha na cara.
Joana Lopes

É também essa a razão pela qual a história será certamente pouco generosa com Cavaco. Porque ao contrário de tantas figuras históricas, algumas das quais portuguesas, Cavaco nunca arriscou a vida, a liberdade ou sequer o seu conforto, fosse ele material ou político, por algo em que profundamente acreditasse. E já será porventura generosidade excessiva presumir que acredita em algo, politicamente falando.
Não sei que epíteto a história lhe reservará. Mas o grande hipócrita é uma forte hipótese.
Nuno Oliveira

Creio que na tua religião não há santos, Madiba.
Julgo que na tua ciência, Madiba, os heróis são feitos das mesmas partículas e forças que estão na matéria de qualquer outra pessoa.
Hoje, no dia depois do teu passamento, Madiba, tens razão nessas tuas crenças: não há santos nem heróis disponíveis, porque todos os santos e todos os heróis estão hoje ocupados a admirar-te e a tentar ainda compreender quem és. Com saudades de seres único.
Quando eu crescer, Madiba, quando eu crescer o suficiente para saber quem és, quero compreender o segredo íntimo da humanidade: como é ser como tu, Mandela. Como um dia vai ser possível sermos como tu. Mandela, não te rias: deixa-nos sonhar. Tu, aquele que sonhou melhor e mais forte do que todos nós.
Obrigado.
Porfírio Silva

O problema das dicotomias em preto-e-branco, como a que é apresentada por Manuel Alegre sobre o "bom" e o "mau" socialista, reside em que muita gente (como o autor dests linhas) não se revê substantivamente em nenhuma das categorias, por concordar com alguns traços de uma e de outra e rejeitar outros tantos de ambas.
O maniqueísmo político raramente é bom conselheiro, muito menos dentro da mesma família política.
Vital Moreira

A banca dos anos noventa não queria que os poderes públicos regulassem a sua excelentíssima actividade, sempre na iminência de provocarem um «risco sistémico» que o terceiro-estado pagaria . Há leis anti-cartéis, mesmo na Comunidade Europeia, porque fora o Moedas e o Maçães os governantes de todo o mundo conhecem as tentações de manipulação dos mercados pelos liberais.Desta vez o foco da manipulação estava nos entendimentos sobre as taxas de juro da Libor e da Euribor. Dez enormes bancos foram investigados pela Comissão Europeia que multou 8, entre estes o Deutsche Bank, a Société General, o Crédit Agrícole, o britânico HBSC.
Esta foi a primeira decisão de sempre da Comissão Europeia contra infracções às leis da concorrência no âmbito da actividade financeira.É um sinal, ou um álibi? .
José Medeiros Ferreira
5 - Blogoditos - 5 é uma rubrica de 6ª Feira que transcreve citações interessantes de cinco autores de Blog em cada semana.
LNT
[0.480/2013]

Hats off, Madiba!

Nelson Mandela

Já quase tudo se disse e nada sou para mais acrescentar sobre Nelson Mandela.

Ficam dois ensinamentos:
- Contra o absurdo da desumanização, resistir! Resistir sempre, porque o impossível mais não é do que aquilo que ainda não foi possibilitado.

- Porque tudo é reversível pode-se perdoar, nunca se pode esquecer.
LNT
[0.479/2013]

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Quase

Manuel AlegreQuase sempre estou de acordo com alguns e quase sempre estou em desacordo com outros. A uns e outros agradeço, sempre, por me proporcionarem a escolha do semelhante ou do diverso.

A todos agradeço, sempre, os mais ou menos ensinamentos que me proporcionam o quase sempre que me faz distinto.

Um dos casos do quase sempre de acordo é Manuel Alegre. A este quase sempre associo o frequentemente, que não é mais frequente porque nem eu pretendo ser igual, nem ele ambiciona que alguém se lhe iguale.

Vem isto a propósito do socialista bom e do socialista mau, sendo que Alegre se considera socialista mau e eu, ao lê-lo, fico-me por ser umas vezes bom e outras mau, quase sempre mais para o mau mas nunca para o socialista mais-ou-menos.
LNT
[0.477/2013]

Das possibilidades

MagritteQuando a política é entregue a radicais da destruição porque os seus "eus" se sobrepõem ao interesse geral, é o que dá. Crato faz parte do pacote "além-troika", um bando de selvagens determinados em anular tudo o que de bom foi feito até agora e em transformar em cinzas os esforços das gerações anteriores para que as seguintes tivessem na mão as ferramentas que as fizessem competitivas.

Trata-se, segundo os ideólogos do “viveram acima das possibilidades”, de uma teoria de normalização por baixo que inviabilize a subida da fasquia das possibilidades, com isso garantindo uma multidão desqualificada destinada a suportar quem vive por cima.

Aproveitaram-se (e aproveitam-se) da parolice nacional que vê sempre a luz naquilo que vem de fora para assegurar um escudo de justificação ao uso dos lancha-chamas com que estão a reduzir eventuais pretensões de igualdade nas oportunidades. O ajuste de contas de uma segunda geração alçada ao poder pelo esforço colectivo que agora pretende assegurar para os seus, sem concorrência, o estatuto de elite.

Se não lhes pusermos travão acabarão por transformar o patamar cidadão em castas de cidadãos diferenciando-as pelo catálogo discriminatório dos “nossos” e dos “deles”.

Por isso nos estagnam e nos cegam do futuro.
LNT
[0.476/2013]

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Alarvidades

Assembleia da República - ObrasOutro dia ouvi um deputado do PSD (Montenegro) anunciar que, há largos anos, Portugal não registava um decréscimo de desemprego tão elevado como aquele que agora foi anunciado.

(sic) "o que significa um desempenho que só encontra paralelo em fevereiro de 1999"

Demorei dias para poder deixar o registo neste blog devido à dificuldade de o fazer sem que ao mesmo tempo não me abstivesse de proferir um forte insulto contra quem se atreve, a partir da Assembleia da República, a proferir tal alarvidade provocatória que revolta a inteligência de um povo subalternizado e ultrapassa em cinismo e em pouca vergonha qualquer outra das muitas provocações que têm sido feitas aos portugueses.

A desfaçatez desta gente já não tem qualquer catalogação.
LNT
[0.474/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCCXXXI ]

ACIME
ACIME - Campanhas Afectos/Encontros - Portugal
LNT
[0.473/2013]

domingo, 1 de dezembro de 2013

Restauração

Portugal

Faz umas centenas de anos que Portugal deixou de ser um protectorado, como lhe chamavam aqueles que entendiam que a bota ou o dinheiro determinavam a renúncia à nacionalidade.

Deixou de ser um dia de feriado nacional por submissão aceite por aqueles que hoje entendem não importar o combate contra a bota e o dinheiro e voltam a querer passar para o Mundo que somos um protectorado de alunos submetidos e agradecidos.
LNT
[0.472/2013]