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terça-feira, 8 de março de 2016

Uma palavra de gratidão

Cavaco Silva Luís Novaes Tito Carolina Tito de MoraisGrato por ter conseguido passar dez anos em Portugal sem um Presidente que me representasse desejo ao cidadão Aníbal Cavaco Silva longa vida e salutar aposentadoria.

Cá estaremos, com todo o gosto, disponíveis para a pagar (a aposentadoria e outras benesses), na certeza de que agora todos ficaremos melhor.

Palavra de gratidão dita e escrita passemos ao que interessa.

Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente que daqui a será empossado, não foi eleito com o meu voto mas isso não lhe retira um milímetro da representação que lhe reconheço, aliás na sequência do seu discurso inclusivo proferido no dia das eleições.

Desejo-lhe os maiores sucessos políticos e pessoais no mandato que agora inicia.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.014/2016]

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Countdown

Adeus Cavaco

Não, isto não é uma coisa irracional ou, sequer, uma coisa de ódio.

Antes pelo contrário, desejar que, quem tão mal fez a Portugal, se retire com a dignidade que impossivelmente não lhe foi possível embora tudo se tenha feito para que assim fosse é quase um acto de amor, embora de um amor masoquista.

Faltam exactamente para que os portugueses possam finalmente, ao fim de décadas, verem-se livres do sectarismo, amuo, tabu e pesporrência de alguém que evocou, como primeira qualidade para ser eleito, o facto de ser economista mas que não deixou de ter no seu mandato um pedido de auxílio externo por iminência de banca rota.

Às nove horas do dia nove do terceiro mês de dois mil e dezasseis voltaremos a ter um Presidente de todos os portugueses.

Viva! Urra!

LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.010/2016]

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Aos figos

Cavaco aos figosCinquenta dias depois de Cavaco ter percebido que afinal nem todos os cenários que traçou se podiam concretizar, o Presidente eleito pela menor maioria de sempre exigiu seis esclarecimentos que nada esclareçam e que ele nunca poderá atestar porque já não estará na Presidência para o fazer.

Se Costa lhe tivesse escrito uma carta de amor, ridícula como são todas, ficaria Sua Excelência tão ridiculamente esclarecido como já é ridículo o papel que anda a fazer.

Mas há aqui uma artimanha que parece estar a passar ao lado de todos os que nunca aprenderam a apanhar figos no Algarve.

Cavaco quer deixar uma papel assinado por Costa que permita ao próximo Presidente da República dissolver a Assembleia da República, no caso de se conseguir suceder por quem ele entende que o sucederá.

O Presidente que no seu discurso de vitória fez saber que só seria presidente de quem o apoiou, pretende agora deixar um testamento político que permita ao seu sucessor fazer aquilo que ele próprio não fez (por sua vontade ao deixar que as legislativas só se realizassem quando já não estivesse no pleno poder das suas competências).

Um dia há-de dizer, como ele sempre gosta de fazer, que bem avisou. Uma prática que usou em todos os tempos em que preferiu “avisar” do que fazer.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.296/2015]

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Um dos mais curtos Governos Constitucionais

Assembleia da RepúblicaUma vez tomada a decisão pelos órgãos próprios do Partido Socialista de apresentar uma Moção de Rejeição ao Programa do Governo que vier a ser apresentado pelos Partidos componentes da Coligação que venceu as eleições no passado dia 4, parece não haver dúvida de que estamos perante o mais curto Governo constitucional da História da democracia portuguesa pós 25 de Abril.

O Presidente da República decidiu o que tinha a decidir, remetendo para o Parlamento como constitucionalmente não poderia deixar de fazer, a responsabilidade da decisão dos deputados.

O Presidente da República vai ter a oportunidade de perceber que os deputados têm todos os mesmos poderes, direitos e deveres dos quais não podem ser excluídos por preferência presidencial. Vai ter a oportunidade de entender que os deputados eleitos pela maioria dos eleitores portugueses rejeitarão a continuação das políticas que foram seguidas pelo Governo que termina agora as suas funções.

Não será a primeira vez que um Governo Constitucional verá o seu Programa de Governo rejeitado. Aconteceu anteriormente com um outro, o III Gov. Const. de Nobre da Costa, embora fosse um Governo de iniciativa presidencial e não resultante de eleições.

Rejeitado este, volta a ser tempo do Presidente intervir. Veremos o que fará, embora o seu discurso de ontem tenha deixado pouca margem para decidir em conformidade com o superior interesse nacional que tanto gosta de referir.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.281/2015]

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Foi à farmácia beber um café

O mais alto magistrado da Nação resolveu pedir alterações constitucionais perante o poder judicial.

Uma sua prerrogativa. Até as podia ter pedido (mesmo que pró-memória) na abertura do baile da filarmónica da sua freguesia.

Mas, e nem sequer me pronunciando sobre o conteúdo do discurso e das alterações que propõe, pareceu-me exótico que o tenha feito junto do poder judicial e não no poder legislativo.

Possivelmente foi só uma troca de discursos. Afinal, qualquer um se pode enganar.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.273/2015]

terça-feira, 5 de maio de 2015

Parem de o viajar

Cavaco


Em apenas dois meses, Cavaco, reviu em baixa o PIB português.

Há dois meses, em Paris, previa 2% para 2015 e agora, em Oslo, prevê 1,7%.

Se o continuarem a mandar mais para norte (para a Sibéria, p.e.) estamos tramados.

Sabemos que o frio retrai e quanto mais perto do Ártico for a arenga, maior é a contracção do PIB luso do nosso economista azul.
LNT
[0.224/2015]

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Nós vos glorificamos, senhor, porque nos salvaste

Cavaco SilvaSerá que o último discurso de Cavaco no vinte e cinco do quatro (alegrem-se, será o último que profere nessa data e continua a contagem decrescente para que dele nos vejamos livres) vai andar à volta da temática do entendimento, mesmo depois de se saber, por Passos Coelho, que não há entendimento possível com o PS e que com o CDS também gostaria que não houvesse?

Ou será que a última homilia da data, que teremos de gramar proferida por Sua Excelência Inutilissima, versará o seu ego como se questionasse o espelho mágico para saber se há alguém mais belo e melhor binascido do que ele?

E nós arreliados por ainda não sabermos em que dia se realizará a tomada de posse do novo Presidente da República, seja ele quem for, para podermos pôr nos nossos Blogs um daqueles relógios que contam os segundos, as horas, os dias e os meses, para festejar.

Como Dali e Picasso já não pintam, quem será o artista surrealista ou cubista que o irá imortalizar na galeria dos presidentes? Ou será que ficará perpetuado, a seguir ao Paula Rego de Sampaio, por um trinado estridente de Katia Guerreiro?
LNT
[0.200/2015]

terça-feira, 10 de março de 2015

Desgostos

Não costumo rapinar mais do que algumas linhas daquilo que os outros dizem. Faço-o normalmente transcrevendo extractos com links mas hoje não resisto a transpor para este estabelecimento o vídeo publicado no Câmara Corporativa em que Reis Novais desanca magistralmente no maior responsável pelo estado miserável em que nos encontramos, tanto em termos sociais, como políticos, e um dos principais culpados por termos chegado ao estado de penúria em que nos encontramos.

Ao contrário de algumas críticas que tenho recebido onde sou acusado de ódio à pessoa que ocupa o lugar mais relevante de Portugal, quero reafirmar que o Dr. Cavaco não me causa qualquer ódio (ou amor) porque não consegue gerar em mim outro sentimento que não seja o de desgosto por ver o meu País simbolizado por si.

Ao menos o Dr. Cavaco podia ter sido menos cínico e chamar os bois pelos nomes e, em vez de ter plasmado no seu último roteiro palpites sobre o perfil que entende ser o adequado ao seu sucessor, esquecendo a contradição que Reis Novais explica no vídeo, ter logo dito a que cherne especialista em política externa se estava a referir.
LNT
[0.138/2015]

segunda-feira, 9 de março de 2015

Ainda falta um ano

Bolo-reiQuando o mais desvalorizado e impopular Presidente da República que tivemos até hoje em Portugal se arroga deixar lavrado nos seus panfletos autobiográficos o perfil que deverá ter o seu sucessor, ficamos com a certeza absoluta da incapacidade que tem de realizar a introspecção necessária para perceber o desamor da Nação.

Foi por esta mesma razão (arrogância ensimesmada) que Cavaco proclamou que as exigências de esclarecimento que o Primeiro-ministro deve ao País sobre os seus incumprimentos contributivos mais não são do que campanha político-partidária.

Como ele diz, um Presidente deve ter bom senso na pronúncia que faz. Perante o consenso existente sobre o seu desempenho não nos resta dúvidas do bom senso que lhe assiste.

Felizmente, daqui a praticamente um ano, deixará de nos azucrinar a paciência com os seus recados e conselhos.
LNT
[0.136/2015]

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Esperteza saloia

Cavacos
A situação favorável do mercado foi hoje salientada pelo Presidente da República. Cavaco Silva diferenciou Portugal da Grécia e assinalou a evolução das condições de mercado nos últimos tempos. "Quem diria há um ano que Portugal não precisava de um segundo resgate, que Portugal não precisava de um programa cautelar e quem se atrevia a antecipar que Portugal ia pagar antecipadamente ao FMI os empréstimos que foi obrigado a contrair", referiu à margem do Congresso do milho que se está a realizar em Lisboa.
Dito assim até parece que voltámos aos tempos em que vivíamos acima das nossas possibilidades. Claro que é bom trocar uma dívida com juros mais altos por uma outra com juros mais baixos, mas o que é verdade é que quando se troca uma dívida por outra (mesmo com vantagem) não se paga a dívida como o Senhor Professor Doutor destas coisas muito bem sabe.

Paga-se menos pela dívida, mas a dívida permanece.
LNT
[0.084/2015]

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Ligaram a ventoinha salgada (linguagem coelhina)

CavacoCavaco diz que nunca fez declarações sobre o BES.

(na Coreia) “Fiz três afirmações sobre o Banco de Portugal

Uma delas: “O Banco de Portugal tem sido peremptório, categórico a afirmar que os portugueses podem confiar no Banco Espírito Santo dado que as folgas de capital são mais do que suficientes para cobrir a exposição que o banco tem à parte não financeira mesmo na situação mais adversa e eu, de acordo com a informação que tenho do próprio Banco de Portugal, considero que a actuação do banco e do governador tem sido muito correcta”.

Uns dias depois foi aquilo que se viu e muitos portugueses, que acreditaram no Banco de Portugal que o Sr. Presidente considera muito correcta (...“as folgas de capital são mais do que suficientes para cobrir a exposição”...), foram espoliados dos seus haveres.

Sexa nunca fez declarações sobre o BES, é verdade, só referiu o Banco de Portugal acrescentando que “e eu considero que a actuação do banco e do governador tem sido muito correcta”.

Tudo isto depois de ter estado, pelo menos duas vezes, à conversa com Ricardo Salgado.

É disto que se faz a política ao mais alto nível em Portugal. É assim que o nosso Presidente da República, que raramente se engana e nunca tem dúvidas, protege os seus concidadãos.
LNT
[0.054/2015]

domingo, 8 de dezembro de 2013

Renascer para assim ser

BoliqueimeAlguém dos vencedores do Presidente poderia explicar-lhe que, se Mandela perdoou aos que o mantiveram no cativeiro, só o pôde fazer porque o encarceraram por ele defender, com os meios de que dispunha, a humanização do que de mais humilhante se fazia contra a humanidade na África do Sul.

Nós sabemos que quem nunca tem dúvidas e raramente se engana e que quem julga que todos os outros terão de nascer pelo menos duas vezes para serem como ele, também se acha no direito de afirmar que (subentenda-se: ao contrário dele) “Alguns nunca mexeram uma palha para ajudar Mandela

Nós sabemos que devemos ser bons alunos, cordatos e nunca dizer mal dos mercados.

Nós sabemos e lamentamos que, pelo menos nos próximos anos, ainda teremos muito mais disto que é como quem diz, que ninguém nascerá duas vezes nem ninguém quererá fazê-lo para assim ser.

Três leituras aconselhadas:
- Constituição da República Portuguesa;
- Francisco Seixas da Costa;
- Isabel Moreira.
LNT
[0.482/2013]

terça-feira, 23 de julho de 2013

Portugal refundido

Paulo Portas

Agora que está confirmado que aconteceu aquilo que sempre disse que ia acontecer, isto é, que o Presidente da República iria fazer um número para fingir que era uma entidade viva e que depois de assim ter aparecido voltava ao seu estado vegetal para satisfazer os desejos e ambições do seu Governo, fica a questão mais importante de todas.

Será que Paulo Portas, o putativo novo Primeiro-ministro em efectividade, conseguirá encontrar um palácio, palacete, forte, ou qualquer outro imóvel onde aloje, com a dignidade que lhe é devida, toda a sua irrevogável prosápia?

Deus queira que sim, senão acabará a dividir os cómodos de Belém com o seu tutelar e mumificado chefe o que não será bom nem para ele, nem para a Nação que ambiciona vê-lo bem mais alto do que os maduros do Coelho.

Não é todos os dias que o dono de um Partido tão minorca chega a tão importante cargo. A minoria agradece, a Nação aguenta, aguenta…
LNT
[0.245/2013]

domingo, 21 de julho de 2013

Nunca tenho dúvidas e raramente me engano

Cavaco Silva

Nada voltará a ser como dantes.

O Presidente da República olhou para o espelho enquanto escrevia o discurso e acrescentou:
Existe em Portugal um ciclo vicioso.

O resto da alocução, sem novidade, já conhecem. Um desperdício de tempo caríssimo.
LNT
[0.244/2013]

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Implosão

BiomboNão pode ser uma questão de surdez, aquela que levou o Presidente da República a fazer a alocução que ontem fez.

Cavaco ignorou que o seu Governo lhe apresentou uma proposta de solução, ignorou que o Partido Socialista há muito tomou a decisão de só se envolver após eleições e ignorou que o poder reside no povo português e não nos Partidos.

Cavaco arredondou as arestas do seu pensamento com palavras bem medidas mas que deixam clara a sua interpretação dos conceitos da democracia e do regular funcionamento das instituições.

Cavaco apelou a um consenso de exclusão ao dirigir-se só aos Partidos signatários do memorando. Para além do mais foi redundante e desajustado porque nenhum desses três Partidos repudiou, até hoje, a sua responsabilidade no cumprimento dos compromissos assumidos com a sua assinatura.

Cavaco atirou o País para uma campanha eleitoral prolongada sem ter marcado eleições. Nem demitiu um Governo que tem ministros demissionários e outros com guia de marcha assinada, nem apresentou uma solução, deixando o País paralisado e ainda mais dividido entre aqueles que são defensores de soluções democráticas e plurais e os outros que entendem que, no mínimo, há que suspender a democracia.

Cavaco foi o que sempre foi. Ouve, mas não escuta e entende que o consenso é a aceitação da sua vontade.

Cavaco fez, uma vez mais, aquilo que sempre fez:
- Recusou reconhecer que erra e que muitas vezes se engana;
- Atirou as suas responsabilidades e culpas para as costas dos outros;
- Empatou, enrolou, arrastou e dilatou até ao limite as questões que lhe queimam as mãos; e
- Negou, escondeu e disfarçou a sua politiquice em meias-palavras vestidas de tabus e silêncios.

Que se esteja ciente de que o discurso de ontem foi só o princípio do que está para vir. Ninguém pode acreditar que um Governo com cartas de demissão, ministros que sabem que estavam nas bordas de um caixote de lixo a aguardar substituição e uma Ministra das Finanças disposta a dividir a troika com um vice-primeiro-ministro que afinal o não é, é um Governo no pleno gozo das suas funções.
LNT
[0.227/2013]

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Contra os tabus, marchar, marchar

rebanhoA encenação circense do comunicado final do Conselho de Estado acabou por revelar mais um dos traços autoritários e de desrespeito que Cavaco tem pelos portugueses e pelos membros institucionais de um órgão que a Constituição (que Cavaco jurou cumprir e fazer cumprir) impõe.

Reconheço ser suspeito na defesa de Jorge Sampaio devido à amizade e camaradagem que já me levaram a consigo partilhar muitos momentos políticos nos últimos quase quarenta anos, mas essa suspeita não evitará que deixe testemunhado o seu perfil frontal e íntegro, o que o impede de dar cobertura aos joguinhos provincianos e tacanhos de Cavaco Silva.

Ao ler o título do I percebo bem a revolta de Sampaio e entendo que não lhe seja possível deixar passar impune um comunicado castrador feito pelo presidente da República em relação às matérias que foram abordadas no último Conselho de Estado. Note-se que Sampaio não quebra o sigilo a que está obrigado, antes se limita a insurgir-se com a falta de verdade contida nas omissões de Cavaco.

O protesto "com fúria" de Sampaio referido no I é próprio da verticalidade de um homem bom e de bem que não se deixa submeter.

Fico-lhe mais uma vez agradecido pela sua recusa de aceitar como inevitável a ideologia do pensamento único e da prepotência reinante no poder instituído.
LNT
[0.128/2013]