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quinta-feira, 2 de março de 2017

O Costa do Castelo (act.)

O Costa do Castelo
"ah, a pasta do banco!"
- dizia o António Silva.

E agora uma notícia em primeira mão (já pareço o pequenote dos sermões de Domingo na SIC).

Pode refastelar-se na cadeira do barbeiro e assistir ao desenrolar da trama, na primeira versão de 1947, onde Simplício Costa vai parar à mansão de Dom Simão e reencontra Mafalda, um seu antigo amor.

A intriga de Isabel Castelar atrapalha o romance de Luisinha e André mas tudo acaba em bem, ou não fosse esta treta um romance à portuguesa.



Em alternativa pode logo, no Jornal da Noite na SIC, seguir o segundo episódio na versão Século XXI, com investigação de Pedro Coelho.

Se perdeu o primeiro episódio, e tiver estômago suficiente, descontraia a cabeça e os pés nos encostos da cadeira do barbeiro e siga a reportagem.

O saco para o vómito é fornecido gratuitamente.



Fica o segundo episódio:



Fica o terceiro episódio:



Nota: Conforme prometido, este post foi actualizado com os 2º e 3º episódios.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.031/2017]

quinta-feira, 19 de março de 2015

Je suis Ricardo

Espírito SantoAté nem tinha o Dr. Ricardo Salgado em muito boa consideração porque me encanitava aquela pose em que normalmente o via quando as televisões o mostravam à mesa dos conselhos de administração do BES, ou nas mesas em que presidia a quase tudo o que acontecia em Portugal.

Agora mudo de opinião e estou quase capaz de me afirmar seu fã porque, perante a arrogância de pessoas como o Senhor Carlos Amorim da Assembleia, que fazem parte daquele grupo que venera os poderosos quando estão em pleno desempenho do poder e os desprezam quando ficam na mó de baixo, o Dr. Ricardo (apetece-me tratá-lo por tio Ricardo) mantém uma calma olímpica e consegue mandá-lo à merda sem o proclamar.

Je suis Ricardo! Nous serons tous Salé!
LNT
[0.152/2015]

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Ligaram a ventoinha salgada (linguagem coelhina)

CavacoCavaco diz que nunca fez declarações sobre o BES.

(na Coreia) “Fiz três afirmações sobre o Banco de Portugal

Uma delas: “O Banco de Portugal tem sido peremptório, categórico a afirmar que os portugueses podem confiar no Banco Espírito Santo dado que as folgas de capital são mais do que suficientes para cobrir a exposição que o banco tem à parte não financeira mesmo na situação mais adversa e eu, de acordo com a informação que tenho do próprio Banco de Portugal, considero que a actuação do banco e do governador tem sido muito correcta”.

Uns dias depois foi aquilo que se viu e muitos portugueses, que acreditaram no Banco de Portugal que o Sr. Presidente considera muito correcta (...“as folgas de capital são mais do que suficientes para cobrir a exposição”...), foram espoliados dos seus haveres.

Sexa nunca fez declarações sobre o BES, é verdade, só referiu o Banco de Portugal acrescentando que “e eu considero que a actuação do banco e do governador tem sido muito correcta”.

Tudo isto depois de ter estado, pelo menos duas vezes, à conversa com Ricardo Salgado.

É disto que se faz a política ao mais alto nível em Portugal. É assim que o nosso Presidente da República, que raramente se engana e nunca tem dúvidas, protege os seus concidadãos.
LNT
[0.054/2015]

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Divinas comédias

Cimissão BESClaro que as comissões de inquérito da Assembleia da República têm importância política e podem ser um meio complementar de apuramento da verdade para efeitos judiciais (uma vez que registam falas).

É assim em Portugal como na maioria dos países democráticos.

Também é verdade que, como diz Paulo Querido, “A comissão hoje tão badalada produziu mais ruído do que informação. É justamente vista pelos inquiridos como uma oportunidade de apresentarem narrativas elaboradas para estratégias de gestão de crise. Uma parte dos parlamentares usa o palco com evidente deleite mediático

Mas a questão da coisa não me parece ser tanto do palco mas mais dos comediantes residentes que nele actuam, sempre com o ouvido no ponto, sem capacidade para desmontar o guião e sem rasgo para desconstruir as narrativas e os enredos que as suas divas convidadas trabalharam à exaustão (com profissionais da pantomima) para levarem a representação à cena.
LNT
[0.334/2014]