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segunda-feira, 19 de maio de 2014

A CNE e o OMO

Não pagoA CNE anda nesta fona de ameaçar os blogs e as redes sociais com as punições que poderão advir para os identificados com nome de BI e para os outros que inventam nomes ou se apresentam como anónimos e carinhas de flores ou de bonecos nos Facebooks e quejandos, se ousarem fazer propaganda no período de adormecimento que antecede as eleições.

Entretanto fecha os olhos à barrela televisiva da nossa celta ministra da Fazenda, do rapazito Moedas e do dentuças branqueado que deixou de ser irrevogável assim que lhe deram um palacete e um título nobiliário na treta governativa desta triste República de barões e baronetes.

Igualmente entende que o OMO gasto com a saponária de um Conselho de Ministros destinado a falar de Sócrates e uma magna reunião dos chantagistas internacionais que se andam a banquetear com o que nos devia entrar na boca, são acções correntes sem fins lucrativos e que não exercem qualquer influência sobre os papelitos a botar nas urnas.

Não será caso para nos sobressaltarmos com este branco mais branco, não há, e fazermos uso do constitucional direito de desobediência civil?
LNT
[0.170/2014]

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Truques

EstatísticasCansado da conversa da treta que por aí vai, deu-me para mergulhar em 2009 e sacar que o PSD obteve nas últimas europeias 31,71% e o CDS 8,37% (logo, 40.08%). O PS obteve 26,58%.

Segundo os truques do costume faz-se saber que o PS poderá ter este ano mais uns 3% que a soma da coligação no poder, fazendo crer que se trata de uma vitória de pirro porque a alternância entre PSD e o PS exigiria que o PSD fosse fortemente penalizado dado ser poder.

Propositadamente esquecem-se os resultados que o CDS obteve em 2009. Aí reside o truque da propaganda, curiosamente também propagandeada pela esquerda dando boleia a facções do próprio PS, onde se esconde que os tais 3% significam uma desastrosa derrota dos partidos da coligação de direita que estão no poder.

Houvesse um CDS na esquerda portuguesa e já tudo seria diferente, mas a esquerda à esquerda do PS sempre conseguiu ser mais aliada à direita para derrubar o centro-esquerda do que a própria direita.
LNT
[0.162/2014]

terça-feira, 8 de abril de 2014

Campagne électorale oblige

CoelhoLeio que voltou a ser autorizada a discussão sobre o aumento do salário mínimo nacional.

Eleições oblige!

Ou por outras palavras:
"Digo hoje perante o país que o Governo está disponível para aprofundar o esforço de concertação (...), de modo a trazer para cima da mesa a discussão da melhoria do salário mínimo nacional e a revisão do que tem a ver com as condições da negociação colectiva"
(Pedro Passos Coelho)
O palavreado dissimulado misturado com a novilíngua desta gente, atinge o cúmulo quando nos aproximamos das eleições, apesar de tudo isso ter sido antecedido, fora do período eleitoral, de um "que se lixem as eleições".

"Digo hoje perante o País – disse para os trabalhadores do PSD (o País?);

"Que o Governo está disponível" – Disponível?

"Para aprofundar o esforço de concertação" – Aprofundar o esforço?

Dum esforço profundo precisa o Governo. De um profundo esforço que lhe dê, nas próximas eleições e antes de começar, de novo, o período "que se lixem as eleições", uma colossal ensinadela sobre a inteligência dos que nem governa, nem deixa que se governem.
LNT
[0.126/2014]

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Alucinados

FantásticoEnquanto comia a sopa ao balcão do Martinho ouvia o cervejeiro das economias a transformar a demagogia e a fantasia no milagre da multiplicação dos peixes.

Tive de me afastar do balcão para ver a imagem milagreira e ter a certeza que Pires de Lima não estava empoleirado numa azinheira.

O IRS e o IVA hão-de baixar. O desemprego há-de baixar. Os ordenados que continuam em processo de “ajustamento” hão-de crescer. Os juros internacionais dos empréstimos-almofada desnecessários (é o esbanjar minha gente) hão-de diminuir. As reformas hão-de fazer-se.

Os quando ficaram em suspenso.

A demagogia e a propaganda falam cada vez mais alto. Não fosse o forro dos bolsos para me voltar a trazer à realidade e o meu voto no CDS estava assegurado.
LNT
[0.061/2014]

sábado, 11 de janeiro de 2014

Tempos de propaganda

ChoquesPara atrapalhar o CDS e a intenção que anda em terra de leitões para diminuir o ensino obrigatório, Passos Coelho reuniu com o seu povo “trabalhador” e disse que um dos grandes problemas nacionais é a falta de qualificação dos trabalhadores.

A seguir teve a “lata” de afirmar que, no entanto, o mais grave problema de Portugal é a baixa de natalidade. A “lata” é directamente proporcional ao apelo que o seu Governo fez para que os jovens emigrassem, uma espécie de:
reproduzam-se que cá estaremos para vos formar e para vos mandar lá para fora enriquecer os ricos e melhorar-lhes a demografia.

Mas não se ficou por aqui. Disse também que a natalidade está a baixar em toda a Europa, o que não sendo completamente mentira deveria ser enquadrado com o que se sabe sobre os efeitos directos do desemprego.

Deixo-lhe uma pista (Fertility reactions to the ‘Great Recession’ in Europe: Recent evidence from order-specific data - Joshua R. Goldstein; Michaela Kreyenfeld; Aiva Jasilioniene; Deniz Karaman Örsal)

Faça o favor de ver o gráfico da pág.101 e tentar entender.
LNT
[0.024/2014]

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Zombies

MultibancoA central de propaganda embandeirou em arco com o milagre económico anunciado há uns tempos pelo Ministro das cervejas e da economia e agora confirmado com a fantástica revelação de que deixámos a recessão para onde nos empurraram as políticas de coma induzido a que os seus patrões submeteram a Nação.

Não é que a notícia não nos agrade porque sempre é melhor estar um bocadinho vivo do que completamente morto, mas os valores dos sinais vitais continuam a ser reservados em comparação com os mínimos reveladores de saúde.

A central de propaganda compara com o miserável recente para poder dizer que está menos mal sem comparar com o péssimo do ano passado para fugir à evidência de que agora ainda está pior.

A central de propaganda ludibria sem se importar que a ilusão momentânea se desvaneça no saldo bancário a que todos temos acesso através de um dos muitos terminais multibanco espalhados por aí.
LNT
[0.444/2013]

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

É só fazer as contas

Mural NyonA propaganda do poder coloca disponível, em local de destaque, os grandes sucessos que se vão conseguindo com o esmagamento da classe média e o implacável fundamentalismo da austeridade em que já nem Gaspar, seu maior mestre impulsionador, acredita.

Os fundamentalistas homem-bomba ao serviço do terrorismo de estado apostado em empobrecer a média, pequena e micro populaça, embandeiram em arco com as novas do decréscimo do desemprego e dizem que se trata de uma tendência continuada.

Ora, sabendo-se que a média de abandono do País por gente no activo é de 10.000 almas/mês e que a tal "tendência continuada" ronda um decréscimo mensal de 9.000 inscritos nos centros de emprego, é fácil entender (mesmo sem falar de todas as outras circunstâncias conhecidas para a baixa) que estamos perante mais uma patranha de publicidade enganosa.

É só fazer as contas, como diria o meu caro Guterres.
LNT
[0.418/2013]

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Ministros da propaganda

Maduro Iraque

Dizia ele a bom dizer, que não, que tudo estava de feição, que se tinha melhorado 1,1 de -2 e que a guerra estava ganha.

Momentos depois, os gringos de Bush e Blair entraram-lhe pela porta adentro.
(o resto da história é memória de quem acompanhou, em directo, a caça que os aliados fizeram a Saddam Hussein)

(imagem de autoria desconhecida)
LNT
[0.257/2013]

domingo, 9 de junho de 2013

Ou é tolo, ou é bailarino

SaposMarques Mendes volta à idiotice. Diz que o grande adversário do Governo é o Tribunal Constitucional, forma encapotada de desculpabilização dos dislates e erros crassos do actual poder e atribuição de culpas a um órgão que não tem qualquer responsabilidade do estado miserável a que o Governo está a conduzir o País e que mais não fez do que proteger os cidadãos do incumprimento das Leis que nos regem.

Marques Mendes, homem das leis, deveria ser mais comedido no disparate e mais coerente com a formação que tem. Até Cavaco, que se assumiu há muito como o patrono de Passos Coelho, Gaspar e Portas, não teve alternativa a enviar a ilegalidade aprovada na Assembleia da República ao tribunal que a poderia julgar. Não por esse tribunal ser “um adversário” mas por ser o último recurso na defesa do Estado de Direito.

A propaganda continua de vento em popa, mesmo quando dissimulada com um ou outro recado para se disfarçar daquilo mesmo que é.

Enquanto isto, o Presidente da República anda por terras do Alentejo, a ouvir das boas do Presidente da Câmara de Elvas e a continuar na senda do apelo à união nacional, nas comemorações que ele há uns anos entendeu ser as do dia da raça.

Portugal merecia melhor.
LNT
[0.163/2013]

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Com papas e bolos

CenourasA cenoura do Conselho de Ministros de ontem foi o anúncio de que baixava em 1/3 o montante a partir do qual era possível atingir, em sede de IRS, o valor tecto da dedução para quem exija a inscrição do número de contribuinte em facturas de cafés, penteados e bate-chapas.

Seria pouco normal considerar que a medida é errada, porque o não é, ou que seria deslocada da realidade, porque ela contém a intenção importante de consciencializar os contribuintes portugueses para o facto de que a evasão fiscal é um crime contra todos os cidadãos que pagam impostos.

Logo, a cenoura posta à frente das orelhas de quem puxa a carroça até tem as vitaminas anunciadas mas continua a ser, sobretudo, mais uma técnica de propaganda destinada a desviar as atenções de todas as malfeitorias contidas nos restantes itens do Orçamento Rectificativo (agora, ainda por cima, sem almofada que evite mais um assalto aos trabalhadores lá para o fim do ano).

A comunicação social, principalmente a que adora cenouras, divulga mais este xarope até à exaustão, dando mais relevo à propaganda do que à notícia.

Esquece-se de que continuamos a falar de coisas absurdas (continua a ser necessário ter gastos naqueles três sectores na ordem dos 700 euros/mês para poder atingir o tal tecto de dedução) enquanto distrai dos cortes brutais que conduzirão a uma redução generalizada da qualidade de vida dos portugueses.
LNT
[0.143/2013]

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Briefing

Cupcake Laranja4 – homens – 4 de fatinho escuro, gravatas escuras e explicações escuras, sentaram-se de manhã, frente às câmaras de televisão e tendo por pano de fundo o azul da Europa que segura as estrelas amarelas e o verde e rubro que ostenta a esfera com os castelinhos e as moedas que não temos para reembolso.

Dos 4 – homens – 4 centrei a minha atenção no novo maduro para estudar a pose e tentar entender a missão de que vem incumbido. Julguei estar na fábrica dos pastéis de Belém, tal o cheiro a canela e a açúcar misturado com os aromas que transformam a nata em creme e o folhado em massa quebrada.

Não perdeu um momento nem uma questão para dizer da sua graça e a graça com que o dizia andava sempre à volta de entendimentos inexistentes e de intenções em aberto para fingir que não estavam fechadas as decisões ocultadas.

Eram 4 – homens – 4, 1 - em estreia – 1. Nada de novo tirando a relva.
LNT
[0.060/2013]

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Yes, minister

Bezerro de OuroNo final da passada semana fomos bombardeados, nos canais informativos, com doses maciças de propaganda oriunda da sala do senado da Assembleia da República.

Tratou-se de uma acção violenta de catequização orquestrada para fazer chegar ao cidadão a imagem de um País imaginário governado por pressuposta gente de bem que se estava a dirigir a uma plateia amorfa e concordante. Nem a Assembleia Nacional conseguiu, alguma vez, passar imagem tão alucinada. Nem mesmo no tempo do Partido Único, da repressão, do controlo e da censura, se tinha observado tanta subserviência.

Os cidadãos assistiram ao espectáculo triste da imposição do pensamento único e retiveram em percepção que os seus votos são mera perda de tempo. Sentiram uma afronta ao esforço de eleger e frustraram-se com o sacrifício para sustentar o ócio de tanta gente de cabeça baixa e sem chama.

Foi um espetáculo deprimente de acomodados e venerandos deputados dispostos a aplaudir todas as meias verdades e fantasias proferidas por gente, alguma sem qualquer mandato de representação, que não lhes admitiu a ousadia de uma questão ou a mínima manifestação de desacordo.

Digamos que foi deplorável, para usar só uma expressão suave para tanta ignomínia.
LNT
[0.538/2012]

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Chamamentos

João CutileiroA TMN lançou uma campanha optimista da série que foi iniciada futebolisticamente, há uns anos, por um brasileiro que dirigiu os nossos rapazes da bola.

Felizmente a campanha "Portugal está a chamar" não é da autoria da EDP senão teríamos a percepção de que nos queriam de novo em Macau mas desta vez navegando por um mar de pentelhos, como diria o negociador da troika que agora alterna energia positiva com o gozo dos figos marafados da Coelha.

"Portugal está a chamar" é um hino. Faz lembrar as bandeiras nacionais estampadas de quinas chinesas penduradas nas janelas de todos os pacóvios que se convenceram que iríamos, já naquela altura, vencer a Grécia e que, depois de tanto peito cheio, acabaram por perceber que os gregos, mesmo em cuecas, conseguiam ter melhor jogo avançado do que nós.

"Portugal está a chamar" é um desalento. Imagino, penso eu e muitos outros, que está a chamar a esta malta que nos espreme aquilo que os portugueses lhe vão chamando nos autocarros, nas conversas de rua e em cada multibanco onde se pede um saldo de conta.

"Portugal está a chamar" é um sofrimento. É a confirmação de que Portugal não são os portugueses e que o chamamento é para o indefinido, para o "Vamos Lá". Chama porque sim, parece a morte a reclamar as almas ou os centros de emprego a enviar-nos para a caridadezinha de uma associação benfazeja.
LNT
[0.219/2012]

quarta-feira, 21 de março de 2012

A inveja é a arma (com que se controla) (d)o povo

SócratesA estratégia da comunicação passa pelo bem mais radioso que abraça a sociedade portuguesa. Esse bem, a inveja, está a ser usado à exaustão sacando os resultados que a propaganda fez implementar. Fala-se, toda a gente fala, da forma como Sócrates vive em Paris, enquanto que por cá vamos vivendo sempre pior.

Esquece-se que há, em Portugal, muita gente a viver muito melhor que Sócrates e que nunca declarou os vencimentos que Sócrates declarou toda a vida. Gente que nunca produziu nada, que não se lhe conhece actividade lucrativa, que nunca foi titular de lugar que lhe permitisse amealhar, que nunca herdou fosse o que fosse, que nunca ganhou ao jogo.

Pela minha parte quero lá saber como é que Sócrates vive em Paris. Sei que se tivesse sido deputado a maior parte da minha vida, que se tivesse sido ministro boa parte dela e Primeiro-Ministro durante sete anos, teria certamente possibilidade de viver bem, aqui ou em Paris.

Neste momento quero saber como estão a viver aqueles que estão a governar, donde lhes vem o dinheiro e o que fazem com o que deixaram de me pagar pelo trabalho que desenvolvo. Quero saber isso e quero deixar claro que entendo repugnante que se use a calúnia (porque é só de calúnia que se trata até ao dia em que alguém produza prova) para puxar pela inveja, o sentimento mais baixo e mais forte de todos os sentimentos existentes em Portugal. A máquina de diversão e propaganda revela-se bem oleada.
LNT
[0.173/2012]

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Se o ridículo matasse estávamos em autogestão

Laranja MecânicaDepois da inutilidade de fazer publicar em II série do Diário da República um despacho ministerial que determina a desobrigação do uso de gravata quando ela nunca foi obrigatória, o Website do Governo português passou a disponibilizar uma página onde são registados os nomeados para os gabinetes do governo.

Além de mal amanhada, esta página absolutamente inútil (mais não é do que uma duplicação dado que essas nomeações já são do domínio público pelo acesso gratuito ao Diário da República Electrónico), representa o que de pior pode conter o populismo e a demagogia. A composição dos gabinetes dos membros do governo está vertida em diplomas legais e todas as nomeações estão obrigadas a divulgação pública.

Para além do mais, a informação agora disponibilizada não só não é exaustiva, como também não é apresentada de forma a serem perceptíveis as discrepâncias de vencimentos para funções iguais (bastava que tivesse sido apresentada em matriz) nem contém totalizadores para o número de nomeados nem para os montantes globais de despesa que essas nomeações acarretam.

Para terminar.
As nomeações para os gabinetes do governo são uma gota de água no conjunto de nomeações da Administração Pública (que anda num corrupio de "biquinhos-dos-pés" para garantir o seu lugar ao Sol) e essas não constam na página agora disponibilizada.

Mais do mesmo.
Continuamos a brincar ás transparências para empatar o pagode e continuam a desbaratar os recursos do Estado em inutilidades ineficazes e ineficientes.
LNT
[0.313/2011]