No final da passada semana fomos bombardeados, nos canais informativos, com doses maciças de propaganda oriunda da sala do senado da Assembleia da República.
Tratou-se de uma acção violenta de catequização orquestrada para fazer chegar ao cidadão a imagem de um País imaginário governado por pressuposta gente de bem que se estava a dirigir a uma plateia amorfa e concordante. Nem a Assembleia Nacional conseguiu, alguma vez, passar imagem tão alucinada. Nem mesmo no tempo do Partido Único, da repressão, do controlo e da censura, se tinha observado tanta subserviência.
Os cidadãos assistiram ao espectáculo triste da imposição do pensamento único e retiveram em percepção que os seus votos são mera perda de tempo. Sentiram uma afronta ao esforço de eleger e frustraram-se com o sacrifício para sustentar o ócio de tanta gente de cabeça baixa e sem chama.
Foi um espetáculo deprimente de acomodados e venerandos deputados dispostos a aplaudir todas as meias verdades e fantasias proferidas por gente, alguma sem qualquer mandato de representação, que não lhes admitiu a ousadia de uma questão ou a mínima manifestação de desacordo.
Digamos que foi deplorável, para usar só uma expressão suave para tanta ignomínia.
LNT
[0.538/2012]
Tratou-se de uma acção violenta de catequização orquestrada para fazer chegar ao cidadão a imagem de um País imaginário governado por pressuposta gente de bem que se estava a dirigir a uma plateia amorfa e concordante. Nem a Assembleia Nacional conseguiu, alguma vez, passar imagem tão alucinada. Nem mesmo no tempo do Partido Único, da repressão, do controlo e da censura, se tinha observado tanta subserviência.
Os cidadãos assistiram ao espectáculo triste da imposição do pensamento único e retiveram em percepção que os seus votos são mera perda de tempo. Sentiram uma afronta ao esforço de eleger e frustraram-se com o sacrifício para sustentar o ócio de tanta gente de cabeça baixa e sem chama.
Foi um espetáculo deprimente de acomodados e venerandos deputados dispostos a aplaudir todas as meias verdades e fantasias proferidas por gente, alguma sem qualquer mandato de representação, que não lhes admitiu a ousadia de uma questão ou a mínima manifestação de desacordo.
Digamos que foi deplorável, para usar só uma expressão suave para tanta ignomínia.
LNT
[0.538/2012]
2 comentários:
De há uns tempos a esta parte os noticiários fabricam notícias com que nos vão bombardeando vezes sem conta destro no mesmo jornal. Acontece que as pessoas se cansaram dessas mentiras e acabam por mudar de canal.
Parece também que alguns dias as palavras e as repetições parecer se pedidas e organizadas por gente do partido do governo. Sendo assim estamos no descrédito total...
Olhe eu já vi enterros mais "alegres"...
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