A estratégia da comunicação passa pelo bem mais radioso que abraça a sociedade portuguesa. Esse bem, a inveja, está a ser usado à exaustão sacando os resultados que a propaganda fez implementar. Fala-se, toda a gente fala, da forma como Sócrates vive em Paris, enquanto que por cá vamos vivendo sempre pior.
Esquece-se que há, em Portugal, muita gente a viver muito melhor que Sócrates e que nunca declarou os vencimentos que Sócrates declarou toda a vida. Gente que nunca produziu nada, que não se lhe conhece actividade lucrativa, que nunca foi titular de lugar que lhe permitisse amealhar, que nunca herdou fosse o que fosse, que nunca ganhou ao jogo.
Pela minha parte quero lá saber como é que Sócrates vive em Paris. Sei que se tivesse sido deputado a maior parte da minha vida, que se tivesse sido ministro boa parte dela e Primeiro-Ministro durante sete anos, teria certamente possibilidade de viver bem, aqui ou em Paris.
Neste momento quero saber como estão a viver aqueles que estão a governar, donde lhes vem o dinheiro e o que fazem com o que deixaram de me pagar pelo trabalho que desenvolvo. Quero saber isso e quero deixar claro que entendo repugnante que se use a calúnia (porque é só de calúnia que se trata até ao dia em que alguém produza prova) para puxar pela inveja, o sentimento mais baixo e mais forte de todos os sentimentos existentes em Portugal. A máquina de diversão e propaganda revela-se bem oleada.
LNT
[0.173/2012]
Esquece-se que há, em Portugal, muita gente a viver muito melhor que Sócrates e que nunca declarou os vencimentos que Sócrates declarou toda a vida. Gente que nunca produziu nada, que não se lhe conhece actividade lucrativa, que nunca foi titular de lugar que lhe permitisse amealhar, que nunca herdou fosse o que fosse, que nunca ganhou ao jogo.
Pela minha parte quero lá saber como é que Sócrates vive em Paris. Sei que se tivesse sido deputado a maior parte da minha vida, que se tivesse sido ministro boa parte dela e Primeiro-Ministro durante sete anos, teria certamente possibilidade de viver bem, aqui ou em Paris.
Neste momento quero saber como estão a viver aqueles que estão a governar, donde lhes vem o dinheiro e o que fazem com o que deixaram de me pagar pelo trabalho que desenvolvo. Quero saber isso e quero deixar claro que entendo repugnante que se use a calúnia (porque é só de calúnia que se trata até ao dia em que alguém produza prova) para puxar pela inveja, o sentimento mais baixo e mais forte de todos os sentimentos existentes em Portugal. A máquina de diversão e propaganda revela-se bem oleada.
LNT
[0.173/2012]
5 comentários:
E assim, com o apoio da comunicação social subserviente, se vão desviando as atenções daquilo que é essencial.
Caro Barbeiro
Não me parece que seja só calúnia. E a mim não me preocupa o que ele gasta, desde que ganho sem recurso a formas que à minha consciência repugna e enoja. O que não significa que não tenha já o cartão vermelho levantado para um governo que revela falta de inteligência no modo como abordou a crise e que nos esteja a fazer passar "os passos do Algarve" sem consequências à vista que não a maior desigualdade, o empobrecimento, ... Mas isto sou eu que tenho uma consciência social democrata flutuante, que muito considera a democracia nórdica do poder de Assis.
Tal, como o meu amigo, não estou nada preocupada, com o que Sócrates gasta em Paris, cá, ou na Conchincina. Gasta o que é dele.
Estou mais preocupada, com o que aqui gasto, cada vez mais e, com o que me cortam na pensão do meu marido e não sei para onde vai.
Preocupo-me, mais ainda, com os que têm menos do que eu e, têm filhos para alimentar e educar. Preocupo-me com os desempregados,que são cada vez mais. Preocupo-me, com os jovens, que não sabem o que vai ser o seu futuro. Preocupo-me com os velhos, entregues em lares imundos, coisa que em nada preocupa o Estado.
Se eu pudesse, mandava os meus filhos para fora deste país, que ainda amo e vejo afundar-se todos os dias.
Que Sócrates seja muito feliz, em Paris.
Maria
A purga até repugna. Tadinho do Sócrates.
Pelos vistos ninguém está preocupado como "ele" gasta o que "NÃO" ganhou...e isso para mim é que é preocupante. Manuel de Oliveira
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