quinta-feira, 1 de março de 2012

Incréus

MagritteTanto se rezou e penitenciou que São Pedro, conhecido por ser surdo como uma porta, por ser o santo que guarda a porta, por ser o especialista em questões pluvimétricas, ou por ser o santinho de estimação da Ministra dos múltiplos ministérios de fé, ou lá o que quer que seja, entendeu por bem brindar-nos com uma carga de água.

Azar o meu, incréu atazanado, por não crer em milagres e ter deixado o guarda-chuva em casa. Agora penarei com uma molha dos diabos, cruz credo, salvo seja, Deus me guarde e guie.

O ovelhum anda magro mas não espera pela demora já que esta água abençoada vai fazer explodir em verde o sequeiro do nosso descontentamento e nada tarda para que a erva esteja disponível em pasto.

As vacas voltarão a sorrir.

Pobre gente a do Grupo de Trabalho entretanto criado porque vai ficar sem jorna.
LNT
[0.146/2012]

2 comentários:

Manel disse...

Esta chuvita, pouca como a fé dos agricultores, não dá para a cova de um dente, quanto mais para mitigar a sede da terra.

A beata ministra tem assim razões na utilização dos terços que equipam a comissão da seca.


Chuvita de verão é bebida pelos pardais antes de chegar ao chão!

Luís Novaes Tito disse...

Mas os pardais também são filhos de Deus, não é verdade?