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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Fundo do poço

RolhaLeio na primeira página de o Público que Paulo Portas poderá ser um bom candidato à Presidência da República e concluo, tal como o teria feito o venerado Padre Américo, que não há maus candidatos à Presidência da República.

Isto só passou a ser possível por se ter batido no fundo do poço, neste caso, no fundo do poço de Boliqueime.
LNT
[0.015/2014]

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

A fava

Bolo-rei2014 até parecia que tinha começado menos mal, apesar de tudo ter começado pior do que tinha acabado em 2013, e depois entrou aquele senhor eleito com 2.231.956 votos num universo de 9.657.312 pelas nossas casas como que a fazer lembrar que tudo pode ser pior.

É preciso muito estômago e muitos litros de suco gástrico para digerir uma fava durante cinco anos.

Maldito bolo-rei.
LNT
[0.002/2014]

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Reflexos

MagritteComo tudo teria sido diferente se tivéssemos um poeta ao leme em vez de termos um contabilista daqueles que nunca erram, raramente se enganam e que dissimulam para não reconhecer que não sabem fazer contas.

Na altura andavam uns a olhar para o umbigo e outros para a braguilha. Agora, uns e outros estão vasectomiazados e lamentam-se da esterilidade.

Há coisas irreversíveis e normalmente assim são as coisas relacionadas com as mutilações, excluindo as relativas às regenerações das lagartixas.
LNT
[0.367/2013]

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Entretanto lá fora

MinuetPor muito que me custe, tenho de mostrar agrado pela acção que levou o Presidente da República a Estrasburgo.

Sei que há uma imensa incoerência entre aquilo que lá foi dizer e aquilo que cá diz e faz, mas ainda assim é de louvar que tenha tido a coragem de assumir o seu papel de representante dos portugueses para tapar a ineficiência e a subjugação do Governo, nomeadamente cobrindo a ausência em Bruxelas do papel diplomático do Ministro de Negócios Estrangeiros, da defesa dos interesses nacionais que compete ao Primeiro-ministro e da defesa dos contribuintes que compete ao Ministro Borda d’ Água.

Cavaco conseguiu finalmente sacudir o cheiro de clorofórmio que o vinha a perfumar desde que iniciara o seu processo de auto-embalsamamento.

Pode ser que volte a haver minuet's no palácio já conhecido por jazigo de Belém.
LNT
[0.175/2013]

O longo braço da justiça

Braço justiçaNão sei se as receitas destas acções revertem para os ofendidos mas se assim for, foi encontrada em Portugal a maior fonte de rendimento (pagará IRS?) até agora descoberta.

Basta andar num qualquer transporte público para imaginar essa imensa janela de oportunidade que os nossos detentores de cargos públicos estão a esbanjar, pois não há um só que escape à opinião generalizada dos portugueses.

Principalmente no insulto: “vai trabalhar, malandro!” - tudo o que seja menos de 1.300 euros de multa é pouco. É uma ofensa profundamente inaceitável, principalmente se for dirigida a um reformado que, para manter essa condição e o magro provento que ela lhe trás, está impedido de o fazer (trabalhar, leia-se).
LNT
[0.174/2013]

quarta-feira, 12 de junho de 2013

A questão do dia

Caneca EuropaO Álvaro mandou bolo-rei para Estrasburgo ou o Rui Veloso foi na comitiva para cantar “já não há estrelas no céu”?

Parece que César estará pronto para repetir a questão: "Até tu, Brutus, meu filho?"
Cavaco Silva afirmou que, durante «demasiado tempo, a atenção esteve concentrada na austeridade para a correção dos desequilíbrios das contas públicas, relegando para um plano secundário o crescimento económico».
LNT
[0.169/2013]

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Impossível deixá-lo acabar o mandato com dignidade *

Bolo-ReiDeveríamos tudo fazer para deixar que o presidente da República terminasse o seu mandato com dignidade.

No entanto esse dever é-nos impossível porque, para tal, teríamos de ter um Presidente da República (Artigo 120.º da CRP – Definição - O Presidente da República representa a República Portuguesa, garante a independência nacional, a unidade do Estado e...) e não um presidente da República que representa uma facção da República Portuguesa e não reconhece que a soberania, una e indivisível, reside no povo. (Artigo 3.º da CRP - Soberania e legalidade - 1. A soberania, una e indivisível, reside no povo, que a exerce segundo as formas previstas na Constituição. 2. O Estado subordina-se à Constituição e funda-se na legalidade democrática...)

Quando o primeiro-Ministro foi a Belém de calças na mão e com ele levou o seu tutor fazendo lembrar Egas Moniz, veio de lá com os calções apertados pela confiança do padrinho que, em troca da bênção, exigiu as cabeças que o atormentavam e o encaixe e promoção dos seus homens, na lógica de que uma mão lava a outra.

O presidente da República foi agora à AR, dois anos depois de ter contribuído para que Portugal fosse tutelado pelos mercados que na altura fez questão de defender acerrimamente, escudar-se na teoria do terror para justificar o caminho que impôs ao País e que tem dado os resultados que todos conhecemos. Fez mais, apontou esse caminho como a única solução possível e decretou que ele terá de ser seguido por quem quer que seja para poder justificar a sua obstinação no "normal funcionamento" com a qual fundamenta a desnecessidade de devolver a soberania ao povo.

Cavaco conseguiu com o seu ruído anular os consensos bem como todos os discursos proferidos na 39ª comemoração da restauração da democracia portuguesa. Nem o excelente discurso de Alberto Costa, nem os razoáveis discursos do CDS e do BE, nem o da Presidente da Assembleia da República que, entre outras passagens de grande significado político, não perdeu a oportunidade de lembrar ao seu principal convidado quem foi e o que escreveu Saramago, tiveram eco nos media.

Aguarda-se que este fim-de-semana o Plenário dos Socialistas volte a trazer à ribalta os conceitos que Cavaco abafou e faça esquecer os do presidente da República pois só assim será ainda possível deixá-lo terminar o mandato sem indignidade.

*conceito datado de 1995 a partir de reflexões conseguidas entre os calhaus de Pulo do Lobo
LNT
[0.079/2013]

domingo, 7 de abril de 2013

al.i do art.º 133 da CRP (Pieguices)

Será que Passos Coelho vai invocar a al. i) do art.º 133 da Constituição da República Portuguesa? (1)

É que se não o fizer, dado que o Governo já nem de si próprio consegue apoio, deixa sem valor o comunicado de ontem do PR, nomeadamente quando diz que:
O Presidente da República reitera o entendimento de que o Governo dispõe de condições para cumprir o mandato democrático em que foi investido e manifestou o seu empenho em que sejam honrados os compromissos internacionais assumidos e em que sejam alcançados e preservados os consensos necessários à salvaguarda do superior interesse nacional.
(1)  i) Presidir ao Conselho de Ministros, quando o Primeiro-Ministro lho solicitar;
LNT
[0.037/2013]

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Merecíamos melhor

Bandeira invertida

O simbolismo ligado à Bandeira Nacional não é uma questão de protocolo e menos ainda uma questão de lana-caprina.

Uma Bandeira Nacional invertida tem um significado militar internacional e, ao ser hasteada pelo Presidente da República, esse significado não pode ser ignorado.

Claro que não foi o Presidente que montou a Bandeira para que ela fosse hasteada invertida, mas foi ele que a içou e, ao verificar que ela não estava correctamente colocada, tinha obrigação de a arrear e voltar a hastear. Como digo, isto pode parecer menor, mas não o é e revela o respeito existente pelos nossos símbolos nacionais.

Quanto à Constituição já sabíamos, desde o ano passado, que “ser o garante da Lei Fundamental” tem duas leituras. Quanto a não ser o Presidente de todos os portugueses, já estávamos esclarecidos desde o seu discurso de vitória na noite eleitoral. Hoje, perante a Bandeira e ao não corrigir a mão, também ficámos conversados.

Resta-nos pouco. Merecíamos mais.
LNT
[0.477/2012]

domingo, 8 de julho de 2012

Custe o que custar, mesmo para além de…

Passos CoelhoJá todos entendemos de que o “custe o que custar” pode ir para além da legalidade e do cumprimento dos próprios preceitos que definem a existência do actual Governo.

Já todos nos apercebemos de que a mil vezes evocada condição de economista do Presidente da República o faz confundir o juramento constitucional de cumprir, defender e fazer cumprir a Constituição, com a sobreposição dos seus interesses partidários e com o cumprimento, defesa e obrigatoriedade de cumprimento do Orçamento do Estado, mesmo que seja contra os interesses nacionais e contra a Constituição.

Já todos entendemos que o Presidente da República justifica os seus actos, nomeadamente este que revela uma quebra consciente e assumida do seu juramento constitucional – uma vez que tinha declarado, anterior e publicamente, estar consciente da violação da norma constitucional - com desculpas esfarrapadas como a de que nunca, anteriormente a ele, algum Presidente havia inviabilizado um OE e omitindo (como aliás é useiro e vezeiro em omitir no que lhe interessa (lembram-se da questão das pensões em que só falou de uma parte insignificante do que recebia?), que também nenhum dos seus antecessores tinha promulgado conscientemente uma Lei que contivesse clausulas inconstitucionais.

Já todos nos apercebemos de que Paulo Portas só aparece quando os actos estão consumados e que se faz sempre de vítima quando os escândalos de que é co-responsável já são do domínio público.

Já todos nos apercebemos de que este Governo exerce a política da chantagem e da ameaça e que só se prontifica a negociar depois de verificar que a sua chantagem não funciona (caso da greve dos médicos e da dos pilotos da TAP).

Já todos nos apercebemos de que a agenda é despedir 100.000 trabalhadores da Administração Pública e que a estratégia seguida está a caminho de concretizar esta agenda.

Já todos nos apercebemos de que o “ir mais além” é o ensaio para se saber até onde podem ir e que, se não lhes explicarmos que já foram longe demais, tentarão ir sempre ainda mais além.

Já todos nos apercebemos de que, quando a Troika tiver de admitir que as suas políticas são miseráveis e que não servem os seus próprios interesses (porque não é possível conseguir o reembolso de quem já nada mais tem para reembolsar), irá desculpar-se com “o mais além daquilo que tinham proposto” com que Passos Coelho e Paulo Portas entenderem empobrecer Portugal.

Já todos entendemos de que o “custe o que custar” está à beira de custar o próprio cumprimento dos nossos compromissos internacionais.

Já todos entendemos e parece que só o Governo não entendeu ainda, de que estamos no caminho errado e de que a determinação do actual poder mais não é do que uma teimosia na defesa dos interesses de muito poucos à custa do inadmissível sacrifício de todos os outros.
LNT
[0.338/2012]

quinta-feira, 5 de julho de 2012

E agora, Senhor Presidente?

Cavaco Silva - FigosVossa Excelência disse publicamente que tinha dúvidas constitucionais sobre a equidade das medidas aprovadas pela maioria CDS/PSD na Assembleia da República.

Disse, mas esqueceu-se que, para as esclarecer antes da promulgação, tinha de consultar o Tribunal Constitucional e esqueceu-se também que tinha feito o juramento que a Constituição determina:
"Juro por minha honra desempenhar fielmente as funções em que fico investido e defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa."
Estou ansioso por saber quais são as consequências da quebra de tão solene juramento.

Aproveitando, Senhor Presidente, peço-lhe que faça saber aos senhores jornalistas deste regime que o corte dos subsídios aos trabalhadores do Estado não decorre do memorando da Troika, mas sim do “mais além, custe o que custar” que este Governo entendeu aplicar para concretização da sua filosofia política.
É que eles enchem as televisões com a mesma propaganda que levou Vossa Excelência a promulgar uma Lei que admitia não estar conforme a CRP.
LNT
[0.334/2012]

quinta-feira, 26 de abril de 2012

O discurso do Presidente

Cravo laranjaAtraso-me nesta observação porque nem a tecnologia deixa que seja de forma diferente, nem urge observar. Ainda teremos mais quatro anos para cumprir a obrigação e o castigo. Os poucochinhos portugueses que se deram ao trabalho de sair de casa para escolher quem protocolarmente encerra as sessões comemorativas da liberdade em cada vinte-e-cinco-do-quatro, optaram maioritariamente por um que nunca foi capaz de ostentar um cravo na lapela para dar consistência à ideia de que "os cravos anunciaram um país livre".

Atraso-me nesta observação sem no entanto a querer deixar passar em claro, por ser necessária, embora não urgente, e para que se note o que foi dito no discurso presidencial-festivaleiro para inglês ver
"No passado, soubemos dotar-nos de infraestruturas necessárias e de qualidade, que agora nos destacam positivamente no confronto com outros Estados da União Europeia. Portugal oferece, sem dúvida, condições competitivas para atrair o investimento estrangeiro, como o atestam os êxitos de grandes empresas internacionais."
e relembrar as críticas que, há um ano, levaram o Presidente a acicatar a rua para que não permitisse a continuidade que agora afirma ser o nosso orgulho e a incitar um espírito pirómano consubstanciado na máxima: "Até agora vivemos acima das nossas possibilidades" e "custe o que custar" teremos de retomar o caminho do "empobrecimento" de uns e o "acesso ao pote" de outros.

Por fim, e porque não adianta esgotar todo o assunto dado ainda termos de percorrer este túnel por mais quatro anos atrelados a uma locomotiva que lamenta não ter reforma bastante para o carvão de todos os dias, friso o orgulho e a comoção do Presidente que reconhece que o
"espírito solidário dos Portugueses adquire uma dimensão que nos orgulha e comove. Estabelecem-se redes de solidariedade, o voluntariado cresce, especialmente entre os jovens, o apoio aos mais atingidos pela crise é uma realidade"
deixando ao espírito desse povo, à sua solidariedade e voluntarismo, a protecção social que a Constituição consagra como um direito garantido pelo Estado enquanto está plenamente consciente de
"o desemprego ou a precariedade do emprego jovem, os novos pobres, o encerramento de empresas, os dramas que atingem famílias inteiras, as condições de solidão e de carência que afetam milhares de idosos."
E ainda se admiram quando os Militares de Abril se recusam a ouvir ao vivo e entre salvas de palmas aquilo que Salgueiro Maia definiu, há quase quatro décadas, como "o estado a que chegámos".
LNT
[0.237/2012]

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Não concordo mas promulgo

Doces regionaisPara que servirá a tecnicidade de quem se fez eleger com base no conhecimento detido se, depois de eleito, promulga aquilo com que não concorda?

Como essa não-cordância não é política, porque é a sua escola, então refere-se aos efeitos que resultarão das medidas que promulga.

Ou é sádico, ou pouco lúcido.
LNT
[0.208/2012]

sábado, 21 de janeiro de 2012

Omissões, inverdades e vídeos

MuppleyDesta vez foi Cavaco. Acredito que ele tenha dito o que disse para explicar que também lhe caiu em sorte uma parte dos "sacrifícios" exigidos aos portugueses e que faz parte do grupo daqueles a quem eles são impingidos de forma desigual.

No fundo Cavaco é pensionista e é sobre os pensionistas e os trabalhadores da administração pública que estão a recair as maiores cargas de pancadaria.

Cavaco Silva, o Presidente que jurou a Constituição, que reconheceu que as medidas tomadas por este Governo ferem o princípio da igualdade enunciado nessa mesma Constituição e que mesmo assim promulgou as medidas sem consultar o Tribunal Constitucional, é o mesmo que agora se lamenta por lhe ter sido retirado parte do seu sustento a favor de muitos que não são chamados equivalentemente a colaborar no esforço nacional.

Até aqui entendeu-se (incluida a incoerência), a partir daqui ofendeu-nos.

Quando só refere a pensão de 40 anos como Professor e fala de 1.300 euros mensais está a falar de qualquer coisa da qual omite razões. Nenhum professor universitário que trabalhou 40 anos recebe 1.300 euros de reforma a não ser que os descontos feitos se refiram a parcelas muito curtas de trabalho diário.

Quando não refere o valor da pensão que recebe de Banco de Portugal nem o tempo que nele fez descontos para a poder usufruir, está a tentar enganar aqueles a quem dirige a mensagem. Sabemos que as pensões do Banco de Portugal são uma afronta a todos os que trabalharam toda a vida, fizeram descontos toda a vida e agora estão na dependência da prepotência de uma entidade patronal que unilateralmente lhes subtrai parte do pagamento.

Quando diz que prescindiu do ordenado que a sua função lhe determinou e não explica o porquê, isto é, que entre o ordenado de Presidente da República e aquilo que recebe em reformas acumuladas preferiu as reformas por lhe darem um rendimento superior, está a tentar fazer de parvos todos os cidadãos.

Quando informa que ele e a sua mulher foram muito poupados toda a vida e que agora usam parte dessas poupanças para fazer face à vida de luxo que levam (porque a quem 10.000 euros mensais não chegam tem de ter uma vida de luxo) está a insultar todos os portugueses que nunca puderam poupar porque o dinheiro nunca lhes chegou até ao fim do mês.

Azar não ter acontecido mais perto do Natal. Alguém lhe teria metido uma fatia de bolo-rei na boca e teríamos sido poupados a mais este ultraje.
LNT
[0.045/2012]

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Boas-Festas com muita saudinha

MachadoPego num comentário que o Carlos deixou no post anterior de Festas-Boas para sacar o título e construir este texto que inicia a semana de Natal.

"Com muita saudinha" ou "e saúde da boa" são excelentes dicas para incluir nos discursos que estão em construção no poder. Também podiam ser: "vão-se catar" ou "tenham pacienciazinha" ou ainda "mantenham-se pequeninos mas honradinhos e mansos".

Aguardemos então os cara-de-pau que estão para invadir as televisões a desejar as Boas-Festas ao pagode pagante e tenhamos a clarividência de não estragar os ecrãs que nos farão muita falta para os ouvirmos, durante mais um ano, a dizer que a primeira de todas as "Reformas Estruturais" será substituir o cinto de cabedal por um de elástico que permita esticar os furos para além do último aperto e que a segunda se aplica aos certificados emitidos pelas Faculdades Portuguesas que passam a incluir um visto de imigração para os PALOPS e similares.
LNT
[0.602/2011]

domingo, 5 de junho de 2011

Se não têm pão, comam bolo-rei

Bolo-ReiAníbal Cavaco Silva, o Presidente que fala antes do início da bola, o Presidente que se declarou o Presidente da República dos que nele votaram, diz-nos no seu Facebook:
"Na grave situação económica e social em que o País se encontra, é um dever de todos os cidadãos manifestarem a sua vontade e dizerem quem deve assumir a responsabilidade de governar Portugal nos próximos 4 anos."
Os portugueses todos, incluindo aqueles que nele não votaram, só têm que lhe perguntar o que é que ele fez para que as últimas eleições, que também foram por 4 anos, tivessem o mandato cumprido até ao fim.

Os portugueses todos, gostariam de saber como é que ele tem a lata, depois dos discursos que tem proferido, de dizer que quem não votar nesta eleição:
"perde legitimidade para depois criticar as políticas do Governo.
Abster-se de votar é demitir-se do seu próprio futuro
."
Com gente desta à frente dos nossos destinos e outros que tais que se propõem para dirigir a Assembleia da República sem sequer entenderem que esse lugar depende dos deputados que forem eleitos e não dos eleitores a quem pedem o voto, prevê-se o agravamento da má qualidade da nossa democracia.

Ao menos que o Presidente conhecesse bem a Constituição que jurou e que nela aprendesse que a responsabilidade hoje pedida aos portugueses é a que é exigida ao poder legislativo (Assembleia da República) e não a de Governo (poder executivo) nos próximos quatro anos.

Estão mesmo preparados para dar a este Presidente a capacidade de acumular o seu papel de árbitro aos poderes legislativo e executivo?
LNT
[0.207/2011]