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terça-feira, 6 de junho de 2017

Um pentelho que mexia


Conversa para surdos foi o que a maioria dos electro-dependentes portugueses, pagantes das pornográficas facturas da eléctrica, concluíram da conferência de imprensa promovida esta manhã pela EDP.

A linguagem de trapos habitual baralhou, sem explicar limpinho, porquê pagamos o que pagamos pela electricidade e o cúmulo foi quando, em vez de se apresentarem desculpas pela porno-chachada dessas facturas se cuspiram pentelhos ameaçantes contra alguém que, anónimo, colocou a Judiciária e o Ministério Público no terreno para apurar as razões do pornógrafo.

Mais pentelho, menos pentelho foi isto.

Pagas e não bufas e, se bufares e mexeres com os citados pentelhos milionários, haverás de pagar mais porno na conta mensal destinada a alimentar também um batalhão de advogados.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.056/2017]

quarta-feira, 5 de abril de 2017

De extrema complexidade

Amigalhaços
Não costumo comentar casos de polícia que estejam na mão da justiça. Por sistema julgo que a justiça deve operar sem pressão do “diz que disse”.

Sem dúvida que o caso corrente do arquivamento do processo, por falta de prova, dos amigalhaços e conselheiros do Dr. Cavaco, mexe com estas convicções e das duas, uma:
- Ou o caso foi publicitado por má-fé e, à falta de mais, a justiça pretendeu entregar o julgamento ao vento para que na praça pública se ditasse uma sentença;
- Ou o caso foi mais um, dos muitos, que pretende justificar a incompetência com essa nova coisa da linguagem de trapos a que se chama “extrema complexidade”.
E de bastardos estamos cheios, principalmente daqueles que surgem do nada e sem coisa alguma e saem a rir a bandeiras despregadas com o ar espertalhão que caracteriza os boçais da Nação.

É o que temos:

Milhares de milhões desaparecidos sem prova, acções fora de mercado na carteira privada de uns quantos, corruptores condenados na Alemanha por corrupção em Portugal sem que se procure os corrompidos na Pátria, gente queimada na praça pública sem culpa formada e impostos em catadupa, que esmagam quem não tem hipótese de fugir daqui para fora, destinados a cobrir as falcatruas e o banditismo.

E, no entanto, a Constituição consagra a quem paga:

Artigo 21.º - Direito de resistência - Todos têm o direito de resistir a qualquer ordem que ofenda os seus direitos, liberdades e garantias e de repelir pela força qualquer agressão, quando não seja possível recorrer à autoridade pública.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.040/2017]

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Prender para: investigar, humilhar, vergar, extorquir, limitar, despersonalizar, calar

Detenção de Sócrates
Prende-se para melhor se investigar. Prende-se para humilhar, para vergar. Prende-se para extorquir, sabe-se lá que informação. Prende-se para limitar a defesa: sim, porque esta pode "perturbar o inquérito". Mas prende-se, principalmente, para despersonalizar. Não, já não és um cidadão face às instituições; és um "recluso" que enfrenta as "autoridades": a tua palavra já não vale o mesmo que a nossa. Mais que tudo - prende-se para calar. E - suprema perfídia - invoca-se, para assim proceder, as regras do Direito, a legitimidade da democracia. "As instituições estão a funcionar."
O que me leva a borrifar para a carta de Sócrates não são as dezenas de verbos que ele usa para dar razão ao que escreve mas sim as centenas de vezes que as razões dele não foram consideradas durante os seis anos em que foi Primeiro-Ministro e nada fez para que essas razões deixassem de o ser.

O 44 de Évora tem razão. É inacreditável que a nossa justiça aja desta forma, mas só é hoje possível que o faça porque houve um PM que durante o tempo em que o foi (quatro dos quais com maioria absoluta) nunca fez o que quer que fosse para ser de forma diferente.

E, se adianta que seja verdade ser necessário sentir na pele o mal que acontece aos outros, não deixa de ser verdade que, quem é eleito para que os outros tenham os seus direitos protegidos, merece sentir na pele os efeitos das suas inconsequências.

É isto que distingue a pungência dos órfãos, da pungência dos eleitores que resulta da incapacidade dos lideres políticos que elegemos.
LNT
[0.328/2014]

quinta-feira, 13 de junho de 2013

O longo braço da justiça

Braço justiçaNão sei se as receitas destas acções revertem para os ofendidos mas se assim for, foi encontrada em Portugal a maior fonte de rendimento (pagará IRS?) até agora descoberta.

Basta andar num qualquer transporte público para imaginar essa imensa janela de oportunidade que os nossos detentores de cargos públicos estão a esbanjar, pois não há um só que escape à opinião generalizada dos portugueses.

Principalmente no insulto: “vai trabalhar, malandro!” - tudo o que seja menos de 1.300 euros de multa é pouco. É uma ofensa profundamente inaceitável, principalmente se for dirigida a um reformado que, para manter essa condição e o magro provento que ela lhe trás, está impedido de o fazer (trabalhar, leia-se).
LNT
[0.174/2013]

terça-feira, 5 de junho de 2012

O País que temos

Mocidade PortuguesaVivemos numa terra onde há condenados que não são presos porque têm dinheiro para empatar a justiça, uma justiça feita à medida do dinheiro de quem a ela recorre para que não se lhe consiga tocar e uma classe dominante que castiga (ou faz com que se auto-castiguem) as vítimas dos poderosos.

Não interessa fazer o rol das chafurdices. Todos sabemos quem eles são e todos andamos a pagar os desfalques que a ladroagem tem feito, ainda por cima culpando-nos (aos pagantes) de uma culpa que nunca tivemos e chicoteando-nos com a vergasta do empobrecimento para remissão dos pecados que não cometemos.

No jornal o Público também parece ter sido assim. Uma jornalista foi ameaçada por um alegado bandideco ainda em estado de presumível inocência e sob a protecção de um mentiroso compulsivo que tem fama de ser muito sério e a direcção do jornal entendeu divulgar o conteúdo da ameaça substituindo-se ao presumível bandideco na concretização do boato.

A vítima, Maria José Oliveira, acabou por se demitir. A direcção do boateiro mantém-se de boa saúde, o alegado bandideco, idem, o inverdadeiro superior hierárquico do presumível inocente, ibidem, e nós continuamos cantando e rindo como se a Bufa estivesse de novo aí para nos fazer saudar tudo isto de braço estendido, de camisa de caqui e com o forro dos bolsos virado do avesso para mostrar que já não temos nada lá dentro.
LNT
[0.291/2012]

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Soltem os prisioneiros

Lavar as mãosEstá quase tudo dito. A nossa loira de serviço já anunciou que os guardas prisionais que dormem em serviço não terão de ser pagos porque quem dorme em serviço não tem de ser compensado mesmo que para poder dormir em serviço não possa dormir em casa sem ser em serviço.

Marinho Pinto já lhe tinha explicado que para se ser Ministro não basta ser loira, mas isso é outra conversa.

Está quase tudo dito mas ainda falta o "quase", que é como quem diz, ainda falta quase tudo que é preciso fazer na justiça e que é muito mais do que suspender as horas extraordinárias de quem é obrigado a dormir em serviço.

Por exemplo falta legislar, controlar, monitorizar e reformar a base em que assenta a democracia dando-lhe eficácia, eficiência e prontidão, ainda que para tal tenha de se pagar horas extraordinárias aos judiciários que não dormem em serviço, mas parecem andar a dormir na forma.

Enquanto isso não acontecer, ex-membros do Governo cavaquista continuarão a ser detidos às pinguinhas dando a ideia de que os que ainda o não foram poderão vir a sê-lo em breve, o que é mau, muito mau para a ideia de que os políticos são "todos" corruptos e também para o bom nome dos governantes honestos que exerceram cargo naquele Governo "bom aluno".
LNT
[0.520/2011]

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Como posso enriquecer se só sei trabalhar?

Rolo de dinheiroÉ mesmo como diz Medeiros Ferreira:
«... a campanha para fazer tributar «os ricos» acabou às mãos do governo para ser aproveitada para aumentar os impostos dos que já mais pagam, normalmente quadros superiores cujas declarações de rendimentos já constam nas repartições das Finanças
Mais do mesmo, acrescento e melhoro substituindo "Repartições de Finanças" por "Serviços de Finanças" que é a designação correcta da coisa.

A questão não é, ao contrário do que ouvimos permanentemente, um acerto de redistribuição pelos que têm declarações de rendimentos mais altas, porque esses contribuintes já pagam bem e até prescindem frequentemente de receber o retorno do que pagam, usando minimamente o SNS, a escola pública e a Segurança Social.

Os mandantes julgam que «os ricos» são os que têm mais rendimentos do trabalho. Não param para pensar e não querem saber se esses contribuintes têm mais rendimentos por trabalharem mais e melhor. Preferem pensar que só o conseguem porque são privilegiados. Enquanto isso, não fazem o mínimo esforço para apanharem na malha todos os «ricos», que o sendo, se apresentam ao fisco como sendo pobres.

O problema é dos que nada declaram, dos que estão fora do circuito da contribuição, dos que tudo usufruem sem nada contribuírem. É sobre esses que é necessário agir, mas isso dá trabalho, exige esforço, inteligência e criatividade e então é mais fácil fingir que eles não existem e acreditar nos fracos rendimentos que sujeitam a registo para fazer do esforço social mais uma regalia a seu favor. É a esses que estão fora do sistema que todos nós, cumpridores espoliados, pagamos a saúde, a educação dos filhos e possivelmente alguma pensão de sobrevivência, enquanto sobrevivemos com dificuldade e ainda temos de aguentar os dislates com que se vangloriam da sua "esperteza saloia".
LNT
[0.340/2011]

terça-feira, 26 de julho de 2011

A criação não é um risco, é um direito

Miguel Telles da GamaLeio o artigo de opinião de Iva Delgado e consigo estar de acordo com cada palavra.

O Major Silva Pais é um personagem histórico (tristemente) e como tal pode e deve ser tratado. A direcção que exerceu na PIDE/DGS atribuiu-lhe um papel que importa não esquecer e o direito à criatividade que a liberdade nos concedeu é inalienável, mesmo que possa significar "ofensa à memória" para os que pretendem passar uma esponja sobre a repressão e a censura que foi exercida, no século passado, em Portugal.

A PIDE (e as suas restantes designações ao longo da ditadura) não foi uma polícia secreta mas sim uma polícia política que agiu como o braço repressivo de um regime que, se não foi fascista por falta de doutrina, a usava como instrumento fascista.
"A repressão da PIDE/DGS foi selectiva, verificando-se que, entre 1945 e 1974, num universo de cerca de 15.000 detidos políticos, houve cerca de 400 detenções anuais de carácter político. Houve, no entanto, alguns períodos marcados por «picos» maiores de detenções, nomeadamente entre 1946 e 1954, nos anos de 1958 e 1959 e, entre 1961 e 1964. Em 1973, quando já ia longe a crença na liberalização marcelista, a DGS procedeu, na chamada metrópole, a 561 detenções políticas."
Irene Pimentel
A absolvição de Margarida Fonseca Santos decretada pelo Juiz António Passo Leite faz-nos acreditar na própria justiça. Dá-nos esperança. Inspira-nos confiança neste Portugal que tantas vezes se sente maltratado por sentenças que em nada se coadunam com o sentir dos cidadãos.

Fica a faltar que a peça volte à cena.
LNT
[0.303/2011]

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Animal Farm

Porcos

And remember, comrades, your resolution must never falter. No argument must lead you astray. Never listen when they tell you that Man and the animals have a common interest, that the prosperity of the one is the prosperity of the others. It is all lies. Man serves the interests of no creature except himself. And among us animals let there be perfect unity, perfect comradeship in the struggle. All men are enemies. All animals are comrades."
George-Orwell - Animal Farm

"para quê fazer barulho e perder tempo (...)?"
LNT
[0.409/2010]

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Culpa ou preconceito

Miguel Telles da GamaNa pia em que se transformou a nossa justiça são vertidos os mais condimentados incidentes. Trata-se de uma pia ímpia, duma pia imunda, duma pia malévola entupida de estilhaços, de engulhos, de abantesmas, algo que ameaça a nossa vida e a democracia.

O Estado de direito tem de ser a pedra fundamental do sentir livre e temos de reconhecer o Estado e o direito na justiça para que esta assegure com punição os desempenhos contrários aos direitos dos outros.

Temos de acreditar que os condenados são culpados e, para que isso assim seja, é necessário confirmar a culpa nas sentenças através de algo palpável e demonstrável que inviabilize a dúvida capaz de levar os condenados a manipular a opinião pública, por muito sôfrego que seja o desejo popular de fazer justiça fora dos tribunais.
LNT
[0.307/2010]

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Tijolos e balanças

TijoloO Fripór, oásis do deserto aeronáutico da margem Sul, jamais será assunto que me faça perder muito tempo. Não frequento e, como não conheço, também não recomendo.

Construído numa zona que deveria ter ficado como estava antes de lá terem plantado a tralha do consumo, é o mais badalado assunto de patos-bravos neste país de mestres-de-obra e Mercedes brancos, que prefere o inglês técnico de praia, ao bom senso e à decência.

Se o cimento que foi despejado em zona de reserva pouco interessa para o caso, já o seu uso é determinante para que se acredite que a terra das pequenas Madie’s, dos All-Garve, dos Freeport’s e do outro linguajar estrangeirado aprendido nas escolas de fim-de-semana em regime de eLearning tenha consistência no tratamento dos seus indígenas e, já que na saúde lhes trata da vida e na educação os diploma em ignorância, pelo menos que na justiça faça o favor de os fazer cidadãos dando-lhes oportunidade de se defenderem em vez de os deixar em marinada especulativa.

Balança - JustiçaNão sendo este estabelecimento uma sucursal do quartel dos Abrantes, também aqui se reconhece que tudo está como dantes. Ou pior, tudo está pior do que antes. Uns senhores encarregues de questionar para esclarecer, decidiram não o fazer para depois, em tempo de sacudir o pó da incompetência que se lhes acumulou nos ombros, virem demonstrar que em Portugal passou a haver calúnia sem direito de defesa.

Como a impunidade é marca do novo-riquismo instalado, seja ele de dinheiro ou de poder, a inimputabilidade começa também a ser regra comum. A nossa tendência é para deixar que eles se entendam uns com os outros, porque estão bem uns para os outros, mas isto vai sobrar para todos nós e enquanto pagarmos para termos o que temos sem refilar do mau produto que nos estão a impingir, a coisa não vai lá.

O nosso direito à indignação está perto de começar a ser exercido. Os nossos impostos não podem ser usados para manter esta gentalha a rir-se de todos nós.
LNT
[0.278/2010]

quinta-feira, 12 de março de 2009

Botão Barbearia[0.210/2009]
Azar ser azelhaSapatos

Muntazer al-Zaidi foi condenado a três anos de prisão.

Embora rápida, porque se fosse por cá haveríamos de ter sentença lá para o fim da segunda década do século vinte e um, a justiça do Iraque é branda.

Não se admite que àquela distância tenha falhado o alvo.
LNT
Rastos:
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-> Público - Iraque: Jornalista que atirou os sapatos a Bush condenado a três anos de prisão

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Botão Barbearia[0.113/2009]
AziaLimão

Enquanto o Ministério Público e a Justiça se perdem em insignificâncias, como esta de andar atrás de Movimentos Cívicos e de Cidadania, ou em gestão de protagonismos, como é a moda das entrevistas e dos holofotes sobre agentes que deveriam estar recatados a fazer o que têm de fazer, a justiça em Portugal insiste em ser o calcanhar de Aquiles da democracia.

Parece não se entender que a função judicial deve evitar a promiscuidade e a tentação das luzes.

A entrevista que Maria José Morgado deu ontem a Mário Crespo foi bem o exemplo do que não precisamos de ter na justiça porque, se a ideia era passar alguma informação sobre os casos na ordem do dia, ela não a passou, passando, e se a ideia era nada dizer, os recados disseram demais.

Bem espremida a coisa, restou o sumo de limão.
LNT
Rastos:
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-> Diário de Notícias

domingo, 25 de janeiro de 2009

Botão Barbearia[0.068/2009]
JustiçaBalança

É política deste Blog, aliás, deste autor de Blog porque é uma política praticada há mais de cinco anos de escrita, neste e noutros Blogs, não fazer juízos de intenção dos casos que estão a decorrer na justiça. Como sempre espera-se que a justiça leve esses casos até ao fim e mantém-se a esperança de que haja a aplicação da Lei, coisa nem sempre conseguida para mal de todos nós e principalmente para mal do nosso permanente estado de crise. Enquanto a justiça não for célere e justa em Portugal nunca deixaremos de ser o País da crise.

O caso Freeport não será excepção e embora se comece a perceber que há coincidências demais entre os conhecimentos mediáticos do desenrolar dos casos e os períodos de escolha política (exemplos vários que vão desde o caso Camarate passando pelo da Moderna e da Casa Pia, entre muitos outros), continua-se a acreditar que o Poder Judicial tem capacidade para superar a ineficácia actual da justiça portuguesa, esperando-se que o Poder Político venha a levantar, como bandeira prioritária nas próximas disputas eleitorais, a questão da justiça em Portugal.
LNT

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Botão Barbearia[0.872/2008]
Os justiceirosMartelos

No continente a desbunda do BPN e o atrofio do regulador Banco de Portugal e na RA da Madeira o desfraldar da bandeira nazi em plenário da Assembleia Regional provocaram tentativas absurdas de justiça popular.

Enquanto o BE, no continente, pediu a audição parlamentar de todos os administradores que dirigiram um banco privado, o GP do PSD na ilha, entende proibir que um seu par eleito possa ter assento no hemiciclo.

De repente os Órgãos de Soberania de representação popular pretendem começar a ser justiceiros retirando da sua linguagem o termo Estado de Direito, chamando para si o poder popular de julgar.

Era só o que nos faltava.
LNT

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Botão Barbearia[0.680/2008]
Canalhas e canalhicesPolvo

Aconteça o que acontecer, nunca ninguém conseguirá alguma vez fazer desaparecer a mancha que foi criada à volta de Paulo Pedroso, salvo se se conseguir provar que ele foi alvo de uma tramóia.

Por isso concordo com Ana Gomes e considero que, mais do que qualquer sentença para o indemnizar, é imprescindível que o Estado, depois de ter destruído a sua reputação com "erro judicial grosseiro", tome a iniciativa de utilizar os meios de investigação de que dispõe para incriminar quem montou a tramóia e aplicar as sanções devidas.

O mal menor foi a prisão de Paulo Pedroso, porque o mal maior decorre da acusação que, mesmo nunca demonstrada, lhe ficará para sempre colada à pele. Não é coisa pouca destruir o bom-nome de alguém e imagino que não seja fácil viver condicionado a uma suspeita.

Como diz Ana Gomes é necessário desmascarar os canalhas, desmontar a canalhice e comprovar a inocência de quem for inocente. Compete ao Estado apurar todos os factos não só para ilibar Paulo Pedroso das acusações, mas para comprovar a sua inocência.

Só assim se fará justiça embora as consequências pessoais e politicas que este caso comporta nunca possam vir a ser reparadas.
LNT
Rastos:
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-> Causa Nossa - Ana Gomes

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Botão Barbearia[0.136/2007]
Abolição

Guilhotina
Portugal foi um dos primeiros países do Mundo a abolir a pena de morte.

Esta é uma das matérias de convicção em que, por muitos argumentos que se possam usar em contrário, pareçam inclusive lógicos, não pode haver excepção.

Nenhum juiz nem nenhum poder é dono da vida porque, sendo o juízo sempre falível e constatando-se a irreversibilidade do acto, este torna-se impraticável.

Confundir isto com a vontade de matar, pelas mil razões que muitas vezes possamos entender haver, é atribuir a irracionalidade às mãos de quem tem por dever defender os direitos dos cidadãos e zelar pelo cumprimento da justiça.
LNT