Construído numa zona que deveria ter ficado como estava antes de lá terem plantado a tralha do consumo, é o mais badalado assunto de patos-bravos neste país de mestres-de-obra e Mercedes brancos, que prefere o inglês técnico de praia, ao bom senso e à decência.
Se o cimento que foi despejado em zona de reserva pouco interessa para o caso, já o seu uso é determinante para que se acredite que a terra das pequenas Madie’s, dos All-Garve, dos Freeport’s e do outro linguajar estrangeirado aprendido nas escolas de fim-de-semana em regime de eLearning tenha consistência no tratamento dos seus indígenas e, já que na saúde lhes trata da vida e na educação os diploma em ignorância, pelo menos que na justiça faça o favor de os fazer cidadãos dando-lhes oportunidade de se defenderem em vez de os deixar em marinada especulativa.
Como a impunidade é marca do novo-riquismo instalado, seja ele de dinheiro ou de poder, a inimputabilidade começa também a ser regra comum. A nossa tendência é para deixar que eles se entendam uns com os outros, porque estão bem uns para os outros, mas isto vai sobrar para todos nós e enquanto pagarmos para termos o que temos sem refilar do mau produto que nos estão a impingir, a coisa não vai lá.
O nosso direito à indignação está perto de começar a ser exercido. Os nossos impostos não podem ser usados para manter esta gentalha a rir-se de todos nós.
LNT
[0.278/2010]