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quarta-feira, 5 de abril de 2017

De extrema complexidade

Amigalhaços
Não costumo comentar casos de polícia que estejam na mão da justiça. Por sistema julgo que a justiça deve operar sem pressão do “diz que disse”.

Sem dúvida que o caso corrente do arquivamento do processo, por falta de prova, dos amigalhaços e conselheiros do Dr. Cavaco, mexe com estas convicções e das duas, uma:
- Ou o caso foi publicitado por má-fé e, à falta de mais, a justiça pretendeu entregar o julgamento ao vento para que na praça pública se ditasse uma sentença;
- Ou o caso foi mais um, dos muitos, que pretende justificar a incompetência com essa nova coisa da linguagem de trapos a que se chama “extrema complexidade”.
E de bastardos estamos cheios, principalmente daqueles que surgem do nada e sem coisa alguma e saem a rir a bandeiras despregadas com o ar espertalhão que caracteriza os boçais da Nação.

É o que temos:

Milhares de milhões desaparecidos sem prova, acções fora de mercado na carteira privada de uns quantos, corruptores condenados na Alemanha por corrupção em Portugal sem que se procure os corrompidos na Pátria, gente queimada na praça pública sem culpa formada e impostos em catadupa, que esmagam quem não tem hipótese de fugir daqui para fora, destinados a cobrir as falcatruas e o banditismo.

E, no entanto, a Constituição consagra a quem paga:

Artigo 21.º - Direito de resistência - Todos têm o direito de resistir a qualquer ordem que ofenda os seus direitos, liberdades e garantias e de repelir pela força qualquer agressão, quando não seja possível recorrer à autoridade pública.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.040/2017]

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Até no gamanço são desiguais

O trio gargalhada
Nota: Paulo Portas não se vê na imagem porque está escondido debaixo da alcatifa da tribuna do Governo. No entanto adivinha-se que seja ele que está a fazer cócegas nos pezinhos dos retratados.

Os reformados e os trabalhadores que têm o Estado por patrão viram hoje surripiado do seu vencimento, já anteriormente emagrecido, um catorze avos dos seus rendimentos anuais do trabalho (no caso dos segundos) e das economias forçadas (no caso dos primeiros).

Ao contrário da linguagem de trapos com que os poderosos pretendem endrominar, não se trata de um subsídio mas sim de uma parcela do vencimento anual que, em Portugal, se paga em 14 prestações. Não se trata de uma benesse dos portugueses, até porque os vencimentos anuais dos outros europeus ficam a milhas de distância (para cima) daquilo que por cá se recebe e não é o facto de nos países civilizados se pagar esse vencimento anual em 12 prestações e por cá ser liquidado em 14 que isso representa uma regalia dos trabalhadores.

A política de empobrecimento em curso passa, isso sim, por um ataque desigual à classe média que inventou o conceito de funcionário público para classificar uma vasta parte dessa mesma classe, muita dela qualificada e com grande mérito nas áreas mais evoluídas do trabalho (desde investigadores a profissionais das forças armadas, passando pelos sectores da educação, da saúde, da tecnologia, etc.), como parasita e merecedora de toda a espécie de sancionamento.

O poder conseguiu finalmente cindir essa classe média para a enfraquecer, virando profissionais das mesmas profissões uns contra os outros, bastando para o facto ter aplicado critérios diferentes na busca das soluções para todo o País, diferenciando profissionais tão ou mais capazes, entre os que trabalham no Estado ou no privado. Fez ainda pior porque foi buscar o sustento dos que lhe confiaram as suas economias forçadas (os reformados) e lhes retirou parte do usufruto dessas mesmas economias, num sinal de puro abuso de poder e da quebra prepotente do contrato que firmou com cada um deles sempre que guardou, em cada mês de trabalho, parte do seu vencimento.

Dizem-nos que é necessário um esforço nacional para colmatar o roubo e os despautérios dos impunes. Mas esse esforço nacional recai unicamente sobre alguns, retirando aos que nunca fogem às suas obrigações fiscais a parcela acrescida que mantém a outra parte da classe média.

O chamado "subsídio de férias" foi retirado de forma inconstitucional aos trabalhadores do sector Estado remetendo-os para o segmento da classe média que se pretende empobrecer em favor da outra que sustenta com o seu trabalho a classe alta para que ela continue a fugir aos impostos, a usufruir do social sem nada contribuir e a cometer os mais variados despautérios, ainda por cima com ostentação.

Os trabalhadores do sector estado deixaram já neste mês de Junho de dispor da parte do vencimento com que mantinham os filhos nas escolas, com que pagavam as casas que compraram, com que faziam face aos seguros que lhes são exigidos e com que conseguiam pagar as contribuições que cada vez mais os apertam. Os reformados deixam de ter recurso a uma parte do seu próprio amealhado que lhes permitia ter uma vida um pouco mais longa com a dignidade que a poupança forçada de uma vida de trabalho lhes devia proporcionar.

A diferenciação deixou de ser pela competência, esforço ou mérito para passar a resultar unicamente de uns terem por entidade patronal uma classe política incapaz e incompetente e outros uma classe empresarial que sempre soube beneficiar da catapultagem desses políticos para o poder.
LNT
[0.306/2012]

Um catorze avos

NegroHoje, dia 20 de Junho de 2012, data em que a maior parte dos trabalhadores do sector Estado e os reformados recebem o seu vencimento, ficará para a História como o dia da iniquidade nacional.


Hoje, investigadores, professores, médicos, juristas, enfermeiros, informáticos, administrativos, engenheiros, fiscalistas, economistas, arquitectos e muitos outros profissionais qualificados e especializados, só porque trabalham para o Estado ao contrário de todos os outros que trabalham em regime liberal ou por conta de empregadores privados, vêem-se espoliados de 1/14 do seu vencimento anual porque o actual poder entende que os sacrifícios exigidos para a reabilitação das finanças públicas que foi (e é) objecto de roubos ignóbeis e de despesismo incompetente e imoral desse mesmo poder e dos poderosos que nele se aninham devem ser suportados por uma só parcela do povo português.


Hoje, os reformados que descontaram toda a sua vida para usufruírem da reforma por si adquirida, vêem-se privados de 1/14 do pecúlio anual, num roubo descarado, injusto e prepotente.


Hoje, nós que garantimos a educação de uma Nação, que garantimos a saúde de todos, que garantimos os sistemas tecnológicos, que garantimos a equidade fiscal, que garantimos a segurança, que garantimos o que resta da justiça, que garantimos a democracia, que garantimos a Constituição, a Lei e a Ordem, passamos também a ser os que garantimos, com aquilo que nos retiraram, os conceitos e preconceitos dos que escolhemos para nos governarem e passamos também a garantir que, ao nos fazerem os bodes expiatórios da incompetência e da corrupção de quem gere este nosso Portugal, esses gestores continuarão a ser impunes de todos os crimes que cometem, incluindo os de lesa-pátria.


Hoje é um dia de luto pela iniquidade que se materializa, ao arrepio de tudo aquilo porque lutámos antes e depois de nos tornarmos livres num País e numa Europa cada vez mais desiguais, em oportunidades e em respeito pelas pessoas que os povoam.
LNT
[0.305/2012]

terça-feira, 5 de junho de 2012

O País que temos

Mocidade PortuguesaVivemos numa terra onde há condenados que não são presos porque têm dinheiro para empatar a justiça, uma justiça feita à medida do dinheiro de quem a ela recorre para que não se lhe consiga tocar e uma classe dominante que castiga (ou faz com que se auto-castiguem) as vítimas dos poderosos.

Não interessa fazer o rol das chafurdices. Todos sabemos quem eles são e todos andamos a pagar os desfalques que a ladroagem tem feito, ainda por cima culpando-nos (aos pagantes) de uma culpa que nunca tivemos e chicoteando-nos com a vergasta do empobrecimento para remissão dos pecados que não cometemos.

No jornal o Público também parece ter sido assim. Uma jornalista foi ameaçada por um alegado bandideco ainda em estado de presumível inocência e sob a protecção de um mentiroso compulsivo que tem fama de ser muito sério e a direcção do jornal entendeu divulgar o conteúdo da ameaça substituindo-se ao presumível bandideco na concretização do boato.

A vítima, Maria José Oliveira, acabou por se demitir. A direcção do boateiro mantém-se de boa saúde, o alegado bandideco, idem, o inverdadeiro superior hierárquico do presumível inocente, ibidem, e nós continuamos cantando e rindo como se a Bufa estivesse de novo aí para nos fazer saudar tudo isto de braço estendido, de camisa de caqui e com o forro dos bolsos virado do avesso para mostrar que já não temos nada lá dentro.
LNT
[0.291/2012]