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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Reiterações

GaivotaTodos nós reiteramos que, embora muitas vezes possa parecer, não andamos a dormir.

Todos nós reiteramos que, embora não se refira nas reiterações presidenciais, ainda não estamos esclarecidos sobre a sua participação como accionista da SLN, então detentora do BPN.

Todos nós reiteramos que, embora a permuta Mariani/Gaivota continue por esclarecer na totalidade, continuamos a estranhar que tantos amigos tenham assentado arraiais de férias num mesmo condomínio que tem mais aroma a off-shore do grupo onde se incluía o BPN do que a brisa do mar.

Pela minha parte reitero também que Mário Soares, por quem mantenho o maior respeito, poderia evitar algumas reiterações que contrariam toda a sua filosofia de vida, mas isso é outra conversa que não irei reiterar.
LNT
[0.385/2013]

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A roubalheira

LadrãoManuela Ferreira Leite, de quem me orgulho de divergir, disse ontem algumas coisas muito acertadas. Confirma-se que “eles” não são todos iguais. Ela é uma social-democrata de direita e a tríade Coelho/Gaspar/Borges são experimentalistas-fundamentalistas-radicais da Lei da Selva.

A um social-democrata, mesmo de direita, preocupa o social e está-lhe adjacente o humanismo. Aos robots servis do capital só está subjacente a primazia do dinheiro.

Muito haverá a dizer sobre esta intervenção de Ferreira Leite mas fico-me pelo conceito de roubo dos reformados a que ela chamou imposto, ignorando a universalidade que teria de ter para o ser.

Um reformado (gostam de lhes chamar pensionistas para os igualarem aos que recebem sem nunca terem contribuído) é alguém que entregou parte dos seus rendimentos a uma instituição para dela poder usufruir a partir de determinada altura. O dinheiro que recebe da reforma é por isso tão seu, como se o tivesse colocado no banco, ou numa conta poupança-reforma. É uma poupança privada (mesmo que forçada) feita ao longo da vida.

O que aconteceria se um cidadão que constituiu uma poupança chegasse à organização onde a constitui e lhe dissessem que não a retribuíam conforme estava acordado?

O Estado não é o BPN. Os gestores do Estado (os governantes) não podem ser uns Oliveira e Costa.
LNT
[0.424/2012]

quarta-feira, 30 de maio de 2012

O Mundo às avessas

Doces algarviosEnquanto Frau Angela Dorothea anda a descobrir que vive na Alemanha e não na Rússia do malogrado Николай Александрович, ou na União Soviética do camarada Jossip Vissarianovitch Dhugashvili, por cá não há forma dos presumíveis inocentes se declarem culpados.

Do BPN é o que se sabe. A caça às bruxas anda de vento em popa atrás do Victor, do José e do Fernando, deixando empulseirado o homem que deu de comer a muito boa gente e nos fez herdar um buraco do tamanho do do ozono.

Das Secretas e dos conhecimentos adquiridos através delas, assuntos de estado, como se sabe, uma vez que tratam da vida privada de jornalistas, do Dr. Francisco e demais condóminos da Quinta da Marinha, resta-nos arvorar em órgãos do poder judicial e fazer de conta que tudo é uma cabala até ao dia em que alguém a monte e lhe meta as esporas das comadres zangadas.

Falta-me inspiração para continuar. Estes rodriguinhos (ou os fun-funs e gaitinhas, como costuma dizer uma pessoa que eu cá sei) que nos espremem, os hiperactivos e os molengões de câmara lenta, retiram a inspiração a um santo depois de já lhe terem sugado o sustento.

Ao menos podiam proporcionar-nos tempo estável e parar com as rezas a São Pedro, até porque o Verão está aí e por este andar ainda vamos passar o Natal à praia.
LNT
[0.283/2012]

quarta-feira, 2 de maio de 2012

BPN ou a vida

BPN PorquinhoOiço que vai ser iniciada nova Comissão para branqueamento do caso BPN. Presumo que agora os alvos sejam o Banco de Portugal, a Caixa Geral de Depósitos e outras instituições que nada roubaram.

Quanto ao ladrões, isto é, àqueles que efectivamente roubaram e aos outros que a eles estiveram de alguma forma associados para conseguirem lucros chorudos até hoje nunca esclarecidos, conseguidos através de “favores” e “preferências” até hoje envoltos em neblinas de nascimento múltiplo, adivinha-se que a blindagem da impunidade os continue a bafejar.

As nuvens de poeira confirmam que a desertificação do território nacional continua em passo acelerado.
LNT
[0.244/2012]

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

BPN *

NotasA tugulândia não perdoa os merceeiros ricos.

Se for um senhor doutor, principalmente um senhor doutor professor, um ricaço da Marinha ou um filho de algo, que resolva ter mais lucro para distribuir pelos seus accionistas, é considerado um CEO do melhor. Se for um merceeiro retalhista bem sucedido, ai aqui d’el rei que o homem é um vendido, um desertor do estertor nacional e um lesa-pátria que comete o crime de não se deixar assaltar com um sorriso nas beiças.

Senão vejamos: As milhares de letras que se têm gasto a atacar Soares dos Santos, que é o patriarca do comércio a retalho feito por sua conta e risco e que só tem dinheiro porque há consumidores que procuram as suas mercearias, são inversamente proporcionais ao silêncio que os média e a opinião publicada em geral atribuem à rapaziada que neste País se encheu à pala do BPN (o que agora faz por esquecer para que se mantenha esquecido) enquanto o folhetim não ata nem desata e os portugueses, que nunca entraram nessa tasca, continuam a sustentá-la muito para além da Troika, dos ditames da troika e dos interesses dos amigos preferenciais do BPN.

Bamos Pagar Nobamente, digo-o à moda do Puerto porque aquilo diz-se uma Naçon e bem podia autonomizar-se como o Funchal que sempre era a forma mais curial de arranjar dívidas que todos pagaremos dizendo, sem nunca mencionar, tratar-se de um desviozinho colossal.

Quanto ao BPN não há conversa. É pagar e não bufar, mas arrelia-nos e faz-nos arrancar os cabelos o facto de sabermos que a família merceeira anda a tratar da vidinha sem nos dar cavaco.

A harmonização fiscal europeia há-de ficar para outras calendas porque há-de haver sempre um paraíso na terra e uns deusinhos para o usarem.
* Bamos Pagar Nobamente
LNT
[0.012/2012]

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A resposta de 2,4 mil milhões de euros

Dr. HouseTodos sabem que quem compra acções não tem lucro ou prejuízo enquanto as não vender.

Há sempre quem venda as suas acções acima do valor, é uma questão de estratégia e de tempo.

Há sempre quem faça negócios ruinosos e há quem os faça, aparentemente ruinosos, para daí retirar alguns proventos para alguém.

Há negócios que não se fazem. Há negócios que são menos maus do que outros e há perdas menos gravosas do que outras.

Há muitas coisas e, entre elas, muitas que obrigam à responsabilidade de quem trata da coisa pública.

Por haver tudo isto tem também de haver respostas para questões, principalmente para questões de 2,4 mil milhões de euros, e nenhuma delas passa por as encarecer ainda mais.
LNT
[0.317/2011]

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A carniça e os ossos

Sanita PionesNos tempos em que se chamavam os nomes tradicionais às coisas dir-se-ia que o BPN foi um negócio da China. Nos tempos que correm chama-se negócio de Angola.

Despachou-se a salganhada ruinosa por 40 milhões sendo que o "custo do Estado com o BPN, descontando do preço de venda, ascende nesta data a cerca de 2,4 mil milhões de euros", com uma salvaguarda de brincadeira e acrescentando à ruína uma responsabilidade a prazo para o Estado dos "custos com a eventual cessação dos vínculos laborais dos trabalhadores das agências e/ou centros de empresa que venham a ser encerrados ou reestruturados num prazo máximo de 120 dias após as transmissões das acções".

O BPN foi, e continua a ser, um negócio maquiavélico para os contribuintes. Todos nós tivemos (e temos) de acarretar com os desfalques, com a má gestão, com os amiguismos, e com as outras trafulhices de toda a espécie, incluindo os favorecimentos de excepção, para que alguns lá fossem buscar aquilo a que agora, por serem "poupanças", se isenta de contribuição especial.

Este negócio acaba na mesma pouca-vergonha que o fez ser uma contaminação sistémica dos impostos que nos são exigidos com agravo sistemático e deixou a rir, na impunidade, quem se encheu “legalmente”.

A expressão "uns comem a carne e os outros roem os ossos" nunca foi tão bem empregue.
LNT
[0.315/2011]

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Imparidade de quem a pariu

StripperA ver se me faço entender, eu que nada percebo de engenharia financeira (nem quero entender porque detesto ciências ocultas).

Na NET ainda é possível encontrar publicidade institucional relativa aos utilizadores de luxo dos cartões de crédito do BPN. Eu nem sabia que o BPN tinha crédito, quanto mais que o concedia para consumos de luxo (para além daquela gente que anda por aí a rir-se das papalvos que entregam parte dos seus vencimentos para garantir a isenção da "Necessidade de Prudência" nas "poupanças" conseguidas com o que sacaram do BPN).

A ser verdade que os muitos milhões de Euros que os contribuintes já enterraram neste sorvedouro insaciável de dinheiros públicos poderão resultar numa receita de venda inferior a uma centena de milhar e que, ainda assim, a CGD terá de continuar a suportar nos próximos dois anos o esforço de financiamento do BPN, não seria de arrumar o assunto acabando de vez com aquele cancro?
LNT
[0.290/2011]

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Vamos às compras

Carrinho de supermercadoDesde ontem que ando pelo FaceBook a tentar angariar sócios que queiram ir comigo às compras no mercado.

Fiquei a saber que uma das medidas do “acordo” é a venda breve do BPN sem estabelecimento de base mínima de licitação. Estou a pensar avançar com o valor de um Euro e dou boas condições a quem me quiser acompanhar nesta aventura, sendo que a primeira consiste em fazer uma emissão com direito de reserva a mim próprio que depois tratarei de despachar pelos amigos, ao preço de custo, com a promessa de mais tarde (pouco mais tarde) lhas voltar a adquirir por valor melhorzito (digamos assim).

Isto vai permitir capitalizar no início, uma espécie daquele truque de entrar para uma empresa com o capital que se retira imediatamente após a escritura, engenharia financeira, percebem?

Aceitam-se igualmente entradas com uns terrenos urbanizáveis junto à praia. Manterei assim a tradição do BPN embora esteja a pensar mudar-lhe imediatamente o nome para BRF – Banco Rega-bofe.

Respostas com propostas para o apartado deste estabelecimento. Sigilo garantido (pelo menos até ao momento em que evocarei o perigo sistémico e entregarei os prejuízos ao povo que adora nacionalizar bancos)
LNT
[0.156/2011]

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Animal Farm

Porcos

And remember, comrades, your resolution must never falter. No argument must lead you astray. Never listen when they tell you that Man and the animals have a common interest, that the prosperity of the one is the prosperity of the others. It is all lies. Man serves the interests of no creature except himself. And among us animals let there be perfect unity, perfect comradeship in the struggle. All men are enemies. All animals are comrades."
George-Orwell - Animal Farm

"para quê fazer barulho e perder tempo (...)?"
LNT
[0.409/2010]

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Botão Barbearia[0.934/2008]
Comissão eventual de inquéritoAssembleia da República - Obras
O regime jurídico dos Inquéritos Parlamentares, por sua vez, permite acompanhar de perto a acção governativa do executivo, ao atribuir às Comissões de Inquérito o poder de avocar a si toda a documentação ligada a determinada matéria, ou a determinado processo, bem como de chamar ao Parlamento os membros do Governo, ou qualquer outro cidadão, que entenda serem conhecedores de factos e informações relevantes para o apuramento da verdade. Uma vez deliberada a realização do inquérito, é criada uma comissão eventual que irá averiguar do cumprimento da Constituição e das leis e apreciar os actos do Governo e da Administração, relativamente a uma situação de facto. O inquérito parlamentar é efectuado a requerimento de um quinto dos Deputados em efectividade de funções, ou por iniciativa dos grupos parlamentares, comissões ou Deputados. O tempo máximo para a realização do inquérito é de 180 dias, podendo o Plenário da Assembleia da República conceder um prazo adicional de 90 dias. As comissões parlamentares de inquérito gozam, para além dos previstos na lei, dos poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, excepto aqueles que a estas estejam constitucionalmente reservados.
As questões são as seguintes:

Alguém conhece algum caso em que uma Comissão de Inquérito tenha terminado com conclusões suficientes que permitam apurar a verdade?

Alguém alguma vez soube, em Portugal, de uma Comissão de Inquérito que fosse mais do que um palco de luta política onde se ensaiam estratégias e levantam questões tendentes a influenciar a opinião pública?

Não seria muito mais útil deixar às polícias e ao poder judicial, que em princípio têm poderes e meios que as Comissões de Inquérito não têm, a investigação científica e o julgamento de crimes que já estão, em parte, em segredo de justiça?

Sendo o BPN, na altura dos factos em análise, uma entidade privada, como é que faz sentido que uma Comissão Eventual de Inquérito vá averiguar o cumprimento da Constituição e das leis e apreciar os actos do Governo e da Administração?

Assembleia da República - ObrasA Comissão de inquérito proposta pelo CDS destina-se a:
Inquérito Parlamentar 8/X - Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar à existência de uma falta grave na actuação do Banco de Portugal no exercício do seu poder de supervisão do sistema bancário no caso do Banco Português de Negócios. [CDS-PP] 2008-11-21
Veremos se é isto que se vai processar. Esperemos que não sirva antes para palco de influências que venha a atrapalhar a investigação criminal e a aplicação da justiça.
LNT
Rastos:
USB Link-> Imagens: António Colaço Adufe com ânimo

-> Assembleia da República Comissões Eventuais de Inquérito
-> Assembleia da República

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Botão Barbearia[0.859/2008]
Hora de partirVitor Constâncio

Lamento, porque fui seu apoiante no Partido Socialista, lamento porque tenho a certeza de que é um homem sério e honesto, mas porque o é, só resta a Vítor Manuel Ribeiro Constâncio, Governador do Banco de Portugal, deixar o lugar.

Nunca mais alguém o levará a sério quando vier pedir mais sacrifícios e contenção depois da desbunda que foi o comportamento do Banco de Portugal em relação ao BPN.

É impossível que aquilo que todos sabiam (estranhamente com excepção do Governador do Banco de Portugal) só agora tenha tido consequências que, ainda por cima só pela denúncia pública de Cadilhe, acabaram por ser irreversíveis.

Valerá a pena vender uma vida respeitável por mais uns tostões?
LNT
Rastos:
USB Link
-> Banco de Portugal Governador - Vítor Manuel Ribeiro Constâncio